Andava a trás de uma calcinha fio dental de malha, sem renda, pra ir para a academia. Finalmente encontrei uma do jeito que queria. Quando fui pagar, notei que o elástico estava começando a soltar e pedi um desconto. A vaca da gerente não só não me deu o desconto como puxou TO-DO o elástico, dizendo:
– Nem adiantava te vender com desconto, amor. Tá vendo como ia estragar logo?...
O que vai estragar logo é a sua cara, baranga... Com dois pontinhos eu colocava o elástico no lugar e teria uma calcinha perfeita durante muito tempo.
A puta preferiu perder dinheiro a fazer um desconto!
Acabei comprando uma com renda, como não queria e ainda por cima, quando cheguei em casa, achei que ela ficou larga. Que raiva!
Todo o procedimento de depilação da virilha cavada é bizarro, mas quando elas me dão o espelhinho para olhar o “serviço”, acho o supra-sumo da esquisitice.
Imagina a cena: você lá, deitada com as pernas arreganhadas, e ainda olhando a xoxota com um espelhinho... Dou uma olhada rapidinha e digo logo que está bom.
Tem vezes que chego a pensar: “Meu Deus, eu preciso mesmo passar por isso?!?!?!”
Depois de mais de um mês sem fazê-la, eu fiz virilha cavada! Estou me sentindo outra. Tenho a impressão que pentelhos pesam toneladas, pois quando faço depilação me sinto muuuuuito mais leve.
No Pello Menos não precisa marcar hora. É chegar e entrar. Mas também não se pode escolher a depiladora, o que de certa forma não é problema, já que o atendimento é padronizado porque todas são treinadas pelo instituto.
A depiladora que eu peguei tinha uma aparência angelical: baixinha, gordinha, de fala mansa. Mas por trás deste tipo, havia uma torturadora, de fazer inveja ao pessoal da PM. Ela sentia prazer em me depilar. Quase pude vê-la sorrir atrás da máscara, enquanto eu gemia de dor a cada puxão que ela dava na cera.
A mulher cavou tanto a minha virilha que quase chamuscou meu colo do útero com a cera quente.
Não satisfeita, ela sacou uma pinça e atacou os fios mais resistentes.
Não sei se foi a foto da Roberta, se foram as blusinhas indecentes que comprei ou se é culpa dos meus hormônios enlouquecidos pré-menstruação, mas fato é que estou muuuuuito a fim de fazer umas fotos pra este blog.
Queria uma coisa bem sensual, mas no estilo puta pueril. Fiquei fazendo poses diante do espelho: dedo na boca, agachada, peito quase aparecendo, sorriso levado...
Qual dos meus amigos fotógrafos vai se candiditar a fazer o ensaio?
Um blog leva o outro a outro.. e daqui a pouco a minha manhã vai ser toda lendo um monte de blogs que eu já considero como diários.. o seu está entre eles... vou até colocar um link pra ele lá no meu humilde bloguinho..
Parabens, e continue escrevendo, voce tem aqui uma leitora fiel que chora, ri e se diverte contigo!
Beijos,
Samantha
samantha@marlin.com.br
http://samantha.weblogger.com.br
"Só o que sentimos explica o que fazemos."
A Samantha ainda me mandou uma dica muito boa:
P.S: Dica para lâmpada de ventilador de teto: só desatarrache dois parafusos, deixe o terceiro como está, porque o globo sai da mesma maneira (é só torcer pro lado), e depois fica mais fácil de voce colocar de volta, porque ele meio que encaixa e voce pode usar as duas mãos para apertar os outros dois parafusos... moro eu e a minha mãe, e como em casa não tem homem, eu tenho q meter a mão na massa para esse tipo de coisa.. fazer o que né?
Se tinha uma coisa boa no eu meu ex-ex-emprego era sair pra almoçar com o Serrão e o Seijiro, os dois designers de lá. Era muito divertido. A gente ria à beça, falava mal de todo mundo e, de vez em quando, ia comer num lugares maneiros, como no Mercearia 107 no Shopping Downtown.
Minha ex-chefe malhava lá na hora do almoço e a gente pegava uma carona com ela. A comida de lá é um delícia e o lugar é muito fofo.
Qual a melhor hora do expediente??? O almoço! A gente sai, conversa com a galera (com os mais interessantes, lógico!), come um comidinha maneira... Eu já estou sentindo falta disso.
Hoje pude matar um pouco as saudades. Fui ao centro e comi num restaurante que eu adoro, o Sabor Saúde, na Rua da Quitanda. Se você gosta de uma alimentação mais saudável, vai adorar esse lugar. Eles não servem carne vermelha e arroz, só integral. Tem coisas engordativas, como suculentos frangos à parmegiana, mas também tem várias opções de salada e coisinhas frugais como beringela com muzzarela de búfala e tomate seco (que eu amooo!!!).
Eles trabalham com o sistema de porção (muito bem servidas, diga-se de passagem), mas oferecem opções de pratos prontos que saem mais baratos. Hoje, por exemplo, eu comi arroz com lula e brócolis e peixe à milanesa à R$8,30.
Para os que estão de olho na balança, há o prato baixa caloria: porções balanceadas de carboidratos, proteína e verdura ou legumes e você ainda pode pedir um pires de salada verde.
Já preparei meu figurino pro carnaval. Ontem comprei uma bermuda ciclista jeans e hoje, uma bermudinha de sarja (a maior pechincha! Custava R$10,99. Como estava com um furinho perto do fecho eclair, o cara me fez por R$9,00. Minha tia que é costureira não levou dois minutos pra fazer o conserto.).
Trouxe também duas blusinhas que são uó! Decotadéssimas! Alguma vantagem há em ter seios pequenos! São larguinhas e bem frescas. Perfeitas pra "alta temperatura" dos blocos de carnaval. Vou estar no melhor estilo "vem ni mim, que eu tô facinha".
As blusinhas custaram R$5,99 e antes que me escrevam perguntando onde é a loja, lá vai o endereço:
Cogumelo Modas
Rua dos Inválidos, 153 A e B – Centro
Agora sou uma profissional de Relações Públicas habilitada. Peguei minha carteira de registro no Conselho.
Com qualquer conselho de classe, o CONRERP não faz nada pelo profissional e, também como os outros conselhos, cobra uma exorbitância de anuidade: R$121,90, à vista. Se parcelar, o valor sobe!
Fiquei revoltada porque quando fui dar entrada no registro, fui informada que o valor integral da anuidade era R$150,00, mas havia 20% de desconto para pagamentos à vista, então, seria R$120,00. Os putos me cobraram quase dois Reais a mais! Um roubo!
A minha academia é muito caída em termos de homem. Só tem TE, mas tem um que ganha disparado. O cara só malha braço (qualquer semelhança com um rã bem nutrida, não é mera coincidência). Ele tem duas tatuagens mal feitas, uma no braço e outra nas costas, na altura do ombro. Juro que já tentei identificar o desenho, mas é impossível.
Até o bronzeado dele é esquisito, parece artificial. Ele tem uma cara de macaco, cheio de rugas, todo amassado, apesar de ser relativamente novo. Sua cabeça é pontuda e ele tingiu os cabelos de ver-me-lho! Super discreto.
O figurino dele é impecável! Geralmente está trajando uma camiseta mamãe-sou-gay verde oliva. A cava é tããão grande que vai quase na bainha da blusa. Pra completar, ela é curtinha, tipo baby look, sabe? Hoje ele não estava com ela, mas em compensação, estava com uma bermuda florida que era um luxo!
Ah, hoje eu percebi um percieng de argolinha no nariz. Deve ser daqueles de brincadeira. Um mimo!
Fiquei tão impressionada, tão enfeitiçada por tamanha bizarrice, que me distraía e ficava olhando direto pro cara! Acho que ele ficou constrangido. Até me cumprimentou... Coitado.
Como sempre faço, "enquanto o comentário não vem...", reproduzo mais um email que recebi. Esse é do famoso Léo Vovô, grande figura e amigo de faculdade muito querido.
Aê Ana!!!!
Quando você fala, em seu blog , que sua turma na FCS estava cheia de pessoas animadas, inteligentes ....blá blá blá.... Onde vc me classificaria??? Inteligente né???
Leozão, quanta saudade!!!!
A-do-rei saber que você tem lido meu blog!
Esse Fale com Deus é mesmo muito engraçado. Também vou lá sempre.
Ah, quanto a sua classificação, você está na lista dos GOSTOSOS!!! ;-)
Um grande beijo, meu bom.
O ex-quase-futuro-PA, apesar de todos os meus conselhos, foi à Marina na quinta-feira. É lógico que ele gostou (é por isso que ele é um ex-quase-futuro e não é PA de fato, entendeu?) e quando me contou isso, eu comentei:
– Mas a frequencia eh a tua cara! Um bando de babaca fortinho e menininha estilosa... Tô fora!
Eu tenho olho clínico para enxergar beleza, charme e gostosura em homem feio. O grande amor da minha vida era a visão do inferno. Tem um conhecido meu que é um pavor. Ninguém dá nada pro moleque... Até que outro dia, uma amiga minha encontrou com ele na night. Conversou, tomou umas cervejas e tal. No dia seguinte, me ligou:
– Cara, Ana, não que você tinha razão??? O Fulano até que é gostosinho...
Eu te disse, eu não te disse? Mas ó: tira o cavalinho da chuva que eu sou a primeira da fila!
Se algum dia eu disser que quero ter filhos, por favor, me lembre que não tenho paciência para aturar os pequenos. Crianças têm gênio, fazem pirraça, não querem comer quando devem e eu definitivamente não nasci pra lidar com isso.
Além de Glória Pires, a trilha sonora é o que Desejos de Mulher tem de melhor. Maresia (meu hino!) e Sonhos, do Peninha, cantada por Caetano, estão lá. Tem também uma dos Titãs (eu acho) que é nova (eu suponho) e que é uma gracinha.
Por ser muito estabanada, sempre tenho uma mancha roxa pelo corpo, carimbando minhas pernas ou braços. Eu tive uma depiladora que ficava atenta a cada hematoma que aparecia, principalmente nos meus joelhos, e fazia questão de perguntar como eu tinha me ferido. Lógico que eu nunca lembrava (ou alguém aí anota quando dá um esbarrão numa mesa?).
Queria ter sido um pouco mais cara de pau e ter respondido, séria:
– É que eu adoro dar de quatro. E você sabe como é, né? Às vezes, machuca os joelhos...
Ainda estou irritada. É TPM adiantada uma semana. E o pior é que parece que tudo resolve contribuir para aumentar minha irritação. Por exemplo, ontem a luz do meu quarto resolveu queimar.
Não tenho a menor intimidade com energia elétrica. Meu maior contato com ela é ligar o interruptor e ainda assim o faço com cuidado. Tenho pavor de choque.
Pois ontem troquei primeira lâmpada da minha vida.
Tenho ventilador de teto no quarto. O troço sacode tanto que a lâmpada se desenrosca do bocal. Pensei que fosse isto que tivesse acontecido.
Fazia um calor abrasador e eu pingava em pé na cadeira, com os braços pro alto, desaparafusando os malditos três parafusos que prendem o globo no ventilador.
Constatei que a lâmpada estava realmente queimada a saí a cata de uma substituta. Só encontrei uma de 40W. Meu quarto ficou na penumbra.
Enquanto tentava encaixar o globo novamente, minha mãe parou na porta do quarto e conseguiu dar tantos palpites em tão pouco tempo que, enlouquecida, pedi para que ela se calasse. (Não gritei, pelo contrário, sussurrei, mas a minha cara devia estar tão transtornada que ela saiu de lá rapidinho.)
Por fim, desci da cadeira com os braços dormentes, suando em bicas e sem conseguir colocar a porra do globo! Foi melhor assim. A lâmpada é tão fraca que se tivesse com o globo era capaz de eu precisar de uma vela para me mover no quarto.
Os caras desceram, mas como eram muitos, peitaram o guarda, fizeram o ônibus parar mais a frente e entraram sem pagar. Chegou um carro da PM com mais policiais.
Nesta hora, fiz sinal pro primeiro ônibus que apareceu indo pra zona norte.
Pra sair daquela confusão, pegamos um táxi até Ipanema. De lá, eu ia pegar o famoso 457. Estou chegando sozinha à Praça General Osório, onde ele faz ponto final, e vejo um ônibus partindo. O sinal fecha, atravesso e penso:
– Que bom, vou conseguir pegar este que já está de saída.
Qual o que! Quando vou chegando perto, vejo um PM dentro do “coletivo”, de cacetete em punho, mandando todo mundo descer.
Tratei de me afastar dali. Vai que o “meganha” resolve sacar o berro? Ia ser tiro pipocando pra todo lado e não ia custar pro melado de alguém escorrer e eu não queria que fosse o meu.
A praça estava escura e com quase todas as lojas fechadas.
Só foi divertido porque rimos mooooito! Eu e Nara falamos das loucuras das nossas famílias. Foi bom saber que não sou a única premiada com um pai doentinho.
Outro ponto negativo: a guerra, que não houve. Estava o maior clima de “paz”... Homens maravilhosos que não chegavam em ninguém! Todo mundo ficou no 0x0.
Quando estávamos indo embora, um menininho lindinho, queimadinho de sol, me abraçou e disse que eu era linda. Agora, chuchu??? Eu estou linda desde às 17h te esperando e nada! Agora, na bagaceira, que você vem me cantar???
Mesmo depois do “desfile”, os “ensaios” continuam no Clube Condomínio. Este clube não tem a menor infra-estrutura para suportar um evento como o ensaio do Monobloco. É pequeno e fica numa rua residencial. Ainda assim os ingressos custam R$15,00 e, segundo o JB reportou hoje, se esgotam às 20h e depois são vendidos por até R$50,00 pelos cambistas... Tá dando dinheiro a rodo, neh? Parar pra quê???
Já fui a um ensaio do Monobloco e a despeito do lugar, que é péssimo, da segurança, que não existe, e do preço altíssimo do ingresso, é maneiro. Eles conseguiram fazer uma mistura de ritmos interessantes. Não é samba, mas anima. Isto no ensaio, porque no desfile esta fórmula não funcionou.
Primeiro, o repertório não era dos melhores. Teve uma hora em que o locutor engrenou Azul da cor do mar, do Tim Maia! Isso é música pra Carnaval??? A galera ensaiou uma vaia, mas em respeito ao síndico, seguiu cantando.
Com o bloco já parado, puxaram “Viveeer e não ter a vergonha de ser feliz...”, samba do Gonzaguinha, mas repetiram a letra umas quatro vezes SEM BATERIA, só no gogó! Ah, fala sério!!! Se o barato do bloco é a percussão...
Monobloco é bloco de carnaval para quem não sabe sambar.
O bloco saiu e fomos atrás! Animadíssimas! Até que ele parou depois do Jóquei, em frente ao Jardim Botânico, e por ali ficou. O bloco empacou, minha gente! Ficou lá, paradão. E o pior é que a bateria parou também.
Chegamos cedo à Gávea e ficamos bebendo. Ou melhor, Nara e Roberta ficaram bebendo. Eu acompanhei com uma coca light. Antes de seguir para a concentração propriamente dita, peguei uma Xiboquinha. Pedi pro rapaz do bar caprichar porque era pra três. Ele colocou quase um copo americano de cachaça. Pensei:
– Putaqueopariu! Vou dar vexame!
Que nada! Não sei se eu venho adquirindo resistência ao álcool ou se aquela Xiboquinha estava batizada, só sei que parecia chá de canela com gengibre.
Quando entrei na internet ontem de manhã, a primeira coisa que fiz foi deletar Ele da minha lista do ICQ. Assim o fiz e qual não foi minha surpresa ao ouvir o oh-ou! e ver que era Ele que perguntava se não ia a praia!
Para você que não conhece, segue a letra de Tatuagem, de Chico Buarque e Ruy Guerra:
Quero ficar no teu corpo feito tatuagem
Que é pra te dar coragem
Pra seguir viagem
Quando a noite vem
E também pra me perpetuar em tua escrava
Que você pega, esfrega, nega
Mas não lava
Quero brincar no teu corpo feito bailarina
Que logo se alucina
Salta e te ilumina
Quando a noite vem
E nos músculos exaustos do teu braço
Repousar frouxa, murcha, farta
Morta de cansaço
Quero pesar feito cruz nas tuas costas
Que te retalha em postas
Mas no fundo gostas
Quando a noite vem
Quero ser a cicatriz risonha e corrosiva
Marcada a frio, a ferro e fogo
Em carne viva
Corações de mãe
Arpões, sereias e serpentes
Que te rabiscam o corpo todo
Mas não sentes
Lembro que desde pequena já gostava de tatuagens. Via os homens mais velhos aqui da rua com seus corpos desenhados e achava o máximo! Pra incentivar ainda mais o crescimento da minha tara precoce, minha mãe não cansava de dizer que tatuagem “é coisa de malandro”...
Chico Buarque e Elis Regina também tem sua parcela de culpa nesta minha fraqueza. Ele, por escrever uma poesia intitulada Tatuagem e ela, por gravar esta música com todo tesão que ela merece.
(Em um especial sobre Elis que vi na TV, tem um momento que ela canta esta música com o marido ao piano. Ela olha pra ela tão lânguida, tão sensual, que pensei que fosse comê-lo em frente às câmeras, em cima do piano. E o cara, cujo nome me escapa, estava morrendo de vergonha, todo tímido. Uma cena memorável.)
Sou tarada por tatuagens, mas não acho que combine com todo homem. É melhor um careta sem tatuagem que um querendo se passar por moderninho. Fica ridículo.
Apesar de adorá-las, mas eu mesma não as tenho. Acho que não combinaria comigo. Sou muito certinha pra isso.
Uma vez abocanhei a tatuagem de um carinha que eu mal conhecia em uma boate. Ele era mais novo que eu, todo bombado e com uma tatuagem e-nor-me na parte interna do braço, lugar perfeito. Resisti em ficar com a criança, digo, rapaz, mas diante do inevitável (era ele ou nada. O lugar era caidasso!), relaxei e aproveitei ao máximo o corpinho do bofe. Quando vislumbrei aquela tatuagem, não resiste: caí de boca! Foi assim, sem pensar, sem pedir licença, e ai dele se reclamasse de qualquer coisa!...
Queria ter saído pra ver se conheço gente nova. Faz tempo que não conheço um homem interessante. Desde setembro, só tenho pego figurinha repetida e isso, como você sabe, não enche álbum. (Se estas figurinhas ainda fossem mais assíduas...)
Reconheço que passei um tempo fechada na minha ostra. Sempre faço isso quando encaro alguma decepção, por menor que seja. Não nego. Mas meu período de reclusão já acabou! Agora, quero beijar na boca e ser feliz!
Que ódio de não ter saído ontem! Estava na fúria, doida pra beijar na boca! Pra piorar minha situação, também vou ficar em casa hoje. Nada pra fazer. Eu e Roberta fomos abandonadas às traças. O telefone não toca nem a caralho e quando toca, é Roberta pra expor seu desespero por estar em casa num sábado abafado como esse. Ainda por cima, tem baile funk no clube perto da minha casa. A equipe de som é nada mais nada menos que a Furacão 2000. Essa é pra fechar a tampa do meu sábado e jogar uma pá de cal.
Levei uma surra do banheiro hoje! Como estou desempregada, suspendi a faxineira, que vinha de quinze em quinze dias. Pensei que fosse dar conta do recado. Ledo engano...
Não posso usar produto de limpeza que tenha cheiro forte porque tenho alergia, então, tive que colocar mais força na vassoura. Saí descadeirada.
Semana que vem vou chamar a faxineira. Pago quanto ela quiser.
Hoje é aniversário da Tatá, minha mais nova prima. Morando na casa dos meus primos desde o ano passado, ela já foi adotada pela família. Ainda mais porque joga no Vasco, time da preferência de 90% dos Mattos...
Quando digo adotada, não é força de expressão, é fato mesmo. Sua presença já é contada em todos os eventos da família (só não entrou no amigo oculto porque foi passar o Natal com a “outra” família, que é de Brasília) e tem torcida certa nos jogos do Vascão.
Teve um jantar para comemorar a data. Pastinhas (Caco Antibes que não leia!) de atum com muuuuuita pimenta, ovos e ricota de petisco. Strogonoff de carne e salpicão de presunto estavam no menu. Para sobremesa, fiz um pavê de leite condensado, que ficou uma delícia, e tinha creme chinês. No “parabéns”, duas tortas. Comi a rodo!
Dá nojo olhar as amigas delas! Todas sa-ra-das! Sem barriga nenhuma. Altas como o que! Bebem ice tea e água mineral (nada de refrigerante! Mas eu bem vi uns copos que pareciam ser de caipirinha, porque ninguém é de ferro).
Uma delas ainda comentou:
– Amanhã (sábado!) vou ao Vasco fazer musculação.
E eu me achando A marombeira porque vou a academia de segunda a sexta...
Pra Táta, meus mais sinceros votos de felicidades e muitas conquistas no basquete (de preferência, no Vasco).
Descobri uma ótima aplicação para calcinha fio dental, que eu só usava sob saias e calças justas para não marcar. Ela é ótima para dormir. Ao contrário do que parece, não incomoda. Também é perfeita para ir a academia: além de não marcar a calça de cotton, ainda dá a sensação de que você não está vestindo nada (na verdade, você está vestindo quase nada mesmo...). Não tem aquele aborrecimento de ajeitar calcinha que entrou na bunda na hora do agachamento porque ela já está lá (na bunda)!
Já que objetivo da calcinha é não marcar sob a roupa, uma dica: prefira calcinhas de algodão porque marcam menos que as de renda e escolha um número maior que o seu, porque assim evita que destaque aquela gordurinha que pode ser que você tenha.
Eu detesto pessoas que desmarcam compromisso em cima da hora!
Se a Roberta detesta pessoas que não respondem emails, eu detesto mais ainda pessoas que desmarcam compromissos em cima da hora. Hoje eu tive o desprazer de ter que lidar com isso.
Sexta-feira é dia de programinha básico na Casa da Matriz. Já tinha combinado com a Roberta que iríamos e, à tarde, liguei para outra amiga, que costuma sair conosco, para saber se ela queria ir.
Ela disse que sim e combinamos aqui em casa mais ou menos às 23h30. Eu tinha um jantar, mas a esta hora já estaria pronta esperando por ela. Como sempre fazemos, ela me pegaria aqui de carro.
Avisei que o celular está escangalhado, então, não o levaria para o tal jantar.
Cheguei do jantar às 23h e liguei para ela para avisar que já estava em casa. Ela atendeu com voz de sono e disse que não ia:
– Eu tentei ligar pro seu celular.
– Eu falei que não ia levá-lo.
– Mas eu pensei que tivesse levado.
– Eu avisei que estava escangalhado.
– É que eu estou com gripe, dor de cabeça...
Desliguei o telefone quicando de ódio! Se à tarde ela tivesse esboçado a menor intenção de não ir, eu teria arrumado a minha vida com a Roberta e, se ela quisesse nos encontraria lá.
Porra, se está na dúvida, não se compromete! Ainda mais porque sabia que não poderia se comunicar comigo mais cedo para avisar que tinha desistido de sair...
Justo hoje que a Roberta ia estar de bobeira em Laranjeiras desde às 22h, quando saísse do trabalho... Eu poderia ter saído cedo de casa, nos encontraríamos para comer qualquer coisa e seguir pra Matriz na maior calma do mundo!
Acabou que não saí. Onde moro, é um perrengue sair de ônibus. Ainda mais a esta hora.
O ônibus que vai para o centro passa por volta das 23h30 e depois só à meia noite e meia! Já eram onze horas quando desliguei o telefone, até que me arrumasse, sairia, no barato, às 23h40, meia noite. Ou seja, teria perdido o ônibus das onze e meia e ficaria plantada no ponto até a meia noite e meia. Seguiria até a Cinelândia, onde pegaria um táxi ou um ônibus até Botafogo, completando uma viagem de no mínimo 50 min. Assim, já chegaria na Matriz mais de uma da manhã, horário em que fila começa a crescer, ainda mais porque hoje tinha festa de jornalista...
O que mais me emputece é que daqui a pouco começam as minhas aulas de espanhol (que são sábado de manhã) e aí não saio mais às sextas pra não chegar cansada no curso.
Ontem fui dormir as 2h da manhã e tinha decido não ir a academia porque teria que acordar cedo (às 7h).
Não é que o telefone toca às 8h e, só pra sacanear, não tinha ninguém em casa, além de mim, pra atender???
O pior vem agora. Sabe quem era? A faxineira pra dizer que está com saudades... Ninguém merece...
Reproduzo mais um email aqui. Este é da Alessandra, vizinha virtual que não conheço pessoalmente.
Oi Ana! Gostei muito do seu blog sim, e voltarei sempre pode deixar! ;o) Eu vi o link pra ele no EOTA e no blog da sua amiga Roberta. Vou aguardar o endereço da loja. Ah, meu blog é o http://grownupkid.weblogger.com.br Grande beijo! Alê! =)
Ainda não peguei o número da loja. Assim que consegui-lo, divulgo aqui.
Vai,Serginho me escreveu perguntando isso e resolvi responder no blog porque sei que outros, mais cedo ou mais tarde, farão esta pergunta.
Meu apelido em casa é Bélia. Minha irmã quem colocou. Não quer dizer nada, só Bélia mesmo. Minha irmã tem a mania bizarra de colocar apelidos que não tem nada a ver com o nomes nas pessoas. Por exemplo, minha prima Natália, ela chamava de Maria Antônia; a Andréa, de Sivuca; o Rafael, de Zildo.
Meu apelido já foi Nilda, mas mudou pra Bélia não sei porque. Ela falava Bélia, Célia, Délia, Félia e assim por diante seguindo o alfabeto pra mudar a primeira letra. Um dia cansou e ficou em Bélia.
Todos os outros apelidos morreram (Maria Antônia, Sivuca e Zildo), mas Bélia ficou.
Quem sofre agora com sua sanha por trocar nomes é Lara, sua filha. Minha irmã já a chamou de Plic, Smiksi, Esgule (de esgulepada. A empregada da minha irmã diz: “Ah, mais essa menina é muito esgulepada...” Vai saber o que é esgulepada!)...
A Cristina também estava se formando ontem. Na hora que chamaram o nome dela, eu estava de pé, próxima ao Cesinha e vi uma cena linda: ele levantou e aplaudiu a namorada de pé!
Ontem foi a formatura da minha prima Fernanda. Ela também estudou na UERJ, por isso ir a sua formatura foi como voltar ao passado. Revivi a minha cerimônia de colação em cada detalhe. Lembrei de tudo! E deu uma saudade...
Terminar o curso superior foi uma vitória pra mim, que venho de uma família com poucos bacharéis. Era um sonho que se tornou realidade. Quando digo isso não é força de expressão, não, é fato mesmo. Eu e minha irmã sempre fomos incentivadas a estudar e, enquanto nossas colegas pensavam na cerimônia de casamento, nós imaginávamos a formatura.
Me formei há três anos. Lembrei das minhas esperanças naquele momento, dos planos, e fiquei analisando o que aconteceu neste tempo. Já me formei desempregada e agora estou na mesma situação. Que ironia!
Quando dizem que os tempos de faculdade são os melhores da vida, estão certos. Pudesse voltar atrás, aproveitaria mais (e olha que acho que aproveitei!).
A faculdade mudou minha vida! Primeiro, porque passei dos limites do Méier, segundo, porque estudei à noite. Aprendi a me virar (mais) sozinha.
Convivi com pessoas completamente diferentes de mim, que contribuíram para algumas mudanças de atitude e opinião. Aprendi a aceitar a diferença, a ser mais tolerante. Só por isso, a faculdade já teria me valido a pena, mas nela também fiz amigos que sei que serão para vida toda, mesmo que os caminhos se afastem.
Indiretamente, a faculdade ainda me proporcionou mais uma alegria. Terminei o segundo grau e, naquele ano, não passei no vestibular. Acabei fazendo curso pré-vestibular com duas amigas de ginásio. Foi ótimo voltar a estudar com a Renata e a Viviane! Ainda conheci a Luciene, uma amiga muito animada que infelizmente não vejo mais... Passei na prova de 95 e entrei em uma turma maravilhosa! A melhor que a FCS já viu, que me desculpem as outras, uma reunião de pessoas animadas, inteligentes e amigas que marcou minha vida para sempre.
Como havia contado, pintei os cabelos de acaju. Quer dizer, pintei, não. Só passei xampu tonalizante. Gostei do resultado.
Eu tenho cabelos pretos e alguns fios brancos. O xampu cobriu os brancos, deixando-os com um tom meio dourado, meio vermelho e imprimiu um leeeve vermelho aos negros.
Esta foi a primeira vez que usei o xampu em casa (da outra vez, foi no salão). Deu menos trabalho que o esperado.
Não fiquei com orelhas ou testa vermelha, como temia, e minha irmã achou que o cabelo ficou mais brilhoso. Em verdade, ele fica uma palha. Deixar de usar condicionador, nem pensar! Outro inconveniente é que a tintura sai em 20 lavagens e adivinha pra onde ela vai? Pra toalha! Sorte que não mancha...
Virei fã e já estou pensando qual será a próxima cor... Framboesa? Chocolate? Hummm... Que delícia!
Perdão, mil vezes, perdão! Ando tããão distraída...Só agora caiu a ficha...
Recebi dois emails perguntando sobre uma loja e não estava entendendo nada! Já ia escrever para as remetentes perguntando se elas tinham usado drogas pesadas, mas agora lembrei: é a tal loja barateira que eu falei.
O idiota só me dá forward de email, nunca me escreve uma palavra. Desta vez ainda me encaminhou uma mensagem que ele mesmo já havia me mandado. Poxa...
Outro dia escrevi "posso" no lugar de "poço" e ninguém pra avisar, hein... Só minha prima que é doente com ortografia, gramática e afins e não pode ficar sem corrigir uma pessoa, pra me dar o toque. Obrigada, priminha. Continue sempre alerta.
Acho que o pessoal da Globo andou lendo o blog da Roberta... A música de abertura sugere que façamos sexo e o título da novela é Desejos de Mulher, "donde" conclui-se que as mulheres desejam SE-XO!
Consegui estragar a blusa de malha com a qual eu pretendia ir a academia amanhã. Resolvi cortar as mangas porque tem feito muito calor e eu suo demais. Mangas cortadas, achei que sem gola ia ficar melhor. Decidi tirar também no comprimento, porque ela batia quase no meu joelho.
Como não tenho a menor habilidade manual, a camiseta ficou uma merda. Onde cortei ficou tudo picotado. Parece que usei aquelas tesouras de picotar que a gente usa pra enfeite de festa de criança.
Ficou parecendo a roupa da Bete, dos Flinstones.
Conclusão, não vou usar a blusa nem amanhã, nem nunca mais e ela vai pro lixo porque não tenho coragem de passá-la adiante...
Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei
Eu te estranhei
Me debrucei
Sobre teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
No teu peito (Nos teus pelos)*
Teu pijama
Nos teus pés
Ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta
Reclamei baixinho
Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que inda sou tua
Só pra provar que inda sou tua...
* verso original vetado pela censura
Atrás da porta – Francis Hime e Chico Buarque/1972
Nada, não. É que estou ouvindo um CD da Elis que tem esta música. Eu adoro a letra, adoro o Chico e adoro a Elis cantando esta música.
Fui ao supermercado. Não preciso nem dizer que tinha produto com preço errado, neh? A gelatina sem sabor marcava R$1,38 na gôndola e R$1,65 no caixa...
Fui numa loja de ponta de estoque aqui perto de casa. Tinha tanta coisa boa! Tem saias a R$5,90, vestidos de festa a R$14,90 e biquínis a R$7,90. Tudo baratinho! Claro não dá pra comprar roupas brancas, por exemplo, porque elas estão cinza, mas poucas são as com defeito. A maioria é peça única, de coleções passadas, mas de confecções conhecidas.
Qualquer clubber ou menininha da geração ploc, sai de lá vestida pra night. Eu mesma gostei de um top, justo, no estilo A Padroeira, que dá destaque ao colo. Ele era verde claro e tinha babado branco no decote. Ia arrasar na casa da matriz!
Vi também uma saia vermelha, de pregas, como as saias de escola. Pra quem não sabe, está na moda entre o pessoal da Loud! e ainda agrada aos taradões de meia idade e se amarram em colegiais...
É o Mercado Mundo Mix do subúrbio!
Tem muita coisa de shantung com galões, fazendo o estilo indiano. Dá até pra ir a um casamento sem fazer vexame.
Quero voltar logo ao mercado de consumo pra fazer a festa por lá!
Às meninas que se interessarem: estou organizando excursões à loja. Email me.
Acabei de ver uma entrevista da Cássia Eller no Sem Censura, da TVE. Me deu um nó na garganta de ver que aquela voz, aquele sorriso lindo e todo o seu talento se foram.
Soube de sua morte em Ponta Negra, onde fui passar o ano novo. De pronto, sentei perto do som, coloquei o fone de ouvido e ouvi dois CDs seus que encontrei na case dos meus primos. Não chorei porque teria sido ridículo. Minha família jamais entenderia meu choro por uma pessoa que eu nem conhecia e, além de tudo, era “sapatão e drogada”...
Mas aí é que está: parece que morreu uma amiga minha. Lamento sua perda como se a conhecesse. E lamento muito, profundamente, o que estão fazendo com ela depois de morta. Esse julgamento, essa exposição que ela sempre procurou evitar... Me embrulha o estômago...
Ele descreve praticamente todo o ato sexual, com riqueza de detalhes, e as mulheres sempre gritam “Vai, Serginho!”. Uma ode a vulgaridade, sempre executada no último volume.
Já era perto de uma da manhã quando descemos na Lapa.
Cheguei sedenta. Me atirei em uma coca light e depois em um Orloff Ice. Estou in love com estes suquinhos! Não me deixam tonta nem com sono, como as outras bebidas alcóolicas. É uma opção para a coca light de sempre. Um tanto cara (R$6,90), mas uma opção.
Gosto de ir a festas onde não conheço ninguém. É uma sensação inigualável de liberdade! Ontem teria sido assim, se não estivesse lá um ex-colega de trabalho.
Tinha muito mais mulher do que homem e maioria era feia. Fiquei de olho em um anão (a estatura média do brasileiro está diminuindo), a cara do Caio Blat, aquele ator que fez o anjo na novela Um anjo caiu do céu.
Ele me deu umas olhadas, cantou uma barriguda (parecia uma serpente que engolido uma rã) e chegou na Roberta (olha o caô do idiota: disse que uma vez já tinha cantado ela na Casa da Matriz e ela o mandou passear. Então, o imbecil leva um toco de uma mulher e, não satisfeito em tentar conquistá-la de novo, ainda lembra a ela o fora que levou??? Num tô dizendo que o aproach masculino está indo e mal a pior...).
Enfim, o mané não foi falar comigo, que parecia ser a única disposta a beijá-lo.
No fundo do posso do mau humor e ainda com um bode preto do lado, aceitei o convite da Roberta de ir a festa de aniversário de um amigo dela.
A festa era no Ernesto, na Lapa. Como sempre fazemos, fomos de ônibus e, como sempre acontece, ele demorou. Já estava com sede, sono e pensando se não teria sido mais jogo ficarmos em casa, fazendo a unha e passando o depilador nas pernas...
Esperamos mais de uma hora pelo infeliz que estava repleto de criaturas bizarras que rumavam para o Garage, na Praça da Bandeira, e outras igualmente estranhas, que iam ao ensaio da Mangueira.
Um dos doentes travestido de roqueiro underground, abriu a mochila ensebada e tirou de lá o que ele chamou de mascote: um rato branco.
Viajamos 30 minutos em companhia de um rato branco!
Ela não vivia na mídia falando mal dos outros, não apresentou sua gravidez no Faustão, não fingiu estar apaixonada por um por um homem para jsutificar a gravidez, não vendeu seu parto pro Jornal Nacional, não fez comércio com a festa de um ano de seu filho, nunca posou pra Quem, nem foi ao castelo de Caras... Ela não merece isso que estão fazendo.
Ligou hoje, mas se comportou direitinho. Hehe.
Anda meio caidinho, meu PA...
Amorzinho, quando precisar you just call out my name/ and you know/ wherever I am/ I'll come running...
Meu mais sincero respeito e profunda admiração pelas mães, avós, tias, professoras, babás e todos que cuidam de criança.
Hoje a Lara estava impossível. Ela já chegou da creche irritada com a roupa (que era de frio e ela é uma tampa de chaleira). A pobre tem todo o direito de estar irritada. Afinal de contas, todos nós temos nosso dia de “estar com a avó atrás do toco”, mas cuidar de uma criança assim é dose!
Nossas dependências estão franqueadas a sua visitação
Foi coincidência, mas ainda pela manhã tive o prazer de receber duas amigas aqui em casa: Adriana, que dormiu aqui, depois da furada de ontem a noite, e Roberta, que veio almoçar.
Quando precisarem, é só chegar. Vocês são sempre bem-vindas.
Já que o governo não faz nada pra acabar com o mosquito da dengue, meu pai resolveu fazer. Comprou remédio e uma bomba de flit e está pulverizando a casa inteira. Temo que ele queira imunizar meu quarto. Tenho alergia a cheiro forte. Tranquei a porta e coloquei o som berrando. Acho que ele vai pensar duas antes de entrar aqui.
Desta vez, foi no Mc Donalds. Pedi uma número 1. Como tinha mais de um mês que não ia no Mc, não sabia que estava este absurdo de caro: R$6,20! Um roubo!
Pra começar, a atendente era lenta e eu estava com presa.
Minha conta deu R$7,30 e eu paguei com uma nota de R$50,00. Não tinha os trinta centavos trocados, ela não tinha vinte para me dar de troco.
– Posso lhe dever vinte centavos?, perguntou ela, fingindo simpatia.
– Posso lhe dever trinta?, argumentei, sorrindo.
Disse que voltaria depois de comer para saber se ela tinha meu troco. Que fique claro: não é pelo valor do dinheiro, mas pela falta de respeito com o cliente. Eles não têm troco e fica por isso mesmo??? Então, arredonda minha conta para menos, ora bolas...
Claro que não parou por aí. Não tinha batata frita pronta. Fui me sentar e a pedi que ela levasse a batata para mim. Terminei o BIG MAC (veja bem, não comi um hambúrguer e sim, um BIG MAC, portanto, demorei mais) e ela não trouxe minha batata.
Voltei ao caixa:
– Você não levou minha batata, Cláudia (sua vaca)...
– Eu ia levar, senhora(senhora é a puta que te pariu).
– Agora não precisa, eu vim buscar. E quero meus vinte centavos.
– Eu não tenho vinte centavos, senhora(senhora de cu é rola), disse ela irritada.
– Ah, mas você VAI TER QUE TER, retruquei, controlando-me para não gritar. Se necessário fosse, eu ia faze-la parir as moedas.
Um segundo atendente pegou a batata e, também sem disfarçar a irritação, me entregou uma moeda de R$0,25 que tirou do caixa da galinha, ou seja, aquela indolente tinha o troco e não ia me dar!
Engraçada era a cara de um negão que aguardava seu lanche no mesmo caixa. O homem me arregalou uns olhos de pavor...
Agora eu entendo porque já teve tanta lanchonete Mc Donalds metralhada...
Existe coisa mais patética que um homenzarrão, fortaço, ficar levando a ponta da camisa da boca ao nariz, freneticamente? É assim que eles ficam usando lança.
É como palitar o dentes: só deve ser feito no banheiro, sozinho e de luz apagada.
Depois do paulista Supla exaltar sua Japa Girl, é vez do carioca Rogê declarar-se apaixonado por uma gatinha de olhos puxados. Na música cheia de clichês, ele pede:
O que deveria ser o destaque da noite, foi a decepção (embora para mim, tudo fosse decepcionante).
Marcado para às 22h, o show começou mais de uma da manhã. Até aí tudo bem, o evento é uma festa e não só um show, como explicou a moça do Clube JB (Aliás, uma velha conhecida de quem estudou na FCS, prova viva de como o tempo é implacável...).
Sobe ao placo Rogê(?) e sua banda. Eleito muso pela revista Domingo, do JB, e namorado da também musa Cinthia Howllet, o cara pensa que é cantor. Apresentou algumas musiquinhas meia-bomba, de ritmo dançante e letra rasa. Ô criaturinha lugar comum...
Alterando a ordem de apresentação, entrou Fernanda Abreu, que deveria ser o destaque da noite e portanto, a última. Não sei se porque estava longe, ela não me passou nenhuma empolgação. Cantou quatro músicas, sendo que a primeira (Jack Soul Brasileiro) começou fora do ritmo.
Por fim, Seu Jorge. Também arranhou quatro músicas, falou que ali só tinha playboy gente boa e ensaiou um discurso sem sentido sobre a Argentina. Ninguém estava muito interessado na Argentina mesmo...
Eu não compro roupa no Forum de Ipanema. Eu não tinjo meus cabelos neste tom. Eu não freqüento o posto 9. Eu não como saladinha com suco de clorofila da Keka. Eu sequer tenho carro. Eu não calço sandalinha de dedo rasteira combinando com a calça capri. Eu ainda não comprei meu lenço. Eu não fico bem de branco. Eu não fumo. Bebo pouco e só transo de camisinha.
Nunca me senti tão deslocada em um lugar. Parecia que era uma festa particular e eu era penetra. Acho que TODOS tinham um conhecido por lá.
A mulherada parecia saída de um edital de moda. Todas magérrimas, de piercing no umbigo, pele bronzeada e cabelo liso. Os homens também resplandeciam a beleza dos bem nascidos. É a juventude criada a leite B.
Só faltou o grito do Simpatia é quase amor: “Alô, burguesia de Ipanema!”
O evento tem mais infra que os outros shows de sambalanço que também aconteciam na Marina. Apesar de ter barata, o banheiro é de alvenaria, muito melhor que aqueles malditos banheiros químicos.
Só as latas de lixo que chegaram atrasadas: apareceram no salão quando muita gente já tinha esvaziado algumas latinhas de cerveja.
Não gaste seu rico dinheirinho neste projeto de verão Rio de Verdade nas Quintas de Janeiro (com um nome desses, não podia ser boa coisa...). É uma merda! Eu fui ontem de graça e ainda assim saiu caro.
Enquanto não tenho comentários, reproduzo aqui os emails que recebo. Esse foi o da Paty.
Ana, vc é doidinha mesmo! Quem lê esse negócio?? Eu não escreveria o que eu faço no meu dia nem por muito dinheiro. Mas é legal poder ler o seu, assim posso ficar sabendo das novidades. Beijos, Paty
Mais uma leitora para minhas bobagens. Oba!
Um beijão pra você, Paty.
Bem que eu tento, mas não consigo sair com o pretê.
Depois de meses sem nos falarmos, ele me ligou antes do Natal. Época de final de ano é ruim mesmo pra sair, muita correria, muita coisa pra fazer, viagens e blábláblá. Então, marcamos de sair depois do reveillon.
“Parece até uma coisa”, como diz minha mãe. Nossas agendas não batem um só dia! Pra piorar a situação, o cara mora loooooonge...
Vou acabar pegando meu crachá de biscate e caindo na vida novamente.
Quem mora no estado do Rio de Janeiro já deve ter assistido ao comercial do jogo Toto-bola especial de verão.
A cena mostra, em primeiro plano, um casal anunciando o produto. Ao fundo, três casais jogam bola. É patético! Eles ficam jogando a bola um para o outro, sem a menor animação. Até cortar a unha é divertido que aquele jogo!
Tem uma hora em que uma das antas do sexo feminino, justamente a mais perto da câmera, não pega a bola e tem que ir buscá-la fora do enquadramento. Um primor!
Estou dando pulos de alegria! Recebi um email de um cara que eu não conhecia, me parabenizando pela minha “virgindade poética”.
Achei isso o máximo! É a tal relação de vizinhança que cria-se com os blogs. Você faz relacionamentos com pessoas que estão distantes e eles acabam ficando próximos, íntimos.
VALEU, JOSÉ AUGUSTO!, meu mais novo vizinho virtual e fã número dois, como ele disse.
Júnior, meu sobrinho pirocudo(ok, ok, não sei se é realmente, mas também não vou jogar contra o rapaz, não é?), reclamou que não falei sobre ele no meu blog.
Taí o que você queria!!!
Aproveito para parabeniza-lo pelo novo emprego e desejar-lhe boa sorte. Esse menino promete!
Em tempo:
Eu não vou ficar para titia, eu sou a própria. Pra começar, já nasci tia. Meu irmão foi mais rápido que meu pai e saiu na frente tendo o Júnior, aos 19 aninhos. Somos do mesmo ano, Júnior e eu, mas ele é de maio e eu de outubro.
Depois, vem a Aline, minha sobrinha pentelhuda. Também não sei se é pentelhuda. Suponho que sim, pela idade. Ela tem 16 anos.
E agora, chegou a Lara (por causa da Croft), minha sobrinha e afilhada pestanuda (tem cílios imensos!), filha da minha irmã.
Escrevi para alguns amigos para divulgar meu blog. Alguns deles não circulam muito pelo mundo virtual e não conheciam “esse negócio de blog”, mas claro adoraram. Olha o que uma amiga mandou:
Aninha, que doideira esse negócio de blog! vc sempre aparece com estas novidades internéticas. Qual é o conceito disso? Vc escreve e manda para os outros lerem? Legal, parece uma revista só que pessoal. Ótima maneira das pessoas saberem como andam as coisas...
Um beijão, Mari
Pois é, Mari, blog é isso aí. É revista pessoal, é diário, é o que você quiser! É o espaço para você falar ao mundo o que te der na telha. Do it!
Com ainda não dei uma geral no barraco, ainda não tenho link de comentários. Mas quem quiser se manisfestar sobre estas mal traçadas linhas, escreva para mim.
Claudio, meu amigo virtual, tatuado, cheio de piercing, com cara de louco (é o que ele diz!), escreveu pra dizer que achou meu blog divertidíssimo!!! Iu-pi! Fiquei super feliz!
Gente, esse cara tinha um blog tão maneiro (pena que ele tirou do ar...) que eu fiquei até meio assim, assim de mostrar o meu pra ele. Pensei que ele fosse achar muito infantil, mas não! Ele gostou!
Como Vanessa comentou em seu mais novo blog Prosopopéia, eu também conto minha vida antes e depois da virilha cavada.
Fui apresentada ao mundo Pello Menos por minha amiga Roberta, que exaltou a técnica do instituto e, principalmente, ao modelo virilha cavada.
Tomei coragem e experimentei. Gente, virilha cavada é tudo de bom! Minha auto estima vai nas alturas quando faço esta depilação.
Para quem não sabe, virilha cavada compreende a eliminação dos malditos pêlos da virilha, dos lábios e do ânus. Fica tudo lisiiiiiinho! É tão bonitinho!!!
A posição é que não é das mais agradáveis (frango assado perde!), mas, quando você vê o resultado, o constrangimento vai embora e você já planeja quando será a próxima vez.
A dor também perde toda sua importância diante da delícia que é ter uma xoxota igual a dos filmes pornôs.
Ah, ainda bem que tudo na vida tem seu lado bom: é gostosinho sentir a cera quente na pele. Dá até um barato.
Depilei as pernas, fiz massagem nos cabelos e pintei as unhas. Tudo all by myself, o que é raro, pois falta-me destreza, habilidade manual e paciência para tais tarefas.
Para ficar toda mulherzinha (e não quase toda), faltou fazer as sobrancelhas, que estão parecendo duas taturanas.
Fui questionada sobre minha virgindade, que comentei em um post. Ora, este blog é meu e nele tenho licença poética para ser o que quiser.
Se as Delícias Cremosas são mulheres liberadas que sabem tudo de sexo e até publicam manuais, por que eu não posso ser a antítese destas personagens e encarnar uma virgenzinha, pura e imaculada?
No Rio, está caindo uma chuvinha chaaaaata, daquelas que minam encostas lentamente e, em segundos, fazem desabar barracos; daquelas que formam uma fina camada de água no asfalto e fazem o pneu deslizar; daquelas que vêm junto com vento frio que perturba a vida de quem dorme na rua...
Às vezes, durante alguma atividade física, a gente é obrigada a ficar em posições ridículas, como no 4 apoios.
Hoje, descobri que este exercício pode ser ainda mais patético, se você o faz em uma espécie de cadeira própria para ele. Você fica de joelhos sobre um degrau, apoia o abdome em um degrau mais alto e os braços ficam na mesma altura das pernas, sobre outro patamar. Sensacional! A impressão que dá é que algum malhador descompensado vai te carcar! Ainda bem que tiveram o bom senso de colocar este aparelho no cantinho da sala, longe dos espelhos, pois, se a cena em si já é esdrúxula, imagina refletida por todo o ambiente...
Consegui malhar! Ontem fiz um ceia para garantir energia para a manhã. Acordei bem disposta e fui à academia.
Caramba, a professora arrasou com a gente. Acho que ela foi formada no Doi-Codi e não na UFRJ... Que tortura de aula!
O aquecimento foi com step. Devido a minha falta de coordenação motora, paguei vários micos tentando acompanhar os exercícios. Trabalho de perna, bumbum, braços e abdominais dos mais diversos. No final, pingava no colchonete e até minhas pernas estavam suadas.
Como chovia, aproveitei para ficar por lá e montar logo minha série de musculação. A professora foi muito boazinha e colocou exercícios facinhos e básicos, como eu pedi.
Já tenho link em dois blogs: no mundo estranho da Roberta, amiga que me apresentou o fantástico universo dos blogs, e no Eu odeio trabalhar aqui de um amigo virtual, cujo nome não posso revelar, afinal, o cara detona a empresa onde trabalha...
Só falta a Fernanda criar o blog dela e colocar meu link lá. Tô esperando, hein, garotona!
Ganhei mais uma promoção do Clube JB: dois ingressos pro show da Fernanda Abreu e Seu Jorge no Projeto Rio de Verdade nas Quintas de Janeiro (que nome bizarro!), na Marina de Glória, esta quinta. Iu-pi!
O Video Show de hoje foi especial sobre os pais. Mostrou várias cenas de novelas e seriados envolvendo pais e filhos e artistas famosos falando sobre momentos inesquecíveis com seus pais. Bem emocionante. Me fez lembrar Vinícius de Moraes sobre seu pai:
“Se Clodoaldo Pereira da Silva Moraes e eu trocamos dez palavras durante a sua vida, foi muito. Bom dia, como vai, até a volta – às vezes nem isso. Há pessoas com quem as palavras são desnecessárias. Nós nos entendíamos e amávamos mudamente, meu pai e eu.”
Minha relação com o Lélio é assim. Quase muda. Não posso dizer que gosto disso, mas me acostumei assim e me sinto confortável neste situação.
Minha afilhada e sobrinha pestanuda, Lara, finalmente falou titia. A menina já fala mamãe, papai, vovó, vovô, Diva (empregada da minha irmã), Dalva (empregada da minha casa), Disquete (nome do gato da minha irmã), miau, au-au, gato, sapo, pipa, coco, água, boi (que quer dizer biscoito), enfim, um vocabulário vasto para seu um ano, um mês e quatorze dias... Mas tia, que é bom, nada.
Podia ser tia, titia, dindinha, até Ana, que é curtinho, estava valendo. Repeti tantas vezes que, quando estava indo embora da casa dela, a menina falou:
Na outra encarnação eu devo ter sido um vendedor, mascate, caixeiro viajante e devo ter passado muita gente pra trás, não é possível! E hoje pago por isso, me aborrecendo com os comerciantes.
Fui colocar uns currículos no correio. Levei R$10,00 e R$0,08 em moedas, que era o que tinha em casa de trocados. As cartas deram R$1,80. Acredita que mulher não tinha troco pra dez Reais??? Olha que era 9h15 da manhã, a agência tinha acabado de abrir, ou seja, eles já abrem sem troco! E é um estabelecimento que lida com quantias pequenas e quebradas...
Além de não ter o meu troco, a vaca da atendente ainda quis me devolver as cartas e o dinheiro dizendo que eu ia ter que esperar entrar dinheiro trocado. Claro que fingi que não ouvi, não peguei as cartas que ela me estendia de volta, nem me movi do lugar onde estava. Vendo minha inércia, ela perguntou ao outro caixa se ele tinha o troco. Ele tinha.
Saí de lá e fui a farmácia comprar absorvente diário(aquele pequenininho, bom de usar no fim da menstruação). Na gôndola, marcava R$4,20 o pacote com 40 unidades. Na hora de pagar, a máquina registrava R$4,55. Ai, minha Nossa Senhora dos Pentelhos Compridos!!! Respirei fundo, contei até dez e argumentei com o caixa que na prateleira estava outro preço. O cara confirmou minha informação e pegou os quatro e vinte.
Hoje acordei cedo para ir a academia. Até fui, mas passei mal e não e fiz a aula de alongamento. Saco! Como diz minha mãe, “parece até uma coisa...”(minha mãe acha que tudo que acontece de ruim é fruto da inveja e cobiça alheia. Mas quem pode querer que eu não volte a malhar e ficar com aquele corpo sarado, gostoso, light e 0% de gordura? Ah, sim, a Sheila Carvalho, porque se eu fico toda boa, ela perde o título de mais sexy do universo. Pára de fazer mandinga pra mim, ô Sheila!)
Mas eu sei "a coisa" que me deu. Sempre tenho isso quando não janto. Na manhã seguinte, acordo com ânsia de desmaio, visão escura e suor frio.
Se eu não fosse virgem, pensaria que estou grávida. Tive enjôo na quarta passada; no sábado, mais enjôo, dor no estômago e cólicas e hoje este piripaque.
Minha última refeição no dia anterior foi um lanche às 18h. Depois, só chupei uma laranja e comi uma porção de passas antes de dormir, já por volta das 23h. E mesmo assim, só comi isso porque TINHA que comer, fome mesmo eu não tive.
Embora tenha tomado café da manhã, não deu tempo do corpo metabolizar o alimento e fiquei sem energia. Também, só pra chegar até a academia caminho 15mim em ladeiras e subo quatro lances de escada (se quisesse poderia voltar pra casa porque já teria me exercitado o suficiente...).
Pelo menos pude ver que o cara da academia é atencioso. Ele me levou para fora da sala, umedeceu minha toalha com água gelada pra eu colocar na nuca e por várias vezes perguntou se eu tinha melhorado. Tudo bem, isso era o mínimo que ele podia fazer, mas tem gente que nem isso faz.
Enquanto me recuperava na recepção, fiquei olhando um quadro que tem os diplomas de todos os professores. Achei isso legal. Todo mundo sabe que em Educação Física tem muito picareta, principalmente em academias pequenas, e isso de colocar o diploma valoriza tanto o profissional, quanto o estabelecimento. Além disso, me poupou o trabalho de apurar se os professores são formados. Pode parecer neurose, mas eu sempre faço isso. Como quem não quer nada, puxo papo sobre faculdade só pra saber se o cara é formado.
Por volta das 22h, toca o telefone. Atendo. Um homem, de voz tranqüila e clara, pergunta por Felipe. Digo que aqui não mora ninguém com este nome.
– Aí não é a casa da Fulana e da Beltrana?, pergunta.
– Não, não é.
Engraçado que a voz era idêntica a de um ex-casinho. Mais engraçado ainda é que há umas duas semanas ligaram para o celular e perguntaram se era o telefone do Felipe.
Das duas, uma: ou o imbecil trocou meu telefone com o do tal Felipe, ou está querendo falar comigo e não tem coragem. Ai, como eu queria que fosse a segunda opção...
Você já viu umas calcinhas que têm um detalhe na frente como se fosse uma rede? É um trançado fino, de +ou- dois centímetros de largura. Pois é, cheguei a conclusão que odeio estas calcinhas. Tenho quatro neste estilo e detesto todas elas. Sempre que visto uma(e agora estou vestindo uma), me aborreço. O tal detalhe literalmente corta a xoxota ao meio! Um saco!
Como falei, este casal merece um post a parte. Foram meus calouros na faculdade, onde se conheceram. Não tenho muita intimidade com eles, apenas nos encontramos na night, mas isto já é o bastante para que os admire “enquanto” namorados.
Estão sempre juntos, embora não grudados. Dançam o tempo inteiro. Trocam carinhos, nada de toques ousados em público. Fumam e bebem na mesma proporção. Detalhe: ele sempre acende os cigarros pra ela. São parecidos até no visual, meio hippie, meio largado. Ele tem os cabelos enrolados e ela, lisos, mas do mesmo comprimento.
Vida longa a este casal que me transmite paz e tranqüilidade!
A Casa da Matriz não estava tão cheia como o habitual porque teve o primeiro ensaio do Monobloco, o bloco de carnaval da moda no Rio. Chegamos por volta da meia noite.
Estava dançando, quando vejo cruzar a porta uma figura que parecia ser o Paulo, um amigo de faculdade que eu amo (qual eu não amo???). Lancei-me no seu pescoço na mesma fração de segundo que o reconheci. Ele levou um meio susto e eu, por um instante, pensei: “Puta que o pariu! E se não for ele?!” Ainda bem que era. Bem, se não fosse teria conseguido um negão lindo pra curtir a night.
Também estavam lá outras amigas dele e uma casal amigo nosso, o Cesinha e a Maria Cristina (que de tão especiais merecem até um post).
Dj Janot estava inspirado e só tocou musicão. Teve Chico Buarque, Roberto Carlos, Sandra de Sá e um set sensacional de hits dos anos 80. Me acabei com Ursinho Blau-blau e Sexo! ,do Ultraje a Rigor. Atendendo aos nossos pedidos, a fantástica Maresia (meu hino!), de Antônio Cícero e Paulo Machado. Nesta hora, eu dancei completamente possuída! Berrei cada verso a plenos pulmões! No final, ele tocou sambões. Em Cachambu, com Almir Guineto, eu sambei freneticamente. Acho que valeu por uma semana de academia.
A freqüência masculina estava em baixa, tanto em qualidade, como em quantidade. Sem falar na falta de tato na hora do aproach. O comportamento dos homens na night é lamentável.
O cara do bar era a melhor opção. Há tempos estou de olho nele (eu e a torcida do Flamengo!). Moreno, forte, de estatura mediana, cabelos lisos castanhos e olhos da mesma cor. Falando assim, nada demais, mas esse cara é bom! Todas (e alguns homens) concordam que ele é uó!
Às 5h30 da manhã, enquanto me atracava com um pão de batata recheado com catupiry, fiquei olhando embevecida para ele, imaginando a cena da curra.
Eu pulo o balcão com a agilidade dos dublês de filme de ação e com um só golpe imobilizo a vítima: dou-lhe uma gravata e o ameaço com o garfo com que comia o pão de batata.
– Perdeu, playboy!
Há uma correria geral, algumas meninas gritam, os homens estão assustados, o outro barman se afasta, enquanto os que estavam na cozinha chegam ao balcão e me pedem calma.
– Calma, o cacete! Esse cara é gostoso pra caralho! Já tô de olho nele há um tempão! ‘Bora, mermão, tira a roupa!
O tesudo vai abrindo o cinto meio ressabiado, eu o empurro sobre o freezer e arranco sua calça com violência. Aí,...
...Um babaca encosta no balcão ao meu lado e pergunta:
– Isso aí tá bom?, referindo-se ao pão de batata.
– Tá, respondo.