Já faz tempo que Roberta e Vanessa falaram sobre guardar ou não guardar tralha em casa com a desculpa de que são “objetos de valor sentimental”. Como já faz tempo também que não atualizo este blog, só agora dou meu palpite sobre assunto. Digo que foi inevitável lembrar de um texto do Apicius, antigo colunista da Domingo, que fala justamente sobre as coisas que importam, aquelas que de fato devemos guardar. Faço dele as minhas palavras.
O mundo portátil Apicius
(...)Ora, quem gosta, quer ter sempre ao lado aquilo de que gosta. (...) Assim, os chineses de ontem inventaram de levar consigo as coisas de que mais gostavam.
A bela exposição onde, agora, o Grand Palais mostra Os tesouros do Museu Nacional de Taipé tem, na saída, um duoboage. Trata-se de um pequeno armário portátil onde os imperadores da última dinastia guardavam as coisas que mais queriam ter consigo. São 47 objetos. Peças de jade de 5.000 anos, bronzes, cerâmicas, pinturas, mesmo um relógio do século 18, sem grande interesse. Acho eu. Mas não sou imperador nem a coisa foi feita para meus prazeres íntimos.
Fico, porém, imaginando se nós todos – sem tesouros nem Império (sequer terras) – não carregamos um duoboage invisível – e por isso mais transportável. Morre conosco e é muito mais precioso – por perecível – que o velho bronze ou um jade sagrado.
São as lembranças. É o nosso passado. São amores, tristezas e detalhes. Cenas que vimos um dia – há muito tempo. E diversas coisas imaginadas. Como é rica nossa alma! E que pouco dela fazemos! Só na solidão e – às vezes – nos sonhos, ela conta alguma coisa do que tem e sabe.
Que sabe tanta coisa nossa alma! Muito mais que uma biblioteca. E mais que mil museus, guarda imagens de uma caligrafia apurada. Mas precisa de silêncio e calma para desabrochar.
Por isso te aconselho, caro leitor (mas quem sou eu para aconselhar algo?): dá bons aposentos para tua alma. E presta atenção no que ela fala. Que terá tesouros bem mais raros que aquele imperador que precisava de um armário portátil para guardá-los.
Um pouco de biologia Depois que roguei aos céus “pau no cu dos piscianos”, me redimi dizendo que os escorpianos tendem a ser naturalmente mais fortes que os piscianos por causa do exosqueleto do animal. José augusto, comentarista assíduo deste humilde blog, mandou o seguinte:
Quem tem exoesqueleto são os crustáceos, os aracnídeos são invertebrados de 8 patas, cefalotorax, abdômen e umas outras coisas lá que eu esqueci. (eu acho...)
Ele não está errado em dizer que os crustáceos têm exosqueleto, mas fiquei imaginado como seria a coluna vertebral de um escorpião, pois já que eles não têm carapaça protetora externa, como disse José Augusto, e são articulados, deveriam ter esqueleto interno, não é mesmo?
Em tempo: Todos os artrópodes têm patas articuladas e exosqueleto quitinoso. O escorpião é um animal do grupo dos artrópodes, da classe arachnida. Portanto, escorpião tem exosqueleto quitinoso, assim como os crustáceos, outra classe dos artrópodes.
Ele tinha pau pequeno, mas isso não seria problema, pois “sabendo usar, não vai faltar!” ( E o pau dele era bonitinho. Branquinho, sabe?) O pior é que não ficava duro. Na Matriz, pude sentir que estava “alerta”, mas em casa o bichinho mór-reu!
Lá pelas 4h, cedi aos convites de ir a casa dele e rumei ao desconhecido. Foi a primeira (e devo dizer, última) vez que fiz isso. Roberta que é muito minha amiga e macho pra caralho falou:
– Vai e qualquer coisa, me liga que eu vou te buscar.
Que fosse o que Deus quisesse e Deus não quis que fosse muita coisa... Nem transamos. Parece incrível, mas não transamos. Nos bolinamos e só!
Pela primeira vez, fiquei com um cara de piercing. Ele tinha quatro em cada orelha. Até que foi divertido passar a língua por aquele monte de argolinha.
O cara era bonitinho, tinha duas tatuagens, barba por fazer, beijava devagarinho. Perfeito demais, né? Tinha que ter desconfiado...
Voltando a noite na Matriz... Acho que na sexta abriram o portal do mundo paralelo. Tinha cada figura tão bizarra que só podiam ter vindo de outra dimensão.
Entre estas criaturas estão as mulheres com mochilas.
Mulheres com mochilas deviam ser barradas nas portas das boates, assim como eram os homens de tênis nas boates da zona sul e Barra da Tijuca há alguns anos. Tênis não incomoda ninguém. Já das mochilas, não se pode dizer a mesma coisa...
Geralmente, mulheres com mochilas têm cabelo comprido, outra coisa que deveria ser banida das boates, festas e qualquer ambiente com muita gente, como ônibus às 18h, por exemplo.
Essas vacas têm a mania de jogar os cabelos pra trás, como em um comercial de xampu, e as longas madeixas, por vezes, chicoteiam minhas costas, pescoço e, não raro, atingem meu rosto. Se eu gostasse de cabelo comprido, não cortaria o meu, porra!
Janot estava inspirado e colocou um dos melhores sons que já ouvi por lá, caprichando nos sambinhas do Chico Buarque. Me lembrou até o Tangerina, um amigo de faculdade. Sempre que estava presente nos churrascos na casa dele, ele sapecava um CD do Chico. Tanja (apelido do apelido Tangerina) também aprecia a obra do poeta de olhos cor de ardósia e assim que começavam os primeiros acordes, me olhava com cumplicidade e sorria.
Serrão, um ex-colega de trabalho, é outro parceiro na idolatria Buarqueana. Volta e meia, Seijiro, outro colega no mesmo emprego, me chamava a sua mesa pra mostrar uma música que ele estava ouvindo. Serrão, que sentava ao lado do Sei, esperava que eu ouvisse o som do Seijiro e, quando já estava voltando pra minha mesa, ele me puxava, me passava o headphone, do qual invariavelmente ecoava a voz desafinada do Chico. Claro que acabava me empolgando mais com o som do Serrão. Seijiro fingia um aborrecimento e prometia não me mostrar mais nada, que eu só gostava do Chico e blábláblá.
Roberta, com capacetinho novo, estava mais rabugenta do que nunca. Reclamou do volume da voz do Guilherme e ainda me mandou dar meia hora de bunda só porque ousei contraria-la.
No sábado assisti Das Tripas Coração, da Ana Carolina. Com um elenco de primeira e diálogos dignos de Nelson Rodrigues, o filme é muito louco. A cena da Maria Padilha mijando no meio da missa pra pagar uma aposta (e o padre era Ney Latorraca!) me lembrou quando, no segundo grau, decidimos tirar a limpo a história que corria nos corredores: o professor de matemática não tinha os dentes de trás! Quem constatou o fato foi a Maristela e berrou pra turma inteira ouvir um “Ele não tem dente!” a plenos pulmões.
Ah, as meninas ainda comemoram a mijada cantando uma música que só tem palavrão e cujo refrão é “puta que o pariu, xoxota” e que me lembra o ginásio.
Mas, como André é um bom moço, sua raiva passou logo, levou a chuva embora e eu pude caminhar até a 28 de setembro pra pegar um ônibus. Cheguei em casa com meu vestido azul molhado, mas feliz por ter ido ao cinema e não ter gasto dinheiro com aquele taxista idiota.
Praga de puta, Deus escuta, mas praga de fã não correspondido Deus escuta mais ainda... Depois do sexto final de semana (contas dele!) sem aceitar seus convites, André jogou sua boa educação tijucana pro alto e me rogou uma praga, ah, rogou...
Sábado ele me chamou para ir ao cinema. Estava cansada e não fui. Domingo ele tentou me arrastar para o jogo do Vasco, não fui. Disse, então, para irmos ao cinema à noite. Mais uma vez, declinei o convite. Como o Vasco perdia, ele saiu do jogo mais cedo e me ligou. Pensava em me encontrar no cinema. Ledo engano... Desligada que sou, não ouvi o celular tocar das TRÊS vezes que ele me ligou... Só vi as ligações não atendidas quando faltavam menos de dez minutos para o início do filme. Conclusão: ele não foi.
Ele deve ter ficado muito puto comigo mesmo, pois mandou uma chuvarada pro Iguatemi!
A chuva era tanta, com tantos relâmpagos, que não era possível sair do shopping. Tentei pegar um táxi, mas o motorista se recusou a sair do bairro. Disse que não ia se meter em aguaceiro. Viado! Sai do carro e bati a porta com tanta força que ele deve ter se arrependido de não ter me levado...
Por que esta campanha? Masturbação é coisa que todos fazemos. Rico ou pobre. De direita ou esquerda. Alguns mais, outros menos. Uns com as próprias mãos, outros com a ajuda de objetos. O que importa é que fazemos.
A masturbação nos une!
Além disso, é tabu. Todo mundo admite que transa, mas que toca umazinha, que faz justiça com as próprias, que homenageia alguém, não!
Para acabar com esta hipocrisia é importante que assumamos que nos masturbamos! Por isso, eu peço que você abrace esta campanha. Quando encontrar alguém na rua, diga: “Eu me masturbo. E você?”. Pergunte a seus pais, chefes e professores. Ajude a divulgar esta prática benéfica, relaxante e inofensiva.
A idéia da campanha Passava do final do expediente e nada do trabalho acabar. Pra descontrair, o papo descambou pra sexo e, não sei porque cargas d’água, eu soltei a máxima. Daí para o delírio coletivo, foi um pulo. Raul imaginou logo a estratégia de divulgação: filmes para TV, outdoors, bottons e adesivos de carro com a mensagem.
Eu me masturbo, e vc? Roberta apresentou as campanhas que ela apoia na lateral dos seus blog e incluiu a supracitada. Isto muito me alegrou, visto que sou a mentora da idéia. É uma campanha antiga, mas que nunca teve o destaque que merece. Foi bom Roberta torna-la pública.
Só pra te situar: Maria Cristina e César são namorados. Ele está indo pra São Paulo. Ela vai ficar no Rio. Quando eu crescer eu quero ter um namoro igual ao destes dois.
Mudei o penteado. Antes usava moicano, mas estava tão fino que parecia o bigodinho do Hitler. Hoje fiz estilo asa-delta, uma pirâmide invertida, sabe? Ficou lindo!
A percussionista Thamyma Brasil, filha do Luiz Brasil, outro cara da banda, parece um adolescente. É magrela, tem cabelo reco, pintado de vermelho e tanto piercing que parece uma almofada de costureira, cheia de alfinete espetado. Sapatão-macho, sabe? Horrível!
Depois de meses sem comprar um CD, comprei o Acústico MTV da Cássia Eller em uma ótima promoção na Lojas Americanas – R$18,90 e vem com o video!
Botei pra tocar enquanto a Lara estava aqui. Num é que ela gostou?!?! Cantou Non, je ne regrete rien. Em um francês inventado, lógico!, mas cantarolou! E ela nunca tinha ouvido essa música! Muito linda!
Em Top top, adorou me ver pulando e riu à beça quando a peguei no colo e pulei com ela (ela ainda não consegue pular tirando os dois pés do chão. Acha o máximo quando a gente faz isso).
E mais: no intervalo de cada música, aplaudiu e gritou “êh” e “uhu" junto com a platéia.
O que merece o “médico” Eugênio Chipkevitch? (A) Descer em um escorrega de gilete e cair em uma piscina de álcool.
(B) Ser amarrado pelos pulsos e ter a sola dos pés cortadas para ele sangre até morrer.
(C) Ser colocado em um barril de merda e ser obrigado a mergulhar a cabeça para não tê-la cortada por um machado que, de três em três minutos, passa na altura de seu pescoço.
(D) Todas as respostas acima.
Cantinho dos fãs Recebi um email do Júnior, um leitor fiel. Ele se mostrou bastante conhecer do meu blog (e por conseguinte da minha vida!), comentou coisas antigas e me mandou o seguinte Ps:
Manda um cheiro pra Larinha, ela é apaixonante, e outro para sua fiel escudeira – Roberta.
Pobres peixinhos, escamosos e indefesos Pensando bem, fui cruel com a galera do aquário. Afinal de contas, pra um Escorpião é mais fácil suportar as chibatadas no lombo porque temos carapaça, exosqueleto (lembra das aulas de Biologia?), uma proteção externa que barra as agressões. Também podemos contar com outro artifício: um poderoso ferrão venenoso para acabar com os inimigos.
Pau no cu dos piscianos! Caralho! Toda vez que eu me estresso com alguém, podes crer que a pessoa é de Peixes. Num tenho paciência pra lidar com essa gente fresca! Você tem que agir cheia de mesuras porque eles se melindram à toa.
E vem me dizer que é porque são sensíveis. Sensível de cu é rola, porra!
E eu? Num sou sensível não. Posso tomar a porrada que for que tenho que me manter impassível, mas você, que é de Peixes, tadinho!, pode se dar ao luxo de fazer biquinho, bater o pezinho... E eu que agüente a trolha sem fazer cara de dor!
Mas isso não significa que faço sucesso com os homens. Pelo contrário. Acabo ficando tão amiga que viro confidente e neguinho não poupa detalhes na hora de me contar quantas comeu, como comeu... Tenho que lembra-los que não sou parceira de pelada pra ficar sabendo destes detalhes “tão pequenos deles dois”.
Além disso, dificilmente algum amigo fica a fim de mim. Sou só a amiga e pronto. Acho que eles até esquecem que eu tenho xoxota.
Ele é só mais um dos “meus” homens. Quem me conhece, sabe: em qualquer lugar que trabalho ou estudo, acabo fazendo amizade primeiro com os homens. Claro que tenho amigas, mas os amigos chegam antes.
Me sinto a vontade na companhia deles. Um dia, um amigo disse que tenho um jeito masculino de falar (é que tínhamos estudado os discursos feminino e masculino). Ele tem razão: sou direta, debochada (e, para alguns, até grossa), características do modo masculino de falar.
Não que eu seja sapatão ou masculinizada; é só a maneira de falar. Tenho até voz bonita (atendente de tele-sexo, dizem), mas não dou voltas, faço rodeios, insinuo, digo logo o que quero e acabou!
E acho que é por isso que me dou bem com os homens e sempre estou em companhia deles.
Por que não é possível sair pra almoçar com um colega de trabalho sem que todos maldem a situação? Tudo bem que fui eu mesma que falei que o local de trabalho é propício ao biscate, mas não significa que você vá biscatear com todos ou que você necessariamente terá interesse por alguém do escritório.
Tenho ido almoçar com um amigo do trabalho com certa freqüência, mas é por puro acaso, simplesmente porque nossos horários coincidem. (Vale lembrar também que já havia trabalhado com ele antes, portanto, já temos uma certa intimidade). Pois não é que minha chefe soltou um “aí, tem!”?
O pior é que não tem!
Ele chifra a namorada com tudo quanto é mulher, mas não comigo, pô! Eu não faço o estilo dele, que tem preferência por “gostosonas” – leia-se: cabelão, peitão, bundão, e ele também não faz o meu tipo. É educado, gentil, excelente profissional, mas... não rola!
Eu só quero aquele corpinho como companhia pro almoço. Nada mais!
Adão ataca outra vez Hoje ele foi a minha sala pegar uma cadeira emprestada. No que foi falar comigo, se debruçou sobre mim e me beijou no rosto de novo!
A secretária até pensou que ele ia me beijar na boca!
Pra quebrar o gelo, fui logo dizendo que era vesga. Ele se mostrou todo paciente e dedicado a me fazer não parecer estrábica na foto.
– Se você conseguir me fazer sair sem ficar vesga, passo a fazer todas as minhas fotos 3x4 com você. (Bobagem! Ele pode me fazer parecer a Lucélia Santos que eu vou continuar fazendo fotos com ele! Ai, como sou piranha!)
Ele devia ter seus 26 anos, por volta de 1,70 de altura (ideal para combinar com a minha estatura), encorpado, sem ser sarado, pele morena, cabelos escuros e lisos e olhinhos puxados. Quase um índio. Tinha um sorriso branco-anúncio-de-pasta-de-dente.
Ah, também usava óculos de aros finos e estava vestindo camisa e calça social. Contrastando com a formalidade da roupa, mastigava um chiclete e aposto que tinha uma tatuagem no braço esquerdo.
Tirando um 3x4 colorido Outro dia fui tirar umas fotos 3x4 no Méier. O fotógrafo era tão gatinho que eu fiquei até com vergonha dos meus olhos vesgos. Conversando normalmente, poucos são aqueles que percebem meu estrabismo, mas na hora fazer pose pra um 3x4 os “controles trocados” aparecem na hora! Eu já digeri isto e qualquer referência ou gracinha que façam, já sai na urina, mas a “belezura” do fotógrafo me encabulou.
Tava aqui pensando... ELE pode desfilar pela noite com camisa de linha e pulseira do ouro, mas ELE foi um dos poucos (se não o único) com quem eu me entendi de primeira.
A gente se conheceu na Casa da Matriz. Nós trocamos altos beijos, mas também conversamos muito, rimos muito. Foi divertido.
E o meu coração embora
Finja fazer mil viagens
Fica batendo, parado
Naquela estação
“Fiquei até com vergonha, Ana...” Esse foi o comentário de uma leitora ao falar de suas impressões sobre os posts de ontem. Nossa, não era essa minha intenção! Não queria chocar ou envergonhar ninguém. Apenas contei como foi minha noite e acho sinceramente que não falei nada demais. Fora o lance do rapaz “se divertir no meu decote” não acho que escrevi muitas sem-vergonhices, não...
Se ela ficou vermelha lendo minha singela aventura, imagina se tivesse que escutar relatos pormenorizados de transas hetero e homossexuais, como já tive que escutar...
Ai, ai... Descobri dois cupons de desconto em motel na minha carteira. Ambos com a validade vencida. Que pena!
Isto me fez lembrar uma amiga que em dezembro ligou pro meu trabalho pedindo que eu imprimisse uns cupons de desconto em motel que ela tinha achado na internet. Que lindo! Eu imprimindo filipeta de motel em pleno horário de trabalho... Teria sido demitida mais cedo do que fui.
Experimentei as rolhas de ouvido que a Fernanda me deu. Realmente abafam o som, mas incomodam um pouco. Quando virava de lado demorava a achar uma posição confortável pra cabeça.
Roberta veio dormir aqui e antes de deitarmos, atacamos um bolo salgado que minha mãe havia feito. Arrematamos com Mineirinho Deit, que meu pai insiste em comprar. A fome era tanta que nem foi tão ruim.
O lanche da madrugada foi a parte mais divertida da noite. Falamos um monte de merda e rimos à beça.
Pra compensar a chatice, o cara tinha boa pegada. Beijava bem, mordia melhor ainda. Se divertiu no meu decote-coração, primeiro com as mãos, com os dedos e depois com a língua.
Ele me fez massagem do pé à nuca. Adoro massagem, mas a única que me excita é a no clitóris (Que baixaria!). No resto do corpo, fico tão relaxada que sinto sono e foi o que aconteceu. Juntou a massagem com o antiinflamatório que estou tomando e o resultado foi que não houve beijo que me acordasse. Dormi ao lado dele na poltrona do cinema.
Não foi ruim, mas teria sido melhor se o rapaz não insistisse em falar de casamento e perguntar se eu gostava dele e se íamos ficar juntos. Papo chato pra caralho! Odeio homens que pensam que depois do primeiro beijo a mulher vai querer casar.
Quequihá, ô cara?!?!?! Só quero me divertir um pouco com você! Cala a boca e me beija!
Nunca tinha ficado com ninguém no terraço. É bom pra caramba. Se você deitar no teto do cinema, há um encaixe perfeito dos corpos. Só não gostei de ficar por cima. A bunda fica pro alto e dá a impressão que um maconheiro taradão vai te enrabar.
Os seguranças estavam particularmente chatos. Por várias vezes, pararam do nosso lado como vigias de colégios. Não podíamos nem dar um amasso em paz. Que coisa...
Além do seguranças, descobri que no terraço há uma platéia fiel aos sarros alheios. Sempre que dava por mim tinha um palhaço parado em frente olhando. Um deles chegou a sentar do meu lado. Quase perguntei se ele queria brincar também.
Fiquei com o bruto. Guilherme apreciou minha rapidez no gatilho. Em menos de meia hora na casa, eu já tinha me arrumado.
Claro que se tinha conseguido logo uma boca pra beijar, tinha que pagar o preço. E o preço que paguei foi ficar o resto da noite longe dos meus amigos e sem dançar um acorde sequer. Coisas da vida.
Já no reconhecimento da área, no rolé inicial mesmo, um rapaz me abordou na escada.
Fugi dele e Roberta falou:
– Pô, pensei que você fosse ficar por lá mesmo. Ele era gatinho.
Minutos depois o cara me abordava novamente no terraço. Desta vez, dei trela. Ele era realmente bonito, no estilo que gosto: um negão, um pouco mais alto que eu, de cabeça raspada, forte. Disse que tinha 24 anos, mas com certeza tinha menos.
Estava no melhor estilo "toda boa". Trajava uma blusinha preta justa com um decote em coração que foi o sucesso da noite. Além de bonita, mostrou-se muito prática.
Agora que descobri os decotes, não quero outra vida. Disfarço meus quadris largos, chamando atenção para o colo e ainda tiro proveito dos seios pequenos abusando de alcinhas finas e recortes generosos.
Passando pela sala, reparei que há UM CACHO DE UVAS AZUIS em cima da mesa de centro!
Quem deu isso pra minha mãe, meu Deus???
Não pode! A mulher não tem o menor senso de estética, o que você der, ela coloca de enfeite na sala. Pode ser um carrinho de folha de zinco com o símbolo do Vasco ou uma jangada escrito "Lembrança de Fortaleza". A estante parece vitrine de brechó! Tem de um tudo!
Mas por que estou falando sobre isso? Nada, não. Infelizmente ainda não vi nada de interessante no meu novo emprego. Quer dizer, nada solteiro, porque casado tem um que é uma gracinha! Mas aí já é pegar pesado demais. Sair com homem comprometido e do trabalho é furada. Como diz Xexéo, me inclua fora dessa.
Mas ter um pretê ou trepê no trabalho nem sempre é fácil. Às vezes, dá trabalho. Principalmente porque existiam outras mulheres antes de você na firma e você pode ter se interessado justamente pelo pretê ou trepê de uma delas e isso é mau. Convém, antes de trabalhar a criança, assuntar sobre quem pega quem no departamento.
Uma vez feita a sondagem e constatado campo livre, você dá o bote. Picota o bruto e quer esconder de todo mundo? Piada! Todos (eu disse: todos) vão saber. Mas o melhor é que vão fingir que não sabem, então, trate de manter a linha e prosseguir com a farsa.
Você também pode guardar o investimento para o futuro, ou seja, pegar o bofe depois que sair da empresa. Dá menos dor de cabeça. Eu já fiz isso e ainda guardo uns na manga, caso nosso caminhos se cruzem novamente. Hehe.
Emprego novo, biscate novo Qual o melhor lugar pra biscatear? Praia? Boate? Bar? Nada disso! É o trabalho. Isso mesmo. O ambiente de trabalho é o lugar mais propício a galinhagem porque é lá que você passa a maior parte do seu dia. Tanto convívio faz com que você fique íntimo dos colegas, saiba de suas preferências e seus problemas muito mais rápido que em qualquer outro lugar, e daí pra um caso ou namoro, é um pulo!
E isso eu não estou nem levando em consideração o fato de você ter um colega de trabalho gostoso e sentir tesão na primeira olhada. Estou tomando apenas as condições ambientais como propícias ao relacionamento amoroso: quando você passa muito tempo em companhia de outra pessoa, das duas, uma: ou você vai gostar muito dela ou vai detestá-la. O meio termo é quase impossível nestes casos. Até aquelas pessoas “que não fediam, nem cheiravam” assim que você entrou na empresa, passam a figurar de um lado ou de outro da lista de acordo com o comportamento delas, a medida que vocês vão convivendo.
Além do tesão e do interesse que surge aos poucos, tem o encanto. Um belo dia, você tira os olhos do monitor e dá de cara com um homem ma-ra-vi-lho-so que esteve ali das 9h às 18h nos últimos três anos e você nunca tinha notado! Ou cai uma tempestade e você aceita dividir uma pizza porque não trouxe guarda-chuva e sai da copa nas nuvens porque descobriu que ele também faz ioga e tem o CD do Nando Reis! Você pode dizer: “ah, mas isto pode acontecer em qualquer lugar”. Sim, mas se é no trabalho onde você passa a maior parte do seu tempo, provavelmente será no trabalho onde isto vai acontecer.
Só pode ser pra me sacanear... Ontem sentei na sala ao lado de papai para comer meu iogurtinho natural básico de todas as noites. Então, ele, que antes via um filme brasileiro na BAND, mudou para a TV Record e ficou assistindo a Núbia Ólive tirar ou não o chapéu para o Alexandre Frota... Ninguém merece!
Como todas as loja da face da Terra, a Di Santinni também não embrulha pra presente. Te empurram um papel muito do muquirana e olhe lá... Sabia que seria assim, mas pedi embalagem pra presente só pra não ter que parar em papelaria.
Minha inabilidade manual é conhecida. Podia ter o papel de presente mais lindo do mundo que o embrulho ia ficar feio, então, aceitei o quadriculado amarelo, rosa e azul com estampa da Lilica mesmo, que a simpática me ofereceu.
A anta separou cuidadosamente uma folha da pilha e... DOBROU-A EM QUATRO!!! Não satisfeita em dobrar a folha, ela ainda vincou o papel...
Nem bem retornei ao mercado consumidor e minhas agruras com o comércio voltam com força total.
Sábado foi aniversário da minha irmã. Comprei uma sandália de dedo pra ela. Na hora de pagar, o vendedor colocou na boleta R$19,90, sendo que o mimo custava só R$16,99. (Sim, sim, eu sei que é muito barato, mas era o que ela queria, ora!). Chamei o pangaré na chincha e ele trocou a boleta. Não é que o indolente anotou R$17,00??? Tudo bem, é só um centavo, mas, então, pra que a loja coloca R$16,99 na vitrine????
Por sorte, a caixa conferiu o preço pelo código de barras e registrou R$16,99, se não, lá estaria eu, em pleno sábado de sol, estourando de dor de cabeça, dentro da Di Santinni, a loja mais cheia do mundo (acho que eles colocam figurantes como clientes) brigando com o vendedor por causa de 1 centavo!!!
Sábado avisei ao pretê que ele havia perdido o posto. Chega de marcar saídas que não acontecem. Deixe ao acaso que, se ele quiser, a gente se encontra.
Ampliando o vocabulário Lara adora repetir a última palavra das nossas frases, como o Barbosa, aquele personagem do TV Pirata.
Ela estava tocando o zaralho no supermercado, derrubando tudo que estava ao alcance das suas mãos, quando meu cunhado falou:
–Lara, tú é foda!
E ela:
– É doda!
Hoje de noite, ela fez outra merda e ele:
– Ah, sua vaca braba!
Ela:
– Baca baba!
Todo mundo achou engraçado, mas quero ver quando ela disser isso na creche e vier bilhetinhos na caderneta pedindo pra não ensinarem essas coisas a ela...
Com minha outra sobrinha foi assim. Sempre que ela me perguntava onde eu ia, respondia:
– Ao cu do conde ., como vovó me ensinou ( vovó só me ensinava coisas úteis...)
Pois um dia, ela estava na escola e, sem mais nem menos, levantou da carteira e saiu da sala. A professora perguntou:
– Vai aonde, Aline?
– Ao cu do conde., respondeu solenemente.
Pronto! Veio um singelo bilhetinho na caderneta dela endereçado a mim: “Tia Paula, não fale palavrões perto da Aline e blábláblá...”
Mulher solteira procura... ...amigo ou amiga não fumante para dividir apartamento na zona sul ou centro. Asseio é indispensável. Deve saber assumir responsabilidades e cumpri-las, ter bom senso e educação. O resto a gente vê depois.
História de taxista Meu irmão é taxista e fica no PA da Barra da Tijuca. De vez em quando, ele vem com uma historinha bizarra de seus passageiros idem.
Hoje ele contou que tem duas passageiras que exigem que o taxista vá buscá-las ouvindo CD. Não é pra colocar um CD quando elas entram no carro, não, é pra ir ouvindo o CD mesmo. Ele diz que recebe a orientação já pelo rádio, junto com o endereço das figuras.
Ah, e não pode ser toca-fitas, tem que ser som digital. E elas também não avisam o que querem ouvir, o taxista que tem adivinhar.
A mais bizarra é a que sai acompanhada da mãe (nas palavras dele, a “velha-mãe” e a “velha-filha) e pede que o motorista vá com o ar condicionado no máximo, ouvindo um CD qualquer e que não interfone quando chegar (acho que ela deve treinar adivinhação).
Da última vez, ele colocou um CD que meu cunhado gravou com músicas de Nat King Cole, James Taylor, tudo bem lentinho. Pois quando estava tocando What a wonderful world, a velha-mãe começou a chorar.
– Troca, troca! Essa música lembra meu pai., disse a velha-filha.
Em outra faixa, a velha-mãe abriu o berreiro outra vez. Lembrou-se de outro ente querido.
– Tira, tira, tira, moço!, ordenou a velha-filha, enquanto consolava a mãe.
Moral da história: além de dirigir, o cara ainda tem que ser DJ.
Quem quiser me dar um presente de Páscoa, aí vai a dica: um ovo da Nestlé que vem em uma caixa de papelão, com um laço de fita vermelha e custa módicos R$35,00. Lindo, elegante, caro e delicioso... como eu!
“(...)os seres humanos começaram a se distinguir dos animais pela capacidade de falar e de pensar, pela bipedestação, pelo coito face à face e outras coisas mais.” Em no.
É mesmo: somos os únicos animais cujo coito é face a face!!!
Eu adoro coito face a face, ainda mais quando estou por baixo. Me sinto tão mulherzinha, feminina, protegida!
Terça-feira é o dia do bibliotecário. Minha irmã é bibliotecária e está participando da organização da festa de comemoração da data, no trabalho dela.
Uma das bibliotecárias sugeriu uma mostra de talentos e pediu as que fazem trabalhos manuais, que levassem sua produção. Minha irmã, achando a idéia ridícula e debochada como ela só, avisou:
– Meu único talento é depilar virilha. Posso montar uma sala de atendimento?
A mentora da idéia lançou-lhe um olhar de ódio. Pra piorar, uma distraída completou:
Meu pai esta vendo o videotape de México e Angola. Parece uma partida de futebol de várzea. A narração “empolgada” do locutor da TVE (que, como vocês sabem, tem muito know how pra transmissões de futebol) completa a cena deprimente.
Falando das cantadas baixas dos homens da Lapa, lembrei do tempo que só pegava podrão. Quanto pior, melhor. Era cada figura... Tatuagem e cigarro era default.
Teve um (o que eu mais gostei) que eu tinha certeza que ele fazia (ou pelo menos já tinha feito) michê.
Engraçado, faço um sucesso na área da Lapa e cercanias, onde trabalho. Por que será?
Quando trabalhava na Barra, andando pelos corredores refrigerados dos shoppings, não levava uma olhada maliciosa sequer. Agora, ao contrário, desço do ônibus e escuto um “bom dia” cheio de tesão. Saio pra almoçar e algum homem da rua geme no meu ouvido.
Musa do Adão No meu trabalho tem uma criatura que atende pelo nome de Adão. Ele é o maior roda presa. Pra todo favor que você pede, ele coloca um empecilho. É enrolado e enrolão. (Não fiz este juízo da figura apenas em uma semana de trabalho, conheço-o desde quando fui estagiária nesta mesma instituição).
Além disso, tem uma aparência quase repugnante.
Nestes cinco dias, esbarrei com ele algumas vezes e senti um olhar, digamos, diferente. Sabe quando você percebe que o homem te notou? (Lógico que este olhar sempre vem de um homem que você preferia que te ignorasse...)
Pois bem, sexta-feira, estou descendo as escadas (sim, porque apesar do término do racionamento de energia, o elevador continua sendo desligado às 16h) acompanhada de minha chefe e um senhor, também funcionário, quando esbarramos com Adão, o primeiro.
Minha chefe fala alguma coisa com ele, o que dá margem para que todos reduzam a marcha, e ele, que já tinha me visto ali, pergunta:
– Esta que é Ana Paula? (Eu tinha falado com ele no telefone.)
Diante da resposta afirmativa e das devidas apresentações, o insolente me solta esta:
– Ah, mas eu posso dar um beijo na sua funcionária? Ela é muito linda...
E eu, que não sou Eva nem nada, meio constrangida e cheia de vontade de rir, deixei que o bruto sapecasse dois beijinhos no meu rosto...
Tenho alternado essa fossa com rompantes de alegria. Sambei possuída (e sozinha), na sala, uma música que é uma declaração de amor, com letra maravilhosa e ritmo marcado por percussão pesada, na voz de Bethânia.
Segue a letra:
Iluminada Roberto Mendes e Jorge Portugal
Quando você me acendeu
Fiquei toda arrepiada
Vi claridade no breu
Minha alma iluminada
Senti um febre danada
Perdi minha hora marcada
Abri minha porta fechada
E o meu corpo tremeu
Eu estava apaixonada, meu Deus
Quando você me entendeu
Eu não entendia nada
Minha vida renasceu
E amei estar sendo amada
Senti um febre danada
Perdi minha hora marcada
Abri minha porta fechada
E o amor se rendeu
Eu estava apaixonada, meu Deus
Seja lá quem te mandou
Meu amor te recebeu
E hoje o céu de sua estrela
Menino, sou eu
Menino, sou
Seja lá quem te mandou
Meu amor te recebeu
E hoje o céu de sua estrela
Menino, sou eu
Menino, sou eu
Overdose Tô dopada. Anestesiada, sei lá. Bebi Chico Buarque, cheirei duas carreiras de Fernando Pessoa, tomei pico de Bethânia e, pra arrematar, dois comprimidinhos de Elis.
Multimania me deu um susto. Pensei que tivesse perdido meus escritos, minhas recordações, minha memória eternizada (até que um bug a delete). Teria perdido parte de mim.
Mas o 3x4 colorido está novamente no ar e ainda vai revelar muito mim!
Estive pensando: este blog não terá foto da autora. Tirando todas as considerações sobre segurança e privacidade, fotos não são necessárias ou pertinentes.
Vocês já sabem que eu faço virilha cavada, leram sobre meu exame de fezes e eu até contei a posição que uso pra fazer na xixi em banheiro sujo. Não precisam saber mais nada de mim. Minha aparência será apenas acessório.
Definitivamente, o 3x4 colorido não precisa de imagens; ele já me mostra demais.
Luciana tem que levar Lara para tomar vacina. Quer combinar com meu pai a hora que eles devem sair amanhã para ir ao posto.
– Será que sair às 7h está bom?
– Ah, se quiser ir agora a gente vai. Leva umas cadeiras de praia e uns pastéis e passa a noite lá. Num é assim que o pessoal faz?
Primeiro dia de emprego Gostei. O ambiente é agradável e tem muita coisa pra fazer, o que pra mim é ótimo já que venho de um malfadado emprego, na qual ficava sem fazer nada o dia todo. E esto não é força de expressão. Estava lembrando e percebi que lá eu bebia muita água só pra ir mais vezes ao banheiro e passar o tempo.
Além do trabalho em si, estou rodeada de gente boa; pessoas das quais eu gosto e que gostam de mim.
Essa é velha, mas recordar é viver. Estou eu com o antigo (beeeeeem antigo) pretê, no maior amasso numa mesa de bar (que papelão!...). O cara começa, então, a sussurrar no meu ouvido tudo que ele quer fazer comigo. Até aí, beleza! Estou ouvindo com atenção, quando o bruto começa:
– ...Aí, eu vou comprar morango, chantilly, champanhe, leite condensado...
E passou a enumerar o que mais parecia ser uma lista de supermercado que um cardápio para brincadeiras a dois...
Eu já estava esperando que ele dissesse:
– ...Eu vou comprar feijão mulatinho, arroz integral, carne moída, dois pacotes de pão de fôrma...
Foi me dando uma vontade de rir e eu fiquei imaginando o cara jogando aquilo tudo em mim: duas conchas de feijão, uma colher de arroz, quatro de carne moída...
Claro que eu nunca deixei que ele realizasse suas fantasias gastronômicas comigo. Se é pra servir de bandeja, que seja pra um sushi, que é mais chique!
Furo de reportagem! Saiu ontem a lista de quem vai representar o Brasil pelo time do Vasco no Primeiro Sul Americano, em Guyaquil, a partir desta terça-feira.
A mais nova integrante do clã dos Mattos vai estar lá.
Falando em banheiro... Um amigo comemorou o aniversário no Café das Artes, em Botafogo. Também no segundo andar há um banheiro estilo “familiar”, com banheira e tudo. Imundo, igual ao da Matriz.
A princípio só eu queria fazer xixi (eu faço muito xixi!), mas, como o papo estava bom, ficamos eu, Roberta e mais três amigas na fila.
Quando o banheiro vagou, entraram as cinco. Não sei porque nem pra que, mas entramos todas.
Eu queria fazer xixi, mas não queria que ninguém me visse naquela posição escrota: pernas abertas e flexionadas, mãos nos joelhos... Ninguém merece!
Eis que surge a solução:
– Entrem no box!
Além de banheira, o “toalete” tinha box, com chuveiro e cortina! Luxo e riqueza!
Enquanto eu mijava, as quatro se espremiam no box, cuidando para não encostar nas paredes cheias limo.
Uma mijada puxa a outra e as cinco quiseram fazer xixi. Ficou aquele rodízio no box.
Mais divertido foi sair do banheiro. Quem estava na fila, não entendeu nada: uma, duas, três quatro, cinco mulheres!
No mínimo, conseguimos confirmamos a máxima de que mulher só vai ao banheiro acompanhada.
Ainda o aniversário da Roberta Como pude me esquecer de contar este fato?!?!?!
Lá pelas tantas, sinto vontade de devolver ao mundo todo o líquido que ingeri. Como minha xoxota é meio temperamental, às vezes ela se recusa cooperar. Não libera o xixi, principalmente, se o ambiente for sujo e não tiver papel higiênico. Justamente como na Casa da Matriz.
Já tinha desistido de tentar fazer xixi no banheiro do térreo (estava imundo!), quando lembrei do banheiro do segundo andar (é um banheiro individual, como o de uma casa comum, que geralmente fica mais limpo que o outro).
Bolos papel higiênico usado brotavam da lata de lixo e pareciam se reproduzir naquele ambiente fétido. Alguns poucos metros de papel ainda sobravam no rolo maquiado que jazia sobre a divisória. Aquele não era o momento para desconfiar da sua idoneidade. Ainda que tivesse rolado naquele chão enlameado, ainda que sua ponta tivesse sido arrastada na borda da privada respingada de urina, ainda assim seria com ele que eu ia secar minha xoxota! Sem dó nem piedade!
Abstrai de onde ele pudesse ter andado, pois às 5h da manhã ainda encontrar papel pra se limpar é quase um deleite, e me pus naquela posição ridícula a qual nós, mulheres, fomos delegadas a assumir quando precisamos fazer xixi em condições inóspitas.
Sim, meus caros, pus “a mão no joelho, dei uma abaixadinha”, me equilibrei segurando o vestido e puxando a calcinha, tomando o cuidado de não tocar no vaso, pois corria o risco de engravidar, e ainda mirando o jato no bocão pra que não respingasse xixi em mim. Verdadeiros malabarismos, dignos do Cirque du Solei...
Além do desconforto da situação, tenho que ver minha imagem refletida em um ENORME espelho posicionado BEM EM FRENTE a privada. É a visão do inferno! Um verdadeiro patuá contra a luxúria!
Quando estou lá, tentando convencer a xota a liberar o precioso líquido dourado, ouço batidas na porta. E mais uma vez. Pela terceira vez, insistem, atrapalhando minha concentração. Penso: “Essa aí deve querer cagar...”
Apresso a secagem, ajeito tudo, LAVO AS MÃOS ( que sou muito limpinha!) e saio.
Ao abrir a porta, quase sou derrubada por um casal que entra afoito. Isso mesmo: um casal!
O que será que os dois iam fazer no banheiro?
(A) Jogar biriba.
(B) Fazer um brigadeiro.
(C) Esperar o Coelhinho da Páscoa.
(D) Trepar.
Fiquei morrendo de inveja (lógico!), mas revoltada. Afinal, fazer xixi tem sido meu único divertimento ultimamente e nem isso pude fazer em paz...
Não agüentava mais ficar em casa nem saber o dinheiro só tomava uma direção: saída da minha conta! Não pingava nada por lá desde dezembro... Mas confesso que o vou sentir falta mesmo é das tardes com a Plic, a Smix, a Esgule, a Lalabiluda, a Lála... Me acostumei a passar as tardes tomando conta da Lara, minha afilhada pestanuda. Era cansativo pra caramba (a menina não pára!), mas também muito divertido.
Não assistirei mais O Pequeno Urso, da TVE, nem o Boby Construtor... Ficarei um bom tempo sem dançar com os Teletubbies (Oooooiiiiiiiiiiiii!!!!!!!). Acho até que vou acabar esquecendo a coreografia do Tchutchucão... Uma pena...
Fim de festa Acabou-se o que era doce! Amanhã volto ao batente. Não mais estarei me ocupando full-time deste vício que me foi tão útil nos tempos de ócio. Agora não mais poderei correr para o computador e rascunhar alguma coisa, como fazia nos dias à-toa. De 8h às 17h, terei outras ocupações que não post, publish e FTP.
Ontem a palhaça fui eu. O telefone tocou já passava das 22h. Eu sabia que era o PA. Menos por convencimento e mais por pensamento positivo, eu sabia que ele ia ligar. Estava largada na cadeira ginecológica de mamãe (é uma poltrona que você fica com as pernas pro alto), vendo um especial sobre a Sueli Costa (leia-se: música de dor de corno).
Papo vai, papo vem, ele me chamou pra dormir na casa dele. EU AMARELEI!!!
Ódio! Ódio de mim! Mereço oitenta chibatadas!!!
Eu estava esperando este convite e quando acontece, pimba! eu declino!
Conclusão: dormi mal pra caralho, sonhei com ele e tudo (pena que não foi um sonho erótico) e estou me consumindo no arrependimento. Pois, como diz a sábia Roberta: “Foda adiada é foda perdida.”
O pretê não mais será chamado assim neste blog. Não merece. Não faz jus a apelido. Insiste pra que a gente saia, mas sempre caga na latinha e me deixa na mão. Já tô puta com isso!
Para badalar ainda mais o Homem é tudo palhaço, contarei o ocorrido lá. Até porque é o lugar mais apropriado.
ELE acabou de perguntar se eu não ia sair e disse que queria ir a Loud! , mas estava sem companhia. Depois emendou que também não estava muito animado.
Pô, não podia me chamar, então, pra um chope? Um cinema? Uma sueca?
Vascão é BIcampeão Estadual no Basquete Feminino ! !
Parabéns ao Vasco e à Renata, prima de última hora que joga na equipe campeã.
Sábado, tio Eurico homenageia as jogadoras antes da partida Vasco x Portuguesa.
Pena que já marquei com o pretê, em quem dou perdido desde dezembro, se não eu ia. Não posso nem arrastá-lo porque o bruto tem o mau gosto de ser flamenguista...
Hummm... Acho que ele merece outro bolo... Quem mandou ser rubro-negro?
A Forbes publicou a lista dos bilionários.
Minha tia leu a notícia e comentou que Lily Safra, viúva do banqueiro Edmond Safra, com seu US$1 bilhão, vive entre o Principado de Mônaco, Paris e Nova York.
Meu pai não se conteve e comentou:
– Pena que ela não estava nas torres...
Será que é por isso que dizem que eu afasto os homens? Conversando no ICQ com o PA, ele conta:
– Sonhei com a Fulana, pode? Tava no maior amasso... Que coisa, né?
– Desejo contido. (Se fosse uma conversa ao vivo, ele teria visto minha tromba e meus olhos queimando de ódio!) – Já sonhei com a Beltrana também...
– Desejo contido. (Ai, caralho...) – Cadê vc?
– Desejo realizado.
– hahahah! Mandou bem pra cacete!
– Eu sempre mando bem.