Quem vos escreve

 

Nome : Ana Paula

Idade : 33 anos

Onde : Rio de Janeiro

Signo : Escorpião

Atualmente: Solteira

Profissão : R.P.

 

 

 

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wsábado, outubro 31, 2009


A sala
Em um único sábado à noite, em uma ida inocente ao shopping, comprei os móveis da sala e do computador. Assim, de chofre mesmo. Entrei na Tok Stok e sai de lá com sofá-cama, rack, mesa, cadeiras e mesa e cadeira de computador. Quando cheguei em casa, surtei. Queria desfazer a compra, devolver tudo. Não era nada daquilo que eu queria. Eu tinha imaginado outra decoração, outro estilo e aí comprei tudo diferente, Jesus! Perturbei algumas pessoas com esta ladainha, visitei mais sites de móveis, lojas de decoração, fiz várias contas pra saber se o dinheiro e o espaço davam e decidi: vou trocar tudo.

O que tinha motivado meu projeto de decoração era uma estante de padaria. Queria colocá-la na sala a qualquer custo e pensei em comprar móveis que combinassem com ela. Mas aí, em um surto, eu comprei móveis pretos e brancos! Nunca combinariam com a estante de padaria dos meus sonhos!

Minha irmã me sugeriu trocar a estante de padaria por um armário de hospital antigo. Achei a idéia boa e parti para tentar conseguir um.

Maaaaaaaaaas, como eu sou uma pessoa de sorte, um belo dia, estava eu flanando pelo site da Desmobilia (Pausa para os comerciais: o web bazar da Desmobilia vai começar dia 1/11. Aproveitem!) e achei a estante Libro, uma estante de padaria versão fexion.

Como eu sou MESMO uma pessoa de sorte, a estante entrou em liqui no dia seguinte e eu a comprei. Ela chegou linda, loura e preta e branca de Curitiba direto para minha sala. É a companhia perfeita para os móveis comprados por impulso e ficou muito mais istaile que a sala de madeira, caretinha, que eu queria antes.

***
Pensam que a acabou? Tem a novela da mesinha de canto... A conferir.

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Colorido por Ana Paula às 12:01 AM -


wsexta-feira, outubro 30, 2009


Mon petit chateau!
Um novo lar é realmente tudo de bom. A gente vai observando e descobrindo os detalhes aos poucos, trocando energia com o ambiente e, aos poucos, fazendo com que ele fique do nosso jeito, com a nossa personalidade e até com o nosso cheiro! Tudo começa tendo um toque pessoal e a casa passa a ser o nosso espelho: um dia está impecável, arrumadinho; outro dia está tudo bagunçado, camuflado para a visita não ver, engatilhado; enfim, o melhor lugar do mundo passa a ser o lar. Felicidades, muitas garrafas de vinho, cerveja, champanhe rosé, prosecco, risadas, choro, chorinho, samba, sorrisos, reflexões, aromas de café, flores naturais...

O trecho acima é de um cartão que Vivi me escreveu lá da Escócia tão logo soube que eu aluguei um apartamento e que finalmente ia conseguir montar minha casinha, desejo antigo. Embora tão longe, Vivi foi uma das primeiras pessoas a vibrar comigo pela conquista e mandar do frio do Mar do Norte um pacotão recheado de coisas fofas e meigas acompanhadas de um cartão emocionante e delicado, como a própria Viviane.

***
Desde maio resido em um “quartisala” na ZS a poucos minutos do trabalho, meu sonho de consumo. Hoje estou especialmente feliz com meu cafofo porque consegui colocar no lugar um monte de coisinhas que estavam faltando. Os lustres, por exemplo. Até hoje eu tinha apenas lâmpadas penduradas em fios. Não é nada, não é nada, não é nada mesmo, mas dá uma gastura você olhar pro teto e ver aquilo lá, mal ajambrado. Lembra coisa provisória que virou permanente e eu detesto isto.

Mas falar que os lustres (ou a falta deles) me dava gastura é até menosprezar o resto. Sejamos justos, TUDO me dava (e dá) gastura! Ansiedade é meu nome e no dia seguinte ao alugar o imóvel, antes mesmo de ter o contrato assinado, eu já estava medindo tudo, vendo sites de lojas de móveis, pensando na decoração. Até hoje tenho taquicardia só em pensar no que quero ou preciso comprar e meu cartão de crédito não tem mais sossego. Quem diz que é uma “delícia” montar apartamento deve ser muito zen porque eu só sinto leves momentos de prazer permeados de uma angústia sem fim por sentir falta sempre de alguma coisa. Afff..

Mas, enfim, estou sobrevivendo. Vou ali tomar um chazinho de camomila e depois eu volto pra contar a lenha que foi comprar os móveis da sala.

***
Em tempo: o lustre do quarto é daqueles estilo candelabro com três lâmpadas. Como só tinha lâmpada de 100W no mercado, eu estou com 300W me iluminando as idéias. Parece sol de meio dia no meu quarto. Acho que nunca mais dormirei porque meu organismo não vai identificar que já é noite.

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Colorido por Ana Paula às 11:49 PM -


wterça-feira, outubro 27, 2009


Wish list

Pasta arquivo da Gift Express


Acessórios OhDear

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Colorido por Ana Paula às 7:50 PM -


w


Histórias de Larinha
Larinha anda uma pândega. Ao me ver arrumada para o casamento da prima, com as madeixas presas em um coque descontraído e com algumas mechas frontais soltas emoldurando meu delicado rosto, soltou:

– Ih, vai de Norminha?

Não é que eu estava mesmo a cara da personagem da Dira Paes em Caminhos das Índias? Só faltei dar leitinho pro Abel...

***
Falando no casamento da prima, Larinha foi de unha postiça, ta? Olha a prova do crime aí embaixo.



Minha irmã disse que colou as unhas com Superbonder. “Você é maluca?!?!? E se der alergia na criança?”, ponderei desesperada. E ela:

– Ah, Ana Paula, você não sabe o que é uma criança te infernizando...

O pior é que Larinha queria ir de unhas postiças pretas com desenho de uma rosa em branco em cada unha. E as unhas foram “customizadas” por ela mesma: as unhas eram transparentes com rosas brancas desenhadas. Ela pintou o verso das unhas de esmalte preto e elas ficaram pretas com rosas brancas. Zuper discretas. Ainda bem que minha irmã conseguir negociar para ela colocar as unhas menos bizarras.

*****
A gente passava de carro pela sempre engarrafada Praça da Bandeira, ainda que fosse domingo à noite. No bar bem a nossa esquerda, alguns bêbados se esgoelavam cantando karaokê. E Lara:

– Não sei porque bêbado adora karaokê!

O que faz uma menina de 8 anos falar com tanta convicção assim sobre o que bêbados gostam ou não?!?! Com quem ela anda, meu Deus???

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Colorido por Ana Paula às 7:34 PM -


wsábado, outubro 24, 2009


Empréstimo de celular
Eu podia estar matando, eu podia estar roubando, mas estou aqui pedindo emprestado um aparelho de celular que aceite chip Oi ou que possa ser desbloqueado.

O meu estava agonizando há dias e ontem fez a passagem.

A última coisa que quero agora é comprar um celular porque tenho outras prioridades. Assim, se você tiver um celular jogado numa gaveta, mudinho da silva, me empresta ele, vai? Prometo ser bem cuidadosa e devolvê-lo tão logo eu deixe de pão-durice e compre outro (o q deve acontecer no final do ano com o décimo terceiro e tal.).

***
Ah, e não adianta dizer “liga pra Oi e pede um celular”. A Oi é mau feito um pica-pau: ela não dá celular e nem desconto. Na loja, dizem que você pode conseguir desconto pelo teleatendimento, o teleatendimento diz (adivinhem?!?!) que você pode conseguir desconto na loja e aí voltamos ao início do jogo. Quero brincar disso não.

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Colorido por Ana Paula às 6:16 PM -


wquinta-feira, outubro 22, 2009


[SEM TÍTULO]
No domingo, quando eu soube da morte do Evandro, do Afroreggae, eu fiquei triste, chateada. Pensei que chato o cara morrer justamente em uma situação que o seu trabalho pretende acabar ou pelo menos reduzir. Fui apresentada a ele em uma visita ao projeto na sede de Parada de Lucas e lembro bem do seu jeito meio calado, mas simpático e engajado, e principalmente porque ele parecia fisicamente com um primo falecido há quase dois anos, José Carlos.

Hoje de manhã, quando vi a matéria sobre as investigações do seu assassinato no Bom Dia Brasil, fiquei revoltada, indignada mesmo, estupefata. Não há explicação, não há razão, desculpa, nada que justifique a ação daqueles bandidos fardados de policiais, mais bandidos e mais canalhas que os bandidos que assaltaram e mataram Evandro porque eles não só negaram socorro ao ferido que naquele momento ainda agonizava, como interceptaram os primeiros assaltantes e fizeram eles o seu assalto roubando dos bandidos a jaqueta e o par de tênis do Evandro. Os caras deixaram para trás uma pessoa agonizando no chão de uma calçada, de madrugada, sozinho, para roubar uma jaqueta e um par de tênis?!?!?! Que mundo é esse? Que polícia é essa?

Sinto muito, muito mesmo pela família e pelos amigos dele que foram agredidos pela crueldade daquelas cenas. Que eles tenham força para levar a cabo a investigação e a condenação dos bandidos – os quatro, os assaltantes que atiraram em Evandro e os policiais-assaltantes que o deixaram morrer indignamente.

***
Já que o tema é espinhoso, lembrei de um filme que assisti na mostra competitiva do Festival do Rio, o documentário Luto como Mãe, de Luis Carlos Nascimento. Luis é presidente da ONG Cinema Nosso com quem eu tenho o prazer de trabalhar.

Luto como Mãe conta a história das mães que tiveram seus filhos mortos por policiais e sua luta para fazer com que eles sejam julgados e condenados pelos crimes. Forte e emocionante.

Quando entrar em cartaz, você tem que ver porque a gente não pode só acordar para esta situação absurda da brutalidade policial e da impunidade quando ela bater a nossa porta.

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Colorido por Ana Paula às 10:35 PM -