Notícias de Larinha Devo a vocês notícias da minha menina superpoderosa e posso dizer que ela foi isso mesmo: superpoderosa. Com cinco dias ela já estava botando o pé no chão (a princípio a médica pediu 10 dias sem colocar o pé no chão); não reclamou de dor; enquanto não podia andar, ficava sentadinha com o pé no alto... Muito fofa.
Ela tirou os pontos no domingo. Ainda está de curtivo, mas em breve restará apenas uma fina cicatriz no peito do pé e a lembrança de "uma porta boba", como ela diz, que lhe caiu no pé.
Drogas no ambiente de trabalho Que jardim japonês o que! Pra aliviar a tensão do trabalho eu voto que tenhamos um fumódromo... mas de maconha.
Realiza a cena:
Sua chefe diz que vai ali fora fumar um cigarrinho, aí você pergunta se pode ir também. Ela diz que sim (porque adora se relacionar com os subalternos, já que isso massageia seu ego e ela pensa que é uma chefe querida). Chegando ao fumódromo, você vai saca a seda e o fumo, aperta um e relaxa.
Notícias de Larinha Minha pequena está ótima. O ferimento está cicatrizando muito bem e ela já pode colocar o pé no chão a partir de hoje. Tomara que consiga.
Ontem ela passou o dia fazendo os enfeites da festa de aniversário dela. Colocou os brinquedinhos nos saquinhos supresa dos convidados e colou os enfeites dos lápis. Ficou boniiiiiiiiiiiiiiiiiito que vocês nem imaginam. :)
Quando ela vai ao hospital fazer curativo, minha irmã diz que ela tampa os olhinhos quando tiram a atadura do pé e fica pedindo para colocar "a botinha" de novo. Fofa da tia.
Meu pai foi comigo pro hospital. Além dele fazer o absurdo de trocar de roupa (“vestir uma calça comprida, né?”), demorou a sair com a merda do carro, deixou o carro morrer, andou a 60km. Na saída do hospital, eu estava muito enjoada e com ânsia de desmaio. Pedi pra ele abrir logo a porta do carro e ele disse “besteira”. Quando disse que foi por achar que o que eu tinha era besteira que da outra vez eu caí com a cara no chão, ele abriu a porra da porta rapidinho. Ainda vou mandar meu pai tomar no cu quando ele disser que eu sinto é besteira novamente.
Ontem aconteceu uma coisa horrível. Tão horrível que eu estou escrevendo pra ver se passa essa angústia que eu ainda estou sentindo, se esse nó na minha garganta se desfaz. Tinha pensado em matar este blog porque ando cada vez mais sem vontade de escrever, mas acho que nestas horas ele serve pra isso. Acho que falar com ninguém teria o mesmo efeito de escrever isso.
Ontem eu estava vendo Celebridade, quando o telefone tocou. Achei estranho porque já tinha marcado a hora da Matriz com a Fernanda e a Roberta e senti uma coisa esquisita. Era minha irmã muito nervosa dizendo que Lara tinha cortado muito o pé, eles estavam no hospital e ela (minha irmã) estava passando mal. Eu e meu pai fomos encontrá-los.
O acidente foi em casa. Meu cunhado bateu com a cabeça na porta de ferro e vidro que tem na sala da casa deles e a parte superior da porta caiu da altura de 1m no peito do pé da Lara, perto dos dedos. Foi como uma faca. Abriu um corte enorme e fundo no pé dela.
Cheguei no hospital e eles estavam na sala de sutura. Larinha estava com o pé enfaixado e brincando com um joguinho de madeira, muito distraída. Pensei que tudo tivesse acabado já, mas o pior estava por vir. A médica ainda não tinha feito a sutura e eu olhei desavisadamente quando ela desenfaixou o pezinho da minha Lara. A cena não sai da minha cabeça. Os gritos de dor dela também não. Como chorou minha pequena... Ela se tremia toda, gritava, pedia pro “papai dar a mãozinha a ela”, dizia “eu prometo, eu prometo”, “quero calçar o sapato”, “quero dormir”, “quero fazer xixi”. Ela queria tudo, menos aquela dor. Quando eu falei que ela era minha menina superpoderosa e que ia ser forte, ela disse que não queria ser forte.
Ela levou 12 pontos no peito do pé. Sabe o que são 12 pontos no pé de uma criança de 3 anos?!?!?! É o peito do pé todo!
Ela dormiu bem. Nós é que não dormimos. Só conseguir dormir às 2h e acordei às 8h. Hoje ela tentou colocar o pé no chão, mas gritou de dor. Passou o dia brincado com o pai no computador e no chão do quarto. Já voltou ao hospital e os pontos estão bem fechados.
Foi bom escrever. Deu pra chorar mais um pouco e ficar mais leve. Larinha vai ficar bem, mas que foi um susto pavoroso, foi.
É Natal! Em todo lugar, os sinos já anunciam a chegada do Natal. E mais um ano se passou... Sei que ainda está cedo pra ser fazer um balanço, mas 2003 foi um ano muito bunda, sem graça, sem emoção. Como ando numa fase Polliana, posso dizer que foi bom porque (ainda) tenho emprego, voltei a estudar, estou indo a academia, tenho Larinha e blablabla, mas que foi um ano xoxo, foi.
Finalmente, Os Normais A fila dava voltas no shopping. Minha irmã e minha sobrinha ficaram na fila para entrar e eu, na para comprar. A delas andou mais rápido, mas acabamos conseguindo para a sessão das 15h20 (chegamos às 15h10) e entramos quase 15h30, mas ainda estava no último trailler. O filme é MUITO engraçado. Eu gostei da cena da carruagem. Vejam e comentem.
Mãe histérica é normal Minha irmã só foi ao cinema porque meu cunhado incentivou e disse que ficava com a Lara (Nada mais justo, já que amanhã ele vai ver Matrix sozinho pq minha irmã detesta este tipo de filme.), mas ela foi cheia de culpa. Disse que era esquisito sair sem Larinha e ficou querendo voltar correndo pra casa, dizendo que Lara estava sentindo falta dela... Sei, sei... Mal tive tempo de colocar o vestido na lavanderia e comprar o lanche pra levar pra casa (ai de mim que sugerisse comer no shopping).
Lara fica muito bem com o pai. Aliás, diga-se de passagem, ele cuida muito bem dela. Sempre que ela faz xixi ou coco na calça (ela ainda não sabe segurar até chegar ao troninho e sempre se suja), ele dá banho nela, troca a roupa, prende o cabelo e tal. Ele fica no computador com ela. Dá comida. Arruma os brinquedos. Ele corre atrás dela pelos corredores dos shoppings, entre os brinquedos do parquinho, pela grama dos parques que eles vão. Sei que não faz mais que obrigação, mas sei também que tem muito pai que não faz isso. Acho que este contato tem que ser incentivado para que o pai não seja só uma pessoa para quem se faz um presentinho especial no segundo domingo de agosto. Essas mulheres que se jogam em cima das suas crias, como se elas fossem só suas, depois são as mesmas que reclamam que os pais não ligam pros filhos. E tem como ser diferente?
Passeio em família Eu tinha que colocar meu vestido para lavar no NS e acabei vendo Os Normais com minha sobrinha mais velha e minha irmã. Cara, não ia ao cinema com minha irmã certamente há mais de uma década e meia. Foi um evento digno de registro.
Cuidado com a gravata! Passei a festa inteira fugindo da “gravata do noivo” porque não tinha um puto pra colocar na bandeja pra no final descobrir que a “gravata” só “ataca” homens. Ufa, que alívio!
A cereja do bolo Quando cheguei em casa de volta, vi que minha calcinha estava marcando na parte de trás do vestido. Quinhentos caralhos me fodam! Estava pa-vo-ro-so e ninguém me avisou.
Pra fechar a tampa Cheguei em casa cedo, tomei banho, fiz curativo no pé, coloquei a calcinha da festa, o Lib nos “peito”, me maquiei e fiquei de roupão fazendo hora até dar umas 19h pra vestir a roupa, calçar a sandália e sair. Humpf! Eu não adiantei a porra do relógio do videocassete para o horário de verão e só me dei conta da hora quando eram 19h50. Só pra te situar, o casamento estava marcado pras 19h45. Pulei do sofá, me enfiei no vestido, enquanto berrava pra minha mãe ligar pro taxi vir me buscar. Berrei “caralho” umas quinhentas vezes, “putaquiupariu” umas duzentas, bati umas quatro ou cinco portas e só não me auto flagelei porque não tinha chicote à mão pra isso. O taxi ainda demorou (sábado eles sempre demoram), mas cheguei a tempo de ver a benção do casal depois das trocas de aliança.
Cagada de urubu Sábado não foi o meu dia. Como era a casamento dos amigos da FCS, reservei o dia para pôr-me bela e fazer uma sessão mulherzinha daquelas. Às 13h, podóloga. Às 14h, unha e cabelo. Só que eu estava cagada de urubu. A podóloga se distraiu e cortou meu pé com a lâmina que usa para retirar calos. UMA DOR DO CARALHO! Ardeu MUITO! Ela colocou água oxigenada e Povidine e eu fui à lua. Tive que abandonar a idéia de ir com meu chanel marrom com flores em relevo, lindo de viver, que faz par com um bolsa baguete igualmente bela e combina perfeitamente com meu vestido vaporoso amarelo claro. Por sorte eu sou uma mulher muito “sapatuda” e tenho uma sandália de ouro velho e salto de madeira que também combinava com a roupa e uma bolsa “da vovó” preta de alça de ouro velho que casou direitinho.
A parada do pé doeu, mas foi um acidente e não me causou tanto transtorno porque eu tinha outra alternativa. O que me deixou puta foi o penteado. Falei com a cabeleireira que queria fazer o tal penteado uns quinze dias antes. Ela me pediu para comprar elástico preto e grampos invisíveis. Achei estranho porque das vezes que fiz penteado preso (e não foram poucas) nunca levei nada pro salão, mas ok. Na quarta, liguei pra avisar que não teria tempo de comprar os tais badulaques e marquei hora no salão. A cabeleireira até comprou os breguetes, mas não tinha mousse, gel fixador, goma arábica ou qualquer porra pra modelar meus cabelos. Resultado: o penteado parecia feito em casa, não tinha acabamento. Estava cheio de fios eletrizados. Um cocô. Claro que vou reclamar muito da próxima vez que for voltar lá.
Cidade dos Homens Gosto de ver Cidade dos Homens para ver as coisas de pobre, como soltar pipa. Pipa é coisa de favelado ou suburbano porque na zona sul e na Barra não tem isso. Nunca fui de soltar pipa, mas gostava de ver "cruza", sabia fazer rabiola e passar cerol (sem interpretações dúbias, por favor).
A fera da Penha Vocês viram a história da fera da Penha no Linha Direta – Justiça de quinta? Eu não. Queria ter visto. Isso lembra a minha infância, quando meus pais e tias me chamavam de fera da Penha só porque eu era um pouco irritada.
Horário de verão Já começou tem tempo, mas ainda não destilei meu ódio por este novo horário. Quem inventou isso não acorda cedo. Se acordasse, ia ver que não há economia que pague uma hora a menos de sono, acordar ainda com tudo escuro e voltar pra casa às 17h no ônibus cheio pegando sol de 16h nos cornos. E não venha me dizer que é bom “porque dá pra correr na praia depois do trabalho” que eu vou te mandar tomar no cu. Só corre na praia depois do trabalho quem mora perto dela e vai pra casa de carro e provavelmente não acorda cedo, ou seja, uma parcela muito pequena da população. A maioria acorda de madrugada, mora longe de tudo, pega ônibus cheio, faz trabalho braçal e se fode com esse horário para economizar energia para o bonitão que mora à beira-mar usar seu ar-condicionado com a consciência tranqüila, iludindo-se que esse adianto nos ponteiros do relógio vai gerar alguma economia considerável.
Ô que sorte! Sábado fez mó solzão, mas eu cheguei na praia às 16h porque fui almoçar com meus primos antes. Conclusão: não peguei cor nenhuma. Só vento na cara.
Domingo, não deu praia. Aliás, não deu nada. Ia ver Os Normais, mas cheguei às 16h15 no Iguatemi para a sessão das 17h30 e só tinha ingresso para 19h30. Olhei para a praça de alimentação cheia, pro palco no qual em breve algum cantor desafinado ia assassinar músicas batidas da MPB, lembrei que não teria dinheiro para “divertir-me” comprando coisas inúteis absolutamente necessárias, vi que teria que ficar três intermináveis horas aguardando o início da outra sessão, que definitivamente não queria aquilo para meu domingo e bati em retirada. Fica pra próxima.
No taxi Eu e Fernanda fomos embora juntas. Entrei no taxi pela porta da direita e falei para entrar pela da esquerda para que ela desembarcasse na calçada, já que o prédio dela fica no lado esquerdo da rua. Reconhecendo minha genialidade ímpar por pensar neste fabuloso detalhe, brinquei:
– Tudo eu, tudo eu...
E a vaca, já dentro do taxi:
– Ah, mas em todo casal tem sempre um que pensa nessas coisas.
E o taxista virou pra trás com um mega sorriso cúmplice nos lábios. Se eu tivesse alguma reputação a zelar, estaria perdida, pois como vou à Matriz quase toda sexta e volto de taxi, seria conhecida pelos taxistas como a sapata namorada da Fernanda. Ainda bem que esse negócio de reputação não é comigo.
A Brazooka de sexta Quando eu e Fernanda chegamos, por volta da meia-noite, levamos um susto: na casa havia somente dois casais e nós. Depois, fui informada que as pessoas estava bebendo no Risoto por conta do aumenta no valor da entrada e extinção do “bônus no bar” da Matriz. Às 2h a Casa estava cheia. Estava um “cheio” agradável. Dava pra dançar confortavelmente e ainda havia umas caras novas para se admirar. Não sei se deu prejuízo, mas aquela lotação (longe da máxima) estava perfeita.