Picolé de Ana Paula Tô indo pro Paraná daqui a pouco. Mais especificamente Paranaguá. Amanhã, às 7h30, estarei congelando junto ao porto acompanhando uma filmagem. Sexta eu estarei "curtindo" o frio em Curitiba.
Novas experiências A noite de sábado foi atípica. Primeiro porque fui a uma boate, lugar que não pisava desde os tempos de faculdade, eu acho, quando freqüentava El Turf e Maxim’s. Demorei a me acostumar com o lugar que estava l-o-t-a-d-o, com a música "estrangeira" e com as luzes e fumaça que eu pensei esta extinta. A idéia era beber os dois drinques gratuitos e partir em seguida. Hunf! Saí de lá às 5h.
Depois, o lugar era do capeta. Aquela coisa de beijar sem olhar a quem, meio micareta, tomou conta do ambiente e eu me entreguei à luxúria, à devassidão, à lascívia, à libertinagem! Claro que como sou moça direita, acabei recusando mais bocas que beijando-as. E olha que recusar é tarefa difícil! Os caras são insistentes.
Apesar de estranhar o "contexto" a noite foi divertidíssima. Pretendo repetí-la.
Conflito de gerações Fiquei impressionada com quantidade gente jovem. Será que a mãe deles sabem que eles estão na rua àquela hora? Será que o lugar está recebendo uma excursão de colégio e eu não sei? Também me causa estranheza a relação entre eles. É um tal de mulher se esfregar em mulher e homem se esfregar em homem que eu fico passada. Na faculdade a gente fazia trenzinho, um passava a mão no outro, mas não era com gente do mesmo sexo. Era uma coisa mais heterossexual, entende? Agora os meninos largam as meninas que estavam beijando pra rebolarem até o chão um na frente do outro. As meninas também se roçam bastante e se abraçam com uma intimidade exagerada que é quase forçada. Será que eles de fato curtem isso ou fazem pra "chocar o burguês"? Tomara que seja de fato uma liberação e não um outro aprisionamento em um comportamento já esperado pelo resto do grupo pra que pelo menos seja mesmo divertido.
Os homens, esses tolinhos Desde que o mundo é mundo, homem adora ver mulher em momentos de, digamos, intimidade com outra mulher. Então, na night é cada vez mais comum elas dançarem juntas, fazerem cara de sexy uma pra outra, trocarem olhares, se insinuarem. Até conseguirem formar em volta de si um grupo de caras enlouquecidos que ficam doidos pra entrar na brincadeira. Mas aí elas não deixam. Mulher é muito má.
Esqueletos fora do armário Parece que o ano de 2007 é o ano dos esqueletos saírem do armário. Sábado eu encontrei o segundo deles na boate. Ele não me reconheceu. Ainda bem. Veio puxar papo comigo, mas seu approach é péssimo. Embora todo o resto seja bom, não consegui relevar e dispensei o bruto.
Histórias de Arthur Neto e filho de framenguistas doentes (eufemismo porque todo framenguista só pode ser doente), Arthur tem chupeta do Framengo, entre outros adereços rubro-negros. Mas pior foi no dia em que nasceu ele chorava, quando o avó o pegou no colo e o ninou, cantando "uma vez Flamengo, sempre Flamengo..." O menino se calou. Garoto esperto: se continuasse ia acabar tendo que ouvir o hino inteiro.
Em tempo: Arthur, com oito dias de vida, segura no nosso dedo, aperta o chuca e se espreguiça. Um gênio, esse menino!
Histórias de Larinha e da amiga dela A amiga de Larinha chegou para brincar na casa dela este sábado com um CD embaixo do braço. Era do Secos e Molhados.
- Tia, coloca esse CD. Eu gosto de Sangue Latino. – pediu pra minha irmã.
Ela cantou e dançou Sangue Latino. Já Lara, prefere O Vira. Então, tá.
**** O pai desta amiguinha da Lara, a fã do Secos e Molhados, contou que eles foram a uma festa de aniversário que tinha música ao vivo. A menina foi até o cantor e pediu Sangue Latino. Para aumentar a surpresa do cara, sentou em frente ao palco e acompanhou-o cantando a letra toda.
Absurdo Ninguém vai deitar no calçadão de Copacabana pelos mortos na Vila Cruzeiro? Nenhuma cruz será enfiada nas areias da praia por eles? Ninguém vai sair na rua vestido de branco ou de preto pela paz ou pelo luto por causa guerra no Complexo do Alemão? Nenhuma voz vai se levantar pra mandar parar o absurdo que está acontecendo naquele lugar; pra defender os moradores que não podem sair de casa ou os que saíram e que não puderam voltar; pra deixar as crianças irem pra escola; os comerciantes abrirem as portas?
O tiroteio entre policiais e traficantes já dura uns 20 dias. Há mais de 50 feridos, outros tantos mortos e parece que nada está acontecendo na cidade! Não tem uma ONG revoltada? Um político indignado? Um padre, um pastor, sei lá! Ninguém vai fazer nada? É isso mesmo?!
Em tempo: escrevi este post ontem e hoje eu vi no jornal que o Ministério Público vai apurar se a polícia está agindo com excesso. Ah, tá.
Deu no Jornal da Record O Jornal da Record (quem mais?) noticiou que o Senador Crivella denunciou que a Rede Globo recebe informações privilegiadas das operações da Polícia Federal. Segundo ele, é a Globo quem recebe as imagens que fazem parte de inquéritos da PF primeiro, por exemplo. A Globo está presente, algumas vezes com exclusividade, no momento da prisão de suspeitos e tal. O presidente do Senado disse que vai investigar. O melhor veio no encerramento da matéria, com o comentário do apresentador piadista:
Escorpianos de todo o mundo, uni-vos! Nós, os nativos do signo de Escorpião, temos que nos unir para desfazer a pecha de pessoas difíceis de se lidar, dissimuladas e que só usam meias palavras. As pessoas tem que entender que isso é só um jeito de nos defendermos. No fundo, somos pessoas extremamente sensíveis que precisam se preservar. Quem consegue ultrapassar nossa barreira da desconfiança, encontra uma pessoa leal, carinhosa e amiga.
Ah, e o sexo com os escorpianos é divino, dizem. Eu não vou afirmar nada porque vão dizer que estou legislando em causa própria...
Sonho de consumo Tenho que anotar pra entrar na minha lista de compras um massagista. Eu AMO massagem. Hoje eu fui brindada com uma feita pelo professor de yoga que estalou do meu cóccix ao pescoço e massageou rapidamente (porque o tempo era pouco) minhas pernas e meus pés. Saí flutuando. Valeu meu dia.
O circo chegou! Tem espetáculo no HTP. Contei um caso que presenciei hoje no trem. Em resumo, é o show de um cara que não quis sair do vagão feminino porque estava com duas bolsas pesadas. Uma mulher fez um comentário engraçado:
- Bolsa pesada... Deve estar com o Tupperware que ele levou a marmita!
E eu, que já estou perfeitamente adaptada ao ambiente ferroviário e interajo que com qualquer um ao menor sinal de início de conversa:
Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar Olhou-a dum jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto convidou-a pra rodar Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar E cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a se abraçar E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou E foi tanta felicidade que toda a cidade enfim se iluminou E foram tantos beijos loucos Tantos gritos roucos como não se ouvia mais Que o mundo compreendeu E o dia amanheceu Em paz
Metiiiiiiida Enquanto algumas amigas imploram a irmãos e irmãs para serem tias, eu já sou tia-avó. Quéli, que está no grupo das que anseiam por um sobrinho(a), disse que eu superei todas as expectativas dela.
Pra que todas mórram de inveja, registre-se que eu já nasci tia. Meu sobrinho, agora pai de Arthur, é cinco meses mais velho que eu. Aos 8 eu fui tia novamente. Larinha nasceu em 2000.
Agora é pra valer! Arthur nasceu. Eu sou tia-avó! Depois de sua mãe enfrentar uma batida de carro por volta do sexto mês de gravidez, levar um tiro de raspão na cabeça em um assalto no oitavo mês e ainda cair de uma escada algumas semanas depois, o garotão veio ao mundo às 8h30 de hoje, com 52cm e 4kg 300g. É moreno e cabeludo. : )
Eu estou com medo do Pan Eu moro a poucas quadras do Engenhão. Os transtornos causados com a obra do estádio ainda nem terminaram, o Pan ainda nem começou e eu já estou vendo que vai ser foda no cu de Creuza sobreviver aos quinze dias de competição tendo que ir trabalhar.
Sei lá, não sei Hoje eu estou meio assim, em slow motion. Estou com uma leve e constante dor de cabeça como se tivesse bebido muito ontem. Pra não dizer que não coloquei uma gota de álcool na boca, tomei literalmente UM gole de cerveja porque estava sedenta e era o que tinha a mão.
Acho que eu consegui o feito inédito de ficar bêbada por tabela.
A inveja é uma merda Ontem e hoje eu trabalhei enclausurada em um hotel. No caminho até lá, passei pela Lagoa. Acho que todos que corriam e caminhavam por lá quebraram a perna tamanha era minha inveja. Os que remavam, viraram dos barquinhos e engoliram litros d’água, certamente.
O hotel ainda era em frente à praia. Copacabana, princesinha do mar. O salão onde eu estava tinha vista panorâmica para a praia. Eu também invejei aquela gente que passava no calçadão. Todos devem ter pisado em cocô de cachorro.
Teriam sido oito horas de tortura se uma boa não alma não tivesse mantido as cortinas cerradas. Pelo menos na hora do almoço a gente podia deixar os olhos se encher com aquela paisagem linda porque o restaurante do hotel também ficava de frente pra praia. Alegria de pobre dura só uma hora.
Pensando alto Não adianta. Tem gente que não leva jeito pra conquista. Falo isso com propriedade porque me incluo neste grupo. Como diz Daniella, eu sou "tão burrinha pra essas coisas". Ela diz que eu estudei demais e esqueci de desenvolver a habilidade da paquera. Deve ter razão (pelo fato de eu não saber paquerar e não por ter estudado demais). Mas tem muita gente pior do que eu. Muito burro velho que enfia os pés pelas mãos e não sabe tratar uma mulher, não sabe conquistá-la. Uma pena.
Histórias de Larinha no Dia das Mães Ela fez a mãe se debulhar em lágrimas na festa de comemoração do Dia das Mães na escola. Larinha, avessa a ficar no centro das atenções, pediu a professora para ler um poema no microfone. Ela recortou o texto do jornal (do Globinho) e combinou com a professora que leria na festa. Não é uma linda, essa minha afilhada?
*** Já em casa, ela contou o seu diálogo com a colega de turma Lua Clara.
- Eu falei pra Lua que ia ler no microfone na frente de todas as mães. Ela disse que eu não ia. Aí, quando a tia falou "A Lara vai ler um poema", eu falei: quebrou a cara, Lua Clara!
*** No domingo, estava eu sentada na varanda contato a minha prima que estou fazendo "ióga". Lara vinha passando na minha frente neste exato momento e, sem parar de andar, estalou os dedos bem próximo ao meu rosto pra me chamar a atenção e me corrigiu:
O tinhorão Assim que Temporão assumiu o Ministério da Saúde, meu pai comentou:
- O Tinhorão foi nomeado Ministro da Saúde, né?
Eu gargalhei. Quando trabalhei no mesmo lugar em que Dr. Temporão era Diretor, ouvi várias piadinhas com seu nome, mas confundirem Temporão com Tinhorão, nunca. Só mesmo Ursulão.
Voltando ao Papa Pra começo de conversa, eu tô de saco cheio dessa visita do Papa. E olha que ela mal começou. Parece até o aniversário de 450 anos da cidade de São Paulo. Tanto salseiro em torno da "carbonização" do Frei Galvão Bueno e barraram o feriado. Como eu vou peregrinar até cidade dele, se tenho que trabalhar? Assim não há fé na Igreja Católica que resista!
Aí, o Papa, ainda no avião, vem dizer que vai excomungar os políticos que forem a favor do aborto. Ih, eu, hein? Desce do queijo, seu Papa! Vai excomungar quem, cara pálida? Sabe-se lá se estes políticos comungam da sua doutrina? Se acreditam em excomunhão? Sabe se eles reconhecem sua autoridade? Pára a palhaçada.
Pé de anjo Brecht tem um poema conhecido chamado Felicidades no qual ele enumera o que considera felicidade. São grandes e pequenas coisas. Uma delas me tocou mais que qualquer outra por ser prosaica, porém verdadeira, e com a qual eu logo me identifiquei: "sapatos macios". Acho que o poeta comunista tinha pés sensíveis como os meus, que se ressentem até quando estão de Havaianas. E só quem sofre com bolhas e calos pra saber do que falo.
Hoje, ameaçando chuva (que logo cedo se concretizou), eu fui trabalhar de sapato fechado. Como também fui de calça social tive que colocar salto para evitar que a barra molhasse. Ai, que castigo. Na volta pra casa os pés doíam tanto que assim que desci do trem na Estação do Engenho de Dentro, saquei o par de chinelos que trazia na bolsa e calcei-os. Sorte hoje ser dia de ioga, quando eu levo meus chinelinhos. Eu já estava suando frio de tanta dor.
O pior é que não dá pra dizer que é o sapato. TODO sapato fechado, seja alto ou baixo, me machuca. Minhas unhas ficam moles depois de um dia inteiro calçada. Mesmo sandália me machuca. Quando eu era pequena, minha mãe reclamava que eu só queria andar de chinelo, que era relaxada. Ela não entendia que os sapatos realmente me feriam. Teve um dia que ela olhou pro meu pé e viu o calcanhar mais escuro. Me deu um esporro achando que eles estavam sujos: eram marcas de sucessivas bolhas. Ó, como sofri e sofro! Por isso é que desde que eu comecei a ter meu próprio dinheiro que eu pago várias dezenas de reais para entregar meus pés à podóloga.
Foooooooooooossa Eu já estava numa vibe fossa, doida pra chafurdar na lama, cortar os pulsos, chorar até ficar com dor de cabeça e beber até cair (como se eu fizesse isso...) desde segunda qnd vi no jornal que Thalma de Freitas vai fazer um show só com músicas de dor de corno.
Pra piorar hoje fui comprar o presente de Vagareza (um CD do Roberto Carlos) e quase chorei aqui no trabalho ouvindo uma palhinha das músicas do Rei no site da Sairava. Mas tb o que é Falando Sério (que não é do Reio, mas ela canta divinamente)?
Falando sério É bem melhor você parar com essas coisas De olhar p'ra mim com olhos de promessas Depois sorrir como quem nada quer.
Você não sabe Mas é que eu tenho cicatrizes que a vida fez E tenho medo de fazer planos De tentar e sofrer outra vez.
Falando sério Eu não queria ter você por um programa E apenas ser mais um na sua cama Por uma noite apenas e nada mais.
Falando sério Entre nós dois tinha que haver mais sentimento Não quero seu amor por um momento E ter a vida inteira p'ra me arrepender.
Gente chata Depois os framenguistas não entendem porque são execrados por todas as outras torcidas... O jogo de ontem foi Framengo e Bostafogo, certo? Por que eu, que sou Vascaína (carioca e suburbana), tenho que escutar zoação porque o Framengo ganhou? Primeiro, foi Daniella que me mando um torpedo assim que o jogo acabou. Hoje, Vicente, cara de pau que não falava comigo há dias, teve o cinismo de me catar no sistema de mensagem automática da empresa pra dizer que "é campeão".
Mas acho que pior fez Mano Véio. Ligou pro meu celular logo cedo dizendo que estava do lado do prédio onde eu trabalho, mas não podia subir nem pra tomar um café porque estava esperando um ônibus que o levaria para uma viagem de trabalho. Ele disse tinha ligado só pra dar um "oi". Sei... Dois minutos de conversa e ele estava falando da vitória do Framengo. Cara, ele mora em Aracaju! Não tem nenhum time pra ele torcer por lá, não? Tinha que torcer pelo Framengo?
Ah, Baiano tb é framenguista. Colocou o escudo do time no blog e tudo. Essa gente com tanto time pra torcer no seu estado e vem querer se meter no campeonato carioca. Coisa chata.
Em tempo: meu irmão chegou mais bêbado ainda, com uma faixa e uma máscara de urubu. Ficou "voando" na frente da porta do vizinho, que é amigo dele desde os tempos de moleque e é Botafogo, coitado.
Uma vez Framengo Hoje é a final do campeonato carioca e o Framengo vai jogar com o Bostafogo. Meu irmão, framenguista (ninguém é perfeito...), marcou com o filho aqui em casa para irem para o Maracanã. Ele já chegou colocado e deve ter ficado menos de uma hora aqui, mas fez tanta bagunça que foi um alívio quando saiu. Mas ele vai voltar. Não sei se mais eufórico ou com o rabo entre as pernas, mas com certeza mais bêbado.
Cantou vários gritos de torcida enquanto tomava banho, zoou meu pai que é vascaíno, engoliu um prato de macarrão e estava indignado com "atraso" do meu sobrinho. Detalhe: não era nem uma da tarde e o jogo começa às 16h. Ele disse que tinha marcado de encontrar a urubuzada às 12h30. Que disposição.
Coitado do meu sobrinho, que não bebe, e tem que aturar velho bêbado. Ele até lamentou ter esquecido o jornal que tinha separado pra ler, enquanto o pai e os cálega tudo enche a cara de Skol, durante três longas horas.
Em tempo: Às 3h, meu irmão ligou pro celular da minha mãe. Ele berrava e ainda assim a velha não conseguia entender nada. Vendo que ela estava ficando nervosa, peguei o telefone da sua mão.
- Ana Paula? - É. Que é, Paulo? - EU TÔ AQUI NO MARACA! TÔ COM O MENGÃO! - Vai à merda, Paulo.
Diário de bordo Semana retrasada eu tive que fazer mais uma viagem a trabalho. Fui à zona rural de Minassssssss. Chegando no aeroporto de Confis, eu vi um monte de gente com a cara grudada no vidro do portão de desembarque. Pensei até que estivesse chegando algum artista, cantor, jogador, sei lá. Mas não. Era Thiago que estava de volta e, segundo dizia a faixa que alguns parentes, eu suponho, carregavam ele tinha feito "muita falta". Daniella teria invejado aquela recepção. Além da faixa, as pessoas estavam com camiseta temática, bolas em formato de coração e A-PI-TOS! Quando percebi que eles tinham apitos, vazei rapidinho dali. Enquanto aguardava o taxi, rezei pro vôo do Thiago atrasar, a mala demorar a passar na esteira, enfim, pra ele não apontar naquele saguão porque o barulho seria insuportável. Graças a Deus, o taxi veio logo e eu não fiquei surda. Pobre de quem presenciou a chegada de Thiago sem querer.
Histórias de Gabriel Gabriel, filho de Daniella, tem 2 anos e meio. É lindo, simpático e falante. Fala tudo e articuladamente. Também, filho de uma faladeira fonoaudióloga, não poderia ser diferente.
Ele veio aqui em casa sábado passado. Ao ver minha mãe, que ele não conhecia, perguntou:
- Qual seu nome? - Yara. E o seu? - Gabriel.
Aí, minha mãe esticou a mão para cumprimentá-lo.
- Prazer.
E ele apertou sua mão. Um fofo. *** Daniella conta que ele adora brincar com cartões de crédito velhos. Ele pega um, vira pra alguém e pergunta:
- Crédito ou débito?
E ainda finge que passou na máquina. A mãe se defende: "É que ele me vê pagando muita conta em supermercado, farmácia e tal com cartão." Sei...
Aconteceu de novo! Eu contei aqui minha crise de choro quando assisti Gênio Indomável. Ontem tive outra crises daquelas (mais branda, ainda bem) quando assisti Proibido Proibir. Qualquer dias os moços de branco vão me colocar naquela camisa de mangas compridas e levar para morar num lugar calmo, tranqüiiiiiilo...
O filme conta a história de três universitários, estudantes da UFRJ, que dividem uma casa no subúrbio. Só aí já tinha tudo pra rolar identificação e me emocionar. Os amigos que fiz na faculdade são pra sempre. Embora tenha outros amigos tão queridos e importante quanto eles, os da faculdade compartilharam comigo talvez o período mais importante de nossas vidas. Além disso, o filme tem também o subúrbio como locação. As casas velhas, improvisadas, o trem, tudo muito familiar para mim que sempre vivi neste ambiente. Ainda bem que os estudantes não são da "minha" UERJ ou teria desidratado de tanto choro.
Aí, tem a segunda parte do filme, menos romântica, um choque de realidade. "Tá tudo podre!", gritou o personagem Leon. E eu choraaaaaaaaava.
E ainda tem a trilha sonora. "O sol há de brilhar mais uma vez, a luz há de chegar aos corações..."
Quando eu saí do filme, vi que tinha uma ligação da Roberta no meu celular. Não é que ela estava no Norte Shopping também em companhia de André Demócrito, um amigo nosso de faculdade que agora mora em SP? "Ih, eu tô te vendo!" Eles estavam a pouco metros de mim. Acelerei o passo e me joguei em cima da Roberta em prantos, soluçava, tremia. Ela não entendeu nada e André Demócrito, com uma cara de "Onde estou? É bonito aqui...", menos ainda. Contei que era por causa do filme. Não sei se isso melhorou ou piorou a situação, me fez parecer mais maluca. Talvez devesse ter me jogado nos braço de Denmócrito e alegado muita, mas muita saudade dele pra tanto choro.
Sábado passado eu fui assistir a corrida de aviões na enseada de Botafogo. "Você foi torcer prum avião cair, né?", comentou minha tia ao saber que eu tinha ido. Craro, Cróvis! Eu e aquele um milhão de gentes que lá estava! Afinal, um acidentezinho (ok, sem mortes) seria bem interessante. Eu até me senti menos cruel por querer isso quando Quéli, aquele doce de pessoa, confessou a mesma coisa.
Mas eu escrevi sobre isso não pra contar da corrida e sim do nosso almoço. Fomos eu, uma prima e uma amiga. Como elas não tinha tomado café da manhã, resolvemos ir logo almoçar pra assistir aqueles malucos de barriga cheia. Como o Escada Shopping estava intransitável, fomos até o La Mole, na Praia de Botafogo. Não tinha fila, conseguimos mesa rápido, mas nossa sorte acabou aí. O garçom demorou a nos atender, tivemos que falar com o gerente para conseguirmos ser atendidas, e, a cereja do bolo!, não tinha o famoso couvert do La Mole! O garçom nos trouxe um pão quente, porém cru, para aliviarmos a fome.
De repente, não mais que de repente, ele surge com um couvert completinho e logo em seguida com nosso prato, que deveria ter sido o pedido de um casal que revoltado com a demora no atendimento se retirou sem pagar a conta (refris e couvert).
Entre mortos e feridos, salvaram-se todos, pois comemos. Mas o que nos deixou estarrecidas foi o despreparo do La Mole para a demanda maior que obviamente o evento na praia ocasionaria.
Aí é que entra minha prima. Uma pessoa calma, tranqüila, mansa mesmo. Ela chegou em casa e fez um email para o La Mole reclamando do ocorrido.
O melhor é que sua reclamação deu certo. Uma pessoa do La Mole ligou para ela no domingo (ou seja, no dia seguinte!), desculpou-se e ainda nos ofereceu um jantar. Sensacional. Parabéns pro La Mole, que sabe tratar bem o cliente, e parabéns pra minha prima que nos descolou uma comidinha 0800.
De família Essa coisa de reclamar é de família. Outro dia foi minha outra prima, a mais nova. Ela voltava da faculdade e quase chegando em casa, viu que o ônibus seguia por um caminho completamente diferente. Era por causa das obras do Pan. Só que nesta de evitar as ruas interditadas por causa das obras, o motorista acabou cortando muito o caminho e deixando de passar no bairro em que ela mora. Quando se viu longe de casa, ela perguntou ao piloto:
- Moço, o senhor não vai passar pelo Encantado? - Não. Estava interditado. - Mas, peraí, o senhor podia ter pego a outra rua e passar pelo Encantado. Não precisava ter seguido direto pela Av. Suburbana. Agora eu estou muito longe de casa. O senhor tem que voltar. Não tenho dinheiro pra outra passagem!
Ela pentelhou o cara pra ele voltar. Como ele se recusou, ela mandou essa:
- Então, o senhor pára esse ônibus e me coloca em outro voltando.
E num é que o cara fez isso? Ele parou o ônibus na Av. Suburbana, atravessou a pista, fez sinal pra outro da mesma linha que ia no sentido contrário, explicou o caso pro motorista que deu carona a minha prima até em casa.
Porque me ufano dos vizinhos da minha irmã Mas o caso mais legal de levar a reclamação até o fim que conheço é o dos vizinhos da minha irmã. Os desocupados moradores da calçada em frente, diariamente, pegavam suas gaiolas de passarinho, suas garrafas de cerveja e se aboletavam na calçada da vizinha da minha irmã. Ficavam lá por horas, falando alto, bebendo e dizendo palavrão.
Os donos da casa pediram para que não fizessem mais isso, que isso incomodava e tal, mas neguinho cagou pra reclamação educada. Aí, os vizinhos incomodados não se fizeram de rogado e foram à polícia.
Sei que o caso chegou ao juiz que determinou que os vizinhos inconvenientes não podem pisar na calçada dos vizinhos que outrora incomodavam, sob risco de serem presos. Não é lindo? Quando eu crescer, quero ser persistente assim.