A Biba Voadora ataca outra vez! – Ai, acho que vou ter que mudar de sexo... Não chove na minha horta faz tempo... Isso aqui está parecendo o solo do Nordeste: cheio de rachadura...
– Ih, mas nem na minha chove e eu sou mulher.
– Ah, mas se eu tivesse seu corpo, ia chover! AH, SE EU TIVESSE ESTE RAAAAAAAAABO!!!...Eu ia dar muito!
Ódio! Caralhos me fodam! Queria tanto escrever ontem, mas meu teclado resolveu me sacanear e digitar três caracteres a cada toque. Não é a primeira vez que isso acontece, mas desta vez eu não estou sabendo resolver.
Vê se pode... No ponto de ônibus, a vendedora de vale transporte quis tirar satisfação comigo:
– Você não gosta de comprar vale, né?
– É...
– Por que?
– Eu não quero.
– Pensa que é roubado?
– Não. Eu só não quero. Quando quero vale, eu compro no banco.
De coração Sou muito grata à Roberta e ao Lobão. Eu estava me sentindo a pessoa mais abandonada do mundo, insegura (de fato) e assustada e eles foram meu conforto.
A Roberta vai dizer que amigo é pra isso, que posso contar com ela. Eu sei disso, pangaré, mas não custa agradecer. Valeu mesmo. :)
Deus proteja o Lobão! Depois do meu resgate espetacular, nunca mais faltará pro Lobão:
trabalho que o sustente,
casa segura,
roupa cheirosa,
comida gostosa,
sexo idem,
água fresca,
cerveja gelada
e dinheiro pro táxi.
...
Ah, se alguém mexer com ele, mexeu comigo, entendeu?
O alívio No stop shop do posto de gasolina onde ficamos, uma poça se formou no chão quando eu parei. Tomei dois capuccinos para me aquecer e relaxei vendo Ben Jor e falando com a Roberta e a Fernanda no celular.
Começou a chover um pouquinho mais forte eu resolvi puxar meu carro. Não queria passar por um novo susto. No posto mesmo peguei um taxi que abastecia e fui pra casa.
Em casa meu pai e minha mãe não estavam lá muito interessados nas minhas aventuras e dormiram enquanto eu contava o ocorrido. Depois ninguém entende porque eu sou “esquisita”...
Tomei um chá de maçã com canela e 10 ml de maracujina para dormir (o indicado pela bula são 5ml). Às 3h, depois de uma crise de choro, dormi pesado até às 12h.
O milagre! Como eu sou uma pessoa abençoada, ela conseguiu falar com o Lobão que milagrosamente estava em um taxi na esquina da Evaristo da Veiga! Lobão, meu salvador!
Foi uma aventura chegar até a Praça da Bandeira incrivelmente seca. As ruas eram rios, mas o Ford Fiesta em que estávamos era valente e venceu as “ondas”.
Tentativa Nº 3 (ou O Desespero) Até que a Roberta conseguiu falar comigo. Graças a Deus! Aí, eu já estava desesperada porque algumas pessoas estavam indo embora e o ponto estava esvaziando. Estava vendo a hora em que íamos ficar apenas eu e os que moram pela Lapa mesmo. Apavorante.
Roberta percebeu que eu estava descontrolada e implorando pra que alguém viesse me buscar. Cheguei até a pedir que ela ligasse pra minha casa, esquecendo que meu pai, imprestável como ele só, certamente diria que não estava chovendo tanto assim (na zona norte realmente não choveu muito) e não iria me buscar.
Tentativa Nº 2 Me colei com duas senhoras (eu vivia catando gente com cara de trabalhador, mulher grávida, casal com filhos para parar perto) e fui com elas para a Evaristo da Veiga porque tinha mais ônibus passando por lá.
Realmente tinha mais ônibus passando por lá, mas quem disse que eles paravam? Passaram DOIS 254 e não pararam, embora eu quase estivesse no meio da rua.
Os táxis ignoraram solenemente meus acenos e desviavam de mim.
Tentativa Nº 1 Voltei para baixo dos arcos onde tinha descido do ônibus, esperando que ele passasse novamente. Para chegar lá, ainda tive que mandar uns seguranças tomarem no cu porque eles não permitiram que eu passasse por um determinado lugar. Francamente, o mundo acabando em água e os cornos querendo manter a ordem. Tomar no cu, mermão!
Xingamento feito, fiquei aguardando o ônibus, com-ple-ta-men-te encharcada e literalmente batendo queixo de frio e nada do puto vir.
E tome de água, e tome de rua encher... E tinha uma galera achando tudo muito divertido, gritando, correndo na chuva. Aquilo foi me irritando tanto!
E viva o celular! Quando a Fernanda ligou ,eu “lembrei” que estava com celular e comecei a fazer meus contatos. Passei para outra parte da marquise, onde tinha mais segurança, para usar o celular com um pouco mais de tranqüilidade.
Não conseguia falar com os celulares da Roberta e do Lobão para saber onde eles estavam e quando vi rua encher, decidi que tinha que ir embora sem encontra-los.
Sexta-feira: a pior noite da minha vida Espantei o desânimo e fui assistir ao Monobloco na Fundição. Tinha marcado com Roberta&Lobão e Tuninha na Pizarria Arco-íris. Hunf... Antes tivesse ouvido minha preguiça e me entregado ao sono... Passei os piores momentos desta minha curta e desinteressante vida naquela noite.
Ainda no caminho, começou a chuva. Ao pedir pra descer na Lapa, o motorista ainda perguntou:
– Tem certeza?
Eu tinha. Afinal, não ia ficar na rua, ia entrar na Fundição e aquilo era uma chuva de verão: uma pancada que pára logo. Qual o que! Foi só eu colocar o pé fora do ônibus pra chuva ficar mais forte e supresa! faltar luz.
Corri pra uma marquise da Fundição. O telefone tocou. Era Fernanda. Não conseguia ouvir o que ela dizia porque no largo embaixo dos arcos havia um som (acho que do Afroreagge). Aliás, apesar do barulho impedir conversas no celular, este show foi providencial. Se não houvesse ele e seus geradores de energia, a Lapa estaria INTEIRAMENTE às escuras. Seria o caos.
Presente de grego Desde os tempos de desempregada, trago comigo a tara por participar de promoções, principalmente do Clube JB. Da última que participei, ganhei dois convites para o filme Doida Demais, mas, pelo que li da crítica, isso não foi prêmio, foi castigo.
Amigo do Pedro A Biba Voadora mexe com todos os homens que entram na nossa sala. Outro dia foi a vez do rapaz da telefonia que foi instalar o fax.
– Você é parente do Pedro?, pergunta ele.
– Que Pedro?, responde o rapaz sério.
– O São... Está cheio de chave..., e aponta pro enóóóórme chaveiro que o instalador de fax tem no bolso.
Uma nova personagem Eu trabalho com um homossexual masculino passivo que atende pelo singelo “siodônimo” da Biba Voadora, dada sua constante ausência da sala, sem indicar "plano de vôo".
O convívio com esta figura é divertido e rende algumas passagens blogáveis, ainda mais agora que eu decidi cantá-lo. E olha que foi ele que me deu mole primeiro.
Ele procurava um documento e pediu minha ajuda:
– Se você achar, eu te dou um beijo na boca.
E não é que eu achei?
– E agora? Cadê meu beijo?, provoquei.
– Eu, hein, desconjuro! Pára com isso!, reclamava ele, afetadééééérrimo e vermelho de vergonha ou medo de ser atacado, enquanto isolava com três batidinhas na mesa.
E ainda botei pilha:
– Pára de desdenhar que se você experimentar não vai querer outra vida!
Como eu vi que o lindão não fica à vontade com o assédio feminino, resolvi continuar a brincadeira.
...
Outro dia ele suspirou da mesa dele:
– Preciso me apaixonar...
– Eu também..., respondi igualmente suspirante, para depois completar – Ih, tá vendo? Eu quero me apaixonar. Você quer se apaixonar. Por que a gente não SE apaixona?
Mulheres precisam ouvir e homens não sabem falar. Eis aí a grande diferença entre os sexos (ou gênero, para ficar mais por dentro da denominação moderna).
Estou assustada! Sentei pra assistir a reprise do especial do Roberto Carlos, enquanto comia um delicioso e pouco calórico cozido, quando me vi cantarolando TODAS as músicas do Rei. Eu, hein...
São Janot da Brazooka, protetor dos sem-loção Nosso ponto é ao lado da cabine do Dj. É um lugar quase fresco e atrás as caixas de som (dá até pra se entender o que o outro fala) . Só tem um inconveniente: toda hora a gente tem que dar lugar pra um que vai falar com Janot. E a peregrinação a sua cabine dura a noite inteira. Tem uns freqüentadores que não satisfeitos em cumprimentar o dito uma vez, retornam váááárias vezes ao longo da noite pra pedir sua benção. O cara está ali trabalhando, ganhando leitinho das crianças e tem que ficar sorrindo pra um bando de gente chata que ele mal sabe o nome... Vida dura...
Eu confesso: sou interesseira pra caralho. Só vou à cabine falar com o Janot quando preciso guardar minha bolsa lá. Nas outras vezes, me limito a dançar. Imagina se TODOS na Casa resolvessem bate papo com ele? O cara não ia conseguir trocar um Cd!
Os banheiros No começo da noite até que são usáveis, mas às 3h da manhã já não há mais papel higiênico e o jeito é apelar para aquela toalha de papel defloradora. Isso quando ainda há toalha! Pois em um dado momento da noite até a toalha acaba e a moça ou se vira com o lenço de papel providencial que ela traz na bolsa ou espera parar de pingar.
Cesta de lixo é artigo de luxo. No banheiro do térreo (o que eu e a maioria das mulheres freqüenta), só há uma lixeira em baixo da pia. Nos reservados, os papéis usados são jogados no chão mesmo, sem a menor cerimônia. Acho que eles viram que aquela lixeirinha de pé sem vergonha não dava vazão e resolveram o problema acabando com as lixeiras das “casinhas”.
Mas você vai dizer: “Pô, o banheiro tem até sabonete...” Ok, mas levante o dedo quem já consegui tirar uma gota de sabonete que seja daquela saboneteira 171. O sache é fake e está ali desde que a Casa foi inaugurada.
Ah, e tem a lama no chão. Eu não falei da lama no chão? É que, no final das contas, a lama é o de menos...
Ganho pouco, mas me divirto A chefe pede uma sugestão de modelo de formulário. No papel, deve haver o CNPJ da empresa. Para não perder tempo procurando por ele, tasco 010101 no campo reservado ao registro. Ao mostrar o modelo para ela, ouço o comentário:
– O CNPJ da gente é esse?!?!?! (em um tom profundo estranhamento) – Não! Isso é o código binário., respondo tentando esconder a risada pela pergunta idiota.
Ela não poderia cair do salto:
– Só quero ver se for impresso assim...
Por que eu sonhei com isso? Vamos ser racionais:
- Ontem eu vi o “buraco” da laringectomia de uma paciente.
- Eu tenho PAVOR de câncer de cabeça e pescoço.
- Eu sou muito cuidadosa com meus dentes, mas tenho pesadelos constantes de que eles estão todos caindo.
- A amiga da minha sobrinha morreu há pouco tempo de câncer e a doença começou no maxilar.
Sonho ruim Acordei dez minutos mais cedo e nem esperei o despertador tocar pra pular da cama. Um sonho ruim me acordou. Sonhei que estava na triagem de um hospital de câncer. O lugar era feio, escuro e acho até que escorria água da chuva pelas paredes. Bem deprimente, mesmo. Pois eu era a próxima da fila e a pessoa que saiu na minha frente comentou:
– Ih, parece que a próxima tem câncer no maxilar. Vai ter que tirar. Ouvi o médico dizer.
E eu, ao lado dela pensava: “Caraca, a próxima sou eu! Mas calma, Ana Paula, vamos ver o que o médico diz.”
Acordei justamente na hora em que a recepcionista chamava meu nome.
Claro que passei o dia inteiro boladérrima, sentido dores no maxilar, nos dentes, no ouvido.
A saga de Ana Paula em busca da academia perfeita! Essa história vai virar trilogia com mais de três horas de duração cada episódio. Senhor dos Anéis perde em chatice! Até eu já estou de saco cheio de procurar por um lugar que tenha Yoga e local(as duas atividades que quero fazer). Acho que vou me conscientizar que devo mesmo é chegar em casa cedo pra ver Sabor da Paixão...
Já corri as academias perto do trabalho, já procurei aula de Yoga na internet e nada! Só faltavam duas academias bem no meio do meu caminho e resolvi visitá-las ontem.
Andei feito uma corna (clique aqui para ver o mapa do trajeto) pra queimar as calorias dos pães de queijo que comi e ver duas academias maneiríssimas, muito bem aparelhadas, limpas, modernas, com todo os Bodies que você imaginar (Body Pump, Body Combat, Body Jam, Body Balance)e caréééérrimas, mas sem a bendita Yoga.
Em casa, lembrei de um studio de dança no Méier que eu sabia que tinha Yoga. Liguei para saber os horários:
– Ainda estamos sem professor.
Como assim? Não renovaram o contrato? Justo agora que eu quero!
E eu que pensava ter resolvido minha vida (ia fazer tae-box perto do trabalho e Yoga no Méier), terei procurar mais por um lugar que tenha Yoga. Alguém tem uma indicação?
Já passou, já passou
Se você quer saber
Eu já sarei, já curou
Me pegou de mal jeito
Mas não foi nada, estancou
Já Passou - Chico Buarque
Segunda, quando cheguei de viagem, encontrei um inesperado email na minha caixa de entrada. Fiquei aliviada e respondi a altura sem deixar de fora nenhuma das frases que eu tinha entaladas na minha garganta.
Lara, alegria do povo Tem horas que criança é bicho muito chato, mas não há como negar que diverte. Lara foi a alegria da casa. Nos divertiu com seu inesperado nojo de areia (nem no piso áspero da varanda ela quis pisar. Ô menina fresca...) e com suas tiradas engraçadas.
Da Lara: O passarinho na gaiola Meu primo pegou a gaiola pra mostrar o passarinho à Lara. A menina, que nunca tinha visto passarinho preso, olhou, olhou e soltou, do alto da sua sabedoria:
– Solta ele.
Da Lara: Acontece nas melhores famílias Não dá nem pra dizer que a culpa foi dos pais, a menina começou a gostar de Jorge Vercilo sozinhao. Quando deram por si, eles a pegaram cantando “Que nem maré”.
O jeito foi sustentar o “vício” em casa, pra menina não sair por aí atrás dos acordes da chatíssima música: meu cunhado comprou o Cd do Jorge Vercilo.
E ela ainda pede pra escutar!
– Música, papai. E aponta o CD.
Em Ponta Negra, depois de confortavelmente instalada em uma bacia cheia d’água com todos os brinquedos de praia, ela começou a cantarolar, enquanto jogava água na barriga:
– Faz um tempão...
A melhor parte é:
– ...A saudade bateu foi que nem “marelo”...
Ah, ela também faz o “tchu-tchu-tchu-tchu” do finalzinho da música.
Ai, minhas celulites! Desci pra buscar uma cadeira de praia na garagem e tomei mó tombão na escada. Cai feito uma jaca, de lado. Bati com a coxa em um degrau(além de celulite, tenho agora uma mega-macha roxa), o braço em outro e por pouco, muito pouco mesmo, não dei com o focinho no terceiro.
E a minha prima não entende porque aquela deve ter corrimão...
Por quem tu me tomas? A placa da pensão avisava que o restaurante era “self service e a la carte”. Paramos o carro, fizemos o retorno (a porra do lugar era na outra pista), nos embrenhamos pela sinistra subida que dá acesso ao pátio da pensão.
No restaurante vazio, perguntei pelo self service.
– Não tem.
O cardápio estava colado na parede e dizia na primeira opção:
Filé com fritas ............... R$15,00
Tola que sou, perguntei:
– O prato serve quantas pessoas?
O diálogo que se seguiu é digno de nota:
– Olha, nós sugerimos o seguinte: o prato com arroz, feijão, batata-frita, salada de alface e uma carne (peixe, frango ou carne vermelha) sai a R$15,00 por pessoa.
– Como? R$15,00 POR PESSOA?
– É. (o homem tinha uma cara de pau incrível)
– Muito caro. Não vamos ficar.
– A gente poder fazer pra duas pessoas.
– Nem pensar.
– Podemos fazer pra uma.
– Imagina...
Meu pai ainda balbuciou um “tá bom”, sem atinar que pra comer ali gastaríamos no barato R$50,00(sim, porque o refrigerante também devia ser uma fortuna!), mas eu jamais permitiria que ele pagasse R$15,00 por um quase-PF e também não aceitaria dividir um UM filé de frango por TRÊS pessoas! Comigo não, violão!
Fiz os velhos se levantarem da mesa e partimos em busca de outro lugar pra comer.
Acabamos comendo em um self service quase na esquina da casa dos meus primos, onde minha irmã também estava almoçando. A conta não deu nem R$20,00.
Fui dormir às 5h e acordei às 8h pra ir pra Ponta Negra. Arrumei as malas correndo, mas minha irmã também decidiu ir aí acabamos saindo mais tarde, por volta das 10h30.
Claro que rolou estresse e eu me prometi mais uma vez não fazer uma viagem de mais de 15 minutos no mesmo carro que meu pai.
Pegamos um engarrafamento do caralho na ponte, na Alameda e depois em outro ponto da estrada que eu já não me lembro. Meu pai deixou passar todas as paradas com lanchonetes conhecidas para decidir que almoçaríamos na estrada. Nisso já passava da uma, eu estava com sede e fome e com muito, mas muito mau humor.
Até que ele embica o carro e pára em frente a uma casa onde um dia foi uma pensão. Graças a Deus o lugar está fechado. Preferi ficar com fome a ter que comer naquele lugar.
Seguimos lendo e parando em todos os cartazes que anunciavam comida ou qualquer coisa parecida, até que chagamos uma verdadeira armadilha.
Até que um se chegou Certa hora fui ao bar na tentativa de me livras dos malas, que dançavam cada vez mais perto de mim. Quando chego ao bar, reparo que o anão louro está ao meu lado. Peguei o cardápio e pensei: “Ai, Senhor, qual deve ser a bebida mais forte? Acho que vou precisar...”, enquanto o pequeno parava ao meu lado com outro cardápio em mãos:
– O que você vai pedir?, perguntou ele.
– Nada., respondi com a cara beeeeem emburrada.
– Nem eu.
Ainda ouvi ele dizer, enquanto eu volta pra pista, com o “rabo” atrás. Haja saco... Como minha paciência já tinha ido pro caralho e o próximo passo seria a violência física., peguei minha bolsa me mandei.
Fui embora cedo não porque estivesse muito cansada, mas porque dois péla-sacos estavam literalmente atrás de mim o tempo todo. Para onde eu ia, os manés estavam atrás.
Um era um anão de jardim louro e outro, um gigante mulato. Duas mulas que não sabiam se cagavam ou se desocupavam a moita... E eu lá, doida pra que um se chegasse pra poder dar um dos meus super-mega-hiper-foras!
A ÚNICA boca que eu queria beijar estava lá, mas não me deu atenção Meu muso global, o repórter esportivo Gil Vicente, um pitéu alto, de cabelos grisalhos e olhos claros, estava se esbaldando na pista há poucos metros de mim. Não o poupei dos meus gulosos olhares, mas o bonitinho já tinha seus olhos ocupados em mirar uma morena que dançava com ele. Uma lástima. Eu teria lhe dado o beijo que ela só prometeu.
Encontrei com Maria Cristina & César (que agora tem blog) ainda no ônibus. Na porta da Casa já estavam outros amigos deles e lá dentro Guilherme se acalmava com um Coca. O rapaz estava tão nervoso quanto o goleiro na hora penalti, mas deu conta do recado diretinho.
Dancei um pouco com a aniversariante, que de tantos convidados, mal ficou na nossa roda, que tinha ainda Sérgio.
Como eu fui parar outra vez na Brazooka Já tinha combinado com a Roberta de ir na Escravos de Mauá, mas a chuva que caiu impediu qualquer movimentação a céu aberto, como era o evento. Abortamos a saída e me vi sozinha em plena sex(t)a-feira e sem ter pra onde ir. Conclusão: baixei na Matriz pra prestigiar Guilherme e dar os parabéns (atrasado) pra Ana.
Final de semana feliz Sexta fui ver Guilherme dar uma estagiário de Janot na Brazooka. Sábado viajei pra Ponta Negra em um programão família que, pra um final de semana que prometia ser deprê, até foi divertido.
Sonho de Cinderela Eu quero mesmo um marido rico (já que meu pai não é). Que mané trabalhar o que! Quero um provedor que me dê casa, comida, roupa lavada, todos os cursos que eu queira fazer, viagens, malhação de 3horas por dia, massagens...
Até abro mão das jóias... Olha como eu sou boazinha? ;)
A ronda nas academias em busca novas atividades Visitei as academias perto do trabalho em busca de alguma coisa que me agradece. Achei o tae-boxing. É uma aula ágil que faz você suar litros! Mas é muito agitada... Queria mesmo fazer algo light, como ioga. Ao mesmo tempo, sei que tenho que queimar calorias... Pra piorar terei que ou madrugar na academia ou continuar fazendo exercicio a noite, o que eu nao queria. Ó dúvida!
Mudanças já! Ontem eu fui pra academia me arrastando. Literalmente. Os pés quase não saiam do chão e pensei seriamente em voltar do meio do caminho.
Não fiz a série inteira, mesmo com o professor me pedindo pra ficar e prometendo fazer uma massagem no final. E olha que eu queria muito uma massagem...
Hoje me entreguei à preguiça e não fui mesmo.
Tenho que procurar uma atividade nova urgente. Aceito sugestões.
" De otro. Será de otro. Como antes de mis besos./Su voz, su cuerpo claro. Sus ojos infinitos./Ya no la quiero, es cierto, pero tal vez la quiero./Es tan corto el amor, y es tan largo el olvido./Porque en noches como esta la tuve entre mis brazos,/mi alma no se contenta con haberla perdido./Aunque éste sea el último dolor que ella me causa,/y éstos sean los últimos versos que yo le escribo."(fragmento do "Poema 20" de "Veinte poemas de amor y una canción desesperada)
Esclerose em último grau Estou a passar os telefones da antiga agenda para a atual, quando vejo o telefone da Casa de España. Na mesma hora, lembro que terminei meu curso de espanhol em setembro e não peguei meu diploma. Resolvo ligar pra resolver a pendenga.
A secretária me explica que para receber o diploma eu teria que fazer o curso superior, além do básico que eu fiz.
– Você fez o superior?
– Não sei. Só sei que fiz o curso completo!
Passei meu nome todo umas três vezes pra mulher, que consultou seus papéis outras tantas vezes até que, pra tentar ajudar, digo que minha última professora chamava-se Fátima.
– Fátima? Não temos nenhuma Fátima aqui? Você não fez este curso em outro lugar, não?
Silêncio.
Num lampejo de lucidez, lembrei que tinha estudo no IBCH e não na Casa de España. Bom, valeu a tentativa de conseguir diploma mais conceituado.
Eu e Fernanda lembramos daquele texto que faz uma analogia entre casar e jogar tênis ou frescobol e lamentamos pelas pessoas que se preservam, que se reservam e não se permitem gostar verdadeiramente de alguém, com tudo de bom e de ruim que isso pode ter.
– Carioca em São Paulo fica angustiado, aí acaba fazendo um monte de besteira.
– Melhor se arrepender do que fez...(frase sempre dita pelas personagens justificar uma infidelidade)
– Robertinha é uma mulher prática, sabe o que quer e é submissa na cama.
Domingo (realmente) legal Fugi de um churrasco de família e fui com Fernanda (que é uma boa companhia até quando quero ficar sozinha) assistir Separações. Foi a melhor coisa do final de semana.
O filme é um ótimo divertimento para um domingo à tarde. É praticamente uma peça filmada e todo calcado nos diálogos, em sua maioria engraçados. Vez ou outra Domingos de Oliveira ainda fala um poema. As paisagens cariocas dão um charme especial à fita.
Pra não perder o costume... Daniella tem pavor de solteirice e volta e meia tenta me empurrar um malandro que não tem nada a ver comigo.
Ontem foi a vez de um professor de educação física, único solteiro do lugar. Ela queria que eu dançasse com ele e chegou a pensar em dizer que eu também sou professora de educação física só pra puxar papo com o bruto.
Bons tempos Durante a festa, lembrei de como eu Daniella já nos divertimos nas muitas festas que a mãe dela produziu (ela é dona de buffê). A gente ia pra ser recepcionista, mas depois que os convidados chegavam, a gente podia comer, beber e dançar à vontade e de tãããão à vontade que a gente ficava acabava pegando o Dj, iluminador ou um convidado.
Ai, ai... Me deu uma saudade daquela época, “quando eu era feliz e ninguém estava morto”, como dizia Fernando Pessoa.
Entre mortos e feridos... :: Eu estava leeeeeeeeeeeeenda!
:: O casamento atrasou porque não fomos os únicos pegar o engarrafamento.
:: Durante a festa, minha rinite deu uma melhorada.
:: Dancei um pouco.
:: Não comi doces e isso é bom.
A lista de infortúnios seguiu :: Eu estava com crise de rinite.
:: A manicure bateu o recorde de lerdeza e conseguiu o feito de fazer minhas unhas em mais de uma hora!
:: Minha rinite piorou e só consegui pegar o remédio às 15h.
:: A cabeleireira entendeu errado o que eu queria e meu cabelo ficou esquisito. Conclusão: tirei a peruca e botei um capacete.
:: Comecei a tossir.
:: Gastei maior dinheiro com bijuteria e acabei indo com as da minha prima.
:: Minha garganta arranhou.
:: Meu pai resolveu ir para o Centro pela Av. Brasil e pegamos um engarrafamento monstro, daqueles de parar o carro e neguinho sair pra esticar as pernas.
:: Espirrei muito.
:: Na hora de ir para o altar, esqueci de levar a bolsa (era a única madrinha sem o acessório!).
:: Meu nariz entupiu.
:: Minha meia calça rasgou.
:: Perdi o paladar. Não senti gosto de nada que comi e bebi.
:: Saímos cedo da festa. Não comi os docinhos nem o bolo, as coisas que mais gosto em qualquer festa.
:: Pegamos maior chuva na volta pra casa.
:: Cheguei em casa sem sono. Entrei na internet. Ninguém online.
Começou torto... Vi que teria problemas ao longo do dia quando saí para ir ao salão começar os preparativos para o casório da Daniella.
Como já estava um pouco atrasada, resolvi que pegaria o primeiro ônibus que viesse. Assim que entrei no 639, o 652 virou a esquina. Para se ter uma “loção” da falta minha falta de sorte, o 639 me fez atravessar a passarela do Méier enquanto o 652 me deixaria na porta do salão...
Longe de mim reclamar que emagreci! “Vagina” se eu faria uma coisa dessas! Mas ficar com o vestido largo na véspera do casamento é sacanagem!
No quadril, fico soltinho que é uma beleza, mas no busto está largo mesmo... E antes que parecia costurado no meu corpo de tão certinho que estava!... Bom, antes assim. Pior seria estar com ele apertado.
Retiro o que eu disse Sempre pensei que fosse uma pessoa seca, forte. Já cheguei a dizer que “pertenço a raça da pedra dura”, mas hoje vejo que isso não é verdade. Sou frágil e sensível. Até demais. Por conta da homeopatia, tenho reparado mais em mim e em meus sentimentos e vi que pequenos aborrecimentos me abalam ao ponto de me fazer adoecer.
Domingo me chateei. Teria sido uma coisa à toa para alguns, mas eu comecei a sentir o coração bater na garganta, falta de ar (o que em causa suspiros profundos) e no final dia estava com a garganta arranhando e o início de uma tosse seca.
Segunda e terça eu apresentei mais sintomas de rinite e hoje estou na primeira crise do ano.
Se somatizo meus aborrecimentos, pelo menos consigo manter a lucidez e o autocontrole na hora de tomar decisões para resolver os problemas que me deixam doente. Melhor assim. Já pensou ficar mal e ainda enfiar os pés pelas mãos diante de uma situação de estresse?
Oi Ana Tudo bem?
Vc por acaso tem o telefone da Pello Menos? Não consigo entrar no site deles. Eu sei que eles têm uma loja na Tijuca. Quero descobrir onde.
Muito Obrigada
Vanessa
Achei meio esquisito porque a única Vanessa que conheço é a Vavs que deve saber muito bem onde fica a Pello Menos da Tijuca... Então, respondi perguntando:
Mas quem eh vc? Eu te conheço pessoalmente? Desculpe, é que este sobrenome não me é familiar.
Bjs,
Ana
E a tréplica dela:
Desculpe-me. Não vc não me conhece. Eu sou leitora assídua do 3x4, do HTP, do Mundo é Estranho, entre muitos outros. E vejo vcs falando sempre da Pello Menos que eu não conheço e resolvi perguntar o telefone. Muito Obrigada
Bjs
Vanessa
As histórias da Aline Eu concordo com a Roberta quando ela diz que o mundo é estranho, mas quando converso com minha sobrinha mais velha, comprovo esta teoria.
A menina tem só dezoito anos e uma história mais bizarra que a outra pra contar. No nosso último encontro, ela contou que uma colega sua está grávida do inspetor do colégio, que, quando era criança, o namorado da sua melhor amiga viu o pai ser morto e que um conhecido de estudante de uma conceituada escola do Rio, rapaz de aparência serena e tranqüila, foi preso por tráfico de drogas, formação de quadrilha e otras cositas más.
Agendar pra quê? Para ser atendido no Detran, você deve se agendar. Eles têm um formulário no site (que eu não consegui usar) e um número telefônico para tal fim. Assim que gente tem notícia disso, pensa: “pô, coisa de primeiro mundo!”. Qual o que...
Eles agendam QUINZE pessoas por horário! Quando um horário atrasa, você imagina a beleza que fica... Sem contar que no posto do Largo do Machado a recepcionista saiu pra almoçar e ninguém ficou em seu lugar, então, das 12h às 13h valeu a ordem de chegada.
Eu amo a Credicard! Recebi a fatura do Credicard. Quando abri o envelope, me deparei com uma carta que dizia:
Ana,
Financiar suas despesas ficou mais fácil! Estamos reduzindo sua taxa de encargos contratuais em 40%. Caso necessite financiar o saldo de suas faturas com vencimento de jan/03 a jun/03, utilize esta facilidade que seu cartão está lhe oferecendo.
Ao terminar de ler, eu, do alto dos meus saltos altos, pensei:
– Humpf! Pra que eu precisaria financiar minhas compras? Sou uma pessoa controlada, não gasto mais do que posso e regulo minhas despesas...
Qual não foi minha surpresa ao ver o valor da fatura: R$426,30!
Podem dizer o que quiserem, mas a Credicard sabe “cativar” um cliente.
Felicidade maior é... ... saber que estes 200g são cocô porque você está com prisão de ventre, logo, você não engordou depois das festas de final de ano!
Educação moderna Lara pediu pra mãe fazer um suco de laranja. Assim que minha irmã acabou de fazê-lo, deu um enguiço na menina e ela começou a chorar reclamando que não era aquilo que ela queria.
– Quer suco.
– Mas isso é suco, Lara., dizia minha irmã ainda com paciência.
E a garota chorava e reclamava por suco, enquanto minha irmã segurava o copo com o líquido laranja tentando fazer a menina entender que aquilo era suco.
Conseguimos entrar depois de quase uma hora de espera. Uma merda. Já estava cansada e de mau humor. O bom é que encontrei Maria Cristina&César, Sérgio, Daniela (que não via há séculos) e Paulo-Preto-safado-que-não-responde-aos-recados-que-eu-deixo-no-seu-celular.
Bom, os donos não poderiam mesmo saber que somos freqüentadores assíduos porque eles não dão as caras na Brazooka, só vêem nosso dinheiro pingar em suas contas bancárias. Eles provavelmente não sabem que nós escrevemos em blogs acessados por umas cem pessoas por dia e que através destes blogs divulgamos a Casa da Matriz e já levamos vários leitores ao lugar. Eles também não sabem que dificilmente falamos dos problemas da Matriz em nossos textos, não porque somos bonzinhos, mas porque preferimos falar do ótimo DJ, da simpatia do pessoal do bar e do clima de “casa de amigo” que o público confere àquela casa mal cuidada, sem ventilação, sem saída de emergência e com baratas, banheiro imundo e sem papel higiênico e ar-condicionado ineficiente.
Diga não à Casa da Matriz! Chegamos por volta de uma da manhã e havia uma fila de espera para entrar. Apesar de nossos nomes estarem na lista da porta, fomos informados pelo irônico segurança e por um dos “simpáticos” donos do lugar que nem as pessoas que estavam nas listas poderiam entrar àquela hora.
Como freqüentadores assíduos que somos, nos sentimos desrespeitados pelo segurança (Alguém tem que dizer pra ele que segurança segura. Se ele não quer segurar, arrume outro emprego, mas ele não pode dizer pro público: “Pressa pra que? Até 7h tem tempo pra você se divertir.” Quem é ele pra saber de quanto tempo eu preciso pra me divertir???) e pelos donos da Casa.
BBB é aqui Me impressiona a cara de pau e o espírito de porco das pessoas se meterem na vida alheia. Os limites de respeito ao próximo foram definitivamente esquecidos.
Viver em sociedade é difícil.
Com a benção de Yemanjá Perto da meia noite, fomos à praia. O grupo acabou se dividindo e ficamos juntos apenas eu, Ivan, Roberta, Lobão e Léo pra contagem regressiva, que por sinal não houve (ficamos esperando o locutor contar e quando vimos os fogos já estavam pipocando).
Brindamos com champanhe vencido que o Léo levou e eu e Roberta jogamos nossas oferendas à Yemanjá. Tentamos pular sete ondas, mas nosso retardamento mental nos impediu de contar e pular ao mesmo tempo.
O mar estava batendo e as ondas vinham forte na areia. Apesar de estar bem na beirinha, eu fiquei molhada até a cintura e tinha areia até nos cabelos. Foi Yemanjá abençoando meu novo ano. E que bênção... : )
Ana Paula Toda Boa! Apesar de estar quase uma obesa mórbida, eu estava maravilhosa (aliás, como sempre).
De vestidinho laranja modelo camisola (alcinhas finas e rendinha no decote) com um profuuuuuuuuundo decote nas costas (meu melhor investimento nos últimos tempos!), eu estava leeeeeeeeeenda!
Comprei um mala-chackra (um cordão para despertar a energia do chackra) na mesma cor para invocar abundância, renovação, consideração e fertilidade, ótimas coisas para se querer em 2003 e coloquei-o junto com o colar de sândalo que a Roberta me deu.
Ah, os brincos e o anel eram laranja também.
Compondo o visual zen, uma sandalinha de dedos branca com paetês.
O som Guilherme, essa bicha quá-quá e egoísta que passou ano novo sozinho em lugar de dividir sua champanhe conosco, gravou vários Cds estilo Brazooka pra gente. Todo mundo dançou a noite inteira sem parar e eu dei vááááárias rodadinhas ao som de Conga la Conga (Guilherme, como diz Chico Buarque, “só tô lhe contando que é pra lhe dar água na boca”!).
Abre parêntesis Acho que a Roberta desperdiçou a chance de radicalizar. Ela podia ter feito uma tatuagem no rosto e cinco piercings na cara que, com aquele cabelo, ninguém ia notar: o tom de vermelho hipnotizaria qualquer um.
Fecha parêntesis
Descobrindo meus (outros)talentos Foi uma noite de surpresas. Descobri alguns talentos que não sabia ter. Como por exemplo, decoração. Cheguei cedo e ajudei a arrumar a mesa. As meninas ficaram impressionadas com meu jeito pra decoração.
Nós nos divertimos arrumando tudo e decidimos que se esse negócio de ser jornalista ou RP não der certo, nós abrimos um bufê ou casa de festas.
Se o bufê não der certo, ainda tenho a profissão de tinturista (não é esse o nome do profissional que tinge cabelos?) pra me safar, pois passei xampu tonalizante no cabelo da Roberta e ficou ótimo! Melhor até que a balaige que a cabeleireira fez nela... A pobre estava a cara do Ronald Mc Donald (mão na mão/pé com pé). Como ela resolveu tirar a fantasia antes da festa, eu sugeri a cor e ainda apliquei o xampu na moçoila.
Como Nara, Roberta e Kika capricharam no bufê e na decoração com bolas de gás metalizadas. Estava tudo lindo e muito gostoso. Quem bebe, disse que a cerveja estava gelada. Eu digo que os frios e mini-sanduíches estavam deliciosos e a coca light estava no ponto.
Ainda tinha o fantástico kit oferenda providenciado por Roberta: espelhinho, pó de arroz, espelho, pente e perfume para Yemanjá. Ela deve ter adorado.
Onde Passei na casa da Nara com a Roberta, Lobão, Ivan (o amigo carioca-paulista-gatinho do Lobão) e uma galera que eu não conhecia, mas era muito animada.