Ainda BV Há dois funcionários que trabalham na sala ao lado da minha que fumam charuto (ou cachimbo, sei lá, só sei que fede).BV ia passando pelo corredor, quando sentiu o cheiro. Entrou na sala dizendo:
– Acho que estão recebendo preto velho aí do lado.
E eu, com minha imaginação fértil, fiquei imaginando que se eu abrisse a porta da sala ao lado veria os dois fumantes, vestidos de branco, recebendo um preto velho. Ê-ê!
Da série "Ônibus é a maior diversão" Estava eu e uma menina em pá para descermos do ônibus. Dois caras estão de pé perto da porta. Notei um certo "movimento" quando eu e a outra nos aproximamos (eles trocaram olhares entre si e olhara descaradamente pra gente). Quando eu estava já nos degraus do coletivo, escutei o que estava me olhado dizer:
– No ônibus é ruim porque não tem assunto...
Tolo. Não tem assunto pra você que É sem assunto. Minha irmã conheceu meu cunhado no ônibus (coisa de pobre!) e estão casados há sete anos.
Sei lá, não sei Acordei assim-assim, meio barro-meio tijolo, meia-bomba, meio lá, meio cá, mais ou menos. Acho que é o tempo (ou é tudo junto?) que me fez ficar meio deprimida, meio angustiada e muito cansada.
Perua de futuro Lara cismou de botar tererê e está toda feliz com seis bagulhos daquele na cabeça.
Ela tem dois anos e oito meses e já pede pra botar “uma pulserinha e um cordãozinho” quando se arruma pra festa e há muito tempo escolhe as roupas que vai vestir.
Túnel do tempo Um professor de economia explica que na Idade Média o conceito de riqueza estava ligado à acumulação de ouro e trabalho não era determinante para esta acumulação (vide histórias infantis na quais as personagens enriquecem achando um tesouro ou casando com alguém da realeza).
– Ao contrário, o trabalho era a manutenção da pobreza.
Não sei se caso ou se compro uma bicicleta Queria ir ao cinema, mas tinha academia.
Tinha academia, mas queria fazer as unhas.
Queria fazer as unhas, mas estava chovendo muito e deu preguiça.
Decidi ir pra casa.
Segui na direção contrária ao cinema, passei do ponto da academia, desci do ônibus antes do salão.
A chuva parou e quase abriu sol plena 18h.
Só pra me sacanear.
Yara, a boca mais rápida do oeste Comprei um pacotinho de maçã desidratada para levar pro trabalho. Tirei-o da bolsa para mostrar o rótulo a minha mãe:
– Quando você for ao Mundo Verde, mãe, compra isso daqui.
– É? O que é isso?
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ela tirou o pacote da minha mão e ABRIU-O-O, para meu total espanto. Vendo meus olhos de ovo frito para ela, que provava uma lasca de maçã, minha mãe se deu conta do que fez e perguntou:
– Não era pra abrir, não?
– É...É que eu ia levar pro trabalho...
Desta vez a agilidade da minha mãe para detonar qualquer coisa que não se mova e seja a ela apresentada como comida foi surpreendente! Se fosse barata frita com cicuta ela teria comido do mesmo jeito! Depois não sabe porque está gorda... Acha que é “pobrema de grândula”...
In: frutas desidratadas É minha alternativa preferida para adoçar a boca sem fugir da dieta (como se eu nunca fizesse isso... hehe). Já comi maçã (104kcal) e abacaxi(76 kcal!). São deliciosos. Escolha os sem açúcar.
Estamos trabalhando há 0 dias sem acidentes Não comi doce de sobremesa, mas passei no Mundo Verde trouxe um fudge brownie para saborear vendo A Grande Família. Mau sapão!
Inconveniente é pouco Fui almoçar sozinha e como o restaurante estava cheio, tive que dividir a mesa com desconhecida. Não foi doloroso porque felizmente ela não deixava cair comida pelo canto da boca nem babava o refrigerante, mas no final ela foi no mínimo inconveniente.
Chamei a garçonete e perguntei que doces havia na loja. Ela falou tuuuuuuuuuuuudo e quando terminou a lista, a vaca que estava na minha mesa completou:
– E tem salada de frutas.
Filha da puta! Quem falou com ela? Quem é ela pra insinuar que eu devo comer salada de fruta e não doce?
Devia ter pedido a salada e enfiado pedacinho por pedacinho das frutas no cu da piranha pra ela aprender a ficar de boca de calada.
E assim ganham-se, barganham-se, perdem-se
Cocedem-se, conquistam-se direitos
Enquanto aqui embaixo a indefinição é o regime
E dançamos com uma graça cujo segredo nem eu mesmo sei
Entre a delícia e a desgraça,
Entre o monstruoso e o sublime
Nostalgia O fusca da minha vizinha é muito parecido com o fusca que meu pai tinha. Além da cor verde oliva (Não sei como meu pai teve um carro cor de milico...), por dentro é bem parecido, acho até que é do mesmo ano. Deu mó saudade da infância, quando eu e minha irmã gostávamos de andar no "buraco" do fusco, um vão entre o banco de trás e o vidro. Ai, ai... Ando tão nostálgica...
Alguém lá em cima gosta de mim Só porque me atrasei 15 minutos procurando a proteção de silicone que coloco nos meus calosos dedos dos pés quando calço sapato fechado, pensei que chegaria uma meia hora atrasada no trabalho, mas Deus teve piedade de mim e eu acabei conseguindo pegar carona com minha vizinha que trabalha numa rua perto da minha empresa. Acabei chegando na hora olha que o carro dela é um fusquinha!
Eu me odeio Mas falando em comida, só não consegui fazer dieta. Uma colega de trabalho trouxe uns biscoitos doces magníficos de nozes e amêndoas. Sem dúvida os biscoitos mais gostosos que já comi na vida! Caí de boca. Comi sem o menor pudor.
Na hora do almoço, chuva caindo com vontande, pedi comida no escritório. Comi salmão com arroz de brócolis e batata corada. Tudo bem gordureba!
Eu me amo Já falei da raiva que sinto quanto tenho meus planos frustrados, por isso fico tão feliz comigo mesma quando consigo fazer as coisas a que me proponho fazer. Ontem foi um dia que eu fiquei felizinha comigo mesmo. Tinha planejado ir a academia e fazer depilação e fiz tudo direitinho, sem me deixar levar pelo clima frio e chuvoso que teimava em me empurrar pra casa pra encher a cara de comida.
Só Daniella... Contei para Daniella sobre um cara q eu acho bonito. Não sei porque cargas d’água, ela me pergunta que roupas o cara vestia. Quando falei que era calça e blusa social, ela comentou:
– Ah, está vendo? Ele é um cara direito. Vai ver trabalha até em banco...
DDD do Pára Daniella me ligou no sábado. Esquecemos que estamos muito longe uma da outra e ficamos horas no telefone. Valeu a pena. Com Daniella sempre vale. É divertimento garantido.
Ela já começou a ligação falando que arrumou um cara pra me apresentar e que eu tenho que ir pra Belém urgentemente! Segundo ela, o cara é maior partidão e eu tenho que casar com ele. “Não me decepcione, Ana Paula!” exige ela. Então, tá: amanhã estou embarcando pra Belém, onde me casarei. Mando notícias. ; )
Deu pra perceber que o assunto em pauta foi um casamento para mim. Daniella parece aquelas mães enlouquecidas para que as filhas se casem. Ela não vai sossegar enquanto não arrumar um trouxa pra me levar pro altar.
Hábil como poucas, me deu várias dicas para conquistar rapazes. Como estamos bem distantes, ela me deu alguns esporros sem medo de apanhar. O pior é que tive que concordar com tudo o que ela disse.
Ela também contou com detalhes todo o esforço que fez pra trocar telefone com o agora marido. É de chorar de rir.
Teve sol no final de semana! E eu não aproveitei! Ódio.
Sábado fui a uma festa de 90 anos de uma amiga da minha mãe. A velha fez 70 e eu não fui à festa. Fez 80 e eu também faltei. Nos 90 não teve jeito: talvez seja a última chance.
Foi uma festinha básica, logo ali no ALTO DA BOA VISTA (longe pra caralho!!!), numa igreja escondida naquelas curvas.
Antes do regabofe teve missa (a comida não seria em vão). A celebração estava marcada para às 11h, mas chegamos às 11h30 e nem sinal de missa. No final das contas a festa só começou às 13h. Ficamos até o final (quase 17h) porque a minha irmã é aflicetada por bolo confeitado e não quis sair antes de jeito nenhum. Nessa brincadeira, perdi aquele lindo sábado de sol me atracando com canapés, arroz à piamontese e trufas de chocolate.
Domingo, compromissos profissionais me levaram para muuuuuuuuuuito longe da praia.
Conclusão, perdi o único final de semana com sol em quase um mês. Isso me deixou “tããããão feliz”...
Alguma coisa está muito fora da ordem. A esta época do ano já era pra estar um solzinho agradável por aqui. Mas, não: o Rio de Janeiro está congelando. O que estão fazendo com nosso clima?...
Senilidade é uma merda Minha mãe (maquiada pela Lara com pó-de-arroz Promessa e batom Avon-velho, no melhor estilo Velha da Praça é Nossa) vira pra Lara e diz, ao som da vinheta do Fantástico:
A vingança de Lara Quarta-feira à noite, Lara deu uma cabeçada na mãe. Foi tão forte que quebrou o nariz da minha irmã. Essa é um vingança antecipada por todos os erros que minha irmã ainda há de cometer (como todas as mães) na educação da Lara.
Contraditório, não! Já que não estava com paciência para escrever, fiz umas mudanças que há tempos queria fazer no layout do blog. Coisa pouca, mas que eu nunca tive saco de fazer. Parece contraditório, mas não é. Não me provoca, hein?
Sem paciência Tenho andado sem saco pra blog. Fiquei pensando que blogar tem tirado meu tempo para fazer outras coisas (umas mais produtivas, como ler, e outras nem tanto, quanto dormir) e decidi que não vou ser tão constante nas atualizações. Agora mais do que antes, só vou escrever quando me der vontade. Muita vontade.
Com precedente Pensando bem, meu estava reclamando de que? Teve uma vez que ele chegou em casa com um casaco que comprou no Carrefour (só meu pai pra comprar roupa no Carrefour...) e quando vestiu todo prosa, minha mãe sentenciou depois de olhar os botões:
– Lélio, essa roupa é de mulher.
Pensa que o malandro dispensou o casaco? Na-na-nani-na-não. Ele não saia na rua com o casaco, mas usou-o até acabar.
O presente errado Comprei o presente de dia dos pais do Lélio em Parati. Ele não merece ganhar presente nenhum porque simplesmente ele não dá presente a ninguém. Segundo sua estúpida teoria, presente de aniversário, Natal, ovo de Páscoa, essas coisas, “é tudo besteira, o que importa é você ajudar a pessoa quando ela precisa” (e se ela não precisar nunca, melhor ainda porque você não gastou um puto com presente e ainda não precisa fazer nada por ela). Desta forma, ele nunca me deu presente de Natal, aniversário, ovo de Páscoa... Se hoje sou uma pessoa (quase) normal, sem grandes revoltas contra o mundo, devo isso a minha mãe (e hoje, à homeopatia) que sempre trabalhou e nos dava presentes em todas as ocasiões, não me deixando ficar uma criança recalcada (não, o que você leu aqui nada tem a ver com rancor, mágoa, esses sentimento ruins que só atrapalham a vida da gente).
Além disso, meu pai, aquele comunista filho da puta, não merece presente também porque ele não liga para o que ganha. Você dá um chinelo, ele diz que tem dois. Você dá uma bermuda, ele fiz que aquele modelo ele não gosta. Você dá uma camiseta, ele diz na sua cara que é vagabunda. Enfim, uma pessoa fácil de se agradar...
Bom, voltando a vaca fria, por tudo isso, eu não dou mais presente para meu pai. Só abro exceção no Natal porque aí todo mundo ia reparar eu dando presente pra minha mãe, pra Lara, pra meus padrinhos e tal e não dando pra ele. O objetivo não é humilhá-lo perante a família (hummm... acabei de ter uma idéia...), é só respeitar uma vontade sua(se não é assim, parece): “Não me dê presente”. Desta forma, aniversário e dia dos pais nem me movo.
Mas este ano foi diferente. Estava em Parati e vi uns chapéus de palha. Ele adora chapéu de palha e lembrei que uma vez dei um boné do MST (que comprei quando visitar o Movimento, em 1999) e ele gostou tanto que usa até hoje. Decidi comprar um chapéu para o dia dos pais.
Acabei trazendo um de palha molinha. Era o que mais tinha cara de artesanato porque você vê até o nó na palha para finalizar o chapéu. Quando dei embrulho pra ele e ele abriu, comentou rindo:
– Isso não é chapéu de mulher, não?
CarAlina tinha cantado a pedra em Parati, mas eu não achei que fosse e como Fernanda e Andréa não falaram nada, então, pensei que fosse bobeira da Carolina. Mas não! Acho que ela tinha razão. Minha mãe também achou que a bosta do chapéu é de mulher e todos os meus primos sacanearam meu pai. Por maioria de votos, ficou decretado que o chapéu é feminino.
Isso é pra eu aprender a não comprar mesmo presente nenhum.
Estive na livraria e lembrei de você Ontem, estava eu na Livraria da Travessa olhando livros despretensiosamente quando me deparo com White Stupid Men – Uma nação de idiotas, do Michael Moore, descendo o cacete no Bush. Na mesma hora lembrei do meu pai e comprei um para ele. Meu pai não merece, mas ficou como correção do presente de dia dos pais que eu dei a ele.
Palhaçada antiga Domingo eu postei no HTP e esqueci de anunciar. Perdoem. Ando muuuuuito esquecida. Vai lá que ainda dá tempo pra rir um pouquinho do espetáculo
Almoço de família Meus pais, eu, meu irmão e minha sobrinha atacávamos a maravilhosa sopa de ervilha que minha mãe fez no domingo, quando o assunto religião veio à baila.
– Eu não agüento mais ouvir falar em religião, disse meu pai.
Pronto! Aquele seria O ASSUNTO do almoço e ele começou a descer o sarrafo em tudo quanto é religião, até que minha tentou acalmar os ânimos (ou melhor, o ânimo porque era só meu pai que estava exaltado):
– Vamos respeitar a religião dos outros...
– EU NÃO RESPEITO! ELES NÃO ME RESPEITAM!
Meu irmão ainda provocou:
– Eu vou arrumar um encontro de casais pra você ir com a Yara (minha mãe).
– EU NÃO VOU! EU NÃO VOU!
Claaaaro que você não vai. Todo mundo sabe, criatura... E ele continuava falando (mal) de religião (isso porque ele “não agüenta mais ouvir falar em religião”...).
Domingo, hora do almoço, mó friaca e uma sopa de ervilha esfriando prato, todo mundo foi se calando e tentando passar a outro tópico, enquanto ele insistia:
– FOI O HOMEM QUEM INVENTOU DEUS. DEUS NÃO EXISTE. QUEM VEIO PRIMEIRO: O OVO OU A GALINHA? DEUS INVENTOU O HOMEM OU O HOMEM INVENTOU DEUS? HEIN, HEIN?
Porque será que eu quase não faço as refeições em casa?...
O boitatá da Lara Estava na casa da minha irmã e de repente ela puxa um coisa grossa e de uns 30 cm de comprimento e diz:
– Larinha mostra pra madrinha.
Juro que levei alguns milésimos de segundo para entender que aquilo era só uma meia cheia de jornal amassado pitada de vermelho e preto, que a Lara fez na escola. Vendo minha cara de espanto, minha irmã comentou:
– Quem nunca viu, se assusta, e quem já viu, pensa que é.
E finalizou:
– Ainda bem que vem com um etiqueta ou ninguém saberia que isso é um boitatá.
Janela indiscreta De repente a secretária me olha e fala displicentemente, como se fosse a coisa mais natural do mundo:
– Seu fecho eclair está aberto.
Fazia mais ou menos uma hora que já tinha ido ao banheiro e neste meio tempo tinha atendido duas visitas, falado com um colega e com os tiozinhos da limpeza. Espero que todos tenham gostado da minha calcinha de veludo cotelê vermelho.
Quem poderá me defender? Meu pai pareceu na sala todo encolhido e vestindo uma blusa com capuz. Disse que estava com muito frio e que ia dormir com o capuz na cabeça. Quando ele mostrou como ia ficar, minha mãe deu um grito:
As figuras do Estação – II Já estávamos lindas, loiras e japonesas, eu e Fernanda, confortavelmente sentadas na sala de cinema, quando um cara que está ao meu lado vira e comenta:
– A senhora que está ao lado da minha mulher falou pro marido: “Se você roncar, eu te sacudo!”.
Eu não sei o que achei mais bizarro, se a velha falar isso ou se o cara vir comentar conosco. Pensando bem, acho que ele conseguiu ser mais maluco que o casal de velhinhos porque ele não só contou o caso, como passou conversar conosco sobre o preço do ingresso. Pelo menos não estava mal vestido.
As figuras do Estação Bem que Roberta tinha razão: lá tem muita gente mal vestida. Acho que já virou point. Ou será que era um flashmob do tipo “todo mundo com roupa escrota no Estação Unibanco, domingo, às 17h” e eu não sabia?
Tinha uma mulher com casaco extra-large feito de cobertores Parayba! Faça-me o favor!
O Homem do Ano Finalmente assisti. Engraçado é que eu e Fernanda estávamos aflicetadas nas férias, doidas para este filme estreasse para assisti-lo e quando o troço entrou em cartaz a gente quase se esqueceu dele. Domingo, aproveitamos os poucos raios de sol e nos mandamos para o Estação Unibanco.
O filme é bom, mas tem uma hora que desanda. Fica só no tiro, tiro, tiro e perde toda a graça. O Lázaro Ramos está lá (claro!), mas está menos chato que o normal. Verdade seja dita, está até bom. André Gonçalves consegue continuar gostoso até com bigodinho. Essa daí só não está na categoria “pode me jogar no chão de Parati” porque se me jogasse, eu engravidaria e não quero ter neném. Fiquei contente de ver Paulo César Pereio. Adoro o jeito dele interpretar e a voz cheia de nicotina.
Que frio! Desta vez a gente não teve uma frente fria. Teve uma frente, costas e dois lados, pelos menos. Será que esta porra deste frio não vai passar, não?
Acabei de ver no jornal que em Lages (SC), onde está minha prima Dréo, fez -3º e geou. Tadinha da carioca... E ainda tem que acordar 9h da madruga pra trabalhar.
Maluca, eu? É grave a crise. Sexta à noite falava com Fernanda que meu celular estava com problemas: não tocava e eu só via que tinham me ligado depois. Ela falou que soube que a ATL teve problemas. Liguei para operadora. Como sempre, fui bem atendida e fui orientada a mudar as configurações do meu aparelho. Configuração mudada, a ficha caiu: eu tinha colocado o celular pra vibrar durante uma reunião na quinta e tinha esquecido de mudar o toque. Camisa de força já!
Pecado masculino Fui comentar com a minha irmã que tinha achado o cara bonito e ela:
– Mas ele joga video game.
Ela fala como se jogar video game fosse desvio de caráter. Ela odeia esse hábito porque meu cunhado é jogador inveterado. Na opinião da minha irmã, pior só se o cara for jogador (peladeiro) de futebol.
Eu e minha tara pelo proletariado... Fiquei encantada pelo carinha da locadora: moreno, de cabelo preto liso e bem curtinho, rosto quadrado, moreno e com uma sombra de barba cheia. Loucura, loucura, loucura.
Dia de sofá Sábado não foi muito diferente da noite de sexta. Me associei à locadora perto da minha casa (que adianta ser associada Blockbuster, se qualquer loja fica fora do meu caminho?) só pra curtir um filminho embaixo das cobertas. Naquele momento percebi que vou muito ao cinema, pois já tinha visto todos os filmes bons da bodega da locadora. Acabei achando dois inéditos: Nós que aqui estamos por vós esperamos e Alta Tensão.
Nós... é um documentário sobre o século XX em P&B sem narração. Quase me arrependi no caixa, mas acabei pagando e, filme visto, não me lamentei. É bom. Alta Tensão eu já tinha lido o livro (em inglês, tempos de Cultura Inglesa. Ai, como era bom...) e acho até que já tinha visto o filme, mas foi um bom divertimento.
Sexta super sonolenta Eu queria muito ir à Matriz. Era especial da Clara e da Beth e eu tinha a meu favor cabélos lisos e mais negros que asa da graúna do que nunca (presente da minha cabeleireira) para esfregar na cara de todo mundo, patas feitas e depilação em dia. Contra, tinha fato de eu ter acordado às 5h30 e trabalhado pesado mesmo (e como tenho aversão a trabalho físico, já viu, né?). Sem contar a friaca que já se anunciava... Acabei sucumbindo e fiquei em casa. Dormi antes de Os Normais.
É pra quem pode! Sexta foi dia de evento no hospício e eu ia fazer mais uma palestra. Raul era o organizador da “festa” e deu instruções para um estagiário:
– Você vai providenciar água para Ana Paula.
Ele pensou e completou:
– Você vai ser o eunuco da Ana. Se ela quiser, você a abana, entendeu?
Durou pouco tempo, mas eu posso dizer que já tive um escravinho.
Hora de tomar banho! Como tinha esquecido a toalha em casa, tinha que comprar outra ou não iria a academia porque ninguém merece se enxugar no papel higiênico (eu ia gastar uns três rolos...). Não encontrei toalha de rosto (que o que eu levo) e adivinha o que comprei? Uma macia e meiga toalha de bebê! Branquinha com viés verde água e um ursinho estampado no capuz (sim, ela tem capuz!) dizendo: Hora do banho. Linda de morrer. ; )
Ginko Biloba já! Não estou doente do pé, mas minha cabeça vai de mal a pior. Sempre fui meio distraída e esquecida, mas hoje surtei legal.
De manhã, quando ia colocando o pé no ônibus lembrei que não tinha pego minha mochila da academia. Merda. Ia ficar mais um dia sem ir a academia esta semana, mas que jeito? Cheguei a pensar em voltar em casa (leia-se: perder o ônibus e chegar atrasada), mas desisti. Ainda bem. Quando fui forçar passagem entre as pessoas do corredor do ônibus percebi alguma coisa repuxar nas minhas costas. Surpresa! Estava com a mochila nas costas! Olha o grau de esclerose da pessoa: eu não só esqueci que tinha pego a mochila, como não percebi que ela estava nas minhas costas! Imagina se eu volto em casa? Ia me odiar o resto do dia.
Mas claro que tinha que ter esquecido alguma coisa: não coloquei a toalha na bolsa. Básico.
Na hora do almoço ainda esqueci o envelope com as atas e pautas da reunião que ia fazer na cadeira do restaurante.
Se eu estou assim com 27 anos, imagina com 70(se eu fizer 70!)?
No telefone, com uma amiga Ela diz, sobre o pretê(?) que agora anda enrabichado por uma outra garota:
– Agora ele está lá com aquela vaca japonesa.
Vaca japonesa é sensacional. Fiquei imaginando uma robusta vaca malhada de olhos puxados (cheia de pereba, claro, porque vaca que fica com pretê de amiga minha é vaca perebenta). Ri muito.
História de amor baseada em fatos Para quem pensa que estas coisas não acontecem...
Uma amiga se separou do marido. Ela conta que eles já não tinham afinidade, que não eram mais um casal, que ela estava cansada dele ficar tanto tempo fora de casa trabalhando ou no bar com os amigos. Na Semana Santa, em abril, deu a palavra final e colocou o traste na rua. Como ele não tinha para onde ir, pediu para ficar até arrumar um apartamento. E nada de se mexer pra arrumar um.
Sabedora da sua falta de falta de iniciativa para tudo, minha amiga se encheu e resolveu ela mesma procurar um apartamento para ele. Em maio achou um conjugado ótimo no mesmo bairro e deu a ordem:
– Pronto, agora você já tem apartamento. Já acertei com a imobiliária. É só você fazer o depósito.
Ele fez o depósito, mas não se mudou de imediato. Ficou levando as coisas aos poucos. Mais uma vez minha amiga teve que colocar o pau na mesa:
– Escuta aqui, você não vai se mudar, não? Já pagou dois meses de aluguel e condomínio. Sábado a gente faz logo esta mudança.
E não deu outra. Arregaçou as mangas e foi levando as roupas, sapatos e coisas deles em sacolas pela rua, fazendo trocentas viagens, e fez em um final de semana o que o malandro não fez em dois meses.
No final da história, eu lamentei pela sua filha, uma garota de 18 anos, que achei que não estivesse feliz com o acontecido. Foi aí que eu soube que aquele não era o final da história e ela me revelou:
– Deixa eu te contar: o J não é pai da F. Eu me separei do pai dela quando ela tinha 6 anos e nunca mais nos vimos. Aí, eu comecei a namorar o J e ele foi morar lá em casa. Deixei porque a gente se gostava, ele tratava minha filha muito bem (ela até chamava ele de pai), mas de uns anos pra cá, a coisa de desandou de vez.
Diante da revelação, eu nem sabia o que comentar, mas ainda tinha mais. Minha amiga deu um sorriso maroto e completou a história:
– Mas o melhor você não sabe: voltei pro meu primeiro marido.
E ainda sorrindo me contou que a filha teve que tirar um visto e precisava da presença do pai. Minha amiga entrou em contato com ele e marcaram de ir à Polícia Federal. No encontro, eles conversaram civilizadamente e, ao se despedir, minha amiga conta que ele confessou:
– Eu ainda te amo, sabia?
Ela falou que sempre foi apaixonada por ele e agora, treze anos depois da separação, os dois estão namorando. É, “o amor não tem pressa/ ele pode esperar em silêncio/ num fundo de armário/ na posta-restante/milênios, milênios/ no ar”...
Heleninha, eu?!?! A farta degustação de cachaças e licores e a caipifruta do Pára de Parati não me fizeram bem. Ontem, eu estava louca por álcool. Bebi uma Piña Colada e um Vírus Mortal, coisa pouca pra quem bebe, mas não pra mim, que não tenho este hábito.
Minhas pupilas saltavam, dava pra fazer exame de fundo de olho sem colocar colírio e eu fazia um esforço sobre-humano para andar em linha reta.
Sábado eu fui jantar fora e tinha vários licores e cachaça no restaurante (era de comida mineira). Assim, como quem não quer nada, eu biquei do copo de todo mundo que estava na mesa e só fiquei pensando no licor de abóbora que comprei e ainda não abri... Estou a meio caminho de virar uma Heleninha. Tenho que voltar pra Coca Light já!
Subversão Eu, Fernanda e Léosubvertemos aquela música que fala do Comandante Che Guevara, praticamente hino de Cuba, a uma canção de cabaré, com direito a rebolado até o chão. Quase uma heresia.
It’s raining man! Festa mais cheia que aquela eu nunca vi. A casa estava lotada. E o mais incrível: lotada de homem. Tinha mooooooooooito homem. Claro que todos estavam bêbados e no cio. Deve ter a ver com a lua.
Não havia nem cinco minutos que eu tinha entrado na Matriz, ainda não tinha nem alcançado o bar, quando um malandro puxou meu braço para imediatamente após a minha negativa, cantar uma amiga minha.
Acho que esta coisa de cantar a mulher que está junto da que te deu toco virou prática corrente porque o maluco com quem Fernanda ficou e deixou na pista, veio me cantar quando eu estava no bar (rendeu até um post para o HTP) e depois, o igualmente maluco com quem eu tinha ficado numa outra vez, foi cantá-la. Por que eles fazem isso? Será que é pra nos colocar ciúme? Será que eles não sabem que uma amiga já contou pra outra como eles são péla-saco e não valem a ficada? Tolinhos.
É a minha cara! Encontrei com um leitor na Matriz e ele disse que a bonequinha do site é a minha cara. Ele não é a primeira pessoa que diz isso, mas o mais engraçado é que quem fez o layout do blog nunca me viu. Isso é que é intuição...
Super Brazooka Quem pensa que Super Brazooka são só as edições do Cine Íris está muito enganado. Para mim, a de sexta agora, por exemplo, foi uma porque estava lá mó galera conhecida (eu, Fernanda, Léo, Tuninha, Roberta, Lobão, Vanessa, namorado da Vanessa, Nara, Kika e meu leitor) e é sempre bom dançar com os amigos (se bem que eu descobri o prazer da dançar sozinha, longe da pista lotada, perto do banheiro masculino do térreo).
A moda é o perucão! Sexta houve mais um daqueles raros encontros das quatro donas do circo: eu, Roberta, Nara e Vanessa fomos a Matriz. As quatro estão com os cabelos eloooooormes. É a gang do perucão! E pensar que quisemos ser a gang da cabeça raspada...
*Explicando o asterisco Nossos pais, interessados em criar meninas cultas, educadas e gentis, compravam a revista Casseta Popular e o jornal Planeta Diário (que mais tarde virou o Casseta & Planeta da TV) pra gente. Enquanto todas a nossas coleguinhas liam Capricho e Querida, a gente andava estas baixarias pra cima e pra baixo. Bom, deu no que deu, mas isto não vem ao caso...
Criativas como poucas meninas da nossa idade (11 ou 12 anos), nós inventamos de transformar os textos do jornal e da revista em programas de rádio. Eu era mais empolgada que ela, mas juntas redigíamos o roteiro (tudo batido a máquina, bem organizadinho, está pensando o que?) e depois reproduzíamos para vizinhança. Sabe como? A gente ligava um microfone ao rádio gravador que ela tinha no quarto, colocava o troco na janela, no último volume e “transmitia” o programa. O som era péssimo e ninguém entendia nada do que a gente dizia.
Um dia a avó da minha amiga, que morava na casa ao lado, veio comentar que os vizinhos estavam reclamando de um barulho alto todas as tardes e perguntou se era a gente.
– Nós? Nãããão...
Claro que depois dessa, a brincadeira acabou, mas àquela idade eu já era um fenômeno da comunicação. Quase um Roberto Marinho. Só não construi meu império de mídia porque fui cerceada por vizinhos pouco compreensíveis que preferiam dormir à tarde a incentivar duas criativas adolescentes.
Mais uma leitora Ontem encontrei uma vizinha com quem brinquei muito na infância, mas que não via há tempos. Falamos sobre festas, cinema, marcamos de sair e tal, até que ela vira e diz:
– Estava lendo o blog (É blog, não é?) de uma amiga e tinha lá um link pro seu. Eu fiquei lendo e não sabia se era você, mas pensei: “com essas histórias, só pode ser ela.” Lembrei de quando a gente brincava de rádio.*
Eu sei que é idiota da minha parte, já que assino com meu nome verdadeiro, mas morro de vergonha quando um conhecido diz que lê me blog.
E a mãe dela se meteu, par ame deixar ainda mais sem graça, já que, se não era também leitora, pelo menos tem conhecimento do blog:
– E você gostou, não foi?
Ainda bem. Pior se dissesse que tinha achado uma merda.
Já que eu citei a Festa Literária Internacional de Parati... ... vou falar da abertura. Foi muito melhor do que eu espera. A despeito de termos sidos relegados as beiras da tenta montada na praça porque (mais) convidados especiais ocupavam o espaço interno, todos sentadinhos em suas cadeiras, foi um ótimo evento. Teve sambinha do Sr. Ministro (muito fofo!), leitura de Antonio Cicero e da Luciana de Moraes (a filha do “homem”. Acho que é esse o nome dela) e mini-shows de Calcanhotto e Chico Buarque (com direito a Chico perdendo a lente dos óculos).
Bom, se eu me emocionei com Pátria Minha, vocês podem imaginar meu estado em Eu sei que vou te amar na voz de Calcanhotto. As lágrimas correram soltas, leves, sem pudor, principalmente porque neste momento eu já tomava minha segunda caipifruta de coco.
Falando em pátria minha... Mais do que mais garrida a minha pátria tem
Uma quentura, um querer-bem, um bem
Um libertas quae sera tamen
Que um dia traduzi num exame escrito:
“Libertas que serás também”
E repito!
Lembrei da cerimônia de abertura da Festa Literária Internacional de Parati. O homenageado da noite foi Vinícius de Moraes e os convidados leram poemas dele. Antonio Cícero leu Pátria Minha. Não sei se foi a caipifruta, só sei que fiquei emocionada ouvindo o poema. Sempre achei o texto bonito, mas parecia uma exilada, extremamente tocada por aqueles versos.
E o COB? O que faz o Comitê Olímpico Brasileiro diante de tanto desrespeito com o Brasil? Aquela bandeira usada na abertura foi absurdo. A delegação deveria ter se recusado a entrar com aquele enxovalho que fizeram ao nosso “pavilhão auriverde”, já meio feinho por natureza, mas pelos menos com formas geométricas proporcionais. Será que o COB não vai botar o pau na mesa para reclamar disso?
Por falar em Pan... Vem cá, é pessoal? A (des)organização do Panamericano está querendo esculhambar com o Brasil mesmo? Esse hino que eles inventaram foi brincadeira. Dá até desgosto no atleta. O cara luta pra chegar no pódio e aí tem que ouvir aquela marcha fúnebre. Será que o arranjo é em homenagem ao Roberto Marinho?
Meeeenos, meeeenos... Até entendo que a Rede Globo tenha que render reverências ao seu fundador, mas colocar o Willian Bonner e o Renato Machado de terno escuro e voz de velório para apresentar o Jornal Nacional foi demais. Os caras não esboçaram reação positiva (uma voz mais animada, ao menos!) nem nas boas notícias, como as vitórias no Pan.
Bela surpresa Depois de quase um mês sem ir a academia, me deparei com as beldades da sala de musculação. O meu preferido está melhor do que nunca. Está sequinho e bem braçudo. Uma coisa de louco. Se continuar assim, ele entra na categoria "pode me jogar no chão de Parati" de tão gostoso.
Castigo Foi só eu desmarcar a limpeza de pele que Adriana marcou pra mim dizendo que minha pele estava boa pra ela me sacanear. Estou com dúzias de espinhas na cara. Medonha.
Entre tantas reclamações que faço aqui, um elogio Na ida para Parati, erramos o caminho. Andréa parou o carro e perguntou para um senhor que trabalhava em um trator do outro lado da pista:
– Esta é a BR101?
O cara não escutou. Desligou o motor do trator e apurou o ouvido. Ela repetiu. Ele, nada, até que desceu do trator, esperou o trânsito aliviar, atravessou a rua e foi ao nosso carro para entender o que ela dizia. Deu a informação correta e gentilmente e voltou para o seu serviço. Quando ele ia saindo, eu e Fernanda comentamos:
– Tinha que ser da Comlurb...
Se há uma empresa pela qual nutro simpatia é a Comlurb. Como usuária, não tenho do que reclamar. O caminhão passa recolhendo o lixo no dia certo e de vez em quando tem alguém arrancando aqueles capins que nascem no meio-fio. E o atendimento gratuito para o recolhimento do entulho? Show de bola! Aqui em casa, o pessoal é freguês. Quando cortam árvore, fazem obra ou qualquer outra coisa que produza lixo em grande quantidade, o povo liga pra Comlurb. Eles marcam o dia e recolhem o lixo, é só deixá-lo a alguns metros da porta da rua. E bom é que o serviço é gratuito mesmo. Os caras recolhem o lixo, se despedem de você e nem água eles pedem!
Verdade seja dita Outro dia reclamei do atendimento da Casa da Matriz aqui no blog. Para minha surpresa (não imaginava que fosse ler e muito menos tomar uma atitude), fui contatada pela gerência da casa e recebi um pedido de desculpas, não só no comentário do post, como por email. Soube ainda que a funcionária citada tentou falar comigo por telefone, mas acabou falando com a Ana (todos nos confundem, Jesus!). Não era para tanto, afinal não foi um incidente tão grave assim, mas achei a atitude muito simpática e profissional e fiquei contente com a atenção dispensada. Três vivas a rapaziada (e as moças) da Casa da Matriz! : )
PS: Ficaria mais contente ainda se fosse convidada da Matriz e dispensada do valor da entrada. ; )
Dança da motinha Hoje outra colega de trabalho achou de encorporar uma Taty Quebra-barraco ou Vanessinha Picachu da vida e ficou dançando e cantando “dança da motinha/dança da motinha/ as popozuda*/perde* a linha” e agora não consigo tirar esta música (?) da cabeça. Ódio.
Sou mais forte que Toblerone! Hoje uma colega levou Toblerone para todos do trabalho. E não foi uma barrinha para cada um, não: foi uma sacola de UM QUILO de chocolate! Eu salivei diante dos mini-Toblerones lembrando da minha infância, quando eu adorava este chocolate e quase não o comia porque era muito caro, mas resisti bravamente e não me curvei ao prazer fugaz do chocolate. Sou mais forte que ele.
Sessão de despedida Acho que a sessão de segunda foi minha despedida do RPG com o fisioterapeuta gostosão. É que não posso mais ficar nestes horário e ele não tem mais vaga outros dias. Uma lástima. E olha que ele até falou que sou a melhor paciente. Calma, galera... Sou a paciente que faz as posturas mais direitinho, que evolui melhor e tal. Não é nada disso que vocês estão pensando... ; )
Ainda Parati Como falei rapidamente da viagem, acabei não contando minha grande aventura nas matas paratinenes.
Fomos conhecer o Poço do Inglês, que fica a uns 15 minutos da Fazenda Muricana seguindo por trilha. A trilha não chegava nem perto da que eu fiz até a metade lá em Floripa. Foi tranqüilíssimo chegar até a pequena cachoeira e ao poço raso e de fácil acesso que se formava. Resolvi entrar na água. Foi aí que lembrei que só estava com a parte de cima do biquíni. Eu coloquei calcinha comum no lugar da calcinha do biquíni porque ele estava molhado e eu não queria me resfriar, dá licença?
Mas, mais esperta que a maioria dos ursos, levei o biquíni na bolsa e aí não teve problema: com toda desinibição que Deus me deu, fui atrás de uma árvore, tirei a calça de cotton, tirei a calcinha e vesti o biquíni. (E olha: só me escondi porque havia estranhos na cachoeira. Se estivéssemos sozinhas, teria trocado de roupa ali mesmo.)
Fui tão rápida na operação, que nem Fernanda, que estava na minha frente fazendo paredinha e tomando conta para que nenhum incauto passante se deparasse com minha bundona branca, viu minha xoxota.
Criação de taturanas Desde de antes da minha viagem que não consigo fazer minha sobrancelha. A cabeleireira nunca está lá. Quem olha rápido até pensa que estou criando taturanas sobre os olhos.
Saudades dos LPs Estou ouvindo o CD da Ópera do Malandro. Me deu mó saudade do LP. É que o CD é muito pobre visualmente. O “disco” da Ópera tinha uma capa que abria (tipo aquelas de disco duplo, lembra?) e no meio tinha uma foto maravilhosa do interior de um barraco, que não tem no CD. Uma perda que tirou todo o charme e beleza do encarte.
Ana Paula, a malabarista Já que sou assumidamente dona de circo, comprei malabares. Tive uns colegas de trabalho que faziam e eu adorava. Comprei o das fitas, o mais basiquinho, mas isto é só o começo. Um dia, ainda engulo fogo! :)
Fernanda entrou na minha onda e ficamos as duas loucas rodandos o braços, girando as fitas, no meio da praça de Parati. Se a gente tivesse passado o chapéu, teria ganho uma grana.
Viajar em boas companhias: Lorão desfalcou a equipe, mas minhas três companheiras foram ótimas companhias. Passeamos muito, comemos muito, bebemos muito, rimos muito... Ai, ai, já deu até saudade. :)
Caipifruta do Pará:Acho que o Pará colocava alguma droga que causa dependência na caipifruta. Foi impossível tomar uma só. Quinta, entornei duas seguidas e no outro dia, tomei outra. Só não bebi também no sábado porque aí me dediquei ao vinho, bebida dos deuses. ; )
Provas de cachaça e licor: Quase me embebedei só com as provas. Tomei licor de cacau, de limão com leite, de maracujá, de abacaxi e de abóbora (acabei comprando uma garrafa deste porque é divino) e cachaça envelhecida e cachaça caramelada, que o vendedor nos apresentou como afrodisíaca (ainda bem que em mim e na Fernanda não fez efeito, se não a gente ia bater cabeça).
Strogonoff de camarão do Restaurante Chafariz: Sensacional. É feito com camarões "eloooooooormes" e o prato é muito bem servido. Comemos até morrer.
Tripulação bonita: A tripulação da escuna que nós pegamos era show de bola. Os marinheiros levantando as âncoras para saírmos depois de cada parada era um espetáculo a parte. Aquela sincronia de braços e torsos (ui, peguei pesado!) puxando as cordas me hipnotizava. O mais novo era cheio de espinha no rosto, mas eu tratava daquela acnase e mandava ver!
Ninguém merece Calçamento pé-de-moleque: Tudo bem, a parada foi feita no século XVIII, deve ter dado um trabalhão e foi o que de melhor se pôde fazer à época, mas se equilibrar naquelas malditas pedras é uma merda! Não dá nem pra andar em linha reta e toda hora alguém vira o pé.
Charrete: Uma pousada oferece charrete aos hóspedes e alguns se aventuraram a andar naquilo. Deve ser o inferno de Cracatoa. O infeliz vai sacolejando e ainda parece que está desfilando para o povo na rua, um mico só.
Preços para inglês ver: Parati é lugar para turista estrangeiro. Fora a pousada que foi uma pechincha (R$50,00 a diária de casal), mas não ficava no centro histórico, tudo é caro.
Palhaços de Parati:Homem é tudo palhaço também em Parati. Voltei com assunto para vários posts.
Parati para mim Como sou uma mulher culta, fui dar pinta na Festa Literária Internacional de Parati. Não assisti nenhuma palestra, mas isto não vem ao caso...
Eu, Fernanda, CarAlina e Andréa, up-to-date que somos, antenadas com o mundo intelectual, estávamos no olho do furacão, no centro das atenções, lá onde tudo aconteceu este final de semana no Rio de Janeiro! Parati bombou, menina!
Vi Gil de perto (mas perto do que gostaria, na verdade. Como aquele homem está feio, Jesus!) e Chico, Antonio Cícero e Calcanhotto no telão. Esbarrei com Zuenir Ventura e o Príncipe, o Orleans e Bragança mesmo. Luxo só.