Quem vos escreve

 

Nome : Ana Paula

Idade : 33 anos

Onde : Rio de Janeiro

Signo : Escorpião

Atualmente: Solteira

Profissão : R.P.

 

 

 

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wquarta-feira, abril 28, 2010


Cremes e mais cremes
Era o último dia de viagem e eu já tinha feito minhas comprinhas na farmácia barateira, mas queria trazer um sabonete da L’Occitane que tinha usado e só tinha visto vendendo na farmácia perto do hotel. Assim, fui até lá. Peguei o sabonete que queria e mais outro para experimentar, peguei também um creme hidratante para os pés que estava usando lá e é ótimo e, quando estava me dirigindo ao caixa, vi uma prateleira de produtos anticelulite. Meus olhinhos brilharam e minhas celulites chegaram a se encolher tamanha era a variedade de creme.

Eu tenho celulite até na gengiva e sou gorda. Ou seja, para fazer efeito em mim, o creme deve ser à base de ácido de bateria para acabar com a celulite e também a pele, os músculos, os ossos a perna... Mas já tentei usar uns cremes anticelulites, sem conseguir grandes efeitos, claro.  Até um da Avon que funcionou na minha irmã, nem fez cócegas nas minhas malditas celulites.

Como eu sou brasileira e não desisto nunca, quando vi os creminhos, pensei que, quem sabe?, eles podiam, tipo assim, funcionar um pouco. E custavam só 19,90 euros. Fazendo uma matemática rápida, coisa de menos de R$60,00 (na verdade, R$51,15 porque eu comprei o euro a R$2,57). Valia pena.

Quando eu cheguei no caixa, a mulher desembestou a falar francês, correu na prateleira e pegou outro produto. Pelos gestos dela, entendi que ela estava me oferecendo os dois. A nêga deve ter visto meu diâmetro e pensado: “Filha, isso não vai adiantar. Você vai jogar dinheiro comprando só este creminho. Vê pelo menos potencializa isto com mais este aqui.” Eu expliquei que não falava francês e ela em apresentou o tal produto em inglês. Aí, eu falei que eu levava, mas queria também um massageador que estava na vitrine. Ela explicou para levá-lo “grátis” eu tinha que comprar outro produto da marca do que ela me ofereceu. Ela me recomendou trazer o chá. Eu detesto chá, mas comprei. Estava hipnotizada pelo massageador que lembra um instrumento de tortura desde que entrei na loja. Enfim, gastei uns 60,00 euro numa inocente ida a farmácia.

Eu não sei se os cremes vão fazer efeito (na verdade duvido muito que façam porque estas coisas, por melhores que sejam, não fazem efeito sozinhas e eu não estou de dieta nem fazendo atividade física regular), mas adoro a sensação de geladinho na hora de dormir.

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Colorido por Ana Paula às 10:00 PM -


wterça-feira, abril 27, 2010


Sorte?
Eu estava saindo do Jardim de Luxemburgo rumo à farmácia barateira que Clarisse M indicou, quando senti como se tivessem me atirado uma pedra. Quando olhei para o mapa que estava na minha mão vi que não era pedra: era uma cagada de pombo! Ela veio na diagonal e fez três “vítimas”. Dizem que é sorte. Mas depois, de levar uma cagada de pombo, o camarada precisa de mais azar? Não, né?

E os pombos de lá são bem alimentados. A cagada é grande. Tão grande que sujou o mapa, meu casaco e minha bolsa.

Limpei meu casaco e minha bolsa o máximo que pude com o mapa e joguei-o no lixo. Como Murphy não tira férias, mesmo quando você está de férias, justo naquele dia eu tinha tirado a caixa de lenço de papel e os mapas extras da bolsa. Ainda bem que tinha memorizado o endereço da farmácia e também sabia o caminho de volta para o hotel. Sou mesmo mais esperta que a maioria dos ursos. Não pra me livrar da mira de cus de pombo, mas para decorar caminhos. :)

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Colorido por Ana Paula às 11:46 PM -


wsegunda-feira, abril 26, 2010


Luzes da Torre Eiffel
Olha como a Torre fica linda quando as luzes piscam. O som de fundo é da turistada frenética.

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Colorido por Ana Paula às 10:23 PM -


wdomingo, abril 25, 2010


A benção
Olha o Bispo nos abençoando!

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Colorido por Ana Paula às 11:53 PM -


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Vocês leram isso?

Reino Unido pede desculpas por emitir memorando que ridiculariza o Papa

 O que fazer com funcionários que fazem uma gracinha dessas?

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wsábado, abril 24, 2010


Histórias de Larinha
Larinha operou os olhos. Aí, ela estava aguardando a cirurgia quando a nutricionista entra no quarto e pergunta o que ela queria comer quando voltasse do centro cirúrgico:

– Yakisoba.

Teve que se contentar com gelatina e suco de caixinha.

****
De Paris, mais especificamente da Shakespeare and Company, trouxe o livro Where the wild things are para ela. Quando viu o livro ela disse:

– Legal.Queria ver esse filme.

Muito culta esta minha sobrinha.

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wsexta-feira, abril 23, 2010


Para divertir
Músicos se apresentando na Praça Saint Michel, lá perto do hotel. Difícil foi manter a câmera parada porque a vontade mesmo era de dançar junto com eles.



(E já que é dia 23 de abril: Salve Jorge!)

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wquinta-feira, abril 22, 2010


Dicas. Porque informação nunca é demais!
A viagem à Paris foi a que mais recebi dicas dos que já conheciam a cidade. Foi ótimo. Por isso, resolvi anotar todos os macetes da viagem para repassar para os interessados. Espero que ajude.

Em primeiro lugar, a regra de ouro para quem viaja para a Europa: “Quem converte, não se diverte”(frase do sábio tio da Clarisse C). Depois que pisar em solo europeu, você deve passar a pensar em euro e só. Não adianta ficar fazendo conta “Ih, mas 2,50 numa água! Tá caro!”, já que o valor aproximado é R$7,50 porque o euro costuma valer três vezes mais que o real. Para de pobreza! Você já gastou seus reais comprando euros e agora o que você tem é euro e não real. Você tem que ver se o valor do produto é justo e não ficar fazendo conversão. Só vale converter quando é vantagem para você, como no caso dos produtos de beleza e do vinho. Hehe

Garrafa “dô”. Em todo restaurante, se você pedir “un garrafa d’eau”, vai receber uma garrafa de água da torneira. Mais potável que a nossa filtrada, babe. Eu visitei o museu dos esgotos de Paris e descobri que a água deles não só é tratada como é mineralizada. Chique, né? Então, você vai beber água de boa qualidade e não vai pagar nada por isso.

Atenção ao escolher o hotel ou apartamento: muitos prédios não têm elevador. Paris é uma cidade antiga, com prédios, obviamente, antigos e muitos não têm espaço para a instalação de um elevador, ainda que pequeno, e, se você não atentar para isto, vai ter que subir com mala de escada. E é você mesmo quem vai subir com ela: maleiro na Europa é artigo de luxo.

A visita à Torre Eiffel deve ser planejada porque você corre o risco de pegar filas monumentais (como disse meu primo, a fila é mais impressionante que a obra). Primeiro, é melhor ir durante a semana. Tentamos em um domingo e estava impossível. Segundo, você deve comprar o ingresso via internet. Você compra o ingresso com hora marcada para subir e ainda pode escolher se só vai até o primeiro andar ou até o topo. Se você já está lá, né? por que não ir até o topo? A diferença de valor não é tão expressiva (1º nível – 8,10 euros; 2º nível – 13,10 euros) e a vista do andar superior é mesmo incrível. O elevador que leva até lá também é maneiro: faz lembrar o da Willy Wonka, porque ele vai subindo, subindo, subindo... parece que não vai parar mais de subir! Bom, com ingresso na mão, você só precisa uns cinco minutos antes da hora marcada e entrar. Você pode levar o ingresso impresso ou no celular. O legal também é subir no final do dia, assim você vê a cidade, depois vê só as luzes da cidade e quando desce, vê a Torre acessa e vê o show de luzes (a cada hora cheia, durante cinco minutos). Essa dica do ingresso antecipado foi do Rafa, meu primo que já tinha tentado subir na Torre e acabou fotografando só a fila para só conseguir subir na segunda visita à Paris. A dica de ir no final do dia foi da Patrícia.

Programe seu dia atentando para o esforço físico que você vai ter fazer nos passeios. Nós fizemos a ignorância de visitar as Torres da Notre Dame e o Arco do Triunfo no mesmo dia. Cada um tem mais de 200 degraus até o topo. É de acabar com qualquer joelho.

O Arco do Triunfo é mais bonito debaixo que por dentro. Ao subir, você só tem de interessante mesmo a vista da Champs Elise e das outras avenidas que desembocam na rotatória onde fica o arco. É uma vista linda, mas como Paris tem vários lugares onde você pode ver a cidade do alto, se tiver que limar um do seu roteiro, que seja este porque além da vista, o monumento não tem lá muita graça.

Eu já falei que preferi o Museu D’Orsay ao Louvre, né? Acho que o Louvre é a parada obrigatória, onde você vai pra ver a Monalisa junto com umas mil pessoas e mais um tanto de obra famosa, correndo porque ele é imenso. Já o D’Orsay, você vai com calma pra saborear as obras e o lugar, que é lindo.

Deixe para comprar xampu, condicionar, sabonete e tudo o mais da “toalete” lá. Para que levar peso quando se está indo para a terra dos cosméticos?

Use sempre protetor solar e protetor labial. Você nunca sabe quando vai fazer sol de rachar, chover ou ventar. E ainda por ter tudo isso num mesmo dia. O protetor labial da Nivia que eu levei daqui não deu no couro. Tive que comprar um da Avene. Este, sim, recuperou minha boca que estava toda craquelada e ainda preveniu novas rachaduras.

Esta dica vale para quase todas as viagens, mas em Paris ela vale mais ainda: sapatos macios. Caminha-se muito em Paris.

Por último, mas não menos importante, como dizem os ingleses, os franceses não são antipáticos. Claro que tem gente sem educação e escrota em todo lugar do mundo, mas se você chegar na humildade e, enrolando no francês, se apresentar como brasileira, disser que não fala francês e perguntar se a pessoa fala inglês a chance de ser bem tratada é muito grande. A chance de você encontrar quem fale inglês também é muito grande. (Agora, se você não fala nada de inglês, se mata, porque se você só domina este código secreto que a gente fala aqui você não vai muito longe fora do país. Se você não falar inglês muito bem o bom e velho gesto funciona. Eu me virei bem só no gestual com algumas pessoas que não falavam inglês.) Você não pode parecer é americano porque eles deteeeeeeeeeeeestam americano. De resto, tem mó boa vontade com brasileiros, principalmente cariocas. Disse minha tia que é porque nossa cidade tem muita inspiração parisiense. Deve ser.

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Colorido por Ana Paula às 10:04 PM -


wquarta-feira, abril 21, 2010


Enfim, o livro do HTP!
Eu estava em Paris quando recebi email de uma amiga dizendo que tinha visto o livro do HTP à venda. Claro que ela estava indiganada por não ter sido avisada. "Vagina" se a gente não ia berrar este lançamento a plenos pulmões! O livro ainda está na prensa, mas o lançamento vai ser logo, logo.

 Olha a carinha dele aí.

Em breve, em uma livraria perto de você.

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Colorido por Ana Paula às 8:29 PM -


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Tô na Grobo!
Bem, não sou eu, é meu sobrinho-neto querido e levado que está na "Grobo" no colo do avô. Eles foram assistir um jogo de basquete do Framengo, Arthuzinho foi presenteado com um ovo de Páscoa do técnico e apareceu no Globo Esporte. Coisa linda, esse menino!

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Colorido por Ana Paula às 8:05 PM -


wdomingo, abril 18, 2010


Dura realidade
A pessoa que vem de Paris deveria ter um período de adapatação à realidade destes tristes trópicos, como os mergulhadores de águas profundas que não podem voltar à superfície rápido por causa da pressão.

Meu maior trauma tem sido o transporte público. Como lá só andei de metrô, RER e ônibus e vi que tudo funciona, tem horário, é integrado e barato, voltar ao metrô lotado e sem ar-condicionado, à Supervia da chicotada, do trem fantasma e do descarrilamento e à frota de ônibus (e ao asfalto!) carioca é de chorar no cantinho.

Para endurecer (sem perder a ternuna jamais!) ainda mais minha volta ao mundo real, olha que bichinho bonitinho eu tenho embaixo da minha janela.


Quer ouvir o barulhinho que ele faz?



Delicinha, né?

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Colorido por Ana Paula às 10:13 PM -


wterça-feira, abril 13, 2010


Agora sim 2010 começou para mim. Depois de gozar (ui!) as férias de 2009, posso dizer que meu ano começou definitivamente porque até agora eu tive duas férias entremeadas de breves períodos de trabalho. Ok, trabalho intenso, mas com duas férias, uma bem em cima da outra. Nem eu mesma acreditei quando voltei da Patagônia e vi que em um mês estaria de novo de férias e desta vez ia a Paris. Paris, amigos! Voltei de lá domingo. Dez diazinhos na cidade luz para começar o ano bem.

Feliz ano novo!

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Colorido por Ana Paula às 10:07 PM -


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Eu, duas Clarisses e uma Cristina em Paris
Clarisse Cintra, amiga dos tempos de UERJ, ia, ou melhor, está viajando pela Europa durante o mês de abril junto com a irmã, Cristina. Peguei carona na viagem delas para ir visitar minha mais recente amiga Clarisse, esta Meirelles, que corajosamente abandonou o (bom, pelo menos financeiramente) emprego para fazer mestrado em Paris. Coisa para poucos.

Assim como a viagem da Patagônia, esta foi uma para entrar para o rol das “primeiras vezes”. Pela primeira vez eu comprei tudo sozinha da minha viagem. Que nem gente grande. Comprei passagem, procurei e reservei hotel, fiz seguro saúde. Tudo sozinha, mãe! E a mãe responde: Garota esperta!

Claro que tudo foi incrível. Paris é mesmo linda e como fiquei 10 dias lá, sem correria, sem ter que arrumar a mala para ir para outro destino, pude aproveitar mais e mais calmamente o passeio, sem ansiedade da primeira vez que viajei para o exterior e fiz cinco cidades em 16 dias.

Quando escrevi para Clarisse M dizendo que tinha chegado bem e tal, ela quis saber o que eu tinha gostado mais. Aí, resolvi fazer uma listinha das 10 mais que acabou tendo 11 porque Paris é Paris.

1-Conhecer a Shakespeare and Company: uma livraria famosa perto do Quartier Latin, onde a gente ficou. Foi uma indicação da Clarisse Cintra. Nunca tinha ouvido falar da tal livraria, mas ela tinha lido dois livros sobre ela (este e este) e estava emocionada de estar ali. Pude perceber que a livraria tem mesmo uma aura de magia porque as pessoas que lotavam o pequeno espaço amontoado de livro (ou será que o espaço não era tão pequeno assim e tinha mesmo muito livro?) falavam baixo como se estivessem em um museu ou em uma igreja, com muito respeito pelo lugar e pelas outras pessoas que estavam ali lendo ou só folheando livros. O segundo andar é uma biblioteca, os livros não estão à venda e você pode lê-los ali. Tem um cantinho de livros infantis perto da escada. Meio sem querer encontrei ali um livro que me emocionou bastante: The heart and the bottle, de Oliver Jeffers, um livro infantil de trata de perda e dor. Gosto muito de literatura infantil que trata destes temas áridos. É sempre muito poético e perfeito inclusive para adultos, porque quando se trata de perda e dor, por exemplo, a gente vira mesmo criança outra vez e fica frágil e precisa de ajuda para compreender o que está acontecendo. Enfim, o livro conta que uma menina era muito curiosa sobre as coisas do mundo e que era muito incentivada a descobri-las por seu pai – Opa! Ato falho. O livro não fala em pai. – até que um dia ela encontra “uma cadeira vazia” e, sentindo-se insegura, ela resolve colocar seu coração numa garrafa e pendurá-la no seu pescoço. Para preservá-lo. Por um tempo. Apesar de a garrafa ser pesada e desconfortável. Depois, já maior, ela conhece alguém pequeno e ainda curioso sobre o mundo e pensa que poderia responder sobre estas curiosidades se tivesse seu coração. Ela tenta colocá-lo de novo no lugar, mas não consegue retirá-lo da garrafa. E eis que quem o faz é a tal menina ainda pequena e curiosa. O final do livro mostra a menina que tinha o coração na garrafa sentada na cadeira, que agora não ficava mais vazia. Lindo, lindo. O livro é quase um curta-metragem: as ilustrações dão idéia de movimento e o texto também. A “cena” da menina vendo a cadeira vazia é emocionante. Eu choreeeeeeei – chorei, não, choro – quando a vi. E na livraria, eu peguei o livro muito despretensiosamente, sem estar procurando nada, só entrando no clima do lugar, e quando vi estava com ele aberto na página da tal cena. Fiquei tão emocionada que voltei as páginas e li o livro todo ali mesmo segurando o choro. Era o último exemplar da loja e ainda tive um desconto porque a capa está meio amassada e sujinha. Nem precisava. Comprei ainda o livro sobre a história da livraria para minha irmã e o livro Were the wild things are (que virou o filme Onde vivem os monstros) para Larinha. Ah, seguindo dica de Clarisse, pedi que eles carimbassem os livros, uma tradição da loja.

 Capa do livro fofo


2- Receber a benção do Bispo na Notre Dame no domingo de Páscoa: A gente queria assistir a missa, que teria canto gregoriano, mas a fila para entrar na igreja era impraticável. Aí, decidimos enfrentar a fila para subir nas torres da igreja, que era bem menor, mas ainda assim ficamos duas horas lá, enfrentando muito frio e vento. Mas valeu à pena. Adorei estar no cenário do livro Notre Dame de Paris (mais conhecido como O corcunda de Notre Dame), de Victor Hugo, que li na adolescência. Na descida das torres, saindo pela lateral da igreja, toda a “comitiva” (?) de coro, padres e seus auxiliares e o Bispo passou por nós. O Bispo, então, nos abençoou. Auspicioso.

3- Comer e beber bem: ao contrário do que todo mundo fala, a culinária francesa (pelo menos a do dia-a-dia, a servida nos restaurantes de pobre) não é nada pouca. E ainda tem uns menus a preços muito acessíveis, coisa de 12,00 a 19,00 euros, que têm entrada, prato principal e sobremesa. Comi fondue, raclete, crepe (tem de 3,00 euros!), vários queijos, presuntos, pastas e bebi vinho praticamente todos os dias. E os doces? O éclair, que aqui a gente chama de bomba (e tem mesmo o nome certo porque perto do éclair francês nosso doce é mesmo uma bomba) é divino. Os macarrons são marvilhosos. Você olha e pensa que são biscoitinhos doces, sem graça. Qual o que! São pequenas delícias de massa leve de amêndoas e recheio macio. Deu até vontade de novo. Todos os dias tomamos um vinho da casa nos restaurantes. "Sangue de buá" francês é outra história, né?

4- Ir a rua onde mora Chico Buarque: Sábado à noite, Clarisse M nos levou para passear pelo Marais. O objetivo era comermos em um chinês bom que tem lá, mas ela esqueceu onde ficava o restaurante e acabamos comendo em um lugar muito charmosinho na esquina da rua do Chico. Eu queria tocar a campanha dos prédios ou berrar “Chicôôô” pra ver se ele aparecia, mas não bebi o suficiente para isso.

5- Fazer programas não turísticos: Como a gente estava com Clarisse M (ótima anfitriã. Deu tempo nos seus estudos e compromissos para sair com a gente duas vezes.), local, fomos a lugares que os turistas não vão, como uma Casa da Matriz parisiense, muquifo sórdido e mal ajambrado que toca música maneira e tem público alternativo. Flanamos pela Rua da Lapa, que com este nome só podia bombar, e passamos pela Bastile, que também tem a night dos locais. Em Abesse, perto de Montmatre, comemos e bebemos em uma adega-botequim-sei-lá-o-que que só quem tem a curiosidade de entra na loja de vinhos e ir até o final dela conhece. Claro que Clarisse M conhecia porque mora lá e nos levou. Também caminhamos por Pigalle, pela rua da sacanagem, cheia de puteiros e afins que tem lojas de souvenirs bem peculiares, como chaveiro de piroca e boceta. Sei que os turistas vão lá, mas só os interessados, digamos, no assunto.

6- Conhecer o Museu D’Orsay: Todo mundo que vai a Paris se impressiona com o Louvre, mas eu me encantei mesmo pelo D’Osay. Ele tem um acervo ótimo, com Van Gogh, meu querido, inclusive. Fui lá duas vezes: para rever Van Gogh e ver o segundo andar que não tinha visto da primeira vez e tem arte decorativa (cada móvel e enfeite leeeendo) e um salão de baile impressionante. Também foi lá que conheci a obra do pintor Paul Signac, que adorei.

7- Ver Paris do alto: E não falta oportunidade para isso! E tem várias alturas e de vários pontos da cidade. Do alto das torres da Notre Dame, do alto do Arco do Triunfo, da Sacre Cour e finalmente da Torre Eiffel. (Aliás, conseguimos a proeza de ficar 3 HORAS na Torre Eiffel e lá não tem nada pra ver a não ser a vista!).

8- A instabilidade do clima em Paris: em um mesmo dia, todas as estações do ano e mais algumas variações. Amanhecia nublado e frio, depois chovia, depois abria o sol, depois fazia frio de novo e o céu fica estrelado. Teve um dia que até choveu granizo. Incrível.

9- O mobiliário de Versailles: Ou melhor, os estofados das cadeiras de Versailles. Tirei trocentas fotos só de cadeiras que acho que terei que fazer um álbum separado. Lindas, lindas. Mas o jardim do palácio é maravilhoso, mesmo sem flores, e a chácara da Rainha, que ela mandou construir pra “brincar” de vida no campo, é muito fofa.

10- Tomar sol no Jardim de Luxemburgo: Sábado, dia 10, meu último dia na cidade, fez um dia lindo com um sol de rachar. “Em Paris, como os franceses”, não é? Então, fui pegar sol nas espreguiçadeiras do Jardim. Fiquei lá um tempão apreciando a paisagem, tirando o mofo, vendo “as criança tudo correno” que criança é criança em todo lugar, né? e colocando os barquinhos à vela de aluguel para navegar no laguinho. Pra estragar o clima, sugiram três jovens americanas munidas de frango assado e batata cozida em um molho gordurento para fazer um piquenique. Horror, horror, horror!

11- Comprar creminhos e que tais bem mais baratos: Vichy, La Roche, Roc, Avene é tudo produto nacional lá, nêga! Fiz a festa! Fui sem um sabonete e comprei tudo lá. Depois Clarisse M ainda deu a dica de uma farmácia que tem preço melhor ainda e quase enlouqueci querendo trazer tudo.

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