Salve, simpatia! Larinha está sendo sondada para ser a daminha do casamento do meu sobrinho. Minha irmã mostrou uma fantasia, digo, roupa de dama e falou:
– Olha que lindo, Larinha. Quer uma dessas pra você ir no casamento do primo J?
– Não. (assim mesmo, a seco) – Não?!?!, pergunta estupefata minha irmã.
– Não., confirma a segura criança.
Pra titia Meu sobrinho vai casar, meu primo vai casar e minha prima anuncia que seu enlace será em breve. Vou sobrar. Conversando com minha irmã sobre o assunto, ela diz que não caso porque escolhe demais. Ledo engano, minha cara, eu escolho de menos e acabo saindo com qualquer palhaço que aparece na minha frente.
Ela dá uma sugestão:
– Você tem que andar mais de 457...
Em tempo: minha irmã e meu cunhado se conheceram no ônibus da linha 457 –Abolição-Gal. Osório. Chique, não?
Na gineco Hoje eu tive consulta de check-up com a ginecologista. Acabei falando com ela sobre não conseguir fazer dieta e que saber que já consegui uma vez (emagreci 22kg) e hoje não conseguir, me angustia ainda mais que estar gorda e tal. Aí, ela comenta:
– Quando você emagreceu 22kg, você tinha um motivo. Você falou que foi gorda a vida inteira. Então, vai ver emagreceu porque queria saber o que é ser magra. Quando você viu o que era ser magra...
– ... Eu vi que ser magra, eu era garantia de um emprego melhor, um namorado decente, uma vida badala... Vi que a tudo continuava a mesma merda., completei.
– Pois é... Auto estima, moreninha.
Bem que a bruxa (leia-se homeopata) já tinha cantado a pedra: terapia para dar jeito na minha gordura.
Que chuva, hein? Foi bom ter a companhia de Jmarcelo e sua consorte na volta pra casa. Caiu mó pé d’água e eu não me sinto confortável sozinha na rua, na chuva, desde aquele perrengue que eu passei na Lapa no início do ano (nossa, como tem tempo isso!...).
O onipresente Johnny Estava eu tomando capuccino com brownie quente e Tuninha, Devassa ruiva com pão de queijo, quando avistamos Jmarcelo, o popular Johnny, e sua respectiva rosetando pelas cercanias. Sentamos todos juntos para confraternizar. Mais tarde chegou um casal de amigos deles e confraternizamos todos.
No final das contas, até arrumei uma carona pra Tuninha. Não sabia que o casal estava de carro e falei para ela ir com eles só pra ter companhia até o ponto de ônibus. Mirei no que vi e acertei no que não vi.
Amiga de infância famosa Tá pensando o que? Tenho amiga de infância famosa, tá? Uma amiga de escola primária é dançarina do Funk in Lata e aparece no filme. Rebolando, claro. Mas pelo menos não é gemendo, como naquela música de poético refrão “Não é mole, não”.
Ela sempre foi da pá virada e eu sempre me dei bem com o pessoal da pá virada, então, éramos amigas, mas minha mãe nunca gostou dela e a mãe dela, incentivava nossa amizade. Por que será?
Festival do Rio Aproveitei o findi sem programa para me dedicar a estressante tarefa de achar ingresso para os filmes do Festival. O Ingresso.com é uma piada: só diz pra você que os ingressos estão esgotados no final da compra. Depois de muito tentar, consegui entradas para A vida de David Gale, no sábado, e Falando de Sexo, no domingo.
A vida de David Gale é ótimo. O bonequinho do Globo classificou-o como cinemão e disse que o filme não merecia estar no Festival porque daqui a pouco vai estrear. É isso mesmo, mas que é um filme bom, é. Eu e Fernanda saímos do cinema tensas, agitadas mesmo e no dia seguinte ainda me peguei pensando no enredo.
Falando de Sexo é um comédia muito divertida que trata de... sexo. Eu e Tuninha, antas do Festival, chegamos meia hora antes da sessão e nos distraímos no Botafogo Praia Shopping, de forma que perdemos uns 10 minutos de filme. Mas, como a história é bobinha, não perdemos nada de fato e ainda rimos muito com o resto.
Depois da matinê de Falando de Sexo (pegamos a sessão de 14h30), partimos para o Odeon atrás de outro filme. Conseguimos ingressos para Moro no Brasil, um documentário de um norueguês (se não me falha a memória) sobre os ritmos brasileiros. Interessante, mas pensei que fosse melhor. Não sei gostei menos do filme porque ele deu muito espaço pro Ivo Meireles e eu não acho esse cara essa Coca-cola toda, só que não gostei muito. Mas também, depois de um atraso programado de meia hora (a sessão seria às 19h e foi passada para às 19h30) e mais uma hora em pé na fila sem nenhuma explicação da produção, nenhum filme seria bom...
Larinha e família real Minha irmã levou Lara ao Museu Imperial, lugar muito adequado a uma criança de 2 anos e 9 meses. Lá, ela falou pra menina:
– Essa é a casa da princesa Isabel. (Assunto muito relavante para um criança de 2 anos e 9 meses... Se duvidar, minha irmã explicou o processo de abolição da escravatura) – E cadê ela? (Comentário mais do que pertinente para uma menina de 2 anos e 9 meses)
Chegando em casa, minha mãe perguntou:
– Você viu a princesa Isabel? (Cismaram com a mulher!).
– Não, ela não estava. (Resposta perfeita para uma menina de 2 anos e 9 meses)
Hoje à noite eu fui à casa dela e também perguntei se ela havia encontrado a princesa e Lara respondeu:
– Não, ela estava na escola. (Conclusão óbvia para uma menina de 2 anos e 9 meses)
Tá no sangue Hoje eu vinha pela rua lembrando que meu irmão e minha irmã tem a mesma mania de colocar apelidos bizarros nos outros. Meu irmão me chamava de Toba ou Tora, quando eu era pequena. Uma vez, cismou de chamar minha mãe manga carlotinha. Ele chamava a filha de Morango e ainda hoje chama o filho de Gosmento (ou só Gosma). Já chamou a Lara de Lala-biluda. E tem também o polivalente Taturana que ele aplica a qualquer mulher da família.
Já minha irmã me chama de Belia. Antes, eu era Nilda. Meu primo Rafael foi Zildo e Natália, Maria Antonia. Andréa era Sivuca. O marido já teve a singela alcunha de Guli e Lara atende por Miximolga, mas já foi Smiquisi.
Como se pode perceber, é de família (e eu sou a única normal do clã).
Minha irmã Às vezes, ela é tão fofa comigo que nem lembra aquela criatura cruel que dizia que eu era adotada (“Engraçado, não lembro da minha mãe grávida...”, repetia ela) e insistia dizendo que podia me ajudar a encontrar meus pais verdadeiros; que cantava “Canção desnaturada” olhando nos meus olhos; que me obrigava a acender fósforos e me ameaçava com o ferro de passar roupas quente (e eu tinha (tenho?) pavor de me queimar).
Ana Paula de Orleans e Bragança Hoje ganhei meu primeiro presente de aniversário (sim, pessoas, faço aniversário mês que vem, dia 28.). Minha irmã foi a Petrópolis e trouxe um conjunto de xícara e pires do Museu Imperial. É de porcelana branca, tem o brasão da família real e OURO. Chique na última e leeeeeeenda. Amei. Como disse minha irmã, para uma princesa. :)
Ana Paula de Orleans e Bragança Hoje ganhei meu primeiro presente de aniversário (sim, pessoas, faço aniversário mês que vem, dia 28.). Minha irmã foi a Petrópolis e trouxe um conjunto de xícara e pires do Museu Imperial. É de porcelana branca, tem o brasão da família real e OURO. Leeeeeeenda. Amei. Como disse minha irmã, para uma princesa. :)
Estou com os olhos marejados! É muita emoção conseguir postar. Pensei que nuuuuuuuuunca mais fosse capaz de fazê-lo e já estava preparando o velório do 3x4. Fui copiando os textos do Word e colando no Blogger correndo, com medo de que o Terra resolvesse dar pau de novo, mas parece que hoje ele resolveu colaborar. Acho até que, se ele permitir, claro, vou dar umas voltas por blogs amigos, ler uns emails, colocar o papo em dia no ICQ...
Vai começar tuuuuuuuuuuuuudo de novo... Foi dada a largada para o IBest 2004. É isso mesmo, galera. Vai começar a encheção de saco toda outra vez. O IBest tem 500 etapas de votação e eu e as donas do circo vamos pentelhar muito vocês para conseguir zilhões de votos e ganhar a simpática bolinha "doirada". Por favor, sejam leitores bonzinhos e colaborem conosco.
E você pode começar agora! Clique aqui e vote no 3x4 Colorido e no Homem é tudo palhaço, na categoria IBest blog.
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Só pra agradecer o voto, tem espetáculo novo no picadeiro. É coisa rápida, mas um show e tanto.
Adeus, meu cartão de banco Acho que meu cartão de banco foi pro cacete. Sábado eu ia pagar a unha com débito automático. A vaca da recepcionista do salão não prestou atenção e me cobrou pé e mão (só faço mão) e teve que cancelar a transação. Nessa que ela cancelou, deve ter feito alguma merda com meu cartão, porque depois disso não consegui usar o bichinho, dava “senha incorreta” e mais tarde deu “problemas na identificação do cartão”. Amanhã terei que entrar no “fantástico mundo” de uma agência bancária para tentar resolver isso. Já estou pronta para me aborrecer.
Isso é que dá escrever e não postar Escrevi isso aí em cima sábado retrasado. Quem disse que tive tempo e colaboração do Terra para postar? Aí, o texto caducou. Já fui ao banco e resolvi a parada. Sabe que nem doeu? Foi rápido e meu cartão está como novo.
O caminho das nuvens de fumaça de cigarro O Léo comentou que em Lisbela quase todos os personagens fumam. Pois em O Caminho das Nuvens não é diferente. Já nos créditos iniciais, o patrocínio da Souza Cruz "explica" o destaque na maioria das vezes forçado ao ato de fumar. Em cenas nas quais o cigarro seria absolutamente desnecessário, ele aparece em close.
Não é questão de perseguir os fumantes só porque não sou um deles. Eu acho até que todo mundo pode fumar (Longe de mim, claro, porque eu odeio o cheiro da fumaça e de preferência em um quarto hermeticamente fechado para só ele se intoxicar), mas à indústria do tabaco não pode ser permitida estas estratégias de marketing, porque o cigarro causa vários tipos de câncer (o de pulmão é o mais falado, mas tem os de boca e laringe, por exemplo, que, na minha leiga opinião são piores porque a pessoa fica mutilada, muitas vezes com feridas aparentes e mau cheirosas), cardiopatias e hipertensão e com isso, na hora de tratar toda essa gente, gera um problema de saúde pública. Ao invés de patrocinar filmes, shows de jazz e carros de corrida, eles deveriam construir e manter funcionando hospitais, isso sim.
Novela das oito Em uma passada de olhos rápida pela banca, vi que uma revista de novelas anunciava outro filho para Claudio, o galã de “Mulheres Apaixonadas”. Ele engravidará (engravidou já?) Edwiges. Já é o segundo bebê que o garanhão faz sem querer, ou seja, ele não usa camisinha e as suas parceiras não usam outros métodos anticonceptivos. Será que não dava para incluir no merchandising social da novela alguma coisa sobre educação sexual?
Para lustrar o ego Depois da reunião de apresentação de um projeto, o visitante se despede de mim, me entrega dois cartões seus e diz, destacando um deles:
– Esse aqui não tem nada a ver com o projeto. É pra você me ligar.
Fiquei nas nuvens o resto do dia. Ainda mais que o cara era liiiiiiiiiiindo!
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Pensando bem, ele podia ser feio. Assim, teria um post pro HTP. hehe
Ópera do Malandro Antes de ir à Matriz, fui assistir A Ópera do Malandro. Foi um programa família muito maneiro. Fomos eu, Yara, minha irmã, meu irmão e respectiva e minha prima. Meu pai ficou de palhaçada e não quis ir. Foda-se ele.
A montagem é ótima. Só não gostei muito de alguns momentos, como dos números de Uma Canção Desnaturada (entra uma criança representando a Teresinha ainda menina, mas fica meio perdida. Mauro Mendonça e Lucinha Lins – Duran e Vitória – poderia interagir mais com ela.) e de Folhetim (como Fichinha tem sotaque de nordestina, a música fica com um leve ar engraçado).
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Mauro Mendonça é o melhor ator em cena.
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Lucinha Lins empregou a família: Cláudio Tovar, o marido, e Cláudio Lins, o filho, estão no elenco. Pelo menos são bons atores e cantores.
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Os músicos deveriam ser chamados no palco na hora dos aplaudos. Os caras ficam confinados no fosso e nem são lembrados. Sacanagem.
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Recordar é viver. Já li tantas vezes A Ópera na minha adolescência que me peguei lembrando de muitas falas. Emocionante.
Presentão Eu sabia que a Fernanda ia gostar do meu presente, mas não imaginei que ela fosse gostar tanto. Comprei, nada mais nada menos, que todas as guloseimas da loja de conveniência do posto de gasolina perto do trabalho que ela sempre quis provar e não tinha coragem de fazê-lo: wafer de queijo com goiabada, biscoito de queijo com tomate seco, Negresco com cobertura de chocolate, biscoito de pão de mel da São Luís com cobertura de chocolate e Sonho de Valsa branco.
Rapaz, quando ela viu o presente, repetia que nem criança:
– Caraca, Ana! Muito bom, muito bom!
Seus olhinhos brilhavam. Se eu tivesse dado um anel de diamantes, não teria agradado tanto.
Da galera Fab não ia entrar na Matriz, mas como eu sou uma carona inconveniente, demorei a sair e o Risoto (mas conhecido como "bar da esquina da Matriz") fechou. Pra não ficar na sarjeta, ela e seu gatinho resolveram curtir o final da noite naquela casa cheia.
Se eles não tivessem entrado, os seguranças me veriam sair da Casa e entrar no possante dela. Não duvido que eles pensassem que eu sou “da galera” (como disse Andreh) porque não é a primeira vez que mulher vai me buscar na Matriz (minha prima já fez isso algumas vezes) e vez ou outra eu saio de lá acompanha da homem.
É pra quem pode Fab, minha amiga-de-infância-vizinha, foi me buscar. Isso mesmo: ela foi sair com seu palhacinho novo, digo, gatinho novo, mas combinou de ir me buscar na Matriz. Tudo bem que ela não fez isso pelos lindos olhos verdes (e pelo real motivo, nem precisava ter feito porque a estratégia não surtiu efeito), mas que foi uma ótima, foi.
Matriz de aniversário Sexta foi aniversário da Fernanda e fomos à Matriz (lugar novo nas nossas vidas!) comemorar.
O público estava atípico (só vi uma cara conhecida a noite toda), mas a lotação estava ideal. A música, com bem reparou Leo, estava em slow motion. Bom pra mim que estava super cansada. Só me acabei de dançar (e suar) na canja do Guilherme, que tocou uns sambões.
A redenção do palhaço Os homens devem assistir Bem me quer, mal me quer. Eles vão sair do cinema de alma lavada. A personagem principal é a típica mulher barbada e, por incrível que pareça, o homem não é o palhaço, pois quem dá o show é ela.
Corrente do livro Eu recebi de uma colega de São Paulo a tal corrente para deixar um livro na rua em 11 de setembro, mas pensei que fosse furada. Logo eu que tenho tanto livro velho aqui em casa pra desovar... Podia ter largado tudo na rua com a desculpa da corrente. Dei mole.
Vida real Conheci um cara desistiu de casar quando faltavam apenas VINTE dias para a cerimônia (e a festa). E eu que pensava que isso era coisa de novela.
Tratamento de choque Eu acho que preciso de um, depois de assistir Tratamento de Choque. No filme, Jack Nicholson passa o tempo todo irritando o Adam Sandler (acho que é esse o nome do bonitinho) e toda a platéia. Ele faz coisas muito, muito irritantes mesmo. Pena que o final seja muito fraco.
Tá limpo Sábado fiz limpeza de pele com a esteticista carniceira da Adriana. Me despenquei para a Ilha do Governador para pagar R$40,00 para sofrer feito uma filha da puta. Até que valeu a pena. Meu narizinho está lindo sem um cravinho. Vai ficar melhor ainda quando minha cara desinchar, sair a vermelhidão e as casquinhas das feridinhas que ficam onde tinham cravos grandes saírem. Tenho fé que este dia chegará antes do final de semana que vem.
O país de banguelas no caminho das nuvens Sempre que via o trailer de O Caminho das Nuvens ficava surpresa com a brancura e excelente conservação dos dentes da nordestina de Cláudia Abreu em close-up cantando Como é grande o meu amor por você. Tudo bem que filme é filme e que talvez Cacau não fosse ficar tão linda cantando R&E com os dentes pobres, mas pombas, somos um país de banguelas!
Nunca, jamais, em tempo algum um nordestino (ou qualquer brasileiro) pobre teria aquela dentição. Não sei se sou eu que sou maluca de ficar reparando em dente, perfeccionista ou chata mesmo, mas essa falta de coerência me chamou muito atenção.
Vai trabalhar, vagabundo! Pela sinopse de O Caminho das Nuvens pensei se tratar de uma bonita história de um homem humilde, perseverante e esperançoso que queria um emprego “de mil Real” para sustentar sua amada família com dignidade. Porra nenhuma! O filme conta a história de um filho da puta indolente e cheio de soberba que acha que seu trabalho não vale menos que “mil Real” e vive às custas da mulher e dos filhos, enquanto pedalam feito uns loucos até o Rio de Janeiro. Tomar no cu, mermão! Fiquei com ódio desse cara! Um pai bruto, ditador, seco. Só faz o que quer, só olha pro seu umbigo, não escuta ninguém e ainda quer me convencer que faz esta cruzada pelo Brasil pra ter um emprego que garanta o sustento da família... Sei, sei. Ele é que se acha melhor que todo mundo e não gosta de pegar no pegado. Vai trabalhar, vagabundo.
Lembra do dente que eu entortei? O desmaio que eu sofri (e que me fez cair de cara no chão e quebrar um dente e entortar outro) em julho ainda me causa transtorno. O dente que entortou ainda está sensível à pressão e só semana passada pude ir a endodontista para ver se terei que fazer canal.
Passei pelo nada agradável teste de vitalidade (uma hora ela coloca uma coisa muito fria no seu dente e noutra, uma muito quente. Mas é muito mesmo. Dá uma pontada de dor beeeeeeeeeeem aguda. Uó!) e a dentista acha que terei mesmo que fazer tratamento de canal porque o dente ainda está inflamado.
Agora é rezar pra facada ser suave e ela fazer um puta trabalho pra eu não ficar logo com o atacante bichado.
Quando eu lembro que estava muito bem deitada no chão do banheiro e que meu pai e minha mãe resolveram me levantar e depois me largaram em pé, eu tenho vontade de bater nos dois!
Ana Paula, naturalmente desagradável Homem inconveniente: Você fez depilação?
Eu: Fiz.
Homem inconveniente: Hummm... Está tudo lisinho?
Eu: Não, ainda está cheio de pedacinho de cera...
Sacanagem Blogar está cada vez mais difícil. Durante a semana, eu quase não tenho tempo e no final de semana, o Terra me sacaneia, só dá “página não encontrada”.
É melhor vocês aproveitarem muito os posts de hoje que, pelo andar carruagem, só escrevei mais na outra semana.
Eu, cada vez que vi você chegar,
Me fazer sorrir e me deixar
Decidido, eu disse nunca mais
Mas, novamente estúpido provei
Desse doce amargo quando eu sei
Cada volta sua o que me faz
Vi todo o meu orgulho em sua mão
Deslizar, se espatifar no chão
Vi o meu amor tratado assim
Mas, basta agora o que você me fez
Acabe com essa droga de uma vez
Não volte nunca pra mim
Eu, toda vez que vi você voltar,
Eu pensei que fosse pra ficar
E mais uma vez falei que sim
Mas, já depois de tanta solidão
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim
Se você me perguntar se ainda é seu
Todo o meu amor, eu sei que eu
Certamente vou dizer que sim
Mas, já depois de tanta solidão
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim
(Roberto & Erasmo)
Estava tocando agora no rádio. Essa é de cortar os pulsos.
Minha vingança BV vive pegando no meu pé, sexta foi minha vez de dar o troco.
Ele adora um pãozinho, um biscoitinho, um lanchinho e estava tentando convencer uma colega a levar um bolo para o trabalho na semana que vem, até que resolveu tentar me cooptar para aplacar sua sanha por comida:
– A Ana é que tem cara de que faz umas coisinhas gostosas.
Ah, pra que ele deixou a bola quicando...
– Eu faço muitas coisas gostosas mesmo. Você nem imagina quantas.
Eu estava de frente pra BV e disse isso olhando nos seus olhos. A bicha ficou tão sem graça que riu amarelo e mudou de assunto.
Como era lindo meu francês! O francesinho estava o tempo todo do meu lado na pista, mas só me olhava. Não tomou nenhuma iniciativa de me tocar sequer. Quando eu já estava no bar pagando minha conta, ouvi um voz masculina falar perto de mim que eu era “très jolie”. Muito fofo! Nunca tinha sido cantada em francês. Gostei e quero mais.
Très jolie Adorei o convênio que Matriz fez uma agência de viagens para levar turistas à casa. Sábado, já ia me dando bem com um francês. Pena que ele, diferente dos apressadinhos brasileiros, demorou muito a ir falar comigo e eu já estava de saída, quando me abordou.
Ataque em massa Como sempre tem um palhaço pra dar show, dois chegaram daquele jeitinho “sutil” e agradável em mim e na Fernanda.
Início de noite, eu e Fernanda no bar. De repente, dois malandros chegam ao mesmo tempo, cada um em uma de nós. Além da cara de bebê, os bofes estavam com presa demais. Meia noite não é hora de se chegar em ninguém, ainda mais com este papo “Você é linda. Qual seu nome?”. Isso é coisa pras xepa, lás pras 4h30, quando todo mundo, absolutamente todo mundo é lindo. Foram gongados sem dó nem piedade.
Lar doce lar Sexta fugi daquele buraco fedido porque estava com rinite e sábado, fui parar lá. É por isso que me acho no direito de reclamar sobre a falta de papel higiênico, o trinco da porta do banheiro que não fecha, o segurança indolente, o ar que não funciona... Meu final de semana acaba invariavelmente no cafofo da Henrique Novaes.
Nãããão! Eu ODEIO anos 80. Essa nostalgia de anteontem me irrita. E não é que sábado fui para na super-mega-hiper badalada festa anos 80 no Espírito das Artes, na Cobal do Humaitá? Me venderam como uma festa do pessoal de Cinema da Estácio e eu caí. Quando, no taxi, Fernanda comentou que soube que na Cobal estava tendo uma festa anos 80, eu emudeci. Jamais deixaria o recesso de meu lar, tossindo feito uma filha da puta, para ir a uma festa anos 80!
Antes de entrar, encontramos um leitor da Fernanda que estava super empolgado com o evento e falava várias coisas sobre a década de 80 e eu lá muda, me segurando para não dizer que odiava aquilo tudo e melindrar o pobre rapaz. Até que encontramos Ana. A primeira coisa que a bruta me disse foi “Você numa festa anos 80?!??! Não acredito?!?!?”. Neste momento, não teve boa educação que segurasse minha língua. Reafirmei meu desprezo pelo tema.
Como K., a louca que nos disse que a festa era da Estácio, não chegava, eu e Fernanda seguimos para Matriz.
Mudança de planos O plano de ir ao cinema sozinha na sexta foi por água abaixo, mas foi até melhor assim. Domingo tive companhia para ver Lisbela e Prisioneiro e ainda me diverti horrores com a minha mais nova antiga amiga: uma vizinha com quem eu brincava na infância e nunca tinha saído.
Dois coelhos com uma “caixa d’água” só Sexta, eu ia só pagar a academia, mas a visão de 1,80 de músculos suados, tez branca e barba por fazer mudaram completamente meus planos. Como olhar não tira pedaço de ninguém (bom, o meu quase tira...), entrei e fiz aula. Lucrei dos dois lados: me exercitei e ainda coloquei um colírio e tanto. :)
Ana gostava dos seus longos cabelos muito pretos. Sabia usá-los. Em contraste com a pele muito branca, eram um convite ao sexo. E sexo com Ana era o que quase todos queriam.
À noite, Ana deixava os lábios vermelhos e os olhos pretos. A saia na metade da coxa marcava a bunda na medida certa. As pernas à mostra dançavam sem parar. Sua blusa era um verdadeiro atentado ao pudor.
Mas os olhos de Ana eram tristes. Nada a ver com problemas de auto-estima ou respeito próprio. Era do tipo que não media as conseqüências de seus atos - e isso não a incomodava em absoluto. Não levava desaforo, devolvia na hora palavras ou gestos desagradáveis com a mesma naturalidade com que comia batatas fritas. Seu prazer em responder aumentava conforme a "autoridade" do interlocutor. E como fazia isso bem!!! Ana tinha tudo na ponta da língua. Conhecia seu poder, que os incautos acreditavam se limitar ao sexo. (E os incautos sofriam e sofriam e sofriam, ao descobrir que já não podiam viver sem ela.)
Ana era forte, dessa força que também sabe ser doce. Era puta e santa ao mesmo tempo, em tudo o que fazia na vida. O boquete despudorado ficava perfeito em contraste com a delicadeza das mãos, com a tristeza dos olhos. Assim como o preto abusado dos cabelos sobre a singela pele muito branca. Deixava de comer por um amigo, mas não pensava duas vezes caso tivesse de matar alguém. Chorava e sorria na mesma medida. Era inteira, completa, a melhor pecadora que Deus teria criado, se ele existisse.
Ana sabia, sempre soube, sempre, sempre, desde pequena, que era exatamente sua dualidade que enlouquecia homens e mulheres. Com domínio total de cada milímetro de seu corpo, ela tinha a pose e o toque exatos para arrancar o que quisesse de qualquer um. E arrancava, sem dó, no instante certo, salivas, suores, lágrimas, gozos, sorrisos, tapas, beijos, amores e ódios.
Mas os olhos de Ana, pintados ou não de preto, eram tristes.
Os incautos não entendem por que os olhos de Ana são tristes. A falta de amplidão não lhes permite distinguir meninas que fingem de meninas que sentem. Rotulam Ana, como se ela fosse um rígido personagem, como se ela fosse uma daquelas mulheres com quem estão acostumados a lidar, decoradoras de frases e poses. Ah, os incautos... os incautos não conseguem entender que Ana é mais. Melhor mesmo, por que não dizer? Se vocês pudessem conhecer Ana como eu conheço - e não sendo incautos - saberiam o que quero dizer.
Chego a suspeitar de que Ana não seja desse mundo. Se um dia ela me dissesse "Ei, eu vim de Júpiter", eu responderia "Não, você veio de Vênus, Ana, você veio de Vênus". E eu tenho certeza de que ela jogaria a cabeça para trás numa risada e se calaria. Nem sim nem não, Ana mudaria de assunto. Amarraria os cabelos muito pretos e longos no alto da cabeça e pisaria forte com seus tamancos nas pedras portuguesas do centro da cidade.
Mesmo sem entender os olhos de Ana, até os incautos se descobrem, antes ou depois, apaixonados por ela. Não, obcecados. E sentem raiva. Ah, os incautos... eles existem e têm várias idades, tamanhos e doenças. E quando sentem raiva, atacam-na. E ela ri. Não por maldade, mas porque não pode tomar outra atitude. Quando Ana não tem mais o que fazer, ela joga a cabeça para trás e ri.
Há os que, felizmente, entendem, não só os olhos, como tudo o mais que há em Ana. Há os que não a rotulam, os que enxergam a vida com visão sem cortina, sem receita, sem manual. A esses, ela entrega seu coração com um prazer tão imenso quanto corajoso. Ela entrega a sua existência, com toda a volúpia que esse ato exige. E só esses percebem por que seus olhos são tristes. Não, ela não perde a personalidade nem fica submissa. Não sejam como os incautos, não misturem os conceitos, não rotulem, não pensem que já viram, ouviram e aprenderam tudo. Ninguém sabe nada antes de conhecer Ana. Ninguém. Nada.
Os fatos narrados não são reais.
Qualquer semelhança com a realidade terá sido mera coincidência. O texto não é meu nem é sobre mim. A autora é Maria Cristina e a personagem é fictícia, apesar de guardar algumas semelhanças comigo.
Claro que eu queria ser essa mulher PODEROSA, mas não chego aos pés do que a imaginação fértil e o talento literário de Maria Cristina produziu. Portanto, punheiterios de plantão, sossegai-vos.
Amarelo Chico Manga Diaz Tudo é amarelo em Amarelo Manga, até Chico Diaz, outro que está na minha lista de objeto de desejo. Aqueles olhos azuis, aquela boca grossa, aquela barba por fazer, aquela cabeça raspada, aqueles braços fortes e com veias, aquele cigarro na mão já estavam me deixando louca no cinema. O filme virou só Chico Diaz pra mim. Eu sei que é ridículo, mas é a mais pura verdade.
Mas quem disse que foi o final? Ainda peguei o trânsito parado na saída do Rebouças por causa de um acidente e quando cheguei em casa tive a grata surpresa de encontrar um cadeado diferente no portão.
– QUEM FOI O FILHO DA PUTA QUE TROCOU O CADEADO DO PORTÃO?, indaguei educadamente a minha mãe quando liguei para pedir que alguém viesse abri-lo para mim.
O viadinho, a baranga, o punheteiro e o segurança indolente Bem na passagem da pista 1 para o bar, um viadinho beijava uma baranga. Tudo bem, neguinho achou o pau (xota) no lixo e faz dele(a) o que quiser, mas não interrompe meu caminho, principalmente quando estou com raiva. Só que esse casal interrompeu. Não só o meu caminho, como o de todo mundo que pretendia ir do bar para a pista e vice-versa.
Pra piorar a situação, um punheteiro doido pra ver se arrumava uma mulherzinha e dava um descanso pra mão, resolveu cantar justamente a vagabunda que estava parada no mesmo lugar que o maldito casal beijoqueiro. Conclusão: TUDO parou.
Respirei fundo e educadamente (eu juro que foi educadamente), pedi passagem ao punheito. Ele foi saindo e, puto com o toco, falou:
– Não tá vendo que está cheio, PORRA.
CARALHO! O sangue ferveu.
– BAIXA A BOLA, MERMÃO.
Assim que ultrapasso o punheteiro e o casal 20 viadinho&baranga, vislumbro um bigodudo segurança a observar a linda cena do beijo e nada fazer. Não me contive e bati no seu ombro:
– MEU AMIGO, VOCÊ NÃO ESTÁ VENDO A CONFUSÃO, NÃO? MANDA ELES SAIREM DAÍ!
Alguém tem que dizer para aquele gentil senhor que ele está ali para tornar o ambiente seguro e isto significa, entre outras coisas, deixar livres as passagens, mesmo (e principalmente) quando a Casa atinge níveis de lotação que beiram ao insuportável.
A vaca anã e suas amigas Lá pelas 4h e pouco da manhã, aquela fumaça maldita que fazia meus olhos arderem insuportavelmente, me expulsou da Matriz. Minha bolsa estava junto outras tantas sobre a caixa de som e eu estava dançando um pouco longe de lá. Para alcança-la teria que passar por uma rodinha de meninas que dançavam ao lado da caixa.
Educadamente pedi licença à pequenina que estava mais próxima de mim. A vaquinha me indicou com a mão o caminho que ela achava que eu deveria fazer (por fora da roda). Ah, não, neném... Eu vou passar por aqui. Afinal de contas, eu pedi licença, não pisei no pé de ninguém, não empurrei ninguém e só quero pegar minha bolsa. Não vou dar volta na pista só porque você quer.
Passei pelo meio da roda, que é a coisa mais normal do mundo em pistas de dança cheias, como a Matriz, e peguei minha bolsa.
Quando virei-me para atravessar novamente a roda e ir embora, fiquei surpresa ao deparar-me com as vaquinhas fechando o círculo para impedir minha passagem! Me subiu uma raiva...
Separei duas (leia-se: empurrei uma para cada lado) que estavam na minha frente, entrei na roda, empurrei as outras duas que fechavam o círculo do outro lado e ainda berrei no ouvido da vaca presepeira que começou a pendenga:
– VAMOS PARAR COM A PALHAÇADA!!!
Gente babaca assim devia dançar na sala de casa, sozinha. Será que ela achava que eu ia parar e ficar dançando no meio da rodinha que ela fez com as amiguinhas?!?!? Faça-me o favor...
Aninha Quebra-barraco* Eu tenho fama da esquentada, mas sou muito calma. Tanto o sou que nem enchi de porrada a cara de uma vaca anã que resolveu me sacanear na hora que eu estava indo embora, nem enfiei o dedo no cu do punheteiro que falou grosso comigo ou no do viadinho que resolveu beijar a baranga no meio do caminho e até dei um esporro leve no segurança indolente... Viu como sou boazinha?
* ou Animal (em homenagem ao Edmundo), como os Leos me chamavam na faculdade. “Assim você perde seu lugar na seleção”, avisavam.
Pára-raio de gay Léo, que mal me conhece, já está cheio de intimidades, me abraçando, me agarrando, meu puxando pra dançar... O engraçado é que eu acho que sou mesmo pára-raio de gay, pois todos os meus amigos gays fazem isso comigo.
Daniella, mui simpática, tem uma teoria para esta atração:
Léo, esse bailarino Leonardo estava aceso! Dançou enlouquecidamente e até deu pinta no meio da pista para ser bolinado por uma mulherzinha. Deve ser alguma fase da lua.
Matriz Frio do caralho e a gente saindo de casa. Que fogo no rabo! Não me diverti nem demais, nem de menos. O suficiente. Até que valeu a pena, apesar dos pesares.
Gostei de rever Andreh, sociólogo e (cada vez mais) bípede, Cruzzoe (bom menino), Léo, Roberta & Lobão (Fernanda, não. Eu vejo essa garota todo dia!).
Prenúncio Sexta à noite fui tirar dinheiro. Quando dei por mim, tinha passado da porta do banco. Achei que estivesse maluca. “Como não sabia onde ficava o banco onde ia sempre?”, pensei. Mas em se tratando do meu precoce grau de esclerose, tudo é possível. Voltei até a porta do banco e percebi porque tinha passado por ela: simplesmente ela não existia. Em seu lugar um tapume branco e a informação de que naquele final de semana o banco estaria fechado.
Literalmente sem UM REAL na carteira, a única saída era pegar um taxi. Liguei pra casa e perguntei se minha mãe poderia pagar a corrida pra mim, já que nem eu casa eu tinha dinheiro. Pra minha sorte, Yara tinha.
Eu devia ter desconfiado que era um sinal dos céus para eu ficar em casa, mas ignorei as pistas que deixam pra mim (como eu sempre faço)...
Como era aniversário do Leo, não queria deixar de ir à Matriz e passei um vale no Lélio.