Para emocionar Starry, starry night, a música de Don McLean em homenagem a Vincent Van Gogh.
For they could not love you But still your love was true And when no hope was left inside On that starry, starry night You took your life as lovers often do But I could have told you Vincent This world was never meant for one as beautiful as you
(O trecho aí em cima é a parte mais bonita da letra, quando a minha voz sempre fica embargada. O autor do clipe ainda teve a delicadeza de colocar nesta parte a última tela pintada por Van Gogh, a dos corvos, e os auto-retratos.)
Para rir Uma paródia de From Holland, de Bobby Burns, com todos os estereótipos holandeses. O melhor é a resposta da mulher no final.
* Agora que eu sou uma mulher do mundo, vocês vão ter que aturar minhas referências internacionais e multiculturais. Sorry, periferia.
Meu dia de Roberta Carvalho Gente, hoje eu acordei com um mau humor de Roberta Carvalho em seus melhores(?) dias! Estou com uma merda de uma gripe misturada com rinite alérgica que não ata nem desata. Dormi mal pra cacete porque tomei antialérgico, tive muitos sonhos, acordei pra mijar no meio da noite porque bebi muita água pra aliviar a garganta arranhando... Enfim, noite de cão!
E eu acordei às 5h30 da madrugada.
Numa segunda-feira.
E chuvosa!
O dia também não foi dos melhores. Só ficou melhor quando às 16h eu passei a mão nas minhas bolsas (Sim porque eu sempre ando com várias bolsas. Hoje eram três.) e vim pra cara. Tive que sair do trabalho ou eu ia acabar batendo em alguém. Também não queria correr o risco de ter que ficar presa lá esperando o temporal “de segunda-feira” passar. Vem cá, essa porra dessa chuva não vai passar, não? Saco.
A opinião dos outros e a minha A coluna do Ximenes no Ela da sábado foi sobre o excesso de opinião que grassa por aí. Revirei os olhinhos de tanto prazer lendo o texto! Eu também não agüento mais tanta opinião! Chega! Vou sugerir a uma ONGs dessas que adora uma caminhada contra a violência para fazer uma contra as opiniões, sejam elas favoráveis ou não. “Por que no te callas” poderia ser o slogan.
Faço parte de uma lista de emails que congrega mais de 120 profissionais de comunicação. Graças a Deus, nem todos manifestam sua opinião, mas os que manifestam, fazem com gosto. E vou te falar que têm opinião sobre tudo: desde a crise financeira internacional até a festa de sexta à noite. Haja versatilidade!
Eu parei de achar isso divertido: já acho mesmo um exibicionismo gratuito e desrespeitoso com o resto do grupo que tem que garimpar no bolo de emails alguma mensagem relevante. Desenvolvi uma técnica: só leio o, digamos, email raiz, aquele que deu origem à enxurrada de e-mails seguintes. E claro: nunca, jamais, em tempo algum, emito minha opinião. Para isso, eu tenho um blog. Aliás, acho que é isso que falta a esta gente.
Em tempo: Não venha você me dizer que se eu estou incomodada, eu que tenho que sair da lista. Quando foi criada, a lista não era uma lista de discussão. Não tem moderador, não tem texto ou qualquer material para discussão, não tem fechamento do tema discutido. Algumas pessoas, ávidas por um palco, é que se apoderaram do instrumento para propagar suas idéias brilhantes. Esta atitude egoísta gera um monte de email que entope a caixa de quem recebe até os resumos da lista porque, se o assunto for palpitante, são vários resumos por dia.
A fila anda quando não é furada Sexta fui almoçar com os calega tudo do trabalho e na hora de pagar acabamos fazendo a fila do caixa no sentido contrário ao orientado pela placa. Era para estarmos à direita do caixa e estávamos à esquerda. Mas estávamos em fila, organizados, e ninguém do restaurante veio pedir pra gente mudar de lugar. O restaurante estava quase vazio – já era mais de 15h – e o detalhe da “esquerda ou direita” era irrelevante.
Aí, vem uma mulher e entra na fila, mas no lado certo que a placa indicava, ou seja, entrou à direita do caixa, ignorando todos que estavam à esquerda. E ela ficou lá, com cara de paisagem, esperando o rapaz que estava sendo atendido sair para se jogar na vez.
Ainda bem que um calega era mais barraqueiro que eu berrou “Ó, tá furando fila, aê, ó” na cara da mulher, sem o menor constrangimento. A vaca furadeira de fila fez cara de “é comigo?” e fingiu espanto quando a gente disse que estava na fila. Ela pensou o que? Que a gente estava esperando o ônibus?
Falar em ônibus, lembrei que em Barcelona foi assim pra gente entrar naqueles ônibus de turistas. Estava todo mundo um atrás do outro, bonitinho, aí, quando chegou o ônibus, umas vadias falando inglês saíram lá de trás e iam entrando na maior cara de pau. Ainda bem que Barcelona é uma cidade preparada para receber turista – até os mal educados – e a guia berrou “in order, please” e as piranhas voltaram aos seus lugares.
Na sexta eu vi uma matéria sobre furar filas no jornal da noite da Band. A psicóloga entrevistada disse que esta atitude reflete o desrespeito que a pessoa sente pela vida em comunidade. Boris Casoy terminou comentando que este é um dos problemas mais odiosos que temos que enfrentar no dia-a-dia. Difícil admitir, mas desta vez concordo com Boris.
É grave a crise Desliguem meu ramal, meu ponto de rede. Vendam meu computador. Cancelem as viagens e os eventos. Mas não me peçam para ser mensageira das más notícias.
Micos em Amsterdam Faz parte do pacote de viagem de todo turista pagar micos. Os meus King Kongs foram em Amsterdam.
Cheguei na cidade dia 12 de outubro, às nove e pouco da manhã. O hotel-ratoeira só teria quarto liberado às 13h, então, me restou explorar a cidade em companhia da minha colega de quarto. O clima era o pior possível: um frio de rachar, agravado pelo fato de estarmos vindo do calor de Barcelona. Confesso que já naquele momento me bateu um arrependimento por estar em Amsterdam, por não ter ficado mais em Barcelona, bateu saudade da família e tal. Aí, fui explorar Leidsplein, que ficava bem perto do hotel, e acabei entrando em um coffee shop. Mas não pra comprar maconha. Entrei pra tomar um chocolate quente. Claro que fui alvo de olhares desconfiados. “Como assim, só chocolate quente?”
E ainda fui direto ao caixa que vendia maconha pra pedir o chocolate quente. Tolinha... Era pra pedir direto no bar. Pelo menos aquele foi o melhor chocolate quente de toda a viagem. Sentimos um calor imediato e um ânimo instantâneo. Foi tão bom que no último dia de viagem voltamos lá.
Mas o maior mico mesmo foi sentar no banco dos traficantes no Vondelpark. A maconha é vendida nas lojas, mas o tráfico de drogas existe. Vimos pessoas comprando “coisas” que não sei se eram maconha, cocaína ou outra droga e vi estes mesmos vendedores oferecendo seus “produtos” na encolha. Os tais vendedores formavam um grupo que estava primeiro sentado no banco onde sentamos e depois em pé, próximo a ele, quando nós nos apossamos do ponto dos caras.
Primeiro, a gente se auto-sacaneou porque estava perto das latas de lixo do parque. Depois, a gente começou a perceber que algumas pessoas passavam pela gente, entravam em um lado do parque que tinha árvores mais densas e voltavam em pouco tempo. Pensamos: além das latas de lixo, estamos ao lado do banheiro. Por fim, a gente reparou no comércio disfarçado que se dava perto da gente e reparou também que algumas pessoas que passavam pelo banco nos olhavam rindo. Deviam estar pensando: “Ah, que babacas!”. É como se a gente aqui no Rio visse turistas sentados na escadaria da Lapa, ao lado dos Arcos (“Olha, que escada linda, de caquinho, vamos sentar aqui pra tirar uma foto?”). Os caras lá, incautos, e os cheiradores de cola ao lado esperando eles posarem pra foto pra lhes roubar as câmeras.
Os amigos da Fernanda que moram em Amsterdam disseram que devia ser isso mesmo – o banco era o ponto dos trafica – porque ninguém senta pelos cantos.
Apesar dos pesares... ... Amsterdam teve seu lado bom. Fiquei encantada com Museu Van Gogh, com a casa de Anne Frank e com as obras de Rembrandt e seus contemporâneos no Rijskmuseum.
Aliás, o Museu Van Gogh foi um dos lugares que mais me emocionou na viagem inteira – os outros foram as obras de Gaudí. Eu conhecia Van Gogh das quatro reproduções que minha irmã tem das obras dele na sua casa desde sempre e da música Vincent, de Don Mc Lean, que ela ouvia quando eu era adolescente.
Tinha uma vaga idéia do que tinha sido a vida do Van Gogh – problemas mentais, sofrimento, até mesmo pelo que fala a música – mas no Museu eu percebi que sua vida foi mais sofrida do que eu pensava. Ele não foi um artista reconhecido na sua época. Acho até que os pintores que ele conheceu em Paris o achavam um chato. Vendeu apenas um quadro em vida, embora sempre tentasse fazer algo vendável. Tinha consciência do seus problemas mentais, tanto que se tratava, o que deve causar mais sofrimento ainda. Só teve apoio incondicional do irmão, Theo.
Outra grata surpresa de Amsterdam foi a casa de Anne Frank. Emocionante estar naquele lugar, imaginar que oito pessoas viveram ali por dois anos e saber que o pai, que arquitetou todo esconderijo e o fez para proteger a família, foi o único que sobreviveu. Tanto trabalho em vão, ele deve ter pensado. É emocionante também o depoimento dele em vídeo falando de quando leu os diários de Anne. Ele disse que ficou surpreso porque aquela não era a filha que ele conhecia e disse que muitos pais não conhecem realmente seus filhos.
Os trabalhos de Rembrandt e seus contemporâneos também são lindos e emocionantes. A riqueza de detalhes faz os quadros parecerem fotos.
Quando estiver em Amsterdam, entre um tapa na pantera e outro, vá a estes museus. Vai valer a viagem.
Saudades do meu Brasil, sil, sil! A prestação de serviços na Europa é uó! Como a mão de obra é cara, tem apenas um rapaz pra atender o restaurante inteiro e ele, como sabe que não vai dar conta das 15mesas mesmo, relaxa e vai fazendo o que dá, no seu ritmo, sem se abalar. Ah, e certamente ganha mais que eu.
Mas o problema não é só o serviço ser lento, o pior mesmo é a cara de indolente do garçom ou de qualquer atendente de qualquer serviço. Parece que você está incomodando em estar ali, querendo gastar seu dinheiro com eles. Será que você não tem outra coisa pra fazer com esses euros?
Mas nada como Amsterdam no quesito péssima prestação de serviço. Em um único dia (Único dia!) fui expulsa de TRÊS lojas porque elas estavam QUASE na hora de fechar. Veja bem: as lojas estavam abertas quando eu entrei, eu não arrombei as portas, não pedi por favor para entrar, mas, mesmo já dentro da loja e antes do horário de fechamento, fui convidada a me retirar porque eles IAM fechar.
As lojas fechavam às 18h, por exemplo, e às 17h50 eles já não registravam mais nenhuma venda e estavam arrumando tudo para baixar as portas às 18h impreterivelmente. Ora, de onde eu venho, se as lojas fecham às 18h elas vão ficar abertas até às 18h e os clientes podem entrar até às 18h. Depois, as portas são fechadas e os clientes que já estavam na loja serão atendidos. Mas, sabem, eu venho de um país subdesenvolvido, de Terceiro Mundo (isso ainda existe?). É por isso que gringo vem pra cá e se apaixona por isso aqui! Cordialidade e simpatia – e bom senso, neste caso das lojas fechando na cara do cliente – como aqui não há por lá.
Só dá ela! Mas Amsterdan ainda ganhou outro troféu: péssimo atendimento ao turista
Gente, eu não vou nem entrar em detalhes porque eu já contei e recontei esta história pra parentada, já escrevi pra agente de viagens que reservou os hotéis, já escrevi para sites internacionais de agendamento e avaliação de hotéis, portanto, não agüento mais o assunto, mas tenho que compartilhá-lo com vocês: tinha rato no Hotel De Paris, que fiquei em Amsterdam. Apareceu um no meu quarto. Entrou na mala da minha amiga e roeu uma barra de Lindt e um pacote de laranja coberta com chocolate comprada em Lisboa.
O pior: eu vi o rato. Em três pulos eu estava na recepção, me sacudindo como uma autista, repetindo que não ia voltar no quarto.
O "mais pior" ainda: fomos tratadas como frescas e crianças por estarmos tão incomodadas com “um ratinho”, como disse o gerente, tivemos que ouvir piadas a respeito do Brasil (“Até parece que no Brasil não tem rato... Lá não tem ratinho, tem ratão.”) e ainda ameaçaram chamar a polícia para nos tirar do hotel porque o check out era às 12h e às 12h10 ainda não estávamos na recepção.
Eu e minha amiga não fomos as únicas a sermos brindadas com a “visita” do roedor. Nos sites de agendamento de hotel que eu entrei, vi duas queixas de rato no mesmo hotel, uma no dia 13 de outubro (nós vimos o rato dia 14) e outra em final de setembro.
Então, putada, quando vocês pensarem em comer uns cogumelos, uns space cakes ou em ir dar um dois em Amsterdam – deu pra perceber que eles sempre acham que quem vai a Amsterdam está procurando os “produtos da terra” –, lembrem-se de não passar nem na porta do Hotel De Paris, que fica na Marnixstraat!
Garanto que se um holandês encontrasse um rato no seu quarto de hotel três estrelas no Brasil, ganharia uma diária de cortesia, um almoço, o transfer pro aeroporto ou iria processar o hotel e ganhar uma baba. Na Holanda, eles nos ridicularizam e ameaçam chamar a polícia para nos tirar de lá, como se nós fossemos os ratos.
Bom, talvez, não. Talvez um holandês achasse super normal dormir com um rato no quarto. Vai ver é cultural.
Em tempo: Além de rato, o hotel deve ter paredes de papel porque na primeira noite fui acordada por um casal trepando (“Oh, Jesus! Jesus! Jesus!”, berrava a mulher. Devia ser católica.) e na última, antes do rato, fui acordada por uma farra (orgia, putaria, sexo grupal, sei lá o que) de meninas.
Acabou-se o que era doce Amanhã volto à dura realidade do meu trabalho. Foram 33 ótimos dias de férias. Vai ser duro encarar aquele bando de cortes que eu já sei que esta crise causou.
Pensando bem, é melhor voltar logo antes que vendam meu computador.
Pobre Luana Deve ser muito ruim ser atriz-modelo-dançarina ou qualquer coisa que o valha e depender da mídia. Veja o caso da Luana Piovani, por exemplo. Ela brigou com o noivo, ele agrediu uma colega de trabalho dela, supostamente a agrediu também e ela tem que dar entrevista pra Época pra falar do episódio. Tudo porque ela está estreando seu monólogo e qualquer nota na imprensa, ainda que seja sobre a briga, gera mídia pra peça. Que constrangimento.
Pobre Luana II Outro dia, li uma notinha na coluna do Ancelmo, se não me engano, sobre a inauguração de uma Delegacia da Mulher em um distante bairro suburbano para desafogar o atendimento na mesma delegacia do bairro próximo. A nota dizia que as mulheres do subúrbio registram mais queixas contra violência doméstica que as da Zona Sul, que temem a repercussão da queixa.
Luana está aí pra não desmentir a nota. Diz a matéria da Época:
Segundo sua assessora, Daniella Cavalcanti, Luana só vai esclarecer a história do tapa no rosto ao depor na delegacia. “O advogado a proibiu de comentar, senão ela também teria de dar queixa contra Dado. E ela não queria ficar sendo falada como uma mulher que apanhou de um homem”.
Claro que ninguém quer ficar falada como a mulher que apanhou de um homem, mas será que Luana não sabe o belo exemplo que daria se fizesse a queixa da agressão?