Mantendo contato Pessoas, eu vivo. Emendei carnaval com viagem de férias a Porto Seguro, por isso estou sumida. Voltei, mas meu Pentium 1 mórreu e devo ficar ainda um tempo sem dar notícias. Tenho utilizado a máquina da minha irmã, mas o relato da minha divertida passagem pela Bahia não vai sair agora. Fernanda, companheira de vôo, estrada e quarto(só de quarto e não de cama), já deve ter contato alguma coisa pra vocês, mas prometo a minha visão dos fatos em breve. Aguardem.
Unidos do Espirro Segunda foi dia de praia e espirros, muitos espirros e dor de cabeça. Acho que foi o tempo maluco que me deixou em crise alérgica. Ainda bem que acordei nelhor hoje.
O Bola Perdi a saída do Bola. Minha mãe fez o favor de levar um tombo na noite de sexta e acordou chorando de dor nas costas. Fui parar no pronto-socorro. A velha ficou tão chateada de eu ter perdido o Bola que até chorou. Tadinha... Mas quando cheguei em casa minha irmã, Larinha e meus primos estavam esperando eu voltar do hospital para irmos.
A Cinelândia estava lotada e o Bola demorou muito a voltar. Cansamos e tentamos pegar o Cordão da Alegria, na Tijuca, mas este ia demorar a sair. Enfim, sábado não logramos êxito.
É carnaval! Aos 45 minutos do segundo tempo, quando só faltava pregar o último paetê do meu tapa sexo, recebi uma mensagem da Credicard no meu celular avisando que minha fatura estava fechada e que as "compras a partir de 4/02 entrariam na próxima fatura". Soou como música para meus ouvidos! Entrei na primeira Lojas Americanas que vi na minha frente e comprei uma camiseta estampada de diaba vestida de microvestido vermelho, com decote abaixo do umbigo, de piercing, tatuagem, peitão, rabo e tribal acima do cóccix. Luxo e riqueza que combinou perfeitamente com meus já tradicionais chifres de látex.
BBBicha O Jean assumiu que é gay, mas esse casal Gê e PA não demora assume sua paixão. Como disse Leonor, a médica sapa, "até as pedras da rua" já sabem deste amor.
Comunista devoto Meu pai foi à cidade de Aparecida do Norte, em SP. Sim, meus amigos, ele foi visitar a basílica da santa. Sim, ele é comunista-ateu. Pois ele foi à basílica com seu sobrinho (aliás, foi esse primo quem sugeriu o passeio, mas eu tenho quase certeza que ele nem sabe fazer o sinal da cruz. Minha mãe insiste que ele foi pagar alguma promessa e perguntou se ele entrou na igreja de joelhos.) e suas (do meu pai) duas irmãs, elas, sim, católica, mas nem tanto a ponto gostar do passeio.
Meu pai voltou cheio de “lembrancinha”, tudo comprado no shopping da cidade que só existe graças à igreja. Eu ganhei uma caneta com meu nome escrito e um chaveiro de São Cristóvão (“Pra quando você comprar seu carro”, ele disse rindo. Dar algum dinheiro pra comprar um carro ele não dá, mas vem com chaveiro. Sö pode ser provocação).
Pra minha mãe ele trouxe uma réplica de Nossa Senhora Aparecida. Ela abriu o embrulho e perguntou:
– Você que comprou?
– Claro, Yara, ninguém dá nada lá, não...
Quando eu digo que ele é o comunista-ateu que mais contribui com a igreja católica ninguém acredita...
Histórias de Larinha em Miguel Pereira Viajamos para um hotel fazenda para comer até morrer e, entre uma refeição e outra, aproveitar as outras atrações do lugar. Larinha foi convidada para ir uma festinha de aniversário na sala de recreação. Mesmo sem conhecer a aniversariante ela foi. Era daquelas festas que você desova a criança e passa mais tarde pra buscar. Lá pelas tantas fui veirficar como estva Larinha, se ela tinha batido em algum coleguinha, quebrado algum brinquedo, abrido algum presente da aniversariante, essas coisas de criança. Ela veio na porta da sala falar comigo:
– Tá se divertindo?
– Tô, disse ela, com um pedaço de bolo em uma mão e um brigadeiro na outra.
– A gente está ali. – E apontei para a varanda onde estávamos.
– Ah, tá. Depois eu vou lá trazer (sic) alguma coisa pra vocês.
Minha cara foi no chão. Os donos da festa devem ter pensado que a menina é domesticada pra roubar bolos e doces em festas e levar pra família. Que vergonha...
Histórias de Larinha Meu pai levou R$50,00 pra minha irmã ir na rua comprar um presente para ele levar à uma festa. Minha irmã disse que ela compraria do presente do dinheiro dela. Meu pai disse que era pra ela aceitar o dinheiro dele. E ficou aquela punhetação, aquele “aceita-não-precisa”. Meu pai acabou deixando a nota me cima do piano. Minha irmã não pegou na hora e o dinheiro sumiu. Procura daqui, procura de lá e nada. Dois dias (e o presente comprado) depois minha irmã pergunta a Lara sobre o dinheiro. Depois de muito insistir, a menina conta:
- Guardei no disquete do computador pra ninguém achar.
Minha irmã foi olhar e, sim, a nota estava no drive A do computador dela e teve que ser resgatada com uma pinça.
Tô cagada de urubu Há umas duas semanas a presilha da pulseira do meu relógo preto arrebentou, o que me impede de usá-lo porque fica aquela pontona de pulseira solta. Semana passada a sola da minha sandália descolou até o saldo embaixo de um temporal “felomenal”. Tive que jogá-la fora. Outro dia, tirando a bota, consegui arrancar a sola do salto. Essa consegui consertar. Em seguinda, deixei meu guarda-chuva cair e o cabo bateu em cheio no chão e quebrou em duas partes. Também consegui colá-lo. Hoje a pulseira do meu relógio de aço também arrebentou sozinha dentro da minha bolsa enquanto eu fazia hidro. Não sei se vale a pena consertá-la. Até o chinelo que uso na academia arrebentou hoje! Eu não sei se tudo meu está podre de velho ou se estou numa maré de azar. Tomara que seja a primeira opção, pelo menos é só comprar tudo novo.
Doação de plaquetas Doei plaquetas pela primeira vez ontem. Muita gente não sabe que, além de sangue, podemos doar plaquetas. É uma doação mais demorada e o sangue sai, vai pra uma máquina que filtra só as plaquetas e o sangue volta pra você. O processo todo demora mais ou menos uma hora e meia. A dor é praticamente a mesma da doação de sangue, ou seja, a picada. Mas a picada é diferente: primeiro você leva uma anestesia local (acho que é porque o “prego”, como a enfermeira chamou a agulha da punção, fica muito tempo, então, a anestesia deve servir pra aliviar) e depois colocam a agulha que vai retirar o sangue e trazê-lo de volta.
Eu fiquei lá, sentadinha, vendo o final da Sessão da Tarde, Malhação e Como uma onda. A gente sente mó frio (e não é só por causa do ar congelante) e a boca dormente. Depois tem um lanchinho básico.
O day after é tranquilo. Meu braço nem ficou roxo, só a veia que ficou um pouquinho inchada, mas nada demais.
Ainda vivo Não morri, não, putada. Estou vivinha da Silva e ninguém roubou meu Pentium 1, só não tenho tido saco pra ligar o micro à noite em casa, por isso não tenho escrito. Aproveitei a primeira hora do trabalho, quando tudo ainda está meio em marcha-lenta, pra dar um alô.