Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
Fernando Teixeira de Andrade
Esta frase aí em cima está colada na parede da minha sala porque 2009 foi o meu “tempo da travessia”. Ela também está lá para não me deixar esquecer nunca de ter coragem e fazer a “travessia” sempre que necessário.
Que você se inspire e ande por novos caminhos em 2010! Felicidade no novo ano!
Balanço de 2009
Tenho certeza que não sou a primeira a dizer isto, mas 2009 foi um ano esquisito. Teve coisa boa, mas também muita turbulência. Passei por um grande susto com minha mãe que teve que ser operada as pressas com fortes dores abdominais, igualzinho a meu pai em 2007, quando ele acabou falecendo. Pensei que estava vendo o mesmo filme (de terror), mas ainda bem este teve um final feliz, depois dela ficar 20 dias internada, sendo 15 na UTI. Por outro lado, finalmente aluguei um apartamento e consegui montá-lo todinho do jeito que eu queria. No final, o saldo foi até positivo, mas pesou. Que 2010 seja mais leve.
Pausa para os comerciais
Amanhã, às 19h, estarei exposta à curiosidade alheia na Livraria Prefácio para o lançamento do livro Por dentro da comunicação interna.
A jardineira assassina
Dizem que se você é capaz de cuidar de plantas e animais de estimação, pode ter um filho. Se isto é verdade, eu faço muito bem em não querer parir, pois nenhuma planta resiste muito tempo aos meus “cuidados”. Eu já matei uma pimenteira, um pé de manjericão, um pé de dinheiro em penca (acho que foi minha pior perda. Depois dela, minha grana murchou...) e uma planta que eu não sei o nome, de uma flor delicadinha, que eu tinha em dois vasos, um pequeno e um grande, dado pelos calegas do trabalho. E o pior é que eu mato de tanto amor em forma de água que eu dou para elas. Todas apodreceram.
Aí, eu resolvi investir nas hidropônicas. Até Larinha me incentivou: “É fácil de cuidar, madrinha. É só colocar água aqui embaixo. A gente tem uma no banheiro.” OK. Ela me convenceu de que eu seria capaz de não ensopá-la. Comprei duas. Elas resistiram tão bravamente que me animei até a comprar mais duas.
Realmente é prático e fácil cuidar delas. Você só tem que colocar água no potinho e elas mesmas “sugam” a água de que precisam. Melhor só se elas enchessem os potinhos no tanque sozinhas.
Mas claro que eu tinha que arrumar um jeito de matar uma delas, né? Pois não é que derrubei uma que deixava no basculante da área dentro de um balde com água? Se não ensopo, afogo a planta. A coitada ficou encharcada e apodreceu. Tenho que confessar: sou uma serial killer de plantas.
Sobre futebol
Amanhã é dia de não sair de casa. Eu já reforcei meu estoque de víveres não-perecíveis, água mineral e albumina humana. Tanto faz se a torcida do framengo comemorará o título ou a lamentará a perda dele, o caos se instalará na cidade do mesmo jeito.
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Minha paciência com a torcida do framengo foi esgarçada até não poder mais por conta desta celeuma toda por ingressos. Lá no trabalho, tinha gente tentando comprar ingresso com cambista e o preço chegava a R$200,00. O cara que compra ingresso com cambista já merece ver o time perder, quando o cara paga R$200,00 em um ingresso que custa R$40,00, merece ver o time perder de 4 x 0.
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O presidente do framengo disse que a culpa da confusão no Maracanã para a venda de ingressos é dos torcedores que não têm educação. Se até o presidente admite, depois não venham dizer que é implicância de vascaíno.
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Eu acho muito cafona quem torce fervorosamente por um time de futebol. Seja ele qual for. "A virtude está no caminho do meio". Equilíbrio, galera, equilíbrio.
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Bom, como meu time já é campeão mesmo, tô tranqüila. hehe