Quem vos escreve

 

Nome : Ana Paula

Idade : 33 anos

Onde : Rio de Janeiro

Signo : Escorpião

Atualmente: Solteira

Profissão : R.P.

 

 

 

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wdomingo, março 22, 2009


Crise
Foi assim. Segunda-feira passada, dia 16, eu sentei na minha mesa do trabalho às 17h e dei uns cinco espirros seguidos. Aí, meus olhos incharam, tive coriza e nariz entupido, a garganta arranhou e eu não conseguia respirar. Uma colega me levou pro jardim, mas não adiantou. Tive que descer pro posto médico, tomar 400ml de hidrocortizona (levei quatro furadas até acharem uma veia que se dignasse a receber o medicamento) e fazer nebulização com Berotec e Atrovent. Saí do posto depois das 20h.

Na terça, o alergista, um senhorzinho simpático, me auscultou e disse:

– Minha filha, seu pulmão está limpo. O que você tem é angústia.

Bingo! Ele acertou em cheio.

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Colorido por Ana Paula às 10:48 PM -


wdomingo, março 15, 2009


Intenções
Eu entrei na internet logo cedo na intenção de:

- agendar a vistoria do carro;
- pesquisar preço de cafeteira e grill;
- comprar um presente;
- baixar o programa do imposto de renda.

E claro que não fiz nada disso.

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Colorido por Ana Paula às 9:54 PM -


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Mulher, religião e violência
O primeiro livro que li este ano foi Infiel, de Ayaan Hirsi Ali, a história de uma mulher que desafiou o islã, como diz o subtítulo. Não é um livro de beleza literária; é mais o registro da situação a que são submetidas as mulheres que vivem sob o jugo do islamismo.

Depois da leitura, fiquei mais intolerante ainda com as religiões. Todas. Porque todas, em certa medida, segregam, punem e condenam mulheres em sua liturgia e ritos, além de servirem de pretexto para a violência doméstica ou para se omitirem quanto a ela.

Fiquei feliz de ler a entrevista com Breyten Breytenbach publicada no Jornal O Globo de sábado (14/03/2009) porque constatei que não estou sozinha com minha opinião. Abaixo, fragmentos da entrevista.

"Eu sou intolerante. Por mais que compreenda as razões pelas quais as pessoas são religiosas, para mim as religiões do deserto, as que chamamos de monoteístas, são a raiz do mal. Que seja cristianismo, judaísmo ou islamismo. A partir do momento em que temos um deus introduzimos forçosamente a intolerância, forçosamente uma norma: é assim e não pode ser diferente. Se é preciso ter um Deus, que se vá mais na direção dos indíos. Pelo menos cada um te um Deus para si."

"Quando vejo todos estes senhores com suas túnicas de um mesmo branco, como são magníficos entre eles: machos, cavalos, romantismo e tudo mais. E vejas mulheres todas de negro com seus véus, do outro lado. Há algo que não bate, não é? Não é Deus que me incomoda aqui: é a atitude em relação à mulher."

"Em nome da tolerância e da diversidade, aceitamos o inaceitável."

Breytenbach é escritor, poeta, dramaturgo e pintor e ficou preso anos por encabeçar um movimento clandestino de resitência ao apartheid – Okhela.

***
Cordel de Miguezim de Princesa, poeta popular, paraibano radicado em Brasília.

I
Peço à musa do improviso
Que me dê inspiração,
Ciência e sabedoria,
Inteligência e razão,
Peço que Deus que me proteja
Para falar de uma igreja
Que comete aberração.

II
Pelas fogueiras que arderam
No tempo da Inquisição,
Pelas mulheres queimadas
Sem apelo ou compaixão,
Pensava que o Vaticano
Tinha mudado de plano,
Abolido a excomunhão.

III
Mas o bispo Dom José,
Um homem conservador,
Tratou com impiedade
A vítima de um estuprador,
Massacrada e abusada,
Sofrida e violentada,
Sem futuro e sem amor.

IV
Depois que houve o estupro,
A menina engravidou.
Ela só tem nove anos,
A Justiça autorizou
Que a criança abortasse
Antes que a vida brotasse
Um fruto do desamor.

V
O aborto, já previsto
Na nossa legislação,
Teve o apoio declarado
Do ministro Temporão,
Que é médico bom e zeloso,
E mostrou ser corajoso
Ao enfrentar a questão.

VI
Além de excomungar
O ministro Temporão,
Dom José excomungou
Da menina, sem razão,
A mãe, a vó e a tia
E se brincar puniria
Até a quarta geração.

VII
É esquisito que a igreja,
Que tanto prega o perdão,
Resolva excomungar médicos
Que cumpriram sua missão
E num beco sem saída
Livraram uma pobre vida
Do fel da desilusão.

VIII
Mas o mundo está virado
E cheio de desatinos:
Missa virou presepada,
Tem dança até do pepino,
Padre que usa bermuda,
Deixando mulher buchuda
E bolindo com os meninos.

IX
Milhões morrendo de Aids:
É grande a devastação,
Mas a igreja acha bom
Furunfar sem proteção
E o padre prega na missa
Que camisinha na lingüiça
É uma coisa do Cão.

X
E esta quem me contou
Foi Lima do Camarão:
Dom José excomungou
A equipe de plantão,
A família da menina
E o ministro Temporão,
Mas para o estuprador,
Que por certo perdoou,
O arcebispo reservou
A vaga de sacristão.

***
Não sei se depois da leitura de Infiel fiquei mais desperta para o tema da violência contra a mulher e ele me salta aos olhos ou se de fato o assunto tem merecido destaque – ainda que tímido para suas proporções – na mídia. Veja o caso do aborto da menina e da excomunhão dos envolvidos. É uma pena que tenha sido preciso uma criança engravidada pelo padrasto e uma Igreja inquisidora e anacrônica para a descriminalização do aborto merecer um debate. Mas se esta vida é mesmo escrita certa por linhas tortas, que o sofrimento da menina não tenha sido em vão.

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Colorido por Ana Paula às 9:37 PM -


wdomingo, março 08, 2009


Lua nova demais
Elisa Lucinda

Dorme tensa a pequena
sozinha como que suspensa no céu
Vira mulher sem saber
sem brinco, sem pulseira, sem anel
sem espelho, sem conselho, laço de cabelo, bambolê
Sem mãe perto,
sem pai certo
sem cama certa,
sem coberta,
vira mulher com medo,
vira mulher sempre cedo.

Menina de enredo triste,
dedo em riste,
contra o que não sabe
quanto ao que ninguém lhe disse.
A malandragem, a molequice
se misturam aos peitinhos novos
furando a roupa de garoto que lhe dão
dentro da qual mestruará
sempre com a mesma calcinha,
sem absorvente, sem escova de dente,
sem pano quente, sem O B.
Tudo é nojo, medo,
misturação de “cadês.”

E a cólica,
a dor de cabeça,
é sempre a mesma merda,
a mesma dor,
de não ter colo,
parque
pracinha,
penteadeira,
pátria.
Ela lua pequenininha
não tem batom, planeta, caneta,
diário, hemisfério,
Sem entender seu mistério,
ela luta até dormir
mas é menina ainda;
chupa o dedo
E tem medo
de ser estuprada
pêlos bêbados mendigos do Aterro
tem medo de ser machucada, medo.
Depois mestrua e muda de medo
o de ser engravidada, emprenhada,
na noite do mesmo Aterro.
Tem medo do pai desse filho ser preso,
tem medo, medo
Ela que nunca pode ser ela direito,
ela que nem ensaiou o jeito com a boneca
vai ter que ser mãe depressa na calçada
ter filho sem pensar, ter filho por azar
ser mãe e vítima
Ter filho pra doer,
pra bater,
pra abandonar.

Se dorme, dorme nada,
é o corpo que se larga, que se rende
ao cansaço da fome, da miséria,
da mágoa deslavada
dorme de boca fechada,
olhos abertos,
vagina trancada.
Ser ela assim na rua
é estar sempre por ser atropelada
pelo pau sem dono
dos outros meninos-homens sofridos,
do louco varrido,
pela polícia mascarada.

Fosse ela cuidada,
tivesse abrigo onde dormir,
caminho onde ir,
roupa lavada, escola, manicure, máquina de costura, bordado,
pintura, teatro, abraço, casaco de lã
podia borralheira
acordar um dia
cidadã.
Sonha quem cante pra ela:
“Se essa Lua, Se essa Lua fosse minha...”
Sonha em ser amada,
ter Natal, filhos felizes,
marido, vestido,
pagode sábado no quintal.

Sonha e acorda mal
porque menina na rua,
é muito nova
é lua pequena demais
é ser só cratera, só buracos,
sem pele, desprotegida, destratada
pela vida crua
É estar sozinha, cheia de perguntas
sem resposta
sempre exposta, pobre lua
É ser menina-mulher com frio
mas sempre nua.

(Poema encomenda,1995)

Pelo Dia Internacional da Mulher.

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Colorido por Ana Paula às 9:58 PM -


wsábado, março 07, 2009





E o mundo não se acabou
(Assis Valente)

Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar
Por causa disto a minha gente lá em casa começou a rezar
Até disseram que o sol ia nascer antes da madrugada
Por causa disto nesta noite lá no morro não se fez batucada

Acreditei nessa conversa mole
Pensei que o mundo ia se acabar
E fui tratando de me despedir
E sem demora fui tratando de aproveitar

Beijei a boca de quem não devia
Peguei na mão* de quem não conhecia
Dancei um samba em traje de maiô
E o tal do mundo não se acabou

Peguei um gajo com quem não me dava
E perdoei a sua ingratidão
E festejando o acontecimento
Gastei com ele mais de quinhentão
Agora soube que o gajo anda
Dizendo coisa que não se passou
Ih, vai ter barulho e vai ter confusão
Porque o mundo não se acabou




* Versão atualizada: "Peguei no no pau de quem não conhecia"

Em tempo: Pra quem não percebeu, a fotita aí em cima é um detalhe do meu turbante de Carmem Miranda. Made by me and minha tia.

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Palmas para mim
Tirei 99 no karaokê cantando Caça e Caçador, de Fábio Júnior, no aniversário da minha prima. Agora ninguém me segura!

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Histórias de Larinha
Sábado passado eu, minha irmã e Lara fomos ver a exposição de Vik Muniz no MAM. Recomeiiiindo. Mas corre porque é só até amanhã.

Nós fizemos a visita guiada e Lara prestou atenção em cada detalhe.

– A gente podia trazer a Vó.
– Mas é muita coisa pra ela andar, Larinha.

Na saída, praticamente “tive” que comprar o catálogo porque ela folheou o livro todo e disse que seria bom comprá-lo porque “a vó ia poder ver”.

Quando a gente chegou em casa não deu outra. Ela sentou a Vó no sofá e explicou cada uma das obras da exposição. “Essa ele fez com uma massa tipo de massinha de criança e foi tirando foto...” Sabia até dizer o tamanho original das obras e a altura de onde tinham sido fotografadas.

Na segunda-feira, depois da minha autorização, ela pegou o catálogo e foi de novo dar aula de Vik Muniz agora para minha tia. Disse minha mãe que ela saiu do meu quarto abraçada ao livro:

– Vou levar com cuidado porque foi caro.

Uma amiga do trabalho me outro catálogo que estava dando sopa por lá e eu o repassei à Larinha.

– Um só pra mim?!?!

A menina ficou felicíssima e levou o catálogo para escola no dia seguinte. Na sexta, ainda levou o livro (que é grande e pesado pro tamanho dela!) para o curso de inglês para mostrar aos colegas.

Vou experimentar levá-la a mais exposições. Quem sabe ela não se mostra uma exímia artista plástica, fica rica e sustenta a madrinha na velhice?

***
Vik Muniz fez obras com calda de chocolate. Lara quis saber o que ele fazia com o chocolate depois:

– Ah, devia jogar fora.
– Ai, que desperdício!

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