Esquentando os tamborins Cutucano Atrás não é o bloco do PSDB. É um bloco de carnaval gaiato que sai no Leme. Eles pegam um samba enredo famoso e fazem uma versão adaptada ao enredo do bloco. O deste ano é Meu sorriso está no copo, com a música do samba É hoje, da União da Ilha do Governador. Fiquei fã.
Féxion! Este ano eu debutei no Fashion Rio. Fui conhecer as tendÊÊÊÊÊncias para o outono-inverno. Aquilo lá é a maior concentração de gente mal vestida por metro quadrado. Mas sem dúvida as pessoas mais feias são as modelos. Jesus-Maria-José-e-o-burrico! Elas são medonhas. Magras demais. Além disso, têm um andar estranhíssimo, tombado pra trás. Horror, horror, horror! Tenho medo de modelo de passarela.
Eu acho que todos no “mundo da moda” são espalhafatosos e mal vestidos, por isso tratei de ir igualmente espalhafatosa e mal vestida ao Fashion Rio. Não ia ser alvo de comentários como “Olha aquela gorda de calça preta e blusa branca. Qual falta de criatividade!” Por isso fui com um vestido de malha estampado que os caretas dizem que parece um hobby (É assim que se escreve?) e os “mudernos” adoram. Ah, e decorei todas as marcas que usava, caso fosse fotografada para aquela seção da Revista dO Globo em que eles pegam gente comum de algum evento para fazer um editorial de moda. Aí, ia ter lá “Ana Paula, relações públicas, 32 anos. Vestido Mademoiselle, sandália TNG, relógio Monte Carlo, óculos Opção, bolsa Nativa, brinco do bazar de Natal do Prédio do Teleporto, anel prata com marcassita do quiosque do Metrô da Carioca e anel de prata comprado na lojinha da Casa Batló em Barcelona”. Sim, porque toda gente féxion que é fotografada para estes editoriais é assim: mistura peças de grife com coisas vagabundas e alguma coisa importada. Se for de um brechó de Londres ou Amsterdã – uau!- é a glória! Pena que eu não comprei nada em brechó. Ia ser o último grito da moda.
*** Em tempo: dos desfiles que vi, gostei muito do Martins Paulo.
Quem é o cavaleiro Que vem de Aruanda É Oxóssi em seu cavalo Com seu chapéu de banda Ele é filho do verde Ele é filho da mata Saravá Nossa Senhora A sua flecha mata Vem de Aruanda Uê Vem de Aruanda Uá Quem é este cacique Glorioso e guerreiro Montado em seu cavalo Desce no meu terreiro
Histórias de Larinha Não sei exatamente porque mas Lara se interessou pela Maysa desde que entrou no ar o anúncio da minissérie.
Outro dia eu busquei um vídeo da cantora na Internet porque ela queria ver quem era a Maysa “de verdade”.
Hoje, um dia depois da estréia da minissérie, perguntei se ela tinha visto o primeiro capítulo. Ela disse que viu e emendou:
– E eu, né, mãe? cantando que nem ela ontem (aí fez uma voz mais grave, um tom abaixo do seu, e cantou imitando Maysa): “ouça, vá viver sua vida sem ninguém...”
Ai, meu Deus, é a queda por músicas de fossa se manifestando em tão tenra idade!
O melhor da dor-de-corno Já que falamos de Roberto Carlos, nada como relembrar uma jóia da fossa: Outra vez, de Isolda, imortalizada pelo Rei.
Esta música é pra celebrar(?) aquele amor que a gente sabe impossível, mas que não consegue deixar de sentir e aí decide lembrar quantas vezes tiver vontade e assume: sem nada a perder!
Vivendo e aprendendo a jogar 2008 foi um ano de muito aprendizado. O primeiro e mais custoso foi o de viver sem meu pai. Foi o primeiro 4 de março (dia do seu aniversário) sem ele e o primeiro Dia dos Pais também. Foi o primeiro “aniversário” da sua morte. Foi ano daquela “freada de arrumação” na vida para as coisas se assentarem novamente.
Sem dúvida, a melhor coisa que me aconteceu em 2008 foi viajar. Não só pela viagem em si, mas pela conquista que isto representou. Eu me senti o próprio Obama (Yes, we can!). Na véspera da viagem, parecia que eu ia para forca e não sair de férias de tanto nervosismo. Medo de tudo dar errado, de eu ser deportada, de me perder nas ruas desconhecidas, de não me fazer entender com meu inglês com sotaque do Méier e meu espanhol travado, de me endividar... Mas, sim, eu posso viajar pro exterior! Eu tenho condições financeiras. Eu posso me comunicar em inglês e em espanhol. Eu consigo ler mapas (Nem em Amsterdã a gente se perdeu! Tudo bem que Cristina era a melhor em leitura de mapa e ela que me ensinou, mas eu também não faço feio). Eu sei me organizar pra escolher os lugares que quero visitar. Eu consigo administrar o dinheiro durante a viagem para, não só não ficar sem grana, como também para não deixar de comprar, comer, visitar o que eu quiser (Eu fiquei muito feliz de ter gasto todo meu dinheiro – só sobraram algumas moedinhas de libra e euro que eu guardei no meu cofre para a terapia – e não ter feito dívidas.). Enfim, muito aprendizado em 16 dias férias.