Que alisamento japonês que nada! Eu estou in love com meu cabelo encaracolado. Ele têm se comportado tão bem que merece até registro. Ontem, molhei o cabelo, não consegui secá-lo bem porque o secador do motel resolveu me sacanear, depois meti um capacete na cabeça e ele ainda ficou ótimo!
Dormi com ele molhado e acordei com vários cachinhos. Pareço uma anjinha de cabelinho enrolado preto e pele branca. Uma gracinha.
E gosto dele despenteado. Já virou marca registrada. Um amigo meu fez uma caricatura minha e me desenhou toda descabelada. Ficou ótimo.
Ana ficou chocada de saber que eu não bebo. Sim, querida, a PL não bebe. Faço tudo sóbria! É que detesto perder o controle da situação e estar bêbada é soltar as rédeas, é se permitir excessos, é deixar se levar pela vontade de cometer desatinos. Sou muito rígida comigo mesma pra me permitir essas coisas.
Não gosto do gosto de cerveja, só bebo pra acompanhar alguém ou dou bicadas no copo dos outros. Gosto de drinks doces ou desses suquinhos de vodka, mas eu fico bebinha muito rápido, por isso eu evito álcool.
Também nunca coloquei um cigarro na boca. Na adolescência não tive curiosidade e agora acho que estou muito velha pra começar a fazer merda, mas confesso que em dias frios fico com muuuuuuuita vontade de fumar se vejo alguém com cigarro, além de achar um charme homem que fuma e tem cheiro de nicotina (desde que passei a sair com atletas não sei o que isso).
Eu sei que se fumar vou ficar viciada, eu sinto isso. É da minha natureza não ter limites quando gosto de alguma coisa e eu, A independente, detestaria me tornar depende de rolinho de papel recheado de coisas cancerígenas.
E eu que estava meio assim, assim, na dúvida se ia ou não, fui e me diverti horrores! Vanessa, Nara e Guilherme nos deram bolo, mas foi uma noite divertidíssima com Roberta, Vicente e Ana, minha xará colega de blog.
Os Dragões Não Conhecem O Paraíso Caio Fernando Abreu
Tenho um dragão que mora comigo. Não, isso não é verdade. Não tenho nenhum dragão. E, ainda que tivesse, ele não moraria comigo nem com ninguém. Para os dragões, nada mais inconcebível que dividir seu espaço - seja com outro dragão, seja com uma pessoa banal feito eu.
Eles são solitários, os dragões. Quase tão solitários quanto eu, depois de sua partida. Digo quase porque, durante aquele tempo em que ele estava comigo, alimentei a ilusão de que meu isolamento para sempre tinha acabado. E digo ilusão porque, outro dia, numa dessas manhãs da ausência dele, pensei assim: os homens precisam da ilusão do amor da mesma forma que precisam da ilusão de Deus. Da ilusão do amor para não afundarem no poço horrível da solidão absoluta; da ilusão de Deus, para não se perderam no caos da desordem sem nexo.
Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo; repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada. Essa imagem me veio hoje pela manhã quando abriu a janela , e vi que não suportaria passar mais um dia sem contar essa história de dragões.
Gosto de dizer tenho um dragão que mora comigo, embora não seja verdade. Como eu dizia, um dragão jamais pertence a nem mora com alguém. seja uma pessoa banal igual a mim, seja um unicórnio, salamandra, elfo, sereia ou ogro. Eles não dividem seus hábitos. Ninguém é capaz de compreender um dragão. Quem poderia compreender, por exemplo, que logo ao despertar (e isso pode acontecer em qualquer horário, já que o dia e a noite deles acontecem para dentro) sempre batem a cauda três vezes, como se estivessem furiosos, soltando fogo pelas ventas e carbonizando qualquer coisa próxima num raio de mais de cinco metros? Hoje, pondero: talvez seja a sua maneira desajeitada de dizer: que seja doce.
Confesso que também sou meio dragão: sou solitária por não saber muito bem dividir meu espaço e por meu jeito de dizer “que seja doce” não ser dos mais doces, mas o dele com certeza é pior que o meu.
Esqueci de falar pra ele ir de carro e tive que desfilar de moto pelas ruas do Centro até o motel.
Sou meio pata pra subir e descer da moto, mas confesso que adoro andar nela. Andar de moto é perigoso, não há como dizer o contrário. Os passageiros ficam muito vulneráveis a um assalto ou a um acidente (até porque motoqueiro acha que consegue entrar em qualquer vão no trânsito) mas é uma sensação de liberdade, medo e insegurança, além da proximidade com o corpo do motorista ; ), que me excita muito.
Devo ter sido vista por uns três ou quatro colegas de trabalho, já que o motel era na rua do lado. Morram de invejaaaaaaaaa!!!
Acabei de colher a primeira amostra de cocô. Quanto tempo será que aquela merda (literalmente) vai ficar na geladeira até eu conseguir cagar mais duas vezes?
Tenho que fazer um exame de três amostras de fezes consecutivas. Com o intestino que eu tenho, já viu, né? Vou levar uns quinze dias pra conseguir colher o material.
– Ana Paula? Aqui é o Luis Inácio Lula da Silva. Tudo bom, companheira?
Claro que aí eu soube que era meu irmão. Só ele se daria ao trabalho de ligar pra alguém e imitar a voz do Lula por cinco minutos.
Me convidou pro showmício da Enseada de Botafogo, disse que minha presença era imprescindível e terminou com o clássico “A luta continua” para só depois ir ao assunto para o qual me ligou.
– Minha irmã, eu estou aqui numa loja e vi um velotrol pra Lara.
(Estava com uma voz meio sem graça, de quem sabe que vai fazer merda...) – Sei...
– Eu nem quis falar com a Yara porque ela não vai gostar...
(Claro, minha mãe tem rompantes de sanidade. Diz logo a merda que você quer fazer.) – Ãhn?...
– É... Eu acho que eu vou comprar o velotrol pra Lara. Custa tantos Reais. (E disse o preço com um fio de voz) – NÃO! É muito caro! Tem velotrol de R$19,00! (Quase surtei) – Mas esse tem celular e retrovisor! (Ele tinha usado drogas... Só podia ser...) – MAS É MUITO CARO!
– Mas tem celular! (Como se um celular de brinquedo fosse indispensável para uma menina de um ano e nove meses!) – A LARA NÃO VAI PRECISAR DE CELULAR, PAULO!
Tinha trago x tinha trazido Esse debate surgiu na academia. Qual das duas opções é a correta? As duas opções são corretas?
Eu voto no “tinha trazido” como única opção correta. Meus parcos conhecimentos de Português reconhecem “trago” como verbo trazer conjugado na primeira pessoa do presente do indicativo e não como particípio passado do referido verbo.
A polêmica da academia foi criada por causa de verbos como “pagar”, cujo particípio passado é “pago” (e não pagado) e a primeira pessoa do presente do indicativo também. Por analogia, disseram, “tinha trago” seria uma forma possível.
Sei não... Acho que a lógica não é tão lógica no estudo de nenhuma Língua, muito menos na Portuguesa.
Arrumando minha antiga necessaire encontrei protetores descartáveis de vaso sanitário. Foi minha ex-chefe que me deu quando soube que eu freqüentava um certo cinema pornô – o Cine Íris – duas vezes no mês – na Loud!.
Ela ficou chocada de saber por onde eu andava e deve ter ficado com medo de eu pegar uma doença, aí me deu os protetores.
Daniella vai casar! Minha amiga “ruinva”, companheira de merdas no Segundo Grau finalmente vai casar! Ela já estava desesperada dizendo que não queria ficar no barco dos solteiros e vê-lo afundar. Disse que qualquer coisa me joga um salva-vidas (espero que seja um bem gostoso).
Ela me chamou pra madrinha (antes de ter marido, ela já tinha madrinha porque já tinha me escolhido). Vejo dívidas, dívidas, dívidas na minha frente!
Daniella vai casar com um oficial da Marinha e passar sob o teto de aço. Breguéééééérrrimo. Vou ter que zoar.
Queria fazer regressão para descobrir porque cargas d’água meus pés doem tanto. Só pode ser coisa de outras vidas. Eu devo ter sido torturada e obrigada a usar uma bota de ferro. Aí, meu pés ficaram sensíveis nesta encarnação.
Do scarpin ao chinelo de dedo, tudo me machuca. Vou ao podólogo todo mês e tenho pelo menos três calos em cada pé, sem contar as bolhas eventuais. Minha unha do dedão direto já caiu duas vezes.
Quando era criança, depois do banho, não queria calçar sandália e minha mãe achava que eu era relaxada, que não gostava de me arrumar. Por mais que eu dissesse que o sapato me machucava, ela não acreditava. E ainda cismava que meu calcanhar estava sujo, quando na verdade ele estava todo marcado de cicatrizes de bolhas...
Nunca tive um sapato que fosse realmente confortável. Todos me machucam, nem que seja só na primeira vez. Se uso sapato alto, tenho bolhas na planta do pé. Se uso sem salto, sinto o calcanhar. Se o sapato é fechado, as unhas ficam doloridas. Se é uma sandália, tenho bolhas no peito do pé...
O pior é que adoro comprar sapato e tenho mais de duas dúzias de pares.
– Quero ir a uma churrascaria encher o cu de carne!
É figura de linguagem, mas acaba pegando tão mal como dizer, em um dia frio, que quer “sentir alguma coisa quente na garganta”, como disse certa vez um amigo da Fernanda.
Fui depilar a sobrancelha. A depiladora era a pessoa com mão mais pesada do mundo! Cada dedo devia pesar uns 3 kg. E imagina essa “dilicadeza” manejando uma pinça sem a menor destreza ou habilidade. O singelo instrumento virou uma arma quase fatal.
Acho que o Listerine não se deu bem com a pasta de dentes vagabunda que meu pai comprou. No final da limpeza, fica um gosto de percevejo morto na minha boca.
No ponto anterior ao que eu desço quando vou para o trabalho, entra uma penca de gente pela frente: velho, estudante, deficiente. E claro que todo mundo se concentra perto da porta. Aí, você vem toda faceira pra descer e tem que se espremer entre a plebe. Ódio!
Outro dia, além dos carona habituais que se socam na saída, duas pessoas me empurram, forçando a passagem. Pensei que ele fossem descer no próximo ponto (onde eu ia descer) tamanha era a pressa e deixei o caminho livre. Qual não foi minha surpresa ao ver o ônibus partir e eu ainda estar nele porque os bonitões que eu pensei que fossem descer ainda estavam parados tranqüilamente dentro do coletivo.
Berrei pro motorista parar e fui logo atendida (ele fez bem em parar. Foi melhor assim).
Para sair, fui empurrando todo mundo, sem dó nem piedade, inclusive e principalmente aqueles que me pediram licença antes e ainda reclamei em voz alta:
– Putaquiupariu! Neguinho vai descer lá embaixo e se soca aqui na frente!
Esse desabafo às 8h da manhã fez com que meu dia fosse maravilhoso.
Eu já tinha pensado em não escrever mais sobre ônibus pra não ser muito repetitiva, mas não dá. Infelizmente minha realidade é mesmo a bordo de um coletivo e não há como fugir dar situações estranhas e engraçadas que acontecem nos ônibus.
Outro dia, estou voltando do trabalho no famoso 247 – C. Méier-Passeio. No primeiro ponto da Dias da Cruz, no Méier, desce maior galera e entra uma turma maior ainda. São os alunos dos colégios públicos. Junto com eles, entram muitos caronas pela porta da frente. Naquele dia, o motorista estava meio irritado.
– Pô, já falei pra vocês não entrarem pela frente neste ponto. Aqui tem fiscal, tem olheiro. Quando eu for demitido, vou pedir emprego pra vocês.
Óbvio que os garotos continuam entrando sem dar a menor bola. Depois que todos passam, o motorista comenta com os passageiros mais próximos(eu, inclusive):
– Essa linha é uma merda: só dá carona. É tudo “mindingo”.
Meu blog foi abduzido. Alienígenas roubaram todos os meus arquivos no Terra. Detonaram tudo mesmo. Não há nem sinal de 3x4colorido pelo Tripod.com.br.
De primeira achei que fosse coisa de algum mané recalcado e invejoso que tivesse se dado ao trabalho de descobrir minha senha, entrar no Tripod.com.br e apagar tudo, mas pela inexistência de comunicação da ousadia, creio que o sumiço do blog não foi obra de ninguém. Há que ser muito imbecil de conseguir um feito desses e não divulga-lo. Problemas técnicos levaram meu blog pro céu dos blogs. Coisa de serviço gratuito de internet.
Os arquivos do 3x4 colorido podem ter morrido, mas não a mente inteligente, sagaz e sórdida por trás dos textos. Ana Paula vive e volta a escrever. Quem viver, verá.
Minha vocação pra arrumar tumulto é hereditária. Meu pai me levou à médica na segunda, mas daqui até o Largo do Machado ele:
- Avançou em um ônibus que fechou nosso carro;
- Xingou dois caras em um outro carro achando que eles tinham jogado pedra no nosso carro (sendo que estávamos passando por uma obra. É óbvio que a pedra veio de lá);
- Questionou um aviso no posto de gasolina que dizia não se responsabilizar por arranhões na lataria dos carros no lava-jato (e olha que ele nem ia lavar o carro dele...);
- Reclamou que o visor da bomba de combustível estava meio apagado e se resignou dizendo que o frentista ia “roubar mesmo”. Depois ainda comentou: “Ó, o ponteiro nem saiu do lugar!”.
Uma amiga da minha irmã está para voltar dos EUA no mês que vez, onde ela morou por oito anos e engordou 50Kg.
Minha irmã, que não vale uma Cibalena vencida, queria contratar uma banda (“daquelas de inauguração de farmácia”, como ela mesma diz) para ir tocar no aeroporto no dia da chegada da menina.
Só isso já seria terrível e ainda que não seja feito (nem sei se pode fazer esse carnaval no aeroporto...), pensar numa sacanagem dessas é desumano, mas o meu pai conseguiu piorar tudo ao comentar:
– Pô, coloca uma banda dessas, aí desce aquela mulher gorda do avião, vão pensar que é circo!
A Lara tem vários brinquedinhos de borracha em formato de bicho pra usar hora do banho. Do dinossauro ao gato, a menina conhece todos os bichos. Minha mãe que não é muito boa em taxonomia estava brincando com ela de falar os nomes dos bichos.
Estava indo tudo bem, até que a Yara pega uma lula (Visualizou? Uma cabeça com vários “bracinhos”) só que está olhando o brinquedo na posição errada (ou seja, com os “bracinhos” para o alto).
Ela não percebe isso e fica uns segundo tentando saber que bicho era aquele. Quando desiste, solta essa:
Não sei se foi domingo ou segunda, mas sei que Adriana me ligou.
– Vamos ao Oktober Fest, Ana?
– Ãhn? Hein? Como assim? Eu não bebo, nem você.
– Eu sei só queria fazer uma coisa diferente.
Só mesmo Adriana pra economizar deixando de fazer coisas que ela gosta pra gastar dinheiro viajando para uma festa onde o grande barato é a bebida, coisa que ela não gosta...
Em tempo: Que Deus me livre e guarde de ir pra Oktober Fest. Já é um saco aturar um ou outro amigo bêbado que dirá ter que agüentar uma cidade inteira assim.
Espirros
Falta de ar
Muitos suspiros
Tosse
Dor nas costas (da cervical a lombar)
Dor nos joelhos
Desânimo
Língua grossa
Boca amarga
Febre alta
Muito frio
Lábios feridos pela febre
Olheiras descomunais
Pele amarelada
Vontade louca de comer chocolate (Normal. Acabei de ficar menstruada.)
Comecei a me sentir mal às 11h da manhã de sexta, depois que as faxineiras enceraram a sala da minha chefe e deixaram todas as janelas fechadas. Espirros, olhos lacrimejando e falta de ar e ainda eram 14h.
Cheguei em casa com 38,5º de febre e foi assim o final de semana inteiro. Era só passar o efeito do Tylenol ou da dipirona que a febre voltava e sempre alta.
Depois da Lara, eu e minha irmã sucumbimos à febre. Nos encontramos sábado de manhã na emergência da clínica aqui perto de casa. Eu estava com crise de rinite e ela, de sinusite.
Tenho uma raiva de gente que viaja sentada no ônibus e, quando vai soltar, acha que pode escolher quem vai sentar no seu lugar. Agem como se fossem donos do assento!
Hoje uma palhaça fez isso. Estou eu, em pé, ao lado dela e ao meu lado, uma menina com uma Coca de 2l e uns pães em duas sacolas de plástico na mão.
A vaca sentada ia saltar. Cutuca a menina ao meu lado:
– Senta aqui que eu já vou descer. Você está com peso.
Claro que as compras estavam pesando e a alça da sacola estava quase decepando a mão da menina, mas e eu com isso???? Se ela estava com pena da garota, porque não se ofereceu pra segurar as compras dela, ao invés de ceder o lugar que por direito seria meu?
A menina foi sábia e recusou o convite, sentando no banco da frente, quando este vagou. Ela deve ter pressentido que se aceitasse a oferta sua Coca-cola perderia todo o gás e os pães iam mofar dentro do saco.
Quanto a "dona gentileza", espero que ele viaje em pé por um bom tempo!
Hoje, por exemplo, eu vi uma passageira descer do ônibus e meter a porrada um negão que estava no ponto.
A mulher, gorda e com cabelo pintado e de louro, já desceu decidida! Partiu pra cima do cara tentando alcançar-lhe o rosto, mas como ele era mais alto que ela, só alcançou seu queixo. Depois do primeiro tapa frustrado, ela não se fez de rogada e sapecou-lhe um tapão no braço.
O cara só fazia se defender e estava claro que ele nem cogita em revidar. (Diante daquela mulher, eu também não cogitaria.)
Fiquei até com pena do homem, mas como diz o populacho: se estava apanhando, alguma ele fez...
O Homem é tudo palhaço bombou com minha constatação sobre os problemas de cada faixa etária masculina: o post já tem mais de 20 comentários! Você já comentou?
Há dois anos que não sei o que é dormir até acordar aos sábados, pois tinha que acordar às 7h pra ir para o curso de espanhol
Finda a tortura, penso que vou ter um descanso. Qual o que!
Ao chegar sexta-feira do trabalho, minha mãe me dá a fantástica notícia de que a faxineira viria no sábado.
– O QUE?!?!?! TÁ MALUCA, MÃE???? NÃO MESMO!!!!!!!!
Se tivesse faxina todo sábado, vá lá, mas minha mãe detesta fazer estas coisas final de semana... Claro que obriguei Yara a ligar pra Dalva pra desmarcar a faxina. Se o telefone da mulher estivesse enguiçado por algum motivo eu ai fazer minha mãe ir a pé a Caxias avisar a mulher pra não vir! Faxina no primeiro sábado que eu tenho pra acordar mais tarde, é sacanagem!
...
Domingo, dia sagrado. Com chuva melhor ainda pra dormir, certo? Errado, pois se você tiver um pai maluco, ele vai te acordar às 6h30, agitado, dizendo que é segunda-feira e que você está atrasado, como fez o meu.
E eu tentando manter a calma:
– Hoje é domingo, pai...
– Nãããão... É segunda.
– Liga a televisão.
– Ué, será que é domingo?
– Claro que é.
– Ah, é por isso que eu tô vendo o jornal de domingo ali sem estar mexido...
O pior é que se fosse segunda mesmo, ele teria me acordado muito tarde – eu acordo normalmente às 5h50.
Sonhei que votava no bispo Marcelo Crivella pra senador. Eu estava na frente da urna eletrônica, digitando o número dele. Estava em um drama de consciência terrível, no fundo não queria voltar nele, mas me sentia obrigada a fazê-lo.
Esse final de semana eu tive um sonho muito bizarro. Sonhei que estava em uma casa antiga, com móveis antigos e empoeirados. Era uma casa de vários andares e do mais alto eu podia ver umas ciganas gordas nuas pegando sol no quintal de outra casa(?).
Eu também estava nua. Estava a vontade assim, mas as vezes aparecia enrolada em uma toalha.
Do nada, surgiu o Miguel Falabella só de sunga em uma charrete. Ele vinha acompanhado de outras pessoas também de charrete, como uma procissão. Era isso mesmo. Eles iam acompanhar uma procissão de charrete(?).
Quando o Falabella me viu, ele desceu da charrete e disse que tinha que acompanhar aquela procissão por minha culpa, por que eu tinha postado isso no meu blog(?).
Que viagem! E olha que eu não consumi droga nenhuma...
A Casa estava cheia. Tinha muito mais homem que mulher, mas era o Encontro Anual de Homens Feios e eles esqueceram de divulgar.
Além de feios, os homens eram tarados. Parecia até baile de carnaval: a gente passava e os caras enganchavam na nossa cintura, fechavam a passagem para que esbarrasse neles. Uma baixaria.
Pareceu perseguição. Só porque eu estava lá, ele colocou as piores músicas. Tocou um som estranho, um repertório quase todo desconhecido (pelo menos pra mim).
Ele só se redimiu porque tocou muito Chico Buarque, tocou Fernanda Porto e Maresia bem na horinha que eu estava de saída.
Meu pés doridos impediram uma performance mais emocionada, mas amei dançar estas duas últimas músicas.
Acho que existe um código de ética das mulheres que se depilam no Pello Menos. As cabines de depilação são fechadas com suaves cortinas que voam ao sabor do ventilador usado pra fazer secar a cera mais rápido. Portanto, não há privacidade nenhuma.
O engraçado é que quando uma mulher termina de ser depilada, ela sai e não olha para outra cabine pra ver outra mulher se depilando. A cliente traça uma linha reta até a porta e vai sem olhar pros lados, fingindo naturalidade.
Eu reparei nisso porque quando eu estava naquela maldita posição pra depilar o ânus, eu vi que uma mulher passou por mim praticamente sem me ver e depois eu acabei fazendo intuitivamente a mesma coisa na hora de sair.
Ontem fui a Pello Menos. Acho que da próxima vez vou levar um molde de triângulo para mostrar como quero minha virilha porque não adianta só falar. Por mais que eu diga que quero um TRIÂNGULO, as depiladoras deixam aquele bigodinho de Hitler na minha xoxota.
Pra piorar ainda deixou meu cu peludo. Ódio. Gosto quando fica lisinho.
Será que agora, com o desembarque pela porta de trás dos ônibus, as pessoas vão se socar no fundo do carro? Ou permanecerá aquele bolo de gente na frente, agora atrapalhando a entrada?
Lamento, Falabella, mas não sinto saudade nenhuma. De ninguém. Achei o texto muito bonitinho; de uma simplicidade tocante; de um lugar comum de arrancar suspiros, mas... Eu não tenho de quem sentir essa saudade. E faz tempo isso. Nem os amores antigos despertam este sentimento. Já passaram; foram digeridos; são só recordações e não saudade.
Tenho estado dormente assim por muito tempo. Meu último “grande amor” terminou em 1999 e depois, só uns sobressaltos, mas nada que me fizesse perder a cabeça.
O pior é que também não tenho feito ninguém perder a cabeça, ninguém suspirar ou sentir saudades minhas.
"Em alguma outra vida, devemos ter feito algo de muito grave, para sentirmos tanta saudade..." Miguel Falabella
Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é a saudade. Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã. Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter. Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio. Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia. Não saber se ela ainda usa aquela saia. Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada, se ele tem assistido as aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua preferindo Malzebier, se ela continua preferindo suco, se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados, se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor, se ele continua cantando tão bem, se ela continua detestando o MC Donald's,se ele continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo! Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer. É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso... É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer. Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler...
Alguém pode me dizer por que minha mãe guarda Renu (solução pra limpar lentes de contato. Lentes estas que eu nem tenho mais.), Povidine (anti-séptico para machucados) e Repelex (repelente de insetos) na prateleira do box?
Posso saber quando ela vai usar (ou espera que nós usemos) estes produtos durante o banho?
Mulher vai viajar para ver o namorado e planeja levar um uniforme de colegial pra fazer uma graça no reencontro.
A amiga comenta:
– Imagina se na alfândega vêem isso...
O pavor toma conta da mulher:
– Eles vão abrir minha mala?
– Não necessariamente. Só se tiver alguma coisa suspeita que apareça no raio x, um objeto de metal, por exemplo.
E ela decepcionada:
– Ih, então, vão abrir... Tô levando as algemas...
Minha irmã comprou um curso de EVA por correspondência. (um parêntesis: EVA é aquela borracha colorida vendida a metro da qual se fazem enfeites horrendos.) O tal curso nada mais é que uma caixa com várias coisas feitas em EVA e uma apostila com os moldes.
EVA é pavoroso, mas não há como negar que os produtos do curso são bem feitos.
Meu cunhado pega a peça mais cheia de detalhes e fala:
– Ih, Luciana, tu não faz isso nem fodendo!
E ela responde:
– Ah, quem sabe se você foder direitinho eu não consigo?...
O mostro do 434 Eu queria muito montar uma excursão para mostrar a vocês o mostro do 434.
Ele embarca no 434, sentido Leblon, no primeiro ponto da Presidente Vargas por volta das 7h45.
Sempre traja uma roupinha especial, mas o pior, o mais apavorante, o assustador mesmo é seu cabelo. Eu não sei que diabos aquele homem conseguiu fazer naquela juba que o topete não abaixa. A impressão que dá é que ele dormiu de cabelo molhado, o cabelo amassou e ele não conseguiu pentear. Aí, fazer o que, né? Ele tem que ir trabalhar e sai com o cabelo assim mesmo.
Esta semana é meu retorno triunfal à noite carioca de sexta-feira e pra me sacanear a Casa Matriz aumentou o preço da entrada.
Ok, ok, tudo aumentou (menos o meu salário), mas isso não é desculpa pra aumentar o preço da entrada. Isso só se justificaria com obras naqueles banheiros nojentos(Eu pago mais caro feliz da vida só pra ter um banheiro limpo e com papel higiênico a noite toda!), saídas de emergência decentes e sistema de ventilação e refrigeração adequados.
Não vai ser por causa de R$2,00 que eu vou deixar de ir à Matriz, mas que eu acho desaforo eu acho.
Baixaria Ontem eu quase fui atropelada por um triciclo, daqueles de entrega de mercadorias. Imagina o vexame: eu sou atropelada, caio no chão e ainda levo com monte de bolsa de supermercado em cima.
A sorte do merda que dirigia o triciclo é que eu levei um pequeno susto com o barulho da joça se aproximando que acelerei o passo.
Acho que a cara de pavor dele me acalmou e acabou que eu nem o xinguei.
Papai terrorista Jantamos enquanto rolava o Jornal da Band. Meu pai gosta de deixar a TV ligada pra ficar ouvindo as notícias (notícias estas que ele já viu no Jornal da Record e verá no Nacional, mas tudo bem...).
Ele acaba de comer e de repente, provavelmente por causa de alguma notícia que ouviu, levanta, com toda calma do mundo e diz displicentemente, como se dissesse “vou cortar as unhas dos pés”:
– Sadam devia jogar uma bomba atômica nos Estados Unidos.
– Ai, meu Deus!, murmura minha mãe (eu disse murmura porque ela sabe que não pode contraria-lo).
E ele completa baixinho, como se tivesse aprimorando uma boa idéia:
– Em Nova Iorque.
Eu não resisto e provoco (adoro bater palma pra maluco dançar!):
Revi meu álbum de fotografias da formatura. Tem umas fotos tão legais em que estou tão bonita, tão feliz que estou quase revendo minha posição de não publicar foto minha aqui...
Na falta de coisa melhor pra cair de boca no domingo, eu me atraquei com um pão doce e biscoitos de chocolate. Boicotei minha dieta, mas foi a melhor coisa que eu fiz no final de semana.
A Lara esta fingindo mancar. Ou melhor, ela não sabe o que é mancar, muito menos fingir que está mancando, ela estava mesmo achando que aquilo era dançar, só que estava puxando de uma perna, parecendo aleijada.
Qualquer mãe normal diria para ela parar. Minha irmã, não. Ela achou o máximo e incentivava:
Andar de ônibus no Rio não é nenhum passeio no bosque, mas conseguiram piorar o que já era ruim com essa moda de embarcar pela frente.
É pior para se segurar; é pior para pegar o dinheiro na roleta; é pior de ir andar dentro do ônibus porque você vai no sentido contrário ao movimento dele; é pior pra saltar porque o motorista pode não ouvir o sinal se o coletivo estiver cheio e você perde seu ponto...
(Aliás, é impressão minha ou os ônibus perderam espaço útil com esta mudança? Sinto que ele tem enchido com mais rapidez.)
O bom dessa história é que os idosos e estudantes são confinados na parte anterior a roleta. Ou seja: nada de ter que disputar lugar com estudante ou ter que cedê-los a senhoras e senhores.
Ah, e por enquanto o povo não se acostuma, está divertido ver neguinho socando a porta de trás achando que o motorista é um filho da puta e que não vai abri-la e, depois dos berros de “Pela frente!” de quem está sentado perto da porta, vê-lo entrar muito sem graça, sem olhar pra ninguém. Hehe.
O serviço de limpeza da empresa deslocou um funcionário para nos ajudar com determinado trabalho pesado que tínhamos que fazer, visto que somos quatro mulheres que temos dores nas costas, ovários caídos e unhas por manter grandes.
Este funcionário é um senhor gordo, de cabelos grisalhos e vastos bigodes igualmente prateados. Só assim já parece personagem de piada de português, mas ele leva consigo um adereço que dá uma graça toda especial a sua figura: uma pochete atravessada no peito (o que me fez descobrir que pochete pode ser ainda mais medonha do que parece).
Eu não guardei o nome dele e passei a chamá-lo de “Seu Pochetinha”. Uma colega surda e mais maluca que eu entendeu “Seu Gostosinho”.
Ficamos falando “Seu Pochetinha” pra cá, “Seu Gostosinho” pra lá a sexta-feira inteira. Quando hoje de manhã, Seu Pochetinha se apresentou ao trabalho, veio a colega surda e mais maluca que eu, na direção dele, toda empolgada, falando alto, saldando sua chegada:
– Ô, Seu...
Ela fez um suspense tão grande que eu e a outra colega ficamos esperando estáticas que ele dissesse “Seu Pochetinha” ou “Seu Gostosinho”. Graças a Deus, sua mente se iluminou e ela lembrou o nome do homem.
Ainda bem, se não nós mesmas teríamos que pegar no pesado.
O manobrista da minha chefe ainda não havia trazido seu carro e ela precisava ir embora (“Quinta-feira é dia de fazer as patas! Ele não sabe disso???”). Ansiosa pra que ela fosse embora, uma colega faz vigília para ver se o carro chega.
– Ó, lá! Num é aquele ali?, diz ela toda feliz.
Minha chefe vai à janela e responde:
– Aquele baixaria?!?!?! Nããão...
Depois que a chefe sai, a colega pergunta:
– Qual o carro dela?
– Um Mitsubishi.
– É, aquela “PORCARIA” ali deve ser um Honda...
Pra fugir dos vendedores de vale transporte, eu vou ao Unibanco comprar os meus e trato de exibi-los no ponto de ônibus para evitar ser importunada.
Apesar disso, tem um cara no Méier que insiste em me vender vales. Todas as noites ele pergunta se eu quero. Digo que não, sem nem olhar pra ele, mas ele não aprende.
Na sexta-feira, ele insistiu:
– Já tem?
– Já.
O cara fez que foi, mas não foi, voltou pra minha frente, me olhou intrigado e perguntou:
Quando a Lú estava estacionando o carro, vinha um casal em nossa direção e meu cunhado falou discretamente:
– Presta atenção neste casal. Depois eu conto.
Senti que teria fofoca. Não deu outra.
Com o casal distante, ele começa:
– Cara, eu acho que ele se casaram há dois meses. Todo o dia de manhã o cara vai levar a mulher no ponto de ônibus e eles ficam num agarramento de dar inveja! Parece que não passaram a noite juntos... Ah, eu acho que ele não trabalha porque vai de bermuda, todo largadão e, depois que ela entra no ônibus, ele volta pra casa. Os dois são horrorosos!
Eu e minha irmã ficamos pasmadas com o comentário(pra não dizer maledicência, fofoca). Meu cunhado é um tipo calado e geralmente não fala da vida dos outros. O comportamento do casal deve ser anormal meeeeeeesmo. Fiquei até curiosa.
Sexta, estava voltando da academia quando encontrei minha irmã, meu cunhado e Lara em um bar aqui perto. Sentei com eles, bebi uma coca light, resisti ao filézinho com fritas e peguei uma carona pra volta.
Contei pro meu pai que foi a Luciana que trouxe o carro (ela tirou carteira tem pouco tem), ao que ele comentou:
Meu professor da academia está mais decidido que eu a fazer este projeto prosperar. O cara montou uma série sinistra pra mim! Me colocou pra fazer 40 minutos de bicicleta intervalado (2 min com carga e 2 sem) por dia e aumentou a carga dos exercícios.
No final, delirou:
– Quando você estiver sequinha, vou fazer uma série de homem pra você.
Ter mais de um metro de quadril só me faria feliz se eu ganhasse o dinheiro que Carla Perez e Sheila Mello ganharam ostentando traseiros maiores que o meu.
Como ainda não fui convidada para dançar em nenhum grupo de música baiana e meu futuro deve ser mesmo o obscuridade das relações públicas, o jeito é reduzir alguns centímetros de anca.
Para isso, iniciei esta semana o projeto Ana Paula Toda Boa.
Quando eu decido fazer dieta, o universo conspira contra mim.
Aqui em casa tem:
- um pacote de mini-pães doces
- dois potes de sorvete com calda de chocolate
- três pacotes de biscoitos doces
- um pires de cuscuz
- quatro fatias de pudim de aipim com côco