Eu e o shortinho Claro que não resisti e comprei um pra mim. Ele é realmente poderoso! Coloca tudo no lugar, mas tem um inconveniente: se a barra enrolar, você corre o risco de ter gangrena na perna porque a pressão é tanta que quase impede a passagem de sangue... Devia ser proibida para mulheres diabéticas.
Esclarecimento O padrão de beleza masculina de Roberta não é muito parecido com meu. Então, os caras que ela acha gatinhos, são todos uns tribufus pra mim e vice-versa.
Quero deixar claro que ela adora essas coisinhas cabeçudas, de ombrinhos desnudos e que dançam mal pra caralho que ela costuma pegar na night. Que nenhum se sinta ofendido com o meu comentário.
Concurso pra namorado Enfim, Roberta lançou o tal falado edital. Fiquei contente porque vou pegar a rebarba. Fico com as sobras, mas fico feliz. A julgar pelo o que a Roberta considera homem bonito, vou me dar bem. Ele vai ficar com os esquisitos e eu traço os melhorezinhos!
O ex-quase-futuro PA me mandou a seguinte mensagem com o subject: Lembrei de você.
FRASES DA RADICAL CHIC:
"Dizem que estou ficando amarga, enjoada, ácida, sem graça. Não é verdade. É só colocar limão, adoçante, sexo, gelo, brilhantes e mexer gostoso, que eu fico maravilhosa!" (Não precisa nem dos brilhantes, mas se vier melhor.)
"Ele não era um homem. Era um corpo de delito." (Essa eu não entendi... Alguém pode me explicar?)
"Já namorei um usineiro, um industrial do aço, um banqueiro e um fazendeiro. Agora estou namorando uma microempresa, loiro, forte, olhos azuis e dezoito aninhos." (Não tenho essa sorte... Não estou namorando nem motorista de ônibus...)
"Que eu saiba, devo ter tido uns 38 namorados. Que eu me lembre, 4." (Nem tanto, nem tanto...)
"Para os homens, a vingança é um prato que se come frio. Para as mulheres, é um prato que se come bem quente, com um bom vinho, à luz de velas e em ótima companhia." (Perfeito!)
"Adoro quando os feirantes, os porteiros e os pedreiros do meu bairro me chamam de gostosa. É a comunidade solidária! " (Ah, disso eu não gosto não! Quando a gente leva cantada de porteiro, pedreiro e afins pode crer que tá na hora de emagrecer... Essa gente só gosta de mulher gorda.)
"Paulo era lindo, sensível, carinhoso, engraçado, elegante, delicado, gostoso, honesto, companheiro, discreto... e gay." (Essa é a mais pura verdade...)
"E aí a gente vai sair daqui, vai para um motel, aí vai transar, aí vai querer de novo, aí eu me apaixono, aí você vai dizer que não quer compromisso, aí eu vou achar você um babaca, aí a gente vai brigar, aí eu vou te odiar... Tem certeza de que ainda quer saber o meu nome?" (Essa realmente é a minha cara!)
"Sexo seguro, pra mim, é transar com o melhor amigo." (Mas com camisinha, claro!)
Então tá combinado
É quase nada
É tudo somente
Sexo e amizade
Humpf... Isso funciona só em letra de música mesmo (e que música!). Diz pro seu coração “olha, esse aí é maneiro, amigo, gostoso, mas num é pra namorar, não, hein?...” pra ver se ele escuta?
E se pudesse, tenho certeza que seu coração responderia: “pô, como é que você me apresenta um cara legal, que te diverte, que te faz feliz, que te come gostoso e diz pra eu não me apaixonar por ele???”
Manter um PA é muito difícil porque ele é justamente o cara perfeito para namorar. Quer melhor pessoa pra namorar do que aquela por quem você sente amizade, carinho e tesão??? Não!!! Só que o combinado era não ter namoro, não ter compromisso...
E como é que faz, então? Não sei, mas quando souber patenteio a fórmula.
Ele tinha sido meu grande amor, o que eu julguei perfeito e eterno, e cada verso da Isolda, principalmente os que dizem Você foi o melhor dos meus planos/E o pior dos enganos/Que eu pude fazer, espelhavam meu sentimento por ele naquele momento.
Hoje já não sinto mais saudade e consigo ouvir esta música sem chorar.
Como pertenço a “raça da pedra dura”, fique anestesiada por um bom tempo. Só fui sentir essa perda meses depois, num show da Bethânia.
Quando ela ajeitou o cabelo e entoou o primeiro verso de Outra Vez, chorei toda dor que tinha sentido, expurguei aquela rejeição. Encostada em uma pilastra no fundo do Canecão, chorei do princípio ao fim da música.
Chamar o PA ou pretê na chinca não é situação fácil, mas faz muito bem. Relaxa, acalma os nervos e alivia a tosse. Já passei por uma situação dessa e afirmo: dói, mas passa. É melhor que a dúvida.
Faz tempo, mas lembro de cada detalhe da cena e de todas as frases do diálogo. Chamei o bruto pra um almoço e, entre a sobremesa e o cafezinho, perguntei, sem tirar os olhos do olhos dele:
– O que você sente por mim?
Ele rateou, mas respondeu:
– Amizade.
Sem perder a pose, ainda consegui forjar um sorriso e dizer:
– Era isso que eu queria ouvir.
– Era isso que você queria ouvir?
– Não era a resposta que eu queria, mas a que eu esperava. Só que eu precisava ouvi-la de você.
Das ilusões Meu saco de ilusões, bem cheio tive-o
Com ele ia subindo a ladeira da vida.
E, no entanto, após cada ilusão perdida...
Que extraordinária sensação de alívio!
Como lidar com um PA Como lidar com um PA? Não sei. É sempre complicado porque, mais cedo ou mais tarde, um dos dois acaba cedendo à paixão e o trato de sexo-gostoso-sem-compromisso + amizade acaba indo por água abaixo.
Estou tocando neste assunto porque uma amiga quebrou o acordo tácito de não se apaixonar pelo PA e viu em cada gesto de amizade dele uma promessa de namoro. Estava enganada, sabia, mas precisa ouvir isso dele. Perguntou e obteve a resposta que “esperava”.
Fiz compras na Market Store e entreguei meu cartão de banco, que também é de crédito, à vendedora.
– Passa no débito, tá?
Qual não foi minha surpresa ao receber uma boleta de crédito pra assinar!
– Eu falei débito...
– Entendi crédito...
Mais estupefata fiquei quando, para ter minha conta cancelada e refeita, tive que assinar, colocar endereço e telefone em um formulário! Tudo isso porque a vaca entendeu errado o que eu disse! Ou seja, a besta do vendedor erra e o cliente é penalizado e constrangido.
Não foi só a vendedora que me falou das maravilhas do shortinho (embora tenha sido a única a mostra-las...). Todas as mulheres com quem falo, já experimentaram a sensação de vestir um manequim a menos, graças a ele. Não podia ficar fora dessa!
Entrei na primeira loja de meias que vi e levei outro choque.
– Eu queria aquele shortinho que reduz o quadril.
– Ah, tem dois modelos. Esse aqui que só reduz o quadril e esse que separa e empina o bumbum.
Separa o bumbum?!?!?! Não, obrigada. Quero ele bem junto de mim.
– Ah, esse ficou muito lindo!, exagerou ela.
– Mas aparece minha calcinha... Fica feio ir pra igreja assim., fingi pudor.
– Você tem que usar isso aqui, ó...
Nesta hora, a criatura abriu a calça e exibiu um daqueles shortinhos que apertam, digo, reduzem o quadril.
Se você acha que ela me mostrou o cós do short, está muito enganado! Ela abaixou a calça mesmo! Até os joelhos para que eu visse o short inteiro!
Fiquei pasmada diante daquela mulher de calça abaixada na minha frente.
Assim que botei o pé na loja vazia, as três vendedoras me cumprimentaram em uníssono, disfarçando a falsidade. Percebi que era uma das poucas cliente que se atreviam a entrar ali e elas tentaram me pegar à unha.
A vendedora me exibia uma breguice atrás da outra, até que puxou dois vestidos simples que me agradaram. Um era verde escuro e o outro azul, complemente transparente.
O verde ficou péssimo. Vestiu mal pra caralho. O outro não ficou ruim, mas era tão transparente que dava pra ver minha virilha cavada.
Como vocês sabem, estava à caça de um vestido para as bodas de prata de meus primos. Esta árdua missão foi um dos motivos da desatualização deste blog. Enfim, comprei-o. Depois o descreverei com riqueza de detalhes, mas o que quero registrar agora é meu ódio mortal e total desprezo pelas vendedoras terroristas que vêm com aquele papo “Ih, num vai levar agora, não? Só tem esse... De repente, você volta e não tem mais desse...”
Puro terrorismo, pô! Até parece que vestido de duzentos, trezentos Reais, como os que eu experimentei, voam da prateleira assim!
Vendo que estava completamente errado, ele arrancou. Só que nisso os carros que também saiam da Linha Amarela pararam. Dois caras numa moto fecharam ele.
– Qual é, cara? Atropelou a mulher, tá errado e ainda quer discutir? Cala a boca, mermão!
O bar em frente estava lotado e começou o princípio de confusão:
– Tá errado mermo!
– Sai fora, mané!
Eu lá, tremendo que nem vara verde de tanto nervoso, mas adorando a mobilização popular em minha defesa.
Virei as costas e deixei o biltre à mercê da turba enraivecida.
Estava indo ao mercado (aliás, a um que eu nunca vou... Era destino mesmo...) quando me deparo com uma S10 indecisa entre avançar ou não o sinal na saída da Linha Amarela. Parei na calçada a espera de que o motorista cansasse de espreitar os carros que vinham da sua esquerda, olhasse para direita e me visse.
Quando ele virou a cabeça, eu pus o pé na rua. Não dei sorte. À esquerda dele, o fluxo de carros parou e ele engatou a primeira e deu partida..
O choque foi inevitável, apesar de ter tentado retornar a calçada.
Bem que tinham me avisado que não era pra sair de casa dia de São Jorge, mas eu não acreditei... Fui sair justo no dia do caçador de dragão e me dei mal: fui atropelada.
Eu que já carrego o estigma do atropelamento e já tinha ficado no quase por várias vezes, finalmente tomei um tequinho de uma S10. Ainda bem que não foi de um fusca, se não aí já teria sido muita sacanagem...
1) Fui atropela no dia de São Jorge.
2) Pau no cu das vendedoras terroristas!
3) Surreal: vendedora abaixa a calça (dela, que fique bem claro!) e ainda aperta minha bunda.
4) Market Store: atendente erra e cliente paga o pato.
Fiz a bendita virilha cavada. A depiladora era nova e se esmerou no serviço. Quase sacou uma régua pra fazer o trianglinho de pentelho.
Na hora de fazer o ânus, ela também não fez por menos: tirou tudo! Sou o cu mais liso do Rio de Janeiro!
Ah, e ainda depilou a região do “cofrinho”, que eu nunca tinha feito. Hummmm... nesta hora deu barato! Aquela cera quentinha... Não sabia que cera quente no “cofrinho” era bom. Isto eu recomendo!
Imagina se um dia você está comendo e alguém enfia o dedo no seu cu?
Tudo bem, tudo bem, você não come de quatro e sem roupa pro seu cu ficar empinado, portanto, as chances de isto acontecer são mínimas, mas não seria bizarro tomar uma dedada enquanto almoça?
O gato estava comendo na varanda, com o rabo levantado, displicentemente. Lara se aproxima, olha o cu do gato e fica intrigada. Quando minha irmã chega no local, vê Lara de dedo em riste, quase alcançando o cu do gato.
Empório Pax: eu não recomendo. Roberta estava trincada por uma empada, mas aceitou comer o empadão do Empório Pax, quiosque metido a besta no 2º piso do shopping.
Visual bem cuidado, mas rango caído.
Pedi uma salada caprese e a garçonete me trouxe um prato com umas folhas de alface, três rodelas de tomate e minúsculos pedaços de mozarela de búfala, banhados por um molho safado e gordurento, que eu nem consegui comer todo.
O empadão também não satisfez Roberta.
Gastamos R$9,00 cada uma pra comer mal pra caralho!
Conclusão: paramos no Habib’s e mandamos duas esfihas de R$0,39 pra dentro. Aí, sim, ficamos felizes!
Ontem fui dar pinta no Norteshopping com a Roberta.
Experimentei uns vestidos para as bodas de prata dos meus primos, mas não comprei nenhum. Afinal, os trabalhos estão apenas começando. NS foi o primeiro dos muitos shoppings que ainda hei de percorrer em busca da roupa perfeita.
Engraçado é que as vendedoras amarravam a cara quando eu dizia que não ia levar a roupa na hora, que estava só experimentando. Onde é que elas estão que pensam que vou comprar o primeiro longo que me aparece? Custando a bagatela de R$300,00 em média, eu tenho mais é que gastar sola de sapato pra encontrar um que eu goste muuuuuito.
Fiquei surpresa em saber que Charbelly lê meu blog. E fiquei feliz porque ela gosta.
Não tenho nenhuma intimidade com ela (pelo menos achava que não, mas já que ela lê isso aqui, somos mais íntimas que pensava...), mas sempre achei gente boa. Sendo amiga do Aloysio e do Ricardo, não poderia ser diferente.
Meu pai é realmente uma figura. Ele é incapaz de me dar um beijo, nunca me chamou de “minha filha” e sempre esquece do meu aniversário, mas assim que chegou em casa foi folhear o livro e não me surpreenderei se comentar comigo alguma coisa que escrevi.
Não chegou perto da mesa de autógrafos, mas comprou um livro pra dar de presente pra um amigo dele e mandou-o, pela minha mãe, para que eu assinasse.
Ai, Lélio...
Lembro que meu primeiro estágio foi como redatora de uma rádio evangélica, a El Shadai, lá pelo ano de 1996. Enquanto eu trabalhei lá, minha mãe disse que ele andava pra cima e pra baixo com o rádio de pilha a tiracolo, sintonizado na El Shadi, só pra ouvir os textos que eu escrevia. Eram notinhas de cinco, seis linhas, lidas pelo locutor (nem era a minha voz!), a cada hora cheia.
Minha mãe temia que ele virasse evangélico. E olha que ele é ateu.
De Violeta Parra, cantada por Mercedes Sosa e também por Elis Regina
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me dio dos luceros que, cuando los abro,
perfecto distingo lo negro del blanco,
y en el alto cielo su fondo estrellado
y en las multitudes al hombre que yo amo.
Gracias a la vida, que me ha dado tanto.
Me ha dado el oído que, en todo su ancho,
graba noche y día grillos y canarios;
martillos, turbinas, ladridos, chubascos,
y la voz tan tierna de mi bien amado.
Gracias a la vida, que me ha dado tanto.
Me ha dado la marcha de mis pies cansados;
con ellos anduve ciudades y charcos
playas y desiertos, montañas y llanos,
y la casa tuya, tu calle y tu patio.
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me dio el corazón que agita su marco
Cuando miro el fruto del cerebro humano
Cuando miro al bueno tan lejos del malo
Cuando miro el fondo de tus ojos claros.
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado la risa y me ha dado el llanto
Así yo distingo dicha de quebranto
Los dos materiales que forman mi canto
Y el canto de ustedes que es el mismo canto
Y el canto de todos que es mi propio canto
Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Amanhã é o lançamento do tão esperado livro Desafios contemporâneos em comunicação – perspectivas de relações públicas, projeto de dois professores da minha faculdade, no qual eu escrevo um capítulo.
Gestado desde 1999, ele foi parido a fórceps pela persistência e dedicação da organizadora, Luciane Lucas, que teve paciência para aturar ataques de estrelismo e indisciplina em cumprir deadlines dos autores com egos mais inflados.
O “bibou” do meu pai Lara, minha afilhada, tem mania de enfiar o dedo no próprio umbigo. Ela abaixa o short e, sem a menor cerimônia, aponta e diz “Bibou!”, que é como ela carinhosamente o chama.
Lélio, seu avó, tem uma hérnia umbilical. (Ela é tão grande que meu primo diz que é quase um outro pênis.)
Lara se amarra em aperta-la e dizer:
– Bibou!
Mas quando ela se enche de ver aquela deformação, ela mesma vai lá e puxa o blusão do meu pai pra cobrir o umbigo dele.
Quem já teve o desprazer de me ver emputecida, sabe como minha cara fica. O Janderson pediu desculpas duas vezes, mas não consegui engoli-las.
Fico puta com esse pessoal do suporte que faz pouco caso do usuário. Tá de saco cheio de atender cliente péla-saco que não sabe mexer em computador? Muda de emprego, caralho! Vai estudar rede, desenvolvimento... Mas enquanto for do suporte, tem mais é que tolerar a ignorância tecnológica dos outros, sim!
E essa história do “era só ligar aqui...” Aiiiiiii, como isso me irrita...Se eu soubesse que o problema era simples, não chamaria um mané pra resolver.
O Janderson foi pinçado do almoço para ir nos atender e quando chegou constatou que era só um dos muitos periféricos do computador que não estava ligado. Deu um risinho e soltou:
– Era só isso...
Ahhhhhhh... Não me contive e esbravejei:
– Eu nem sabia que isso aí tinha on/off. Nunca me falaram disso e, além do mais, eu tinha te chamado antes de você sair pro almoço. Se tivesse vindo, não teríamos problemas.
Sobrou pra todo mundo. Até pra mim que tive que ouvir que deveria ter testado antes. Este antes quer dizer durante a reunião que a administradora geral estava fazendo no auditório até o meio-dia... Ah, tá...
Quando minha chefe retorna do almoço, conto o que houve e ela simplesmente liga pro celular do coordenador de informática da empresa e diz que não tem ninguém do suporte para nos atender, que isto é um absurdo e coisa e tal.
Enlouquecida, vai até a administração geral contar o ocorrido e reafirmar a necessidade se colocar uma máquina melhor no auditório.
Tinha uma palestra para 80 pessoas programada para às 14 horas. Ao meio-dia, o auditório foi liberado e comecei os preparativos. Chamei o mané para testarmos o multimídia da empresa. Ele disse que estava ocupado e que já ia me atender.
Quinze pra uma, ligo pro ramal dele, chama e ninguém atende. Vou até sua sala e ela está fechada. O filho da puta foi almoçar e não me avisou.
Resolvo testar o Cdrom sozinha e qual não é minha surpresa ao constatar que o monitor não liga. Uma junta de curiosos tenta me ajudar, mas nenhum infeliz do suporte volta do almoço...
O Janderson, ele mesmo, o tal das cantadas infames, cagou na latinha hoje. Se a possibilidade de nos beijarmos já era remota, depois de hoje, elas estão totalmente elimidas.
Na verdade, eu não acordei de mau humor, mas fiquei quando me atrasei e vi, ao dobrar a esquina, meu ônibus seguir milagrosamente vazio, rumo ao Centro, e eu não estava nele...
E isso foi só o começo.
O ônibus seguinte fez jus ao nome lotação. Eu segui entalada no meio do corredor daqui até São Francisco Xavier, quando fui expelida.
Hoje eu levantei com sono com vontade de brigar
Eu tô maneiro pra bater pra revidar provocação
Olhei no espelho meu cabelo e tudo fora do lugar
Vê se não enche não me encosta tô bravo que nem leão
E não pise no meu calo que eu te entorno feito água
E jogo pelo ralo
Hoje você deu azar
Como uns fios brancos teimavam em dar o ar da graça, apliquei um xampu tonalizante. Desta vez, experimentei o chocolate. Acho que não adiantou muita coisa. Nem de longe meu cabelo está marrom acobreado, como sugere a embalagem.
Além disso, fiquei toda marcada de tinta na testa e na nuca. Quem nunca me viu pode pensar que é mancha de gravidez, mas mancha de gravidez perto do couro cabeludo é meio difícil.
Minha irmã, que é uma pessoa muito legal, disse que está parecendo encardido...
Fiz esfoliação e passei o Satinelli nas pernas. Não entendo como tem mulheres que tem preguiça de passar creme, fazer depilação e afins. Adoro essas coisas.
Satinelli é um vício, assim como a virilha cavada. Roberta já falou do prazer que dá ver aqueles pelinhos saltando e eu assino embaixo. Quando tem um fiozinho um pouco maior e dá aquele beliscãozinho é mais gostoso ainda.
Esfoliar as pernas é outra maravilha. Uso o esfoliante forte para pés e pernas da Ox. Ele realmente é forte, mas tem cera que deixa a perna lisinha. Passo uma vez por semana e capricho naquela região limite entre bunda e coxa, que tende a ter umas bolinhas causadas pelo excesso de uso de calças jeans. A pele fica um luxo!
Só faltou depilação para este ser meu final de semana mulherzinha. No sábado, fui à podóloga. Cultivo três singelos calos em cada pé e, por conta da dor que eles causam e do aspecto feio que deixam nos pés já não muito bonitos, pago R$20,00 por mês sem reclamar para tê-los novamente com aparência asseada e pele fina.
Recomendo o tratamento com podólogo mesmo para quem não tem calos. É muito melhor que manicure, pois dura mais e depois da sessão a profissional ainda faz massagem.
A Loud! foi maneira, apesar do meu mau humor e indisposição causados pela rinite e pela dor no pé, resultado de meia hora esperando o 254 e mais meia esperando o Guilherme.
Paulinho e Cesinha foram. Maria Cristina levou falta. As Fernanda estavam lá e JMarcelo também. Além de Roberta e Guilherme, claro. Vanessa deu bolo na gente.
Não dei beijo na boca, embora Guilherme tivesse me incentivado muito para fazê-lo.
Ana Paula Volponi Lembram daquela novela das 7 em que o Ney Latorraca interpretava o Volponi, o homem da bolha? Pois é, vou acabar ficando assim.
Ontem fui bater meu ponto na Loud! e já no ônibus comecei a espirrar porque um mané resolveu fumar.
Dentro do Cine Íris, como em todo lugar em que pessoas se reunam para beber e dançar, tem gente fumando e eu, apesar de ter me colocado na mira do ventilador, não pude me ver livre da fumaça.
Conclusão: hoje estou com crise de rinite. E olha que estou tomando vacina há quinze dias e tenho colocado o remédio no nariz sempre que me lembro.
Sinceridade tem limite O ex-quase-futuro PA me pergunta se posso almoçar com ele. Digo que sim. Depois de me informar que me levará pra um almoço executivo, solta o mimo:
A novela do ventilador de teto O ventilador de teto do meu quarto queimou na sexta. No domingo, comprei outro. Ia chamar um técnico pra instala-lo, mas claro que meu pai falou que não precisava.
Na segunda, ele montou o ventilador e chamou meu primo pra ligar a fiação porque isso ele já se conscientizou de que não sabe fazer.
(Uma vez, meu pai quase tacou fogo na casa da minha irmã. Todas as lâmpadas queimaram, uns bocais derreteram. O gravador também queimou, mas teve conserto (que ele não pagou). Já o rádio relógio não teve a mesma sorte: pifou de vez. A geladeira, o microondas, o som e a TV se salvaram por milagre. Isto porque ele estava brincando de trocar a fiação com um outro amigo também aposentado, que não tinha nada pra fazer e não entendia picas de eletricidade...)
Voltando ao ventilador...
Meu primo achou que o motor estava com um barulho esquisito e que estava esquentando. Falou pra tocarmos o aparelho.
Na terça, Lélio foi fazer isso. Voltou com uma ventilador mais caro, cuja diferença de preço nem perguntei porque não vou pagar. Não mandei ele trocar por um mais caro, então entube o prejuízo...
Meu primo ainda não veio ligar o ventilador e só hoje meu pai resolveu ligar a lâmpada (tenho medo que ela exploda na minha cabeça, mas é melhor que ficar no escuro).
Conclusão: comprei o ventilador no domingo e ainda estou dormindo no calor. Ele vai fazer aniversário desligado... Se tivesse chamado o técnico, já teria a brisa fresca do possante ventilador Angra embalando meu sono.
Melhor ouvir isso (e rir muito) que ser surda – Na copa de 94, quando o Brasil foi tetra, o pessoal comemorou mesmo. Tinha até fila na boca. O pó acabou e foram buscar em outra favela.
Ou ainda:
– Quando cheirei pela primeira vez, subi na mesa e fiz um discurso conclamando a galera pra fazer a revolução.
Outro dia, disse de novo que eu estava linda, mas desta vez eu caí na gargalhada quando ele saiu da sala e todo mundo riu, todo mundo me zoou... Só que o cara voltou e percebeu que a gente estava falando dele.
Porra, nem consegui olhar nos olhos dele enquanto testávamos a apresentação de um CDRom. Ele ficou muito sem graça e até o tom de voz baixou. Ele sussurrava desanimado, quando minutos antes estava todo falante tentando me agradar...
Quando saiu da sala novamente ainda disse:
– Mas você está linda mesmo...
Fiquei me sentindo péssima por ter feito pouco caso de um elogio que foi sincero. Tudo bem que a sinceridade não o torna mais bonito, simpático, interessante, mas eu não tinha o direito de expo-lo ao ridículo, contando a cantada pros outros.
Má, Ana Paula. Você é uma menina muito má. Vai arder no mármore do inferno!
Depois de ser cantada pelo Adão, Janderson começou a me dizer gracinhas...
Será que um homem com um nome comum (um João, um Marcelo...) ainda vai se interessar por mim ou eu me casarei com um Astrogildo e serei feliz para sempre?
Pra que não conhece, aqui vai a letra de Sangrando. Não vale chorar.
Quando eu soltar a minha voz
por favor entenda
que palavra por palavra
eis aqui uma pessoa se entregando
coração na boca
peito aberto
vou sangrando
São as lutas dessa nossa vida
que eu estou cantando Quando eu abrir minha garganta
essa força tanta
Tudo que você ouvir
esteja certa
que estarei vivendo
Veja o brilho dos meus olhos
e o tremor nas minhas mãos
e o meu corpo tão suado
transbordando toda a raça
e emoção
E se eu chorar
e o sal molhar o meu sorriso
Não se espante, cante
que o teu canto é minha força
pra cantar
Quando eu soltar a minha voz
por favor, entenda
É apenas o meu jeito de dizer
o que é amar
Um motivo pra eu gostar do meu trabalho Outro dia fui, a trabalho, assistir uma palestra sobre a implantação de um projeto de musicoterapia em um hospital da rede pública. A palestra foi animada, pontuada por exercício musicais e revestida de uma emoção velada.
Esta emoção estava presente na forma empolgada como a musicoterapeuta apontava os benefícios do resgate da memória afetiva dos pacientes, através da música e do conforto que isto trazia. Afinal, quem não tem uma música especial, que lembra um tempo bom?
A palestrante lembra que está comprovada a importância da fé (ou esperança, como queiram) na recuperação e cura dos doentes e que a música pode ser uma forma de manter esta esperança.
Ela termina a palestra com uma lenda que era mais ou menos assim:
Existe uma mulher que vive nas profundezas da terra. Seu trabalho é juntar ossos. Ela pega todos os ossos que encontra e guarda-os em sua caverna para que não se percam. Os ossos que ela mais gosta de juntar são os de lobo, por isso é chamada Mulher Lobo.
Quando a Mulher Lobo consegue juntar todos os ossos de um animal, ela monta seu esqueleto, acende uma fogueira, coloca o esqueleto a seu lado e canta. Ela canta com tanta emoção que a terra treme, o esqueleto ganha carne, o lobo ganha vida e sai correndo pela floresta.
E a musicoterapeuta completa:
É isso que este (pretensioso) projeto quer ser: uma Mulher Lobo que vai “unir os ossos” desses pacientes e, através da música, dar-lhes força para continuar lutando.
E a gente também deseja sinceramente que quando seus ossos estiverem se perdendo, vocês encontrem uma Mulher Loba pra dar-lhes um sopro de esperança.
Neste momento, lágrimas já ameaçavam saltar dos meus olhos e afogar todos os presentes, mas sendo “da raça da pedra dura”, me segurei. Entretanto, foi impossível resistir ao que veio depois.
Ela projetou a letra de Sangrando, do Gonzaguinha, no telão e convidou uma negra de voz mansa pra cantar, acompanhada de flauta e violão.
No primeiro verso, eu já chorava quase de soluçar e só fiquei mais a vontade quando olhei pro lado e vi uma enfermeira casca-grossa chorando copiosamente.
A Dita O nome dela é Benedita, mas pode chamá-la de Dita. Uma negra, baixa e gordinha, muito divertida e falante. Outro dia chegou na sala dizendo que uma coordenadora estava grávida.
– Mas como, Dita? A mulher já é velha..., ponderei
– Ué, ela fez tratamento, ora.
– Mas quem te falou que ela está grávida?
– Ah, ela está com um barrigão que só pode ser gravidez.
– Dita, a mulher está é gorda...
E ela ainda completou:
– Todo mundo no setor já sabia. Eu falei: “Que bonitinho!” e as pessoas riram.
Não ia ficar contrariando ela. Deixei quieto.
Entra nossa chefe. Dita conta-lhe a novidade. Minha chefe é taxativa:
– Não mesmo! Ela tem 56 anos e está é gorda!
A Dita calou-se. Fiquei imaginando ela alisando a barriga da gorda e dizendo “Que bonitinho!”.
Minha chefe Minha chefe é uma figura. Nem sempre ela troca de roupa, mas a cada dia ela está com uma bolsa diferente.
Ela tem dois ex-maridos mortos, um ex vivo (que, aliás, dormiu com ela este final de semana) e um namorado americano que está vindo morar no Brasil, na casa dela, mais precisamente.
Hoje tivemos uma reunião de 12h às 14h e ela ficou sem almoçar. Disse que era bom porque faria uma dieta e completou:
– Aí, eu chego em casa e como feito uma pooorca! É muito bom! Eu sou assim: quando trepo, trepo muito; quando como, como muito!
Já que estamos falando de trabalho, vou falar um pouco do meu. Em termos profissionais, estou me realizando. Faço o que gosto e sou paga por isso. Mas para biscatear, é um fracasso total! Trabalho em uma sala com mais três mulheres e só lido com gente velha.
Minha esperança é arrumar alguém em outro setor, mas ainda acho que será difícil, pois se nem a informática (que geralmente só tem homem e, devido a grande quantidade, pelo menos, um se salva) tem boca beijável, duvido que no resto da empresa tenha...
Outro dia eu comentei aqui que o melhor lugar para biscatear era o trabalho. Pra quem duvidou de mim, a Ediouro está lançando um livro sobre o assunto.
Kama Sutra no Local de Trabalho
Se você é daquelas pessoas que anseiam por carinho das oito da manhã às seis da tarde, se já não agüenta mais o clima de deserto solitário de seu escritório, onde só floresce a produtividade, seus problemas acabaram. Chega às livrarias o "Kama Sutra no local de trabalho" (Ediouro), um guia para o prazer no ambiente profissional assinado por Julianne Balmain, que pesquisou durante anos em ambientes empresariais. Com direito a descrições dos tipos de homens e mulheres a serem conquistados.
O livro traz cinco lições que darão a seus dias de trabalho um clima de romance. A primeira delas recomenda o investimento em profissões que facilitem a paquera como, por exemplo, vendedor, entregador, taxistas, psicólogos, enfermeiras, corretores de imóveis. Um campo tão fértil que, segundo a autora, pode rolar um risco de overdose. "Não se pode desperdiçar um bom entregador" ? recomenda ela.
Mas, atenção. Antes de partir para o ataque é preciso um período de castidade no trabalho de, pelo menos, 90 dias. Tempo suficiente para conhecer as pessoas e identificar os possíveis candidatos para não embarcar em canoa furada.(Eu também falei sobre isso.)
Segundo a autora, outros setores que vale a pena explorar são o de criação ("onde abundam os amantes cheios de si, chegadinhos a uma promiscuidade") (perfeito!) e o atendimento ao consumidor ("craquíssimos na arte da paquera eletrônica ou
telefônica"). Já os departamentos de RH, jurídico, de logística e de operações devem ser definitivamente evitados mesmo nos casos de atração intensa: "Nesses oceanos de rotina burocrática raros são os mortais capazes de pressentir, alimentar e sustentar uma paixão digna desse nome. O destino desse grupo é naufragar numa frigidez que, nos piores casos, vai pela aposentadoria adentro."
O livro fala de quase tudo: ensina como decorar as paredes e até o carro da empresa, recomenda lugares para namorar (elevadores e auditórios, por exemplo), ensina como se aproximar de um amante em potencial, o que se deve fazer quando se troca de amor e até como se comportar quando a amada se esquece de passar desodorante. O capítulo batizado de "40 caminhos" ensina
como materiais de trabalho podem ser usados para estimular o interesse do seu paquera. Sabendo usar o post-it, o mouse, as borrachas de lápis e carimbos não vai faltar amor para você. Algumas páginas enaltecem as qualidades da cadeira giratória e dão dicas de como usá-la para conseguir posições sexuais excitantes.
Os mais céticos reagirão com um sorriso irônico diante desta abordagem franca sobre o sexo entre coleguinhas de trabalho. Mas os leitores mais escolados saberão julgar por si próprios. O Kama Sutra no Local de Trabalho ensinará você a agir sempre do modo correto.
E têm mais: para sua proteção o livro possui capa reversível!!!
Sobre a autora: Julianne Balmain, passou anos pesquisando secretamente o Kama Sutra no Local de Trabalho em ambientes tipicamente empresariais. Publicou Abroad: A Travel Journal , entre outros.
Autora: Julianne Balmain
Gênero: Sexo
Formato: 11,5 x 15 cm
Páginas: 136
Preço: R$ 23,90
ISBN 850000970-5
Ainda sobre domingo O ingresso do cinema na Casa França Brasil custa risíveis R$2,00. A programação é geralmente boa, com filmes nacionais e produções estrangeiras premiadas. Mas nem tudo é perfeito: você paga pouco e vê bons filmes, mas tem que aturar uma sala fedendo a mofo. E não é pouco, não. É um cheiro muito forte, beirando o insuportável.
No domingo, eu estava na minha décima crise de rinite do mês e só consegui assistir Belline e a esfinge porque fiquei o tempo inteiro com um lenço de papel na frente do rosto, preso nos óculos, à guisa de máscara cirúrgica para amenizar o odor.
– Fala, Jade!, alfinetou Roberta, que estava comigo.
– Isso é coisa de Vanessa..., completou ela, ao constatar o absurdo da cena.
Domingo foi dia de cinema. Belline a esfinge na Casa França Brasil. Só R$2,00! E valeu cada centavo! O filme é bom. Pena que não aparece a bunda do Fábio Assunção.
Avaliação do Moog De bom, tem a decoração que dá um clima chiquezinho-moderno. Tem também um ar condicionado poderoso, que ontem estava frio, mas vai ser muito útil quando a casa estiver cheia.
De ruim, tem os banheiros que são mínimos: duas cabines para uma casa com dois andares! Quando aquilo estiver cheio de buceta mijona, vai ser uó!
O cardápio também não está dos melhores. Eles investiram no lado restaurante e deixaram o bar de lado, ou seja, tem mais variação de pratos que petiscos. Eu não gostei.
Os garçons saíram direto do curso do Senac. Estava muito duros, sem o menor jogo de cintura com os clientes. Mas tenho fé que ainda melhoram.
No final das contas, a casa promete. Mais um ponto para Léo Feijó.
O problema é que eu te amo
Não tenho dúvidas que eu queria estar mais perto
Juntos viveríamos por mil anos
Por que o nosso mundo estaria completo
Eu vejo nossos filhos brincando
Com seus filhos que depois nos trariam bisnetos
O meu mundo ficaria completo (com você) - Nando Reis
Ai, ai... Como é chato ouvir esta música e não ter em quem pensar...
Roberta confessou que não amava ninguém. Eu também assumi que há muito esse meu coraçãozinho não bate fora do ritmo por ninguém. Guilherme disse que só ama seu filho e Vanessa, seu blog e Serginho nem ouviu nossa conversa, apesar de estar sentado na mesma mesa.
A semana que passou foi foda! Muito trabalho e uma prova de espanhol no sábado tomaram todo meu tempo e não pude blogar. Mas pode deixar: daqui pra frente, serei mais atenciosa ao meu lindo bloguinho.