Eu quero ser uma popstar! Não sou muito fã da programação do SbesTeira, mas dei meus bordejos pelos canal sábado no início da noite e gostei do que vi. Um programinha chamado Popstar. Mil vezes melhor que o exemplar da “Grobo”, ele também quer escolher uma menina (ou cinco, não sei) para lançar no showbizz.
Não sei explicar muito bem a dinâmica do programa, mas sei que tudo começou com um mega audição no sambódromo de São Paulo, na qual milhares de meninas de todo o Brasil se inscreveram.
Os jurados são três pessoas que realmente entendem do riscado. São simpáticos, ao mesmo tempo que avaliam seriamente as candidatas, que têm que se apresentar individualmente pra eles, cantando uma música da sua escolha à capela.
A edição é muito bem feita, cria ganchos de um break pro outro e monta mini clips com retalhos de apresentações de cantoras desclassificadas, mas não menos talentosas.
Agora eles já estão na fase de selecionar as 150 melhores. Nesta semana, as candidatas terão que dançar. Se na semana passada, eu já deixei de ver Desejos de Mulher pra acompanhar a disputa, agora, então, que eu não perco!
A freqüência não é das melhores. Homens muito novos e com pouco aproach e mulheres no melhor estilo vadia, com tamancos e mochilas enoooormes.
O “grande barato” é ir de branco. A luz roxa predomina na pista techno e faz reluzir calças capri brancas, que aumentam o tamanho dos quadris das potrancas. Um luxo!
Roberta se esbaldou na pista techno. Eu não sou muito fã do ritmo. Acho falsa a alegria e empolgação que as pessoas esbanjam ao som daquela batida pouco criativa e monótona. Os assobios, os passos largos, os braços agitados e a cabeça balançando nada disso me convence.
Apesar disso, possuída por um Smirnoff Ice, dancei até me render a dor nos pés e ao cansaço provocado pelo dia de trabalho e sandália alta.
Ontem fui com a Roberta conhecer a Six, boate semi-nova na rua das Marrecas, na Lapa. Preferia que tivesse sido a noite da black music como estava anunciado, mas o som não é dos piores (o som da Brazooka, da Casa da Matriz, não tem compraração).
Fragmentos quase esquecidos Na academia, enquanto toca uma música no rádio, o professor vira pra mim e diz:
– Você já viu o clipe desta música?
– Não.
– É muito bom! Rola de tudo! Maior sacanagem...
E sorri pra mim. Os dois alunos que acompanhavam nossa conversa não entendem nada. Ou melhor, entendem que EU gosto “de tudo”.
No restaurante:
– Eu tenho rosto redondo. Posso emagrecer que pareço gorda.
– E eu tenho quadril largo. Também emagreço e continuo com aparência de gorda.
– Ah, mas quadrilzão é bom! Aquele quadril enoooooooooooorme é maneiro!
Ah, tá. Tenta comprar uma calça rpa você ver que "maneiro" que é...
Como sou pirracenta, fui ao cinema assim mesmo. Assisti A professora de piano no Odeon BR e acredita que sentou um homem do meu lado e ficou tocando punheta o filme inteiro???
Eu estava em um cinema cult, vendo um filme cabeça e o cara alisando a cabeça do pau dele!!! Revoltante!!!
Eu juro do fundo de minh’alma que eu não queria nada além de um cineminha e uns beijos na boca bem dados, pra compensar o fracasso da noite anterior, mas parece que o idiota não entendeu.
Passou pela minha cabeça dizer “olha, eu não pensei em você um só dia destes quinze em que tivemos separados, só senti falta do teu beijo hoje, porque ele realmente é bom e tive duas experiências péssimas ontem”, mas acho que ele não ia entender.
Queria propor a ele nos encontrarmos duas vezes no mês, sem compromisso de namoro, só de sermos felizes um na companhia do outro por dois finais de semana no período de trinta dias e durante o intervalo dos encontros a gente nem se falaria, cada um faria o que desse na telha, mas ele não me entenderia... Ia pensar que a qualquer momento eu sacaria um par de alianças do bolso e o pediria em noivado!
Os homens são caretas demais. Um relacionamento destes foge à compreensão deles, o que é uma pena.
Da Série “Isso acontece comigo mesmo...” Rosetando pelo galpão, fui abordada por um menino, na melhor acepção do termo. Um jovem mancebo segurou minha mão, em uma abordagem típica da sua idade. Eu, que vou ficar pra titia mesmo, não me neguei a dar atenção ao baby.
Até que era bonitinho, mas faltava conteúdo, língua, mais precisamente. Tinha um beijo, digamos, vazio. Tratei de me livrar logo dele.
Passava das três, hora fatídica, quando um cara que dançava ao meu lado e eu já estava olhando faz tempo, veio falar comigo. Já na primeira frase, percebi:
– Putaquiupariu! É viado!
Além de viado, tinha terminado o namoro há quinze dias (só não perguntei se ele namorava homem ou mulher...).
Acabei ficando com ele, porque não sou de desperdiçar beijo, mas, ao contrário do rapazinho de antes, este tinha maior linguão. Grande mesmo, daquelas de incomodar. Não sobrava nem espaço pra minha língua fazer evoluções...
E o pior: enquanto beijava o bruto, o menininho se aproximou, apertou minha cintura e se postou atrás do cara, olhando pra mim. Como a ficada não estava lá tããão boa, tratei de ir logo embora com medo de que saísse confusão.
Moral da história: fiquei com dois que não valeram por um!
À noite, fui bater meu ponto na Loud! junto com Roberta, Vanessa e Serginho. A festa estava bombando por causa do show da Fernanda Porto, muito bom por sinal.
Lá fora tinha muito gatinho, mas acho que todos eles foram abduzidos na fila, de modo que só os tribufus puderam entrar no Cine Íris. O que se via no cinema era homem feio atrás de homem feio...
Meu pai é o comunista que mais contribui com a Igreja Católica. A toda missa que a gente vai, minha mãe (caôzeira!) esquece de levar trocado para a hora da oferendas e acaba pedindo ao meu pai. E ele dá, meio contrariado, mas dá.
Voltando a vaca fria...
Acho que meus primos têm um casamento bacana, digno de ser comemorado. Até sugeri uma música que eu acho linda pra eles dançarem na festa: Começaria tudo outra vez, do Gonzaguinha.
Começaria tudo outra vez
se preciso fosse, meu amor
A chama em meu peito ainda queima, saiba
nada foi em vão
A cuba-libre da coragem
em minhas mãos
A dama de lilás
me machucando o coração
Na sede de sentir seu corpo inteiro
coladinho ao meu
Então eu cantaria a noite inteira
como já cantei, eu cantarei
As coisas todas que já tive
tenho e sei
um dia terei
A fé no que virá
e a alegria de poder
olhar pra trás
e ver que voltaria com você
de novo viver
nesse imenso salão
Ao som desse bolero
vida, vamos nós
e não estamos sós
veja meu bem
a orquestra nos espera
por favor, mais uma vêz
recomeçar
(Nota: Na mesma época em que fiz faculdade, a filha deles estava no segundo grau e também estudava à noite, no Rio Comprido. Antes de ir buscá-la, eles me pegavam na UERJ. Tudo bem, era caminho, não custava nada, mas meu pai que é meu pai, antes mesmo de eu começar a estudar, já foi avisando que não ia me buscar e que eu me virasse pra voltar, o que ele cumpriu até o fim dos quatro anos de faculdade.
Mesmo no trote, quando eu estava encharcada e suja de tal forma que nenhum ônibus me deixaria entrar e liguei pra ele pedindo que fosse me buscar, ele se negou e disse que esperasse a carona dos meus primos. Esperei por mais de uma hora, tempo suficiente pra chorar toda a raiva que eu estava sentindo e prometer nunca mais pedir pra meu pai me buscar na UERJ, mesmo que eu estivesse morrendo. Promessa esta que também cumpri até o fim. Durante o tempo que estudei, ele só foi a UERJ por minha causa na minha formatura.)
Amanhã é a festa de bodas de prata dos meus primos. Eles são quase meus segundos pais e sua filha, minha irmã caçula. Quando criança, saía muito com os três e depois de burra velha, no começo da faculdade, eles me buscavam na porta da UERJ.
Além do mais, de que adianta pintar as janelas e não pintar as paredes, não fazer obra, não trocar os móveis velhos??? Meu pai inventa essas coisas só pra passar o tempo mesmo. Acaba fazendo um monte de merda: não lixa porra nenhuma antes de pintar, suja tudo, faz trabalho de porco do caralho!!!
O pior é que sinto que o cerco está se fechando: mais dia menos dia, meu pai chega com o maldito pincel e o pote de tinta pra pintar a janela do meu quarto.
Espero que ele me faça a delicadeza de avisar antes porque eu vou arrumar uma casa pra me aboletar. Não vou ficar mais uma vez com crise de rinite só porque ele não tem nada pra fazer e quer brincar de pintor.
Eles se merecem Chego em casa e sinto um cheiro forte. É tinta. Meu pai resolveu pintar as janelas. Idéia genial! Com tempo frio é ótimo ficar com a janela escancarada pra que a tinta não cole as partes pintadas... Além disso, o cheiro da tinta acelera minha crise de alergia que sempre vem quando muda o tempo.
Quando meu pai faz uma merda, minha mãe se apressa em fazer outra pra não ficar pra trás. Sabe o que ela fez? Marcou a manicure e a cabeleireira para às 17h de sexta, sendo que a festa que a gente vai é as 19h30. Ela esqueceu que pode faltar luz, a manicure morrer, cair um meteoro na terra ou qualquer coisa do tipo que vai acabar atrasando nossa saída. Sem contar que ela vai ter que se vestir com as unhas ainda úmidas. Sensacional!
Ressuscitaram o Benito de Paula! Ele está em “O Clone”. Minha mãe, que sempre dorme durante a novela, nesta hora, acordou e soltou sua célebre frase sobre o referido cantor:
– Cruzes! Parece um rato de esgoto!
Desde criança escuto tanto ela dizer que o Benito de Paula se parece com um rato de esgoto que, apesar de nunca ter visto um, tomei nojo do homem. Coitado... O pior é que ele é tão feio que deve ser parecido mesmo.
Hoje o portal do mundo paralelo se abriu na minha sala, no trabalho. Tive que receber uma artista plástica bizarríssima! Quase pedi licença e saquei papel e caneta pra anotar cada detalhe daquela figura excêntrica ali na minha frente. Mas acho que fiquei tão traumatizada que não vou esquecer de nada.
Primeiro, o cabelo. Mal pintados naquele tom louro-menopausa e presos por uma rede (liiiiiinda!) com miçangas coloridas em cada nó da trama. Trazia uma sombra azul nas pálpebras (ou melhor, em metade delas); rouge nas maçãs do rosto; batom, cujo contorno ultrapassava os lábios, e luxo dos luxo: uma pinta na bochecha feita com lápis preto, à la Marilyn Monroe.
As bijus eram discreeeeeeeetas... Os brincos pareciam aqueles lustres de cristal antigos, saca? O colar, era do mesmo estilo. Ela tinha uma anel prateado com uma pérola descascando no dedo mindinho, um outro que era uma paleta de tinta de ouro ou qualquer coisa que o valha (um mimo!), mais um prateado de strass e pedras azuis e uma aliança cafonamente grossa.
As unhas tinham esmalte verde com glitter também descascando. (Fiquei tão chocada com o estado das unhas que não consegui disfarçar e ela se desculpou por não ter tido tempo de fazê-las)
Os dentes dela eram incrivelmente azuis! Como ela conseguiu isso, meu Deus???...
Ela era gorda, peituda e parecia aquelas donas de bordel de cidade do interior. Pensei que os peitos dela fossem ganhar vida e me agredir. Eles pareciam mesmo querer pular em cima da mesa e participar da conversa.
Mas o pior de tudo foi a proposta insana que tive que ouvir dela: doar uns cem quadros pra um hospital. O que um hospital vai fazer com cem quadros???? Haja projeto de humanização e parede pra pendurar tanto enfeite...
Me lembrem de nunca mais facilitar o troco pra merda de trocador de ônibus nenhum! Pela segunda vez, entrei no ônibus com dez Reais e dez centavos e a corna da trocadora não aceitou minhas moedas. O que mais me emputece é que as vadias não sabem dizer educadamente que não precisam dos dez centavos, elas simplesmente os ignoram.
Hoje não me contive e berrei:
– Você não vai querer, não?
E a arrombada sacudiu a cabeça negativamente.
– Então, avisa, né? Não precisa puxar a nota pra jogar moedas no chão.(Porque foi o que ela fez)
Aí, começou o meio bate-boca entre mim e ela, uma baixaria básica pra animar o coletivo. Pena que terminou rápido e não pude jogar a praga de que ela vai terminar seus dias como trocadora, implorando por um passageiro que facilite seu troco.
Ô, garotinha desagradável! Sempre foi inconveniente e parece que o tempo só fez carregar nas tintas desta característica... Ela está magra, como sempre foi (aliás, sem corpo nenhum. Nem parece uma mulher de 25 anos...) e com os cabelos (mal)pintados de louro-piranha. Um pavorzinho.
A mãe, coitada, está com a cara mais sofrida do que o normal e com o cabelo igualmente desgrenhado (deve ser mal de família...). Lembro que quando tinha aulas de violão com ela, ela cantava todas as músicas pop fora do ritmo. Só sabia cantar direito as da antiga. Não foi à-toa que, nesta época, desenvolvi um inesperado gosto por música instrumental e pedia pra só tocar este estilo.
Quando desci do 457 na estação do Méier, dei de cara com uma ex-colega de colégio dos tempos do ginásio acompanhada da mãe, que me deu aulas de violão. Uma das grandes vantagens de se emagrecer muitos quilos é que as pessoas demoram a te reconhecer e nem sempre falam contigo. Essa menina me olhou nos olhos, mas rateou na hora de me cumprimentar.
Me posicionei atrás delas e fingi procurar muitas coisas dentro da bolsa, mas não pude fugir na hora em que o ônibus chegou. Somos quase vizinhas e foi inevitável falar com elas, enquanto passava na roleta. Ainda fiz uma cara de quem não estava reconhecendo bem as duas e só falei um simpático “tudo bem”. A menina ainda disse bem alto pra mãe: “Não falei!”
Domingo fui a praia pegar um pouco de vento. Roberta dormiu mais do que a cama e quase não me pega lá. Quando ela chegou, eu já estava no penúltimo biscoito Globo. O fim do pacote era a senha para eu ir embora.
Ficamos mais umas duas horas conversando e tremendo de frio, quando finalmente decidimos ir almoçar.
O ex-pretê ligou. Dispensei o cara há quase dois meses e agora ele retorna, qual Fênix, ressurgido das cinzas.
Ai, minha Nossa Senhora dos Pentelhos Compridos!!! Por que o cara que liga é sempre aquele que a gente não está a fim???
Desde os meus seis anos de idade, quando um coleguinha de sala entrou numas de dizer que era meu namorado, que eu não tenho um cara insistindo tanto comigo... E quando isso acontece, ele não é quem eu queria que fosse... Vai entender...
Début Pela primeira vez, passei o Satinelli na virilha. Queria dar uma guaribada e não é que consegui, rapaz! Fiz malabarismos e altas posições pra conseguir esticar a pele da bichinha e depilar com menos dor. Claro que não cheguei a cava virilha, mas, como operação inicial, valeu. Quem sabe não tomo gosto pela coisa e abandono o Pello Menos???
Adoro ir a podóloga, mas não é nada agradável ver aqueles quadros com fotos de unha encravada e com micoses, enquanto ela cuida do meus pés.
Outra coisa chata é ter que folhear aquele catálogo de produtos de silicone para proteger calos, joanetes e afins (que custam uma fortuna!) e é recheado de pés diabéticos com feridas enormes, mutilações e deformidades. De embrulhar o estômago...
Hoje fiz as unhas e fui a podóloga. Pra ficar inteiramente feliz neste sábado sem-graça, faltou depilar a virilha e fazer a sobrancelha. Aí, a toilette estaria completa.
Não sei porque a mulherada reclamou tanto do troço. Se bem que eu não sou parâmetro, né... Quem leva deliberadamente com cera quente nos lábios vaginais todo mês não deve sentir mesmo muita dor...
Eles duram até 12 horas na pele. De noite ainda tomei banho, me sequei, experimentei o vestido da festa e só depois retirei-o.
Esta era a hora mais temida. Qualquer descuido e eu poderia ficar sem o bico do peito! Muita calma nesta hora!
Senti “um barato” quando chegou mesmo no bico, que é mais sensível, mas nem lá foi insuportável, só causou um leve desconforto. E nem fiquei com cola no peito, eles estavam um pouco marcados pelas rugas do adesivo, mas foi só.
O único inconveniente é que ele dá um enrugada, de forma que, se você colocar uma blusa muuuuuito transparente, dá pra ver que tem algo colado nos seus peitos
Na hora de colar, dá um certo medo porque nas instruções eles colocam maior terror dizendo que depois de grudado ele não solta com facilidade, você corre o risco de ficar com o peito torto e tal.
O esquerdo, que foi o primeiro a ganhar o adereço, realmente ficou meio tortinho, mas o direito ficou show.
Lib: aprovado Depois de vários depoimentos sobre os "perigos" do Lib, aquele adesivo que se coloca nos seios à guisa de sutiã, eu aprovei o material.
Uma amiga conta que ele deixa cola nos seios, uma prima diz que uma conhecida teve a pele arrancada junto com o adesivo... Eu não tive problema nenhum e passei a sexta-feira feliz com um vestidinho de alças, decotado nas costas, e meus peitinhos serelepes no lugar.
A novela do vestido - capítulo final Voltei a Mademoiselle na sexta-feira. O vestido não está 100%, mas o trouxe assim mesmo. O tal lado que parece uma echarpe continua embolando embaixo do braço, mas a costura está mais bem feitinha que da outra vez. Preferi trazê-lo a arriscar-me a não encontrar outro vestido até sexta que vem.
Em casa, não sei se minimizaram o defeito por piedade, mas sei que disseram que ficou bom...
Só me arrependi de não ter pego de volta os R$3,00 que eu paguei pelo ajuste.
Eu devia ter pressentido que isso não acabaria bem. Na ida para o shopping, no ônibus, tive que ouvir o relato empolgado de um jovem recém incorporado ao Exército e sem nenhuma intimidade com a língua portuguesa.
“Caralho”, pra ele, era vírgula. “Geral” e “neguinho” servia para indicar toda reunião de pessoas. “Foda” era o adjetivo perfeito para qualquer ocasião.
Isso porque as “histórias da caserna” que ele contava eram muito interessantes e servem pra mostrar o quão instrutivo é o serviço militar.
Em todas as ocasiões comentadas pelo soldado, só havia humilhação e maus tratos dos superiores aos recrutas. E pior é que ele achava tudo o máximo!
Ele achava certo que o tenente, sargento ou lá o que fosse agredisse fisicamente o soldado que não o chamou pela patente correta!
Ele achava legal cada castigo que o pelotão recebia por ter rido de alguma coisa engraçada que aconteceu durante o exercício!
Mas ele acha que vai ser melhor ainda quando for sargento e for parado em blitz por algum PM. Aí, já avisou: vai mostrar primeiro a identidade de civil, pra só depois se identificar como militar e fazer o guarda bater continência...
Ódio. Raiva. Taquicardia. Dor de cabeça. É o que eu sinto depois de mais uma vez não conseguir pegar meu vestido pra bodas (que é semana que vem!) na Mademoiselle. Primeiro, liguei pra loja Off (Nova América), onde fiz a compra, e fui informada de que o vestido ainda não estava no Norte Shopping, onde combinei de busca-lo.
Minutos depois a vendedora do Off me liga e diz que o vestido já chegou lá.
Vou par ao NS e experimento o vestido. Ele precisava ser ajustado no busto, perto da cava, justamente onde tem uma parte do tecido solta, imitando uma echarpe. Qual não foi minha surpresa ao vestir a peça e ver que estava dando defeito na tal echarpe...
A gerente achou que era porque ele não estava passado. Passou-se o vestido. Experimento e o defeito persiste.
A chefe das costureiras estava na loja, marcou novamente o vestido e prometeu-me entrega-lo amanhã.
Com esta confusão sobre a violação da correspondência eletrônica da Roberta e a grande quantidade de comentários sobre minha trepada, esqueci de postar:
“Volta, Roberta! Ainda dá tempo de você ser feliz!!!”
Meu pai é tão pão-duro que chega ao cúmulo de dizer que não se deve dar presente às pessoas e sim ajudá-las quando precisam porque isso é mais importante.
Será que não dá pra fazer as duas coisas, porra????
Em uma primeira análise, pode parecer que sou apegada às coisas materiais e pronto, mas não é isso. A questão transcende o TER. Eu não que ter aquele relógio, aquele sapato, aquela bijuteria. Eu quero USAR estes produtos por muito tempo e quando eu não uso, eu dou. Não guardo comigo nada que não me seja útil. Aquele ditado “quem guarda, tem” não serve pra mim.
Pelo menos uma vez no ano eu faço uma arrumação no meu armário e dou roupas, sapatos e bijus que eu não usei naquele período. A blusinha ficou intocada no cabide de um verão a outro? Vai pra vala! Ou melhor, pra filha da empregada da minha irmã. Pena que ela só acabe recebendo coisas beeeeeem gastas.
Eu sou assim desde criança. Tenho complexo de pobre. Quando era adolescente, eu tinha dois pares de brincos; um pra ir a escola e outro pra sair. Batom, eu só comprava outro quando o antigo acabava, não tinha variedade de cores. Tênis, roupa, perfume. Tudo eu usava até acabar e, às vezes, o troço acabava e eu continuava usando...
O engraçado é que ninguém me disse pra ser assim. É um traço (doentio, é claro) da minha personalidade. Até bem pouco tempo eu só tinha um sapato preto por vez e hoje ainda penso várias vezes antes de comprar uma bijuteria, mesmo que eu tenha gostado muito dela. Raramente cedo a uma tentação.
Hoje resisti a mais uma. Vinha caminhando pro ponto de ônibus, quando uma bolsa de plástico bonitinha em um camelô. Ela custava só R$3,00, mas, depois de analisar a peça com calma, vi que não valia nem R$1,50, que eu ia usá-la poucas vezes e não a trouxe.
Todas as minhas aquisições têm que ser práticas, realmente úteis e duráveis. Detesto investir em um produto vagabundo ou que eu saiba que vou usar poucas vezes.
Outro dia estava no shopping com a Roberta e comentei que queria comprar um relógio novo porque o que eu tenho já é antigão. E ela:
– Ah, é. Lembro de você com este relógio desde sempre.
Cara, será que as pessoas reparam que eu uso as coisas anos há fio? (A expressão “anos há fio” é com o verbo haver ou com a preposição a?)
O tal relógio, por exemplo. Eu comprei com meu primeiro salário de estagiária e lá se vão seis anos... Claro que ele está um pouco velhinho, arranhado, mas, pô, ainda marca as horas certinho, né? E, afinal de contas, relógio é pra isso, não é pra enfeitar o pulso.
No meu aniversário no ano passado, comprei outro relógio de modelo completamente diferente, para usar quando sair a noite, mas daí a comprar um outro relógio para o dia-a-dia em substituição ao atual, é outra história.
Ontem estava tão puta que preferi não blogar. Não, não foram os comentários que me irritaram, ao contrário, foram a parte animada do meu dia. Eu me estressei no trabalho.
Trabalho com duas indolentes desorganizadas que não conseguem se revezar para o almoço e querem me obrigar a entrar na escala com elas. Nossa chefe já disse e repetiu que eu não tenho que fazer minha hora de almoço com elas, mas as vacas estão forçando a barra pra isso. Ontem, depois do rotineiro estresse “quem-vai-almoçar-que-horas”, ainda tive que aturar uma provocação entredentes da anta mais velha. Tive ganas de voar no seu pescoço!!!
Passei o resto da tarde e a noite de ontem nervosa e angustiada ruminando cada palavra que eu pensei, mas não disse pra ela.
Como depois do almoço, minha chefe foi para uma reunião fora (leia-se: saiu mais cedo para fazer compras) eu não pude conversar com ela sobre o assunto e não sabia, se depois da confusão, eu ia ou não passar a fazer minha escala de almoço com as duas.
Pelo menos hoje, não houve mudanças. Minha chefe estava na sala na hora do almoço, me viu sair e não falou nada e as duas, enfim, revezaram os horários. Vamos ver até quando esse corretivo surte efeito.
Antes que eu me esqueça Tem um babaca que não satisfeito em violar a conta de email da Roberta, ainda se deu ao trabalho de responder uma mensagem minha como se fosse ela.
Tolinho... Quem você pensa que engana com este textinho medíocre e sem graça??? Não só pelo conteúdo, mas também pela forma (apelativa e de baixo nível) jamais eu confundiria com um texto da Roberta... Você tem que comer muito feijão com arroz pra escrever como ela, palhaço.
Criaturinha fraca, que tem que se esconder atrás do nome de uma pessoa querida e talentosa pra chamar atenção de alguém.
Você pensa que lendo os emails dela vai conseguir ter os amigos que ela tem??? Você acha que respondendo emails por ela vai ter o talento e carisma que ela tem??? Não, meu irmão.
Cuida da tua vidinha chocha e vê se pára de mexer nas coisas dos outros.
Domingo. 15h30. Logo após entrar na internet, o ICQ avisa que chegou uma mensagem. Era do tal que faz um tempo deletei da minha lista.
Eu: Oi.
Ele: Oi.
Quatro mensagens sobre banalidades depois...
Ele: Fui a Matriz ontem. Te procurei, mas não te vi lá.
Eu: É, eu não fui. Tinha prova.
Algumas banalidades mais e...
Ele: Outro dia estava me lembrando daquele apartamento de Ipanema. (onde fodemos até esfolar!). Você não conseguiria as chaves de novo?
Eu: Acho que não.
Ele: Pena.
Eu: É... Mas gente podia ir a outro lugar.
Ele: Onde?
Eu: Confio no seu bom gosto.
Ele: Pode ser perto da sua casa, onde a gente foi de outra vez?
Eu: Pode.
Ele: Quando?
Eu: Em breve, espero.
Ele: Pode ser hoje?
Eu: Pode.
Ele: Passo aí às 17h.
Eu: Ótimo.
Quando entramos, tinha exatamente três pessoas na pista que mais gostamos. Decepcionante. Demos um rolé e esperamos encher um pouco mais.
Não me restava outra alternativa a não ser beber e foi o que fiz. Tomei duas margueritas batizadas e fiquei tontinha. Tive até que forçar a voz pra não embaralhar a fala na hora de dizer o destino ao taxista. Vexame...
Graças a Deus, cheguei bem, dormi como um anjo, com tampões nos ouvidos, e acordei felizinha pra curtir o dia das mães com a Yara. Ou melhor, parte dele porque de tarde eu fui vadiar, que eu também sou filha de Deus e mereço foder de vez em quando!
Sábado foi noite de Loud! Fui com Fernanda + 1 (aqui cabe um adendo: sempre que convido Fernanda para um festa, me esqueço de perguntar o sobrenome do namorado dela, então, coloco +1. Teve uma vez que ela não ia a festa, mas ele queria ir. O pobre teria que dizer na portaria: “Eu sou o +1 da Fernanda...” Desistiu, claro.), Roberta e lá encontramos Serginho.
Guilherme (safado!) me provocou, mas não compareceu.
Na outra encarnação, eu devo ter sido um fiscal da Coroa que cobrava os impostos obviamente abusivos do comércio e agora sofro na mão de vendedores terroristas e indolentes.
Como contei aqui, comprei meu vestido pras bodas de prata dos meus primos há duas semanas. Ele precisava de um ajuste no busto e deixei-o na loja para tal conserto. Paguei (adiantado!) os R$3,00 da costureira e recebi o prazo de quinze dias para tê-lo de volta.
Terminado o período, retornei à loja pra buscar a roupa. Qual não foi minha surpresa ao experimentar o vestido e ver que nada, eu disse: nada! havia sido ajustado.
A vaca da vendedora marcou novamente o que devia ser apertado e me prometeu entregar o vestido quinta-feira. E eu doida pra experimentá-lo com o Lib e a meia calça que comprei... Ódio!
Se isto não estiver pronto na quinta, vou pegar as nove saias de minha baiana e rodar em plena Mademoiselle no Norte Shopping. Me aguardem!
Quanto mais eu convivo com médico, mais detesto eles. Assim como os militares, médicos são plantas que devem ser muito bem cuidadas para que não dêem frutos.
É por isso que tem aquela piadinha:
– Sabe qual a diferença entre médico e Deus?
– É que Deus não pensa que é médico...
Participava de um conversa entre dois médicos. Um deles reclama que, por conta dos descontos do Imposto de Renda, não vale a pena ter convênio com plano de saúde e diz que agora só faz atendimento particular.
– Pra que eu quero paciente de bermuda e chinelo no meu consultório de piso de tábua corrida e móveis de pau marfim? Esse tipo de paciente não me interessa.
O paciente que te interessa é aquele que vai te pagar R$500,00 a consulta, né, seu mercenário filho da puta que faz comércio com a saúde dos outros????
Aliás, ônibus com chuva é “tudibom”! Neguinho tem medo de água e fecha as janelas. TODAS. Não abrem nem um tiquinho pra trocar o ar. Aí, você entra no “coletivo” e sente o bafão. Chega até a suar durante a viagem. Só falta o eucalipto pra configurar sauna-móvel
Quinta-feira fui trabalhar com um vestido preto, justo até o tornozelo. Estou parada no ponto de ônibus, quando dois caras, mal-vestidos e com aspecto sujo, vêm na minha direção. O que caminha na frente me olha de cima a baixo, vira pro outro e diz:
– Conhece mulher viúva?
E aponta pra mim.
Não satisfeito em fazer a observação em voz BEM alta, ele ainda segue repetindo:
A minha mãe não é má pessoa, mas é quase autista e tem o dom da inconveniência, coitada... Ela não escuta nada, nada mesmo que eu falo. O pior é que eu sei que isso não é pessoal. Mesmo quando conversa com suas amigas ou com a minha irmã, ela muda de assunto sem a menor cerimônia e é incapaz de escutar calada o que uma pessoa está dizendo. Só o que ela tem a dizer é que importa e nem sempre ela escolhe o melhor momento pra falar, daí eu dizer q ela é inconveniente.
Quando estou vendo aquela reportagem imperdível na TV, ela senta ao meu lado pra contar que mais uma vez minha prima sacaneou minha tia ou que a minha ex-cunhada ligou e falou mal do meu irmão... Ah, e é sempre pra contar casos, se não repetidos, recorrentes, nenhuma novidade. Eu, que não sou nem um pouco paciente (confesso), mando logo ela calar a boca.
Além disso, mamãe é meio Pinky. Ela leva as piadas a sério, o que muito me irrita e tira minha paciência. Se ter que lidar com um estranho que age assim é chato pra caralho, imagina quando a Pinky é sua mãe??? Dá ódio! Como aquele ser que te pariu, sua progenitora, pode ser irritantemente tola????
Apesar de tudo, Yara é admirável. No seu jeito de boi-manso, sempre acaba dando o troco em quem lhe sacaneia, inclusive no meu pai. Tem sabedoria para esperar o momento certo e revidar uma grosseria, uma provocação.
Tem aparência frágil, mas é uma guerreira. Casada uma vez, separou-se e criou sozinha o filho. Aturou o preconceito da minha avó (sua mãe) e da sociedade que não via com bons olhos mulheres desquitadas lá pelos idos dos anos 60. Conheceu um cara mais novo e solteiro(o Lélio). Engravidou dele e foram morar juntos. Aos 44 anos, teve outra filha. Até hoje sofre com a família dele que não a aceita completamente e muito menos a seu filho (só minha avó, mãe de meu pai, a recebeu bem).
Independente, praticamente nos criou sozinha, apesar de casada. Comprava, roupas, brinquedos, livros. Nos levava ao médico e comprava os remédios. Com isso, acabou eximindo meu pai de certas responsabilidades de pai, mas por outro lado ensinou a mim a minha irmã a sermos fortes e batalhadoras e não ficar esperando a redenção masculina com o casamento.
Tem muita fé, aquela fé que só as mães têm. Sensível, acho que nunca vai enfartar porque chora sempre que tem vontade. E é essa sensibilidade, passada nos genes, que também me faz chorar agora, enquanto escrevo isso.
Falando na doida... Com a proximidade do Dia das Mães, a Yara veio com o caô de “olha, eu não quero presente nenhum, não, viu?...”. Como assim, cara pálida? Você quer dizer “não quero MAIS presente”, porque eu já te dei um vestido pras bodas de prata que custou “módicos” R$158,00... Quer mais o que, criatura?
A ginecologista me receitou um remédio para uso tópico (se é que vocês me entendem) no formato de óvulo, mas na verdade ele é um supositório pra xoxota. O óvulo que eu já usei era uma cápsula pequena e ovalada que vinha com um aplicador, parecido com o de absorvente interno. Esse, não. Ele é idêntico a um supositório e não vem com aplicador, então É um supositório.
Na bula diz que “deve ser aplicado profundamente no canal vaginal, estando o corpo na posição supina”. Alguém pode me dizer o que é "posição supina"?
As piranhas e a piranha Quem falou pra mulherada que andar com piranha de cabelo presa na alça da bolsa é bonito??? Que coisa mais brega! E o pior é que é um fenômeno global, que atinge todas as classes sociais. O que tem de bolsa Vitor Hugo com piranha na alça...
Vamos cominar assim: piranha se usa no cabelo, tá bem?
Da série "Porque eu gosto de menstruar" Além de me fazer sentir super feminina, a menstruação me devolve o funcionamento do intestino. É isso mesmo: uma semana antes de menstruar, eu faço cocô que é uma beleza! Quilos e quilos. É lindo!
Quebrando meu retiro de vários finais de semana sem sair pra me divertir (sair pra fazer compras só é divertido quando você não precisa de nada e compra só pra gastar dinheiro), fui ao cinema com a Roberta. Depois de tanto tempo sem nos encontrarmos, nosso relacionamento já estava por um fio... Hehe
Fomos ver Abril Despedaçado. Marcamos no Unibanco, mas como a anta confundiu o horário da sessão, fomos ao Botafogo Praia Shopping. Inferno de cracatoa, aquilo lá... Fila que dava vooooooooooltas.
O filme é bom, mas não é nenhuma Brastemp. Tem o Rodrigo “Totoso” Santoro que vale o ingresso e um outro garotinho-prodígio que manda muito bem. Só temo que seu fim seja o mesmo do menino-prodígio do Central do Brasil: aparecer em uma ponta no próximo filme do diretor. Pois é, Abril tem Vinícius de Oliveira, de Central, fazendo uma ponta. Acho que só aparece em duas cenas e tem-se a clara impressão de que ele está ali porque é amigo do diretor.
Programão de sábado à tarde: supermercado com papai!
Ele está numa fase diet e não comprou nenhuma guloseima, nem os biscoitos doces que tanto gosta. Quando a gente estava saindo, no estacionamento, havia duas mulheres obesas comendo biscoitos dentro de um carro. E ele, depois de passar por elas:
– Viu como as gordas comem?
Sei não, mas se ele conhecesse a campanha “Gordo é tudo safado!”, apoiaria.
Queria tanto poder mostrar minhas compritchas pra vocês, mas os sites da lojas não colaboram. São todos umas merdas!
O vestido é um longuete de musseline amarelinho com decote assimétrico da Mademoiselle. Como é da coleção passada, só tem na loja Off, no Nova América.
O sapato (Lakrizia) e a bolsa (Mister Cat) são de couro prensado com flores em alto relevo na cor café. Parece brega, mas é bonito. Passa só na Mister Cat que você vai ver. Se não é caô de vendedor, está fazendo maior sucesso. O conjunto vermelho, então, é lindo! Queria ter comprado esse, mas, “em nível de” aproveitamento posterior, um sapato marrom seria mais útil.
Segundo a pesquisa apresentada, somente 5% dos casais de formam por acaso. Na maioria das vezes, as pessoas se conhecem através de amigos e freqüentando os mesmo lugares, como o trabalho. Eu não disse???
Claro que o ponto forte do programa foi as histórias. A melhor delas foi a de um casal que teve que separar quando noivos e só casaram 40 anos depois. Ele era militar e foi transferido às vésperas do casamento. Ele escrevia para ela, mas nunca recebia resposta, até que decidiu acabar com o noivado por telegrama: “Devido a total falta de notícias, noivado terminado”.
Depois de um ano e meio de casado com outra, chegou a suas mãos um pacote grande dos Correios com todas as respostas que não havia recebido da ex-noiva. As cartas foram extraviadas para outro quartel.
Era tarde demais pra voltar atrás e ele permaneceu casado. Teve sete filhos e ficou viúvo. Para aplacar a solidão, procurou a ex-noiva, que permanecia solteira. No princípio, ela foi fria, mas depois reataram o romance e se casaram. Quarenta anos depois do planejado.
Isto me lembrou um conto da Bianca Ramoneda. Só que na história dela o casal se encontra e morre junto. É um conto muito bonito e escrito de forma moderna e ágil. Emprestei-o a Fernanda. Ela leu durante o horário de trabalho e me devolveu com um bilhetinho, que ainda guardo preso ao texto: “Lindo, Ana.... Quase chorei aqui, na frente de todo mundo”.
Fazia tempo que não assistia o Globo Repórter, mas o de ontem foi sobre encontro de almas gêmeas e eu, romântica que sou, não pude me furtar a ouvir historinhas de amor. Ah, o amor...
Atire a primeira pedra quem não gostar de saber curiosidades sobre começos de romances. É divertido.
O programa apresentou depoimentos de casais (com simulações às vezes ridículas e uma trilha sonora de doer, mais mela-cueca impossível) e os dados de uma pesquisa recente sobre relacionamentos.
Só uma coisa me revolta: o preço do absorvente. Está altíssimo!
Uma vez, vi uma mulher com uma camiseta escrito “Se homem menstruasse, absorvente seria de graça”. É a mais pura verdade! A tecnologia transformou aquele travesseiro de algodão em uma fina toalha realmente absorvente, adaptável à calcinha e às curvas femininas, mas o preço, em vez de diminuir, como seria de se supor com a grande variedade de marcas e tipos, só fez aumentar.
E há quem diga que na composição dos absorventes ainda é colocado um produto que faz com que a mulher sangre mais. Não duvido. Filhos da puta!
Um dia quando eu não menstruar mais
Vou ter tanta saudade desse bicho sangrador mensal
Que inda sou
Que mata os homens de mistério
Vou ter saudade desse lindo aparente impropério
Desse império de gerações absorvidas
Desse desperdício de vidas
Que me escorre hoje, mês de maio.
Ensaio:
Nesse dia vou querer a vida com pressa
(...)
e se Deus não entender, rezarei:
Menos pausa, meu Deus
Menos pausa
Eu sustento meu pai e minha mãe hipertensos, diabéticos e aposentados do INPS e conto com a sua colaboração pra comprar os remédios deles.
Eu podia estar matando. Eu podia estar roubando, mas estou aqui oferecendo o macio, gostoso e fresquinho livro Desafios Contemporâneos em Comunicação, o passatempo da sua viagem.
Quando eu era criança, meu cabelo era curto e enrolado (tá bom, ele continua assim até hoje, mas já tomo certos cuidados que melhoram sua aparência) e ao acordar, eu tinha um aspecto bizarro: aquela carapinha curta, enrolada, grudada no casco. Um pitéu!
Meu pai, pessoa muito meiga e delicada, de sacanagem, puxava (de leve, ainda bem!) meus cabelos e dizia:
– Tira a peruca, Ana Paula!
Eu ficava puta, mas o pior é que parece peruca mesmo.
Finalmente terminei minhas compras para as benditas bodas de pratas dos meus primos, ou pelo menos já comprei o essencial. Vestido, bolsa e sapato já estão escolhidos. Tenho que preocupar agora com os detalhes: meia-calça (vou comprar daquela poderosa que levanta a bunda) e sutiã (acho que vou ter que usar Lib).
Ontem cheguei em casa toda pimpona, mostrando a bolsa que comprei, uma baguete marron. Meu pai estava perto e perdeu a oportunidade de ficar calado:
– Isso é capanga? Só falta você colocar o colete escrito APOIO.