Lara escarlate Lara teve escarlatina. Quando ela estava doente, minha mãe levou água benzida pelo Pe. Marcelo para ela beber (sabe como é avó católica...).
– Toma, minha filha. Vovó trouxe água pra você.
– Não quero, não. Já bebi água.
– Mas é água do Pe. Marcelo pra você ficar boa.
– Vó, eu já tomei remédio. Já estou boa.
É o ortodoxismo científico de uma parte da família se manifestado desde cedo.
E Joãsinho Trinta, hein? Antes mesmo da quarta-feira de cinzas, eu já vinha pensando a que escola interessa ter um carnavalesco cujas alegorias e fantasias são proibidas de desfilar e acabam cobertas, como é o Joasinho Trinta? Com essa mania de polemizar, ele só consegue fazer a escola perder ponto e desfilar feia, capenga. Parece que o presidente da Grande Rio leu meus pensamentos.
...
E que porra é essa de Joãsinho com S? Viadage.
Amiga de celebridade Terça-feira de Carnaval estava eu no Arco-íris com Kelly e Kaline, quando Kelly comenta que leu a seguinte nota no O Globo:
Carteirada Fantasiado de bombeiro, Marcelo Faria abalou o carnaval do Carioca da Gema, anteontem. Uma moça animadinha sacou a carteira de procuradora do Estado e disse: "Eu estava te procurando, você agora vai ter que cumprir a lei...". Não colou.
Caí na gargalhada. A menina animadinha em questão é minha amiga. Jaqueline Joy perde.
...
Ela não gostou do “Não rolou” no final porque na verdade não estava dando em cima do Marcelo, fez apenas uma brincadeira e foi mal interpretada.
Carnaval europeu Sempre que vejo a propaganda da Nova Schin falando como deve ser bom o carnaval europeu, com muita neve, mulheres vestidas até o pescoço e tal, me lembro do Rafa, meu primo que deve ter congelado no carnaval alemão.
Viva o rei sol! Hoje eu bronzeei as celulites nas areias da Barra da Tijuca. A água estava cristalica, morna e mansa, mas com uma correnteza que fez os bombeiros fazerem três resgates durante as três horas que eu e Fabriça ficamos por lá.
Comer, comer Sábado foi o tão esperado dia da feijoada. Eu, Roberta, Lobão e Kelly fomos encher a cara de cachaça com feijão na Academia da Cachaça.
Alguma vez eu disse que não gostava de beber e de ficar sentada em bar? Retiro o que eu disse. Ficamos de quatro e meia da tarde às dez e meia da noite só comendo, bebendo, rindo e falando besteira. Foi divertidíssimo. Kelly deve estar impressionada até agora com a minha família e a da Roberta. Ela nunca ouviu tanta história bizarra.
Ainda rebatemos com uma desneccessária (porém deliciosa) torta de chocolate.
O gatinho palhacinho Como eu não sou exatamente o tipo “feita de massinha”, a machaida não cai mantando. Só que sempre tem um que por falta de opção ou gosto pelo diferente, me dá uma cantada. Desta vez, não foi diferente.
Estava na fila para comprar água e uma malandro (alto, muito, muito alto, forte e bonito) começou a encostar em mim, até que colocou a mão na minha cintura.
– O que a sua mão está fazendo na minha cintura?
– O que a minha mão está fazendo na sua cintura eu não sei, mas sei o que minha boca vai fzer na sua.
U-hu! É disso que o povo gosta! Acabei rindo e já estava valendo R$1,99 (facinha, facinha, como diz Fabriça), quando o segurança achou que o cara estava me importunando e pediu que ele me deixasse passar(eu já tinha comprado a água estava atravancado a fila). Devia ter mandado o segurança tomar no cu e dizer que cintura era minha e colocava a mão nela o bêbado que eu quisesse, mas mantive a linha e saí da fila. Claro que fiquei parada próximo ao caixa, a vista do menino, que veio em minha direção. Não perdi a oportunidade e puxei papo:
– Conseguiu comprar sua cerveja?
– Não tem cerveja. (É isso mesmo: além da cerveja ser Cintra, eles deixaram que acabasse. Da próxima vez, vou de cocar e zarabatana.)
Para aplacar a “sede”da criatura, trocamos um beijo.
Por que parou? Eu já tinha até esquecido o perrengue da entrada, quando os percursionistas pararam de tocar, o DJ colocou umas músicas péssimas pra expulsar todo mundo e a produção começou a desmontar o cenário. Como assim, Miau? Eu aqui pilhada ainda e vocês acabaram com a festa?!?!?
A vitrine Monobloco O engraçado do público do Monobloco é que parece que todo mundo é de massinha. Todo mundo é tão bonito, com dentes tão brancos, hálito tão puro, os homens têm bíceps tão bem torneados adornados por eloooormes tatuagens e as mulheres são tão magras, tão in, tão elegantes em cima dos seus saltos altos, que dá a impressão que não são de verdade. Parece que foram todos esculpidos (na mesma fôrma, claro) e estão ali só para mostrar sua estampa perfeita, o que aliás deve ser a única coisa que têm mesmo pra mostrar.
Ofereço meus serviços de leoa-de-chácara Finalmente consegui ir ao ensaio(?) do Monobloco na Fundição. Para dar desconto, eles deveriam pedir carteira da Funai e não da Une: é mó programa de índio. A fila é mega-gigante, tem muito espertinho (mas principalmente espertinha) querendo furá-la e pouco segurança. Me estressei muito subindo nas tamancas e rodando as nove saias da minha baiana para impedir que os malandros entrassem na minha frente.
As mulheres eram as mais caras de pau. Elas iam andando de mansinho, como quem não quer nada, e vinham com aquele papo “ah, vou encontrar meu irmão”, “só vou pegar dinheiro com meu amigo”... Tomar no cu, sua galinha! Eu não fiquei mais de duas horas na fila pra uma vaca de chapinha no cabelo passar na minha frente assim!
O bom é que as meninas na nossa frente também eram chegadas em um barraco, então, pude contar com o apoio delas. A gente fechava a passagem e ainda gritava pro segurança retirar as vagabundas. Só não logramos êxito na expulsão de um corno que era a cara de Pedro, o escamoso. O viado chegou cheio de sorrisos dizendo que tinha saído da fila pra comprar vinho, chamei o segurança, a gente berrou dizendo que ele estava furando fila, mas sabem como é, tirar mulher é mais fácil, com o escamoso, o segurança botou o galho dentro. Tomara que ele tenha pego uma mulher com mau hálito.
Quando finalmente conseguimos entrar, pensei que fosse ser recepcionada por um corredor polonês com todo mundo que eu execrei ao furar fila, mas não. O resto da noite foi tranquila.
Homem é tudo palhaço também no Big Brother Nesta edição do BBB há o Big Boss, uma votação popular para escolher se homens ou mulheres são os penitenciados com uma prenda, que já foi cuidar dos trabalhos domésticos e dormir no chão, durante uma semana.
Desta vez, o público pode votar para escolher se os homens ou as mulheres do BBB4 vão se fantasiar de palhaços. Claro que você, mulher, vai votar pra ver a machaiada de nariz vermelho. Afinal de contas, há dois anos você sabe que HOMEM É TUDO PALHAÇO e agora é nossa oportunidade de mostrar isso via satélite para todo mundo.
Não perca esta chance. Se você é assinante Globo.com, clique aqui e vote.
Já que o assunto é votação... ... aproveito o clima de eleição e vote no HTP para melhor blog no IBest.
Carnaval Globeleza O Neguinho da Beija-flor canta o samba das chamadas de carnaval da Globo. A Beija-flor visitou o BBB4. Os Big-brothers desfilaram na Beija-flor. Isso que é carnaval Globeleza.
Figura No meio do Cordão do Bola Preta, daquele empurra-empurra fora do comum, Fabriça abre a bolsa, pega um potinho com nada mais, nada menos que glitter e retoca a maquiagem. Surreal.
Sinto abalada minha calma,
Embriagada minha alma,
Efeitos da tua sedução.
Oh! Minha romântica senhora Tentação,
Não deixes que
Eu venha sucumbir
Neste vendaval de paixão.
Jamais pensei em minha vida
Sentir tamanha emoção.
Será que o amor por ironia
Movia esta fantasia vestida de obsessão?
Te confesso que me apaixonei.
Será uma maldição? Não sei...
Esta música é de Cartola ou de Silas de Oliveira e Joaquim Ilarindo, como vi em um site? Não sei. Só sei que dancei muito quando tocaram ela na Lapa. E ainda teve Todo menino é um rei. Ambas foram gravadas por Roberto Ribeiro e lembram muito minha infância porque minha mãe adorava ele e ouvia muito seus LPs.
A salvação do carnaval Para não ter um carnaval totalmente perdido e já cansada de ficar em casa coçando a virilha, catei Kelly, outra desesperada por uma farra, e partimos para a Lapa. Estávamos decididas a entrar em qualquer bar daqueles que tivesse um samba, mas não foi preciso. Nos acabamos de dançar na chuva e só saímos porque caiu uma água muito firme. Mesmo sendo breve, foi um bom divertimento, ainda mais neste carnaval bola-murcha.
Encontrei César e JMarcelo. Pena que não deu pra achar Roberta (que estava na mesma barraca em que eu e Kelly) porque ela saiu antes que víssemos sua mensagem no meu celular.
Larinha de volta Vocês devem estar com saudades da histórias da Larinha. Estava guardando todas para publicar em um blog só dela, mas como ainda não tive paciência para isso e vi que o arquivo estava crescendo, resolvi voltar a publicá-las aqui mesmo. Esta é nova, fresquinha, aconteceu por estes dias.
Minha irmã, mãe de Larinha, é vários quilos acima do seu peso. Outro dia ela reclamou de uma dor na coluna. Lara se apressou a esfregar o local dolorido com as mãos e comentou com toda sua sabedoria infantil:
Da série “Minha família querida” Geralmente meus pais viajam nos feriados prolongados. Eu, ao contrário, acabo ficando em casa. Desta vez pude confirmar uma coisa que eu já desconfiava. Quando eles vão viajar, eles simplesmente esquecem que eu vou ficar em casa. Minha mãe cancela a faxineira e meu pai não repõe nada na despensa. Tive que fazer faxina no domingo de carnaval porque não estava agüentando a poeirada nos móveis e o banheiro imundo. Mas o pior de tudo foi a surpresa que eu tive no sábado de manhã: nada de pasta de dente. O que me valeu foi a pasta de calêndula que eu uso no meu dente pembado.
Carnaval? Que carnaval? Como bem disse Kelly, este carnaval está broxa. Broxa, meia-bomba, borocoxo, surumbático, chato, desanimado, sem graça. Só o desfile das escolas de samba e os cordões havaianos que eu usei no Bola Preta e que ainda resistem no meu quarto me lembram que é carnaval. Aliás, o Bola Preta foi o único bloco que acompanhei. A chuva me afastou de todos os blocos de rua e atrapalhou minha programação que prometia ser animada nos quatro dias de folia. Ainda bem que sou uma boa companhia porque acabei passando a maior parte dos dias sozinha em casa. Mais jogo seria ter viajado com minha família. Não teria gasto um puto e ainda teria uma legião de mulheres para lavar, limpar e cozinhar, enquanto eu escutava a chuva cair na calha da varanda.
Castigo Pela segunda vez esta semana, meu pai está assistindo um documentário, especial ou sei lá o que sobre o Jamelão e o velho (o Jamelão, não meu pai) está cantando um monte de música mela-cueca aos berros (e são aqueles berros típicos de velha-guarda, sabe?). É castigo? Deve ser, né?
Almoço feliz Hoje fui conhecer um leitor e freqüente correspondente. Ele estava na dúvida se ia ou não me conhecer porque não sabia se resistiria a todo meu charme, beleza e tal, mas acabei convencendo-o de que não sou essa coca-cola toda.
O almoço transcorreu sem grandes sobressaltos. Só teve uma hora que ele se ajoelhou, implorou por um beijo, me pediu em casamento, mas eu consegui convencê-lo que não temos nada a ver.
Em tempo: A desculpa para nosso almoço era a entrega de um presente de aniversário para mim. Jacaré me deu presente? Nem o bruto, que chegou lá de mãos abanando.
Cinta é a chapeleta da minha piroca! Cheguei hoje para a reunião e Fernanda e Raul notaram que eu emagreci (finalmente algum corno reparou!). Só que o puto do Raul não se contentou e me sacaneou:
– Também com essa cinta que você está usando...
Viadinho. Cinta tem o pau dele. Eu tenho é cintura de verdade.
Enquanto eu e Fernanda nos escangalhávamos de rir (porque eu fui sacaneada, mas sei reconhecer que a piada foi boa), ele ainda perguntou:
– Ela está usando cinta mesmo?
Inácio(vulgo Raul) depois que matou o avó anda mais trololó ainda. Vê se eu vou usar cinta, ainda mais neste calor causticante do Rio de Janeiro!
Ingresia* Ando sem sorte por estes dias. O vestido leeeeeeendo que comprei pro casamento tem dois pequenos cortes na altura da coxa. Nada que inviabilize o uso, mas corre o risco dos buraquinhos abrirem e o vestido ter que ir pro lixo. Fui à Folic trocá-lo. Claro que “enquanto” loja cara, a vendedora nem pestanejou se ia ou não trocá-lo, apesar do vestido está imundo, mas infelizmente não tinha meu “manecã” em filial nenhuma.
Resolvi entubar o prejuízo, já que achei o vestido realmente lindo e lavei-o em casa, com muita delicadeza, para não aumentar os buracos. A merda é que o vestido está manchado de gordura e não sai com água, só em lavagem a seco, então hoje deixei-o na lavanderia. Vamos ver com fica.
Outra coisa que está encruada é minha volta a academia. Terça eu me programei pra voltar a aula. Fui lépida e fagueira e qual não foi minha surpresa ao saber que não há vagas para aula de hidro às 18h. Merda. Agora estou na fila de espera e o pior é que minha gordura não espera, ela vem inclemente sem saber que, se não malho, a culpa é da academia que está cheia e não minha.
* Segundo Aurélio, ingresia é balbúrdia, barulho, mas segundo minha mãe é o mesmo que uma coisa não dar certo, estar enrolada ou demorar pra acontecer.
A boa compra Pra mim, que também sou filha de Deus e mereço um presente, comprei um chinelinho preto de poás brancos na Andarella. Só vinte e nove real.
Presentes Deixei pra comprar os presentes da Roberta e da Andréa, minha prima, de última hora porque é sempre mais divertido. Nada como andar correndo pelo shopping, entrando em tudo quanto é loja, até achar uma coisa que agrade!
Pra Roberta foi fácil: comprei uma coisa que já sabia que ela queria. Aliás, nem me atrevo a dar presente surpresa porque ela reclama de tudo! Roberta é a única pessoa que conheço que não gosta de ganhar livro e CD porque acha impessoal (?). Ô criola difícil!
Ano passado, peguei uma dica com a própria. Comprei um guarda-chuva de alumínio igual ao meu, que ela tinha visto e dito que tinha incluído na sua lista de presentes que queria receber. Não é que depois ela falou que troço era vagabundo?!??! Vaca. Qualquer dia, passo a dar um envelopinho com vinte real pra ela comprar as mariolas que quiser.
O presente da Andréa foi fácil. E ainda comprei o meu e o da minha mãe para ela. Aproveitei a promoção e comprei logo um presente pra minha prima Natália, que faz aniversário dia 14 de março. Devia ter trazido logo um pra minha irmã e pra Adriana que também fazem "anus" em março. Meu pai também faz (é do dia 4), mas eu não presente pra ele mesmo, então, nem conta.
Promoção Hoje no Werner, cortando o cabelo e fazendo outro serviço (lavar a cabeça, por exemplo), dá direito a uma hidratação. Cara, vou te falar: quase babei na cadeira. A mulher fez uma massagem boa que eu quase dormir.
Peruca nova Já estava irritada com meu cabelo e não resisti: meti a tesoura. Ou melhor, a cabeleireira meteu. A merda é que eu não gostei. Pelo menos, não agora. Pode ser que amanhã goste. É que eu não cortei com a mesma pessoa. Da outra vez, cortei no Werner do Barrashopping e hoje fui no Norteshopping. Apesar dos profissionais serem todos adestrados na mesma escola, sempre tem uma diferença de estilo, de mão. Além disso, em dezembro eu mostrei uma foto da Maria Rita na revista e hoje não achei nenhum corte parecido pra apontar. Ah, e já ia me esquecendo do auxílio luxuoso de Fabrícia na hora de explicar o corte pra cabeleireira da Barra (a mulher até achou que fossemos namorada, tal era o empenho da Fabrícia em fazê-la entender o corte e depois em penteá-lo. A cabeleireira até perguntou, quando terminou o trabalho: “Gostou, Fabrícia?”. Muito gay!).
Bom, vou aguardar pra ver como ele acorda amanhã. Se continuar não gostando, volto lá e mudo tudo.
Marido traído Foi só eu botar o pé em casa pra minha mãe dizer:
– O Rafa esteve aqui se despedindo da gente.
– Se despedindo? Por que?
– Ué, ele foi pra Alemanha.
– O QUE?!?!?!
– Vai ficar lá por dois meses.
Cagalho! Estou igual marido traído. Sou a última a saber que meu primo querido foi morar dois meses na Alemanha! Tô passada como ninguém fez uma despedida pra ele (ou se fez, não me chamou).
Meu fofíssimo primo Rafael, o Rafa, o Aua, uma criança de apenas 19 aninhos, que eu vi nascer, fazer muita pirraça pra avó, depois virar um adolescente tranqüilo e inteligente e agora tornar-se um jovem adulto carinhoso e caseiro, vai ser jogado a trabalho sozinho no inverno da Alemanha. E pobre nem fala alemão!
Encontramo-nos rapidamente no shopping no domingo. Se eu soubesse, teria dado nele um abraço bem apertado e desejado toda a sorte do mundo nessa aventura. Espero que meu pensamento positivo seja tão forte que consiga alçancá-lo.
Bem-casados Os bem-casados foram os melhores que eu já comi. Tinha de doce de leite e de chocolate. Tudo de bom! Tomara que casal permaneça bem-casado para sempre e que a união seja tão gostosa quanto o doce.
A festcha Estava leeeeeenda! Tudo era lush e riqueza. Tinha até canhão de luz iluminando o céu na entrada do prédio. Pena que serviram o jantar muito tarde, eu enchi a cara de carne e chocolate e passei mal no dia seguinte.
O casório Foi o primeiro (e quiçá, o último) casamento bilingüe que fui. O padre falava primeiro em português e depois repetia em inglês. A noiva respondia “sim” e o noivo, “yes”. Chique na última, a cerimônia foi no Outeiro da Glória, que eu, Alexandre e Aline (meus queridos amigos que me deram carona) demoramos a achar e a festa no Clube Naval. Show de bola.
Eu estava linda com meu vestido azul turquesa, sandália e carteira prata. Fiz escova na peruca e fiquei de cabélos lisos. Linda, linda, linda. A noiva, quando me viu, disse: “Você sempre linda!”. Ai, que isso, quérida, são seus olhos. : ) Uma outra colega que não me via desde a formatura, falou com grande surpresa: “Você está linda!” Ué, cara pálida, você acha que eu viria a um casamento como ia pra faculdade, de jeans, camisa de malha, tênis e sem maquiagem?!?!?
Cada vez mais eu e Roberta no convencemos que só a gente que se preocupa com produção para casamento. A gente se vira, compra roupa, pega emprestado, aluga e o cacete, mas vai arrumadinha. Neguinho, não. Pega qualquer roupa que tem em casa e se manda pro casório. Tinha cada exemplar do mau vestir que a gente ficava vesga fazendo o patrulhamento estético.
Como pode?!?!? Como pode uma pessoa casar no domingo de carnaval? Sim, porque dia 15 era praticamente carnaval. Perdi os Arengueiros da Mangueira, o Monobloco, o Suvaco e ainda o chá de panela sono de Mari Leal!
Primeiro foi Mari que mandou o convite por email. Declinei. No domingo, Aloysio Banhudo (versão masculina de Renata Banhara, ex-mulher-barraqueira do Frank Aguiar que igual ao Aloysio vai desfilar em oito escolas) me ligou cedo falando dos Arengueiros. Ele sempre me chama pra ir a esse bloco, mas sempre tem alguma coisa no dia e não vou. Desta vez era o casamento da minha amiga e eu não fui. Fabrícia também me ligou pra saber se eu ia ao Monobloco. “Não. Tenho um casamento”, respondi, maldizendo os padres que celebram casamento nos domingos antes do carnaval. Por fim, Fernanda me ligou quando eu já estava pronta esperando minha carona para ir à cerimônia. Ela só queria saber o que eu ia fazer no domingo. Ainda bem que não me convidou pra mais nada!
...
Que fiquei claro: eu dou mó valor a estas cerimônias, como casamento, formatura, velório. São momentos únicos que não se pode faltar. A vera, jamais trocaria o casamento de uma amiga por um bloco de carnaval, mas que deu dó de perder todos esses eventos, deu? :)
Enfim, sol! Sábado fez sol e deu pra terminar de esconder minhas marcas de biquíni para o casamento de domingo.
Fui matar saudades de Ipanema com Roberta&Lobão. Lagarteamos, nos molhamos na “beirinha”, já que nenhum do três sabe nadar, e apresentamos o famoso New Natural ao Lobão.
Final de semana HTP Minha sexta-feira foi de fato 13 por causa de um palhaço-fantasma que resolveu me assombrar. Rendeu até uma historinha pro HTP. Sábado, 14, também foi dia de espetáculo. Na verdade, um pocket show, uma coisinha breve, mas digno de nota. Não vou contar os shows agora porque estou com sono e pouca inspiração, mas não percam a próxima função.
Tempo de estagiária – II Quando Fernanda era minha chefe (sim, esta coisa já foi minha chefe e de várias pessoas que já passaram pela FCS da UERJ), me incumbiu de acompanhar a fotógrafa que ia fazer fotos para o relatório anual da empresa na unidade em que eu trabalhava. Fernanda avisou:
– É um saco, mas você vai ter que fazer.
Nunca me diverti tanto! Tivemos que fazer fotos em um prédio que ainda não estava funcionando plenamente, então produzimos tudo: desde as flores na mesa até as pessoas circulando no corredor. Até posei para algumas fotos, por falta de modelos.
Nesta época, eu já fazia curso de fotografia e confirmei que, além de clicar, eu gostava também de produzir. Não era à toa que era chamada pelos colegas para ajudar na produção das fotos deles no estúdio. Posicionava a modelo, arrumava a roupa, media a luz e ainda segurava o rebatedor.
Tempo de estagiária - I Quando vejo exposições sempre lembro do meu tempo de estagiária da UERJ, quando podia acompanhar a montagem das exposições apresentadas lá. É muito legal você acompanhar desde a concepção da montagem – o que entra, o que fica de fora, como as obras serão expostas – até a organização do lançamento, passando pelo catálogo. Na época, como a maioria dos estagiários, eu não dava muito valor aquele trabalho. Hoje sei que ele contribuiu para mudar minha visão sobre exposições e me despertar o gosto pela produção de eventos e de fotos.
Eu recomeindo – exposição Tirei minhas quartas-feiras, entre o trabalho e a pós, para ver exposições – fui comentar isso com um amigo da pós e o sacana comentou: “É bom, pra ver se você melhora, né?”.
Já vi as obras de Keith Haring, as polaróides de Andy Warhol e as fotos sobre o Rio de Janeiro feitas por 50 repórteres fotográficos (esta exposição, aliás, vi antes da abertura oficial e por pouco não fiquei pro coquetel.hehe) no CCBB. No Centro Cultural do Correios, ainda conferi as fotos de André Gardenberg na bem montada (salvo a impressão do texto de apresentação em cinza sobre o suporte vermelho. Péssima leitura) Arquitetura do Tempo, portraits de várias personalidades mostrando suas rugas; as fotos do Vidigal feitas por Luciano Quintella e o foto-documentário Fome de água, de Henrique Cortez, sobre as regiões semi-áridas brasileiras (a mais fraquinha, tanto na montagem quanto no material).
Falta dar uma passada em Carnaval, no CCBB, e na Coleção Pirelli, na Casa França Brasil.
Eu recomeindo - cinema Vi no blog do JXB que ele gostou de Swimming pool e Narradores de Jávé. Também gostei dos filmes. Narradores é muito engraçado. Quase me mijei com a cena da dentadura. Assisti Swimming sozinha, numa quinta-feira, no Estação Ipanema, antes do cair da noite. Só por estar no cinema a tarde no meio de semana, eu já fiquei feliz. Quando terminou a sessão, fiquei mais feliz ainda porque o filme é muito melhor do que me falaram.
Nos últimos dias ainda assisti 21 gramas e Adeus, Lênin!. Adeus já vale o ingresso só pela poética cena da estátua de Lênin sendo transportada suspensa em um helicóptero, como a dar adeus a Berlim. 21 gramas é daqueles filmes “picotados”, que você uma cena agora e só mais tarde vê o que aconteceu que antes dela. O legal é que nada parece o que realmente é. O pedacinho que você viu agora, te levou a pensar tal coisa, mas logo depois você vai ver que não é bem assim, quando a seqüência inteira for mostrada.
Da série “Minha família querida” Outro dia estava tomando banho tranqüilamente, quando alguém abriu a porta do banheiro que eu esqueci de trancar e apagou a luz.
– Ei, eu estou tomando banho!
– E pra que esta luz acessa?
Era meu pai controlando o gasto de energia. Já falei que vou comprar uns lampiões a gás porque ficar na penumbra não é a minha.
O simpático do Simpatia Logo no começo da noite, um cara veio mexer comigo por causa dos meus chifres de diabo (sim, eu estava de chifres).
– ME LEVA PRO INFERNO COM VOCÊ!
O cara berrou tanto e tão próximo do meu ouvido que eu levei um puta susto. Recuperada, respondi:
– O inferno é aqui mesmo.
Ele não desistiu:
– Então, vai, me possui! Eu deixo!
Não possuí o rapaz, embora ele fosse perfeitamente “possuível” (braçudo, tatuado, carinha de pobre, como diria Fabrícia) porque é contra minha religião beijar na boca logo de cara em lugares onde sei que terá boa música.
Corrente pra frente Até minha dentista quer me arrumar um namorado! Já que ela não consegue resolver o problema do canal do meu dente, talvez consiga resolver minha falta de... companhia masculina interessante. ; )
Estava eu com a boca aberta, com aquele “guarda-chuva” que isola o dente em tratamento, com sugador de saliva e o cacete (não, na verdade não tinha cacete nenhum na minha boca), quando ela começou a falar de um paciente que teve o mesmo problema que eu.
– Ele é bonitão. Vocês podem conversar sobre o trauma, como foi, como está o dente de vocês...
Deu uma olhadela na minha ficha e voltou-se pra mim:
– Hum... Você tem a mesma idade que eu. Está ótimo porque ele tem 33 anos. É perfeito pra você.
Eu só fazia sinal de positivo, já que era impossível fazer outro comentário que não fosse um gesto.
– Ele não é exatamente bonito, mas é interessante, educado, gentil... Homem, sabe? Não é um garoto. Vou marcar vocês em horários próximos.
Se o cara for mesmo isso tudo e ainda se interessar por mim, eu nem vou reclamar mais dos tormentos que este dente está me causando.
Penitência Hoje eu resolvi me penitenciar e não sair de casa. Não coloquei a cara na rua porque queria me forçar a estudar. Qual o que... A única coisa que consegui fazer foi montar o questionário que tenho que aplicar para uma pesquisa.
Simpatia é quase amor Já estava quase perdendo as esperanças de encontrar uma alma que me acompanhasse ao baile pré-carnavalesco do Simpatia é Quase Amor no Clube dos Democráticos, no Centro, quando lembrei de lugar pra Tuninha. Tuninha é companhia certa pra quase todo programa. Se for pra dançar, então.
Depois dela, ainda consegui arrastar Fernanda. Outra Fernanda, amiga de Tuninha, fechou o quarteto.
Muuuuuuuuuuito bom! A lotação era a ideal, tinha um bando de gente que eu conheço, mas não sei de onde e muito gatinho. Tudo bem, que de uma hora pra outra TODOS sumiram, mas foi bom colocar um colírio. Pena que alguns estavam acompanhados. Eu estava embevecida com um anãozinho barbudo muito jeitoso que me retribuía os olhares, mas que estava com uma menina a tiracolo. Ainda tinha um moreno braçudo que me deixou passando mal, mas também tinha uma mulherzinha no encalço. Não consigo entender como neguinho leva marmita pra banquete!
Olha o pacotão da nega Quem viu a Veja Rio da semana passada (se não me engano) pôde conferir o shape da minha buzanfa, em toda sua proeminência e protuberância, sacudindo na pista da Brazooka. É que saiu uma foto da pista, na qual eu eu apareço de costas.
O engraçado foi que o Raul e a minha irmã logo me reconheceram no meio da galera quando viram a foto. Por que será? :)
Homens casados Homens casados deveriam perder todo o sex appeal. Deveriam ficar desinteressantes imediatamente após colocarem a aliança no dedo. O corpo deveria engordar ou emagrecer de forma a se tornar pouco atraente. O olhar perderia o charme e força de expressão, de forma que nenhuma mulher pudesse ser despida por ele. Nada de voz doce, gracinhas ou diminutivos no trato com outras mulheres, que não com suas “esposinhas queridas”. Gentileza e carinho deveriam ser práticas imediatamente abandonadas. Nunca mais insinuações e jogos de sedução! Homens casados deveriam esquecer como conquistar uma mulher (outra mulher, que não a sua).
Previsão do tempo para os próximos quinze dias: chuva Daniella está no Rio. Justo agora que eu precisava de muito sol pra tirar as marcas das alças do biquíni para o casamento na semana que vem.
Escravos da Mauá Ainda não é dessa vez que eu fui ao ensaio do Escravos da Mauá. Toda vez que tem, cai um pé d’água e eu, que já não gosto de chuva, não me animo a ir sambar na poça.
Que Deus o ouça Quando viu minha tatuagem, Guilherme disse que ela é em um local estratégico e que eu ainda ia ganhar muito beijo na “bonequinha”. Até agora, nada, mas tô fazendo fé no que ele disse.
O retorno de BV Após um longo e tenebroso inverno(na verdade uma licença médica, seguida de férias), BV volta à cena. Hoje, depois de “imitar” uma mulher se masturbando (se uma mulher se masturbasse fazendo aquele escândalo, só se masturbariam as que morassem sozinhas e tivessem proteção acústica no apartamento) e sugerir um boquete com bala de hortelã na boca, ele soltou uma das suas.
A secretária perguntou se a torta que comemos no dia anterior me tinha feito mal. Disse que não:
– Meu estômago é de avestruz: posso comer de tudo que não passo mal. (Mentira. Hoje meu estômago não resiste como dantes.)
E BV comentou:
– Empatamos. Mas eu já sou como uma bichinha solta na vida: como qualquer coisa!
Dor de corno Estou com uma dor de corno sem precedentes. O pior é que é sem o menor motivo porque não tenho por quem me doer. Se aqui em casa tivesse alguma bebida alcóolica, acho que até beberia para esquecer o que eu não tenho pra lembrar.
A letra de Pode esperar (não achei a letra na internet e não estou com saco pra escrevê-la) me tomou ainda no ônibus, na volta pra casa e nã?o saiu da minha cabeça. Tive que ouvir o CD Celebração da Alcione todinho. Ainda bem que entre uma música de corno e outra tem Um ser de luz e Linda Flor (Yayá?).
Da Série “Minha família querida” I
A amiga da minha irmã é gorda. Não, ela não é gordinha, fofinha, fora de forma. É gorda mesmo. Oito anos nos EUA a tornaram assim. Mas, com a perseverança e força de vontade que ela sempre teve, começou uma dieta no dia em que pisou em solo brasileiro e já emagreceu quase 40 quilos. Ainda precisa emagrecer uns vinte (eu disse que ela era gorda...), mas segue firme no propósito de recuperar o corpo de antes (e a saúde) sem ter que passar por uma cirurgia de redução de estômago.
Hoje ela foi visitar minha irmã e levou as fotos do final de ano na casa dela. Mostrou uma foto dela com o filho:
– Olha, eu gostei dessa. Acho que saí bem.
E minha irmã:
– É, bem... bem gorda.
II
Esta mesma amiga faz aniversário em fevereiro. De minha irmã ao comentar onde será a comemoração:
Suburbana, sim, senhor Sábado eu fui à praia, mas domingo, com primeiro dia de menstruação e muito texto pra ler, não houve disposição pra encarar o puta sol que estava fazendo. Fui aliviar o calor causticante que fez estudando à beira da piscina de “prástico” da Lara. Sensacional! Foi como voltar no tempo e lembrar da nossa (minha e da minha irmã) piscina Tone (Quem tem piscina Tone/ tem praia particular...). O verão começava quando meu pai armava a piscina (não sem antes insistirmos muito. Dava mó trabalhão encaixar aquelas placas, depois a borda de borracha para por fim, ajeitar o bolsão azul. ). A gente passava o dia na água, como duas filhotes de orca, e minha tia nos “alimentava” com sacolés de coco que ela jogava na água de repente para nos assustar. Eu, muito branca e em tempos pré-filtro solar, vivia queimada de sol. Queimada mesmo. Tinha bolhas que viravam feridas, às vezes, a pele que descascava tinha cheiro de queimada. Um horror. Apesar disso, era divertido. Espero não ter como lembrança um câncer de pele.
A nossa piscina era pequena (talvez a Búzios ou Ipanema), mas uma tia tinha uma Copacabana, a maior de todas. A dela ficava montada o ano todo em um deck construído pra isso e tinha até bomba pra filtrar a água. Passar o final de semana lá era o máximo. Lembro de ver muito desfile de escola de samba e acompanhar o movimento pelas diretas na televisão estrategicamente colocada no quintal, em frente a piscina.
Quando eu tinha uns 10 anos, minha tia se mudou pra uma casa com piscina (no chão, de azulejo, chique). A farra também era boa, mas não tão pitoresca quanto em uma piscina de “prástico”.
Não sei que fim levou a Copacabana nem nossa Búzios (ou Ipanema). Talvez tenham sido sucateadas e suas placas e bolsões utilizados para outros fins menos nobres, que o de divertir crianças no calor do subúrbio carioca.
Como diria Rita Lee, pra sambar no pé tem que nascer carioca E digo mais: tem que nascer e crescer em favela com escola de samba. Fabrícia, menina muito dada a “fazer amizades” na noite, puxou papo com umas mulatas tipo exportação, elegantemente vestidas de calças de “istréti” branca e tops de suplex também branco, que se equilibravam em sandálias de dois andares. Óbvio que elas são passistas. Saem de fio dental e “com aqueles troços nos peitos”, como apurou minha amiga. Era até humilhação ficar por perto.
Palácio do Samba com teto solar Agora, o teto da quadra abre para os foliões sambarem sob as estrelas. É quadra de escola de samba “muderna”. Até que dá uma aliviada no calor, mas o som dissipa e quem está no fundão escuta quase nada.
Mangueira é pop Encontrei um colega de segundo grau, a door da Matriz, um vizinho e um amigo de Vic que está em todos os lugares que estou. Ainda marcaram ponto vários expoentes da procuradoria estadual e federal. Desta vez, Chico não estava lá. :(
Me sinto pisando
Um ch?o de esmeraldas
Quando levo meu cora??o
? Mangueira
Sob uma chuva de rosas
Meu sangue jorra das veias
E tinge um tapete
Pra ela sambar
? a realeza dos bambas
Que quer se mostrar
Soberba, garbosa
Minha escola ? um catavento a girar
? verde, ? rosa
Oh, abre-alas para a Mangueira passar
Ch?o de esmeraldas (Chico Buarque / Herm?nio Bello de Carvalho)
(1998)
S?bado foi dia de samba na Mangueira. Era pra eu ter encontrado Tuninha e Roberta l?, mas n?o deu. Sa? ?s 5h, junto com o Cord?o do Bola Preta.