As aparências enganam E a minha deve enganar muito mais. Uma vez uma chefe quis me apresentar um empresário que acabou namorou a Angélica (isso, apresentadora). Ainda bem que ele não promoveu nosso encontro. Imagina o mico... Se o cara namora mulheres do naipe da Angélica, eu não tinha a menor chance. Uma colega de trabalho quer me empurrar o filho, quarentão (bonito, até!), empresário de multinacional, cheio da grana, recém separado com três filhos. Que assunto eu terei com um homem desses? Outra colega quer me apresenta um superintendente, diretor ou sei lá o que de um fundo de previdência também quarentão e recém separado. Será que no trabalho eu dou pinta de interesseira ou de uma moça de família, certinha, careta, que serve pra um homem mais velho? Não sei, só sei que pra azar delas (ou meu?) é mais fácil um garoto novo e pobre me dar mole que um velho rico.
Em tempo: Que eu me lembre só levei uma cantada de homem mais velho e era daqueles que fazem o estilo garotão, um ex-piloto de avião, instrutor de vôo livre, grisalho, separado e com filho.
Confraternizações Eu e Roberta resolvemos assumir de vez nosso posto de promoter da turma da faculdade e passamos a organizar, ou melhor, botar pilha em geral para que cada mês haja um encontro da galera. Além de rever os amigos, a gente descola um programa bom e barato pra animar nossos falidos finais de semana. Já logramos êxito em junho e julho.
No primeiro mês, marcamos um almoço na conhecida Parmê de Vila Isabel, onde foram realizadas 10 entre 10 amigos-ocultos do pessoal da FCS. Em julho, foi a vez do regabofe no apartamento de Viviane. No “mesão” da Parmê ficava difícil interagir com todo mundo. Já no aconchego da sala da Vivi, todo mundo conversou com todo mundo.
E como é bom conversar! Fiquei sabendo de uma que vai dar a volta ao mundo, de outro que está indo (ou vindo?)de Boston à Flórida (eu acho que é Flórida...) de bicicleta, de uma que está em Barcelona, de outro que vai fazer uma viagem de fusca pelas Américas, de uma que casou em um castelo na Inglaterra e da própria anfitriã que ficou noiva em um castelo na Escócia (Tudo bem que casar em castelo é comum na Europa – até Ronaldinho casou -, mas quer deixar eu ficar deslumbrada? Além do mais, as duas figuras em questão não têm a menor de pinta de quem casa ou fica noiva em castelo...)... Me senti tão provinciana aprendendo a dirigir ainda... Como disse Alexandre, um amigo presente, “e eu que me sentia o máximo trazendo chocolates de Penedo...”
A gente ia passar trote pro faltosos depois que ficasse bêbado, mas nem rolou.