A volta Antes de postar os textos aqui, eu os escrevo no Word. Hábito arraigado, dos tempos (não muito distantes) que eu tinha Internet discada. Hoje, quando finalmente resolvi voltar a escrever, tanto tempo depois de deixar o blog à deriva, o arquivo nem estava mais no menu “itens recentes”. Acabei abrindo outro documento, novinho em folha, para escrever minha volta à blogosfera.
Engraçado é que aconteceu uma coisa muito auspiciosa, como dizem os indianos que falam português na novela das oito. Veja você que antes de começar a escrever eu estava baixando umas fotos da minha câmera digital e tinha as fotos que eu tirei quase beijando o ingresso do show de 50 anos de carreira do Roberto Carlos no Maracanã. Aí, me deu vontade de ouvir o Rei e entrei goear, digitei Roberto Carlos e entrei na primeira música que apareceu: O portão. Rapaz, coisa de Lord Ganesha! Não tinha, digamos, ligado o nome à pessoa, mas a música é uma que eu adoro, tem uma letra linda e tudo a ver com o momento. Escuta só:
Eu cheguei em frente ao portão Meu cachorro me sorriu latindo Minhas malas coloquei no chão Eu voltei
Tudo estava igual Como era antes Quase nada se modificou Acho que só eu mesmo mudei E voltei
Eu voltei! Agora pra ficar Porque aqui, Aqui é meu lugar Eu voltei pr'as coisas Que eu deixei Eu voltei
Fui abrindo a porta devagar, Mas deixei a luz Entrar primeiro Todo meu passado iluminei E entrei
Meu retrato ainda na parede Meio amarelado pelo tempo Como a perguntar Por onde andei E eu falei
Onde andei Não deu para ficar Porque aqui, Aqui é meu lugar Eu voltei! Pr'as coisas que eu deixei Eu voltei
Sem saber depois de tanto tempo Se havia alguém a minha espera Passos indecisos caminhei E parei
Quando vi que dois braços abertos Me abraçaram como antigamente Tanto quis dizer e não falei E chorei
Eu voltei! Agora pra ficar Porque aqui, Aqui é o meu lugar Eu voltei! Pr'as coisas que eu deixei Eu voltei Eu voltei Eu parei em frente ao portão Meu cachorro me sorriu latindo...
Olha as minhas meninas As minhas meninas Pra onde é que elas vão Se já saem sozinhas As notas da minha canção Vão as minhas meninas Levando destinos Tão iluminados de sim Passam por mim E embaraçam as linhas Da minha mão
As meninas são minhas Só minhas na minha ilusão Na canção cristalina Da mina da imaginação Pode o tempo Marcar seus caminhos Nas faces Com as linhas Das noites de não E a solidão Maltratar as meninas As minhas não
As meninas são minhas Só minhas As minhas meninas Do meu coração